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unid.lV A Diversidade e a Lei de Diretrizes e Bases

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Legislação da 
Educação Básica e 
Políticas Educacionais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Carlos Adriano Martins
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
A Diversidade e a Lei de Diretrizes e Bases
• Introdução
• Perspectivas para alunos com necessidades especiais e os 
fundamentos da educação especial inclusiva
• A Política Educacional
• Construindo a inclusão
• Implantação dos Serviço de Educação Especial
• Educação Escolar Indígena
 · Conceituar e compreender os princípios, diretrizes e normas que 
regem a educação especial no Brasil.
 · Compreender as características e as especificidades da educação 
escolar indígena.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
A Diversidade e a Lei
de Diretrizes e Bases
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE A Diversidade e a Lei de Diretrizes e Bases
Introdução
Nesta unidade iremos tratar de temas que englobam a diversidade étnica, cultural 
e social apontadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96).
Hoje a inclusão é um fato! Conhecer a legislação que trata do assunto trará 
visão mais abrangente dessa realidade. O povo indígena também se incorpora na 
diversidade brasileira; reconhecer e respeitar sua cultura se faz necessário. Para 
garantia desse direito, a LDB trata da educação indígena também.
Para iniciarmos nossa aula e as discussões que se seguirão, assista ao vídeo APAE 
e a inclusão social e conheça um pouco sobre a vida de pessoas que convivem com 
a deficiência física e superam os limites impostos pela sociedade.
Assista ao vídeo no endereço: https://youtu.be/bKtyHjV1m9k
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Em nossa sociedade atual, pensar sobre a inclusão tornou-se imprescindível 
para todos, especialmente para os profissionais da educação. Nesse sentido, para 
que esse caminho possa ser percorrido, a educação especial inclusiva deve ser 
uma grande aliada, mas não sem antes ser fortalecida pelo conhecimento sobre a 
legislação, que possibilitará um novo olhar sobre ela.
Perspectivas para Alunos com Necessidades 
Especiais e os Fundamentos da Educação 
Especial Inclusiva
A Constituição Federal, Título VIII, no artigo 208, garante atendimento 
educacional especializado aos portadores de deficiência. Esse atendimento deve, 
preferencialmente, ser realizado na rede regular de ensino. Na lei, assinala-se, 
ainda, que o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público e que o acesso 
a níveis mais elevados de ensino dependerá da capacidade individual.
O artigo 227 chama a atenção para a necessidade de eliminação do preconceito 
e dos obstáculos arquitetônicos, como também para a criação de programas de 
atendimentos especializados aos portadores de deficiência física, sensorial ou mental.
Procurando garantir o acesso adequado das pessoas portadoras de deficiência 
aos logradouros, edifícios públicos e transportes coletivos, a lei dispõe de normas 
para esse fim.
Logradouros: É o termo que designa qualquer espaço público (ruas, avenidas, praças, 
jardins, parques etc.).
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Trata, também, da integração do adolescente portador de deficiência, apontando 
que essa integração deverá ser concretizada por meio do treinamento para o 
trabalho, a convivência e a facilitação de acesso aos bens e serviços coletivos.
Além da Constituição Federal e a partir dela, uma série de outras leis regulamen-
taram os direitos das pessoas com deficiências e determinaram os deveres do Estado.
Se a lei 853/89 dispõe, de modo geral, sobre o apoio às pessoas com 
deficiências, sua interação social, assegurando o pleno exercício dos seus direitos, 
a lei 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – estabelece, 
especialmente, que a criança e o adolescente portadores de deficiência receberão 
atendimento especializado. O ECA acrescenta, ainda, que a criança e o adolescente 
não poderão ser vítimas de negligência, discriminação, violência, crueldade e 
opressão.
A lei 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação – surge como 
uma das mais importantes propostas acerca dos direitos da educação especial, 
pois estabelece que o atendimento educacional especializado aos portadores de 
deficiência deve acontecer preferencialmente na rede regular de ensino. Em seu 
Capítulo V, sobre a Educação Especial, aponta:
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, 
a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede 
regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola 
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços 
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, 
não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem 
início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização 
específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível 
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas 
deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa 
escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, 
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular 
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
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UNIDADE A Diversidade e a Lei de Diretrizes e Bases
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na 
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelaremcapacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com 
os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma 
habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares 
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos 
com altas habilidades ou superdotação matriculados na educação básica e 
na educação superior, a fim de fomentar a execução de políticas públicas 
destinadas ao desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado.
Parágrafo único. A identificação precoce de alunos com altas habilidades 
ou superdotação, os critérios e procedimentos para inclusão no 
cadastro referido no caput deste artigo, as entidades responsáveis pelo 
cadastramento, os mecanismos de acesso aos dados do cadastro e as 
políticas de desenvolvimento das potencialidades do alunado de que trata 
o caput serão definidos em regulamento.
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão 
critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, 
especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins 
de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público.
Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, 
a ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na 
própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às 
instituições previstas neste artigo.
Fonte: BRASIL, 1996
Nesse sentido, outras leis se seguem; por exemplo, o decreto nº. 3298/99, que 
regulamenta a Lei nº. 7853/89, que dispõe da política Nacional para Integração 
da Pessoa Portadora de Deficiência. Ainda, a Portaria do MEC nº. 1679/99, que 
dispõe sobre os requisitos de acessibilidade a pessoas portadoras de deficiência para 
instruir processos de autorização e de reconhecimento de cursos e credenciamento 
de instituições. Além da lei 10098/00, que estabelece normas gerais e critérios 
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência.
Em outra lei, o Plano Nacional de Educação (2014-2024) estabelece objetivos e 
metas para a educação de pessoas com necessidades especiais. Essas metas tratam de:
Importante!
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso 
à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente 
na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas 
de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou 
conveniados. (Fonte: BRASIL, 2014.)
Você Sabia?
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Ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para todos, o Brasil 
faz a opção por um governo educacional inclusivo.
No endereço https://goo.gl/aJbxeD, você conhecerá a Declaração de Salamanca. Leia até o 
item Introdução.
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A Declaração de Salamanca estabelece, antes de qualquer coisa, a possibili-
dade de que a criança com necessidade especial tenha por direito o acesso a um 
ensino de qualidade e uma mudança de perspectiva quanto ao papel da escola; 
esta última passa a adaptar-se às necessidades do seu educando.
A Política Educacional
A exclusão tem sido algo presente em nossa sociedade, os indivíduos com 
deficiência sempre foram vistos como doentes e incapazes. A dificuldade de 
aceitação do aluno com necessidades educativas especiais, tanto pela escola 
como pela própria família, é evidenciada na forma como esses são tratados, com 
posições de caridade e assistencialismo cultural.
Além das crianças com déficit de aprendizagem, temos, na categoria de 
portadores de necessidades educativas especiais, as crianças superdotadas, que 
quando não tratadas adequadamente, muitas vezes, tornam-se indisciplinadas.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica 
(Parecer 17/2001) apontam, ainda, para outros grupos de alunos que apresentam 
dificuldades de adaptação escolar por “manifestações peculiares de síndromes e 
de quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atraso no 
desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem e prejuízos no relacionamento 
social”. O projeto educativo e social da escola deverá apresentar diferentes 
estratégias pedagógicas que possibilitarão o acesso ao conhecimento, condição 
essencial para inclusão social. Nas Diretrizes Nacionais para Educação Especial 
na Educação Básica, lemos:
A construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importância 
para o desenvolvimento e a manutenção de um Estado democrático. Entende-se 
por inclusão a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em 
sociedade, sociedade essa que deve estar orientada por relações de acolhimento à 
diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na 
equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as 
dimensões da vida. 
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UNIDADE A Diversidade e a Lei de Diretrizes e Bases
A política de inclusão vem sendo debatida e executada em vários países, entre 
eles o Brasil. A legislação brasileira posiciona-se pelo atendimento dos alunos com 
necessidades educacionais, preferencialmente, em classes comuns das escolas da 
rede pública e privada do país. O grande desafio da educação hoje é:
Garantir o acesso aos conteúdos básicos que a escolarização deve proporcionar 
a todos os indivíduos – inclusive àqueles com necessidades educacionais 
especiais, particularmente alunos que apresentam altas habilidades, precocidade, 
superdotação; condutas típicas de síndromes/quadros psicológicos, neurológicos 
ou psiquiátricos; portadores de deficiências, ou seja, alunos que apresentam 
significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores 
genéticos, inatos ou ambientais, de caráter temporário ou permanente e que, em 
interação dinâmica com fatores socioambientais, resultam em necessidades muito 
diferenciadas da maioria das pessoas.
O respeito mútuo é traduzido pela valorização de cada sujeito em sua 
individualidade de acordo com as características que o constituem; a forma pela 
qual cada aluno terá acesso ao currículo distingue-se pela singularidade: o deficiente 
auditivo, por exemplo, por meio da língua de sinais (LIBRAS), o deficiente visual 
pelo BRAILE. A possibilidade de operacionalização da inclusão escolar prevê que 
o “convívio escolar permite a efetivação das relações de respeito, identidade e 
dignidade. Assim, é sensato pensar que as regras que organizam a convivência social 
de forma justa, respeitosa, solidária têm grandes chances de aí serem seguidas”. 
(BRASIL. Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, 2001).
Construindo a inclusão
Figura 1
Fonte: istock/getty images
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Na Educação
A educação especial insere-se nos diferentes níveis de educação escolar: 
educação Básica – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio 
– e Educação Superior. E, também, nas demais modalidades de Educação: 
educação de jovens e adultos, educação profissional e educação indígena. 
A permanência não consiste apenas em permanência física, representa a 
mudança de paradigma e concepções para o desenvolvimento de potencial 
desses alunos atendidos.
Função Social da Escola: Promover ações que favoreçam as interações sociais e 
práticas de inclusão. Assim, não é o aluno que se molda à escola e sim a escola 
que se coloca à disposição do aluno, possibilitando um espaço de inclusão.
Âmbito
Político
Deve-se: Assegurar a matrícula, independentemente das necessidades 
especiais que se apresentem.
Elaborar projetos pedagógicos orientadospela política de inclusão.
Prover recursos pedagógicos e capacitação de recursos humanos para atender 
a essa demanda.
Âmbito 
Técnico-Científi co
Formação dos Professores para o Ensino na diversidade; o Inciso III do artigo 
5º da LDB aponta dois perfis de professores para atuar como educadores 
de alunos com necessidades especiais: o professor da classe e o professor 
especializado em educação especial. 
A fundamentação legal e conceitual que prescinde à formação: a) do 
professor dos professores; b) do professor generalista (com orientação 
explícita para o atendimento, em classe comum, de discentes com 
necessidades especiais); c) do professor para educação especial (para 
o atendimento às diferentes necessidades educacionais especiais) é 
estudo próprio da Educação Superior.
Aos professores que estão atuando no magistério, é prevista a oportunidade de 
formação continuada pelas instâncias educacionais da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios.
Âmbito
Pedagógico
As Necessidades Educacionais Especiais são aquelas que requerem da escola 
uma série de recursos e apoios de caráter especializado. O Projeto Pedagógico 
deve seguir as mesmas diretrizes traçadas pelo Conselho Nacional de Educação.
A avaliação pedagógica dos alunos com necessidades especiais deverá ser 
realizada no decorrer do processo educativo, levando em consideração todas as 
variáveis que incidem sobre a aprendizagem; a avaliação deve ser vista como 
um processo permanente de análise de diversas variáveis, visando à melhoria 
do ensino.
A avaliação deverá ser realizada na própria escola; somente quando esse 
recurso for insuficiente dever-se-á recorrer a outras instâncias, como: médicos, 
psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas e outros.
Âmbito Administrativo Criação de setores responsáveis pela Educação Especial. Adequação do espaço físico, equipamentos e mobiliário, assim como transporte e comunicação.
Quadro 1 – Construindo a inclusão
Sistema Educacional
Educação
Ed
uc
aç
ão
 Es
pe
cia
l Superior
Ed
uc
aç
ão
 B
ás
ica Ensino Médio
Ensino Fundamental
Educação Infantil
Fonte: BRASIL. Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, 2001
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UNIDADE A Diversidade e a Lei de Diretrizes e Bases
A diversidade de necessidades educacionais é ampla, algumas ligadas às 
necessidades específicas de aprendizagem, como dislexia, disfunções similares; 
problemas de atenção, perceptivos, emocionais, de memória, cognitivos, 
psicolinguísticos, psicomotores, motores, de comportamento; e, ainda, aos fatores 
ecológicos e socioeconômicos, como privações de caráter social e nutricional. 
Assim, entende-se que, ao longo da aprendizagem, todo e qualquer aluno poderá 
apresentar alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente.
Implantação dos Serviços 
de Educação Especial
Quadro 2 - Implantação dos serviços de educação especial 
Organização de 
Classes Comuns
Distribuição de alunos com necessidades educativas especiais, pelas várias classes.
Flexibilização e adaptação de conteúdos escolares.
Apoio Pedagógico especializado em sala comum, mediante a atuação 
pedagógica do professor e de recursos pedagógicos.
Sala de Recurso - o professor da educação especial realiza complementação e/
ou suplementação curricular utilizando equipamentos e materiais específicos.
A temporalidade flexível do ano letivo, para atender às necessidades dos 
alunos, assim como o apoio interinstitucional que envolva profissionais de 
outras áreas.
Atendimento a 
Superdotados 
a. organizar os procedimentos de avaliação pedagógica e psicológica de alunos 
com características de superdotação;
b. prever a possibilidade de matrícula do aluno em série compatível com 
seu desempenho escolar, levando em conta, igualmente, sua maturidade 
socioemocional;
c. cumprir a legislação no que se refere:
• ao atendimento suplementar para aprofundar e/ou enriquecer o currículo;
• à aceleração/avanço, regulamentados pelos respectivos sistemas de ensino, 
permitindo, inclusive, a conclusão da Educação Básica em menor tempo;
• ao registro do procedimento adotado em ata da escola e no dossiê do aluno; 
d. incluir, no histórico escolar, as especificações cabíveis;
e. incluir o atendimento educacional ao superdotado nos projetos pedagógicos 
e regimentos escolares, inclusive por meio de convênios com instituições de 
ensino superior e outros segmentos da comunidade. 
Fonte: BRASIL. Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, 2001
Sala de Recurso: Serviço de natureza pedagógica, conduzido por professor especializado, 
que suplementa (no caso dos superdotados) e complementa (para os demais alunos) o 
atendimento educacional realizado em classes comuns da rede regular de ensino. Esse serviço 
realiza-se em escolas, em local dotado de equipamentos e recursos pedagógicos adequados 
às necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo estender-se a alunos de escolas 
próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento. Pode ser realizado individualmente 
ou em pequenos grupos, para alunos que apresentem necessidades educacionais especiais 
semelhantes, em horário diferente daquele em que frequentam a classe comum.
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A educação escolar de alunos que apresentam necessidades educacionais 
especiais e que requeiram atenção individualizada nas atividades da vida autônoma 
e social deverá ocorrer em escolas especiais.
Amplie seus conhecimentos sobre o atendimento educacional especializado na educação 
básica (AEE), na modalidade de educação especial, acessando a Resolução CNE nº. 4 de 
2009, disponível em: https://goo.gl/n2Qbg4
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Educação Escolar Indígena
Considerando-se a pluralidade existente na sociedade brasileira e a preocupação 
com a sua preservação e, ainda, tendo em vista a riqueza cultural que essa 
pluralidade proporciona, a Lei de Diretrizes e Bases nº. 9394/96 aponta para 
outra modalidade de ensino, a Educação Escolar Indígena.
De forma mais específica, podemos citar a Resolução nº. 5 de 2012, do 
Conselho Nacional de Educação. Este documento alerta para a necessidade de nos 
atentarmos com mais afinco para o desenvolvimento da educação escolar indígena 
e de sua efetivação na educação básica.
Os cursos de formação de professores no Brasil, sobretudo os de Pedagogia, 
têm ampliado suas discussões sobre o tema por meio de disciplinas que abordem 
as relações da educação indígena. Isso pode ser verificado na Resolução nº. 2 de 
2015, que define as diretrizes curriculares nacionais para a formação inicial em 
nível superior e para a formação continuada. É um instrumento que temos para 
garantir o debate nas universidades e que, posteriormente, os professores possam 
reforçá-los em suas salas de aula.
Art. 3º - A formação inicial e a formação continuada destinam-se, res-
pectivamente, à preparação e ao desenvolvimento de profissionais para 
funções de magistério na educação básica em suas etapas – educação 
infantil, ensino fundamental, ensino médio – e modalidades – educação 
de jovens e adultos, educação especial, educação profissional e técnica de 
nível médio, educação escolar indígena, educação do campo, educação 
escolar quilombola e educação a distância – a partir de compreensão am-
pla e contextualizada de educação e educação escolar, visando assegurar 
a produção e difusão de conhecimentos de determinada área e a parti-
cipação na elaboração e implementação do projeto político-pedagógico 
da instituição, na perspectiva de garantir, com qualidade, os 4 direitos e 
objetivos de aprendizagem e o seu desenvolvimento, a gestão democrática 
e a avaliação institucional.
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UNIDADE A Diversidade e a Lei de Diretrizes e Bases
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Resoluções do ConselhoNacional de Educação
https://goo.gl/n2Qbg4
Pareceres do Conselho Nacional de Educação
https://goo.gl/5XuuW5
 Livros
Um olhar sobre a diferença: interação, trabalho e cidadania
BIANCHETTI, L.; FREIRE, I. M. (Orgs.). Um olhar sobre a diferença: interação, trabalho 
e cidadania. [livro eletrônico]. Campinas-SP: Papirus, 1998. (Biblioteca Virtual Universitária).
A temática indígena na escola: subsídio para os professores
FUNARI, P. P.; PIÑÓN, A. A temática indígena na escola: subsídio para os professores. 
[livro eletrônico]. São Paulo: Contexto, 2011. (Biblioteca Virtual Universitária).
Educação escolar das relações étnico-raciais: história e cultura afro-brasileira e indígena no Brasil
MARÇAL, J. A.; LIMA, S. M. A. Educação escolar das relações étnico-raciais: história 
e cultura afro-brasileira e indígena no Brasil [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes, 2015. 
(Biblioteca Virtual Universitária).
Relações étnico-raciais para o ensino da identidade e da diversidade cultural brasileira
MICHALISZYN, M. S. Relações étnico-raciais para o ensino da identidade e da 
diversidade cultural brasileira. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes, 2014. (Biblioteca 
Virtual Universitária).
Inclusão escolar: concepções de professores e alunos da educação regular e especial.
TESSARO, N. S. Inclusão escolar: concepções de professores e alunos da educação regular e 
especial. [livro eletrônico]. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. (Biblioteca Virtual Universitária).
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Referências
APRESENTAÇÃO APAE – INCLUSÃO SOCIAL. Vídeo disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=bKtyHjV1m9k&feature=related> Acesso em: 29 
nov. 2016.
BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes 
e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 23 de dez. 1996.
BRASIL. Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da 
Criança e do Adolescente. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de jul. 1990.
BRASIL. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em: 02 dez. 2016.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº. 5 de 2012, 
define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação escolar indígena na 
educação básica. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-
de-educacao/atos-normativos--sumulas-pareceres-e-resolucoes?id=12816> 
Acesso em: 01 dez. 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Articulação com os Sistemas 
de Ensino. Planejando a próxima década: conhecendo as 20 metas do Plano 
Nacional de Educação. Brasília: MEC/SASE, 2014.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação - Parecer nº. 17/2001, de 03/07/2001- 
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Disponível 
em: <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/atos-normativos--
sumulas-pareceres-e-resolucoes?id=12984>. Acesso em: 02 dez. 2016.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação - Resolução nº. 4/2009, de 
02/10/2009- Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional 
Especializado na Educação Básica – Modalidade Educação Especial. Disponível 
em: <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/atos-normativos--
sumulas-pareceres-e-resolucoes?id=12816>. Acesso em: 30 nov. 2016.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº. 2 de 2015, 
define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível 
superior e para a formação continuada. Disponível em: <http://portal.mec.
gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=17719-res-cne-
cp-002-03072015&category_slug=julho-2015-pdf&Itemid=30192> Acesso em: 
30 nov. 2016.
ESPANHA. Declaração de Salamanca. Conferência Mundial sobre Educação 
Especial, 1994. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
salamanca.pdf> Acesso em: 30 nov. 2016.
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