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Resumo Proc Trabalho - aula 49

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Processo do Trabalho 
Aula 49 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Sumário 
1. Recurso de Revista (continuação) ....................................................................... 3 
1.1. Hipóteses de Cabimento (continuação) ........................................................ 3 
1.2. Prazo e Preparo ........................................................................................... 4 
1.3. Apresentação .............................................................................................. 6 
1.4. Transcendência ........................................................................................... 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Recurso de Revista (continuação) 
1.1. Hipóteses de Cabimento (continuação) 
Na aula passada, falava-se sobre os personagens da divergência para fins de 
cabimento do Recurso de Revista. Essa divergência pode ser no âmbito dos tribunais (TRT e 
TRT), tribunal com SDI (Seção de Dissídios Individuais) ou com OJ (Orientação 
Jurisprudencial), tribunal com Súmula do TST e – esta última é novidade trazida pela Lei 
13.015/2014 – tribunal com Súmula Vinculante. 
Na aula anterior, tratava-se da primeira hipótese de divergência, prevista na alínea 
“a” do art. 896 da CLT. 
Art. 896, CLT - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das 
decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais 
Regionais do Trabalho, quando: 
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver 
dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de 
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de 
jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal 
Federal; 
Então, quando os personagens citados acima entrarem em divergência na análise de 
lei federal, cabe recurso de revista. 
A divergência entre esses mesmos personagens, quanto à interpretação de outras 
normas, também dará razão ao cabimento do recurso de revista, conforme prevê a alínea 
“b” do mesmo artigo. 
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo 
Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória 
em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão 
recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; 
Na alínea “b”, a interpretação distinta é dada a lei estadual, Convenção Coletiva de 
Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa1 ou regulamento empresarial, desde que 
sejam de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal 
Regional prolator da decisão recorrida. 
 
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 A sentença normativa é proferida em Dissídio Coletivo e, às vezes, esse dissídio é sobre uma 
categoria que abrange vários estados. 
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Exemplo: lei estadual de SP está sendo interpretada pelo TRT da 2ª região de forma 
X, e pelo TRT da 15ª Região de forma Y. Esse exemplo de divergência de interpretação 
quanto à lei estadual, inclusive, só serve com SP porque este é o único estado que possui 
dois TRTs. 
Exemplo 2: Categoria de padeiros abrange os estados de MG, SP e ES. Suponha que 
uma convenção coletiva dessa categoria esteja sendo interpretada de forma X em MG e de 
forma Y no ES. Então, leva-se ao TST para resolver. 
Exemplo 3: O Banco Itaú possui um regulamento empresarial, no qual, há uma série 
de regras. Essa empresa está no país inteiro. O tribunal do Piauí disse X sobre o regulamento, 
e o tribunal de São Paulo, analisando a mesma passagem, disse algo diferente. Então, leva-se 
ao TST para resolver. 
Além dessas duas hipóteses de divergência para o cabimento do Recurso de Revista, 
o art. 896 da CLT ainda prevê uma terceira hipótese, qual seja a de ilegalidade, prevista na 
alínea “c”. 
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à 
Constituição Federal. 
Essa ilegalidade ocorrerá quando houver uma lesão direta e literal à lei federal ou à 
Constituição Federal. Exemplo: O art. 469 da CLT prevê um adicional de transferência no 
valor de 25% do salário, e o TRT de SP determina que em SP aplica-se 17,5%. Repare que, 
aqui, não há divergência sobre a lei federal, mas sim uma violação por parte do tribunal. 
Então, leva-se ao TST para resolver essa ilegalidade. 
 
1.2. Prazo e Preparo 
O prazo é de 8 dias. Todavia, se for Fazenda Pública, Ministério Público do Trabalho 
ou Defensoria Pública da União, o prazo será em dobro, conforme o CPC e o Decreto 779/69. 
Art. 1º, Decreto779/69. Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem 
privilégio da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou 
fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem 
atividade econômica: 
(...) 
III - o prazo em dôbro para recurso; 
O Recurso de Revista é um recurso que necessita de preparo – custas ou depósito 
recursal, a depender do caso. 
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Ex.: A vara do Trabalho condenou a empresa em R$10.000,00 e a pagar custas de 2% 
para recorrer. A empresa entrou com um RO, pagando R$200,00. No TRT, houve mudança 
da condenação (porque o reclamante também recorreu) para R$20.000,00. Agora, além dos 
R$200,00 que a empresa havia recolhido inicialmente, para entrar com o Recurso de Revista, 
deve recolher mais R$200,00 porque houve uma majoração das custas. 
Ex2: O mesmo caso acima, mas quando chegou ao TRT, não houve modificação no 
valor da condenação. Para entrar com o Recurso de Revista, então, não precisará recolher 
custas, ou seja, hánecessidade de custas no Recurso de Revista se houver majoração de 
custas. 
O depósito recursal é o dobro do primeiro depósito. O valor teto do RO está de 
aproximadamente R$9.000,00; então, para o Recurso de Revista, o teto do depósito recursal 
seria de R$18.000,00. Se a execução ainda não estiver garantida, tem que fazer depósito 
recursal para o Recurso de Revista. 
Ex.: A condenação foi de R$5.000,00. Para entrar com o RO tem que depositar 
R$5.000,00. Para entrar com o Recurso de Revista precisa depositar alguma coisa? Não, pois 
a execução já está garantida com o depósito do RO. 
EX2: a condenação foi de R$15.000,00. O teto do RO é de R$9.000,00, sendo esse o 
valor a ser depositado em caso de RO. Precisando entrar com o Recurso de Revista, é preciso 
pagar mais R$6.000,00, pois é o valor que falta para garantir a execução. 
Ou seja, quando a execução não estiver garantida, há necessidade de depósito 
recursal no valor do complemento da garantia. 
Súmula nº 128 do TST 
DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 139, 189 e 190 
da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada 
novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum 
depósito mais é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula nº 128 - alterada pela Res. 
121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou a OJ nº 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998) 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de 
qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação 
do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. (ex-OJ nº 189 da 
SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal 
efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito 
não pleiteia sua exclusão da lide. (ex-OJ nº 190 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
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 A Súmula 128 do TST é para o depósito recursal e diz que é preciso fazê-lo a cada 
novo recurso até atingir o valor da condenação. 
 
1.3. Apresentação 
É apresentado no TRT que deu a decisão (juízo de origem) e enviado para o TST (juízo 
de destino). Envia-se para o presidente do TST, que distribui para uma das turmas por 
sorteio. Então, é o TRT (o juízo de origem) que leva o Recurso de Revista para frente (para o 
TST). 
Haverá dois juízos de admissibilidade, isto é, os pressupostos recursais de 
admissibilidade serão apreciados duas vezes: primeiro juízo de admissibilidade (ad quo – 
TRT) e segundo juízo de admissibilidade (ad quem – TST). 
 
1.4. Transcendência 
O Recurso de Revista possui dois requisitos específicos: a transcendência e o 
prequestionamento. O prequestionamento já foi tratado quando falamos sobre os embargos 
de declaração. 
Súmula nº 297 do TST 
PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova redação) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido 
adotada, explicitamente, tese a respeito. 
II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso 
principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob 
pena de preclusão. 
III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a 
qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de 
declaração. 
Esse ponto da transcendência só serve para cair em prova, pois na prática, não tem 
operação. Transcendência no Recurso de Revista equivale àquela história de repercussão 
geral do Recurso Extraordinário. Embora o TST seja também uma Corte Superior, essa 
transcendência como requisito não foi regulamentada ainda. Desde 2001 está na CLT, no art. 
896-A, dependendo de regulamentação. 
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Art.896-A, CLT - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará 
previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de 
natureza econômica, política, social ou jurídica. 
A Lei nº 13.015/2014 reafirmou que o Recurso de Revista precisa do requisito da 
transcendência, que significa que o tema precisa ser relevante para subir para o TST. 
Transcendência significa que a causa transcende ao interesse das partes, ultrapassa-o, sendo 
importante não somente para as partes, mas também em um contexto mais amplo 
(econômico, político, social ou jurídico).

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