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PROCESSO TRABALHISTA- TEORIA GERAL DOS RECURSOS

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS
I – INTRODUÇÃO:
Etimologicamente falando, a palavra recurso advém do latim RECURSUS, que significa a 
repetição de um caminho já percorrido.
Configuram-se por ser a via mais comum de impugnação das decisões judiciais, em que 
pese não serem as únicas.
● Existem também as ações autônomas: MANDADO DE SEGURANÇA, AÇÃO RESCISÓRIA, EMBARGOS DE 
DEVEDOR e os EMBARGOS DE TERCEIRO.
A) CONCEITO DE RECURSO: 
A palavra recurso tem origem no latim recursus, de recurrere, que dá idéia de regressar, 
retroagir, recuar, refluir. Recurso seria aquilo que tem o curso ao contrário, regresso ao 
ponto de partida. 
No sentido jurídico, recurso vem a ser o poder de provocar o reexame de determinada 
decisão, pela autoridade hierarquicamente superior, visando a obtenção de sua reforma 
ou modificação. [...] 
 
[...] espécie de remédio processual, é um direito assegurado por lei para que a(s) 
parte(s), terceiro juridicamente interessado ou o Ministério Público possam provocar o 
reexame da decisão proferida na mesma relação jurídica processual, retardando, assim, 
a formação da coisa julgada. 
B) NATUREZA JURÍDICA DOS RECURSOS TRABALHISTAS - existem duas correntes:
-- PROLONGAMENTO DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE AÇÃO → o recurso seria uma 
continuação do procedimento iniciado com a petição inicial, ou seja, a continuidade e/ou 
prolongamento do direito de ação;
● NÃO ABORDAREMOS A CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS (Bezerra Leite, pp.628/630, Curso de Dir. Proc. 
do Trab., 2007, LTr).
II – PRINCÍPIOS RECURSAIS TRABALHISTAS: 
2.1 - PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: 
Estabelece a possibilidade de reexame das decisões judiciais, com vistas a impedir abuso 
de poder por parte do magistrado.
O DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO não seria princípio constitucional, mas sim regra de 
organização judiciária;
Por isso se admite a constitucionalidade do DEPÓSITO RECURSAL. 
2.2 - PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE: 
Para que se possa interpor um recurso, há necessidade de que o referido remédio 
processual decorra de dispositivo legal que o fixe.
→ Observação 1: Isso dá margem a que alguns doutrinadores se oponham aos recursos meramente regimentais 
(ex: Agravo Regimental), os quais possuem previsão apenas nos Regimentos Internos dos Tribunais.
→ Observação 2: Na seara trabalhista, os recursos estão estipulados no art. 893, caput da CLT.
→ Observação 3: No entanto, o parágrafo 2º. do art. 893 da CLT, prevê, ainda, a possibilidade de interposição de 
Recurso Extraordinário (RE) para o STF.
→ Observação 4: Outro recurso possível de ser interposto, na seara trabalhista, são os Embargos Declaratórios 
(art. 897-A da CLT), que não consta do rol original fixado no art. 893, pois foi no diploma processual trabalhista 
em Jan.2000, com vigência a partir de Mar.2000, por força da Lei nº. 9.957/2000.
• Antes disso tal recurso era manejado da esfera da trabalhista, por força de entendimento jurisprudencial e 
doutrinário, com amparo nos art. 769 da CLT c/c art. 535 do CPC.
● RECURSO ADESIVO → art. 997, §§1º e 2º do NCPC art. 500 CPC/1973 
c/c Súmula 283 TST.
2.3 - PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO OU DA IRRECORRIBILIDADE 
IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS (art. 893, § 1.º CLT): 
No processo do trabalho, via de regra, as decisões interlocutórias são irrecorríveis, salvo 
quando terminativas do feito, contrariamente do que ocorre no processo civil, quando se 
pode manejar o recurso de Agravo.
● As hipóteses de recurso de decisões interlocutórias trabalhistas, estão expostas na 
SÚMULA 214 do TST.
2.4 - PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS: 
As formas são apenas instrumentos para que se alcance as finalidades às quais o processo 
se destina, ou seja, alcançado o resultado a que se propunha, não há que se declarar a 
nulidade do ato, quando não se observou a forma apropriada.
2.5 - PRINCÍPIO DA SINGULARIDADE, UNIRRECORRIBILIDADE OU 
UNICIDADE RECURSAL: 
Impede a interposição de mais de um recurso contra a mesma decisão.
→ Não se pode usar os recursos simultaneamente, mas sim sucessivamente;
→ Possuía previsão expressa no CPC de 1939 (art. 809). Hoje não mais, no entanto, a 
Doutrina o considera implícito ao sistema processual pátrio.
2.6 - PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE OU CONVERSIBILIDADE: 
Interposto um recurso no lugar de outro, desde que essa interposição tenha se efetivado 
dentro do prazo previsto para o recurso apropriado (aquele que deveria ter sido interposto), 
nenhum problema acarretará. O recurso interposto será recebido como se fora aquele a que 
se propunha receber e terá o seu regular processamento, salvo em caso de má-fé.
Exs: Inconformada com a não atribuição de efeito suspensivo a recurso, a parte interpõe 
Embargos Declaratórios, quando deveria ter interposto Agravo Regimental. Neste caso o 
Tribunal pode receber o recurso como Agravo Regimental.
2.7 - PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE OU DISCURSIVIDADE 
(INTERPOSIÇÃO POR SIMPLES PETIÇÃO): 
Os recursos serão interpostos por simples petição (art. 899, caput CLT).
Há que se fazer um interpretação sistêmica desse princípio, haja vista as demais normas do 
ordenamento jurídico pátrio, mormente aqueles inerentes ao contraditório e ampla defesa.
Assim sendo, o recurso tem que ser dialético, discursivo, pois do contrário configuraria 
recurso genérico. Devem ser indicadas no recursos, as razões do seu inconformismo, bem 
como os motivos pelos quais postula a reforma e/ou anulação do julgado recorrido.
● Súmula 422 TST (dialeticidade recursal).
▶ Observação importante: a SÚMULA 422 TST teve sua redação alterada pela Resolução 199/2015 
do TST. 
2.8 - PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE: 
Via de regra o juiz não poderá conhecer de matérias não mencionadas (trabalhadas) no 
recurso, salvo aqueles consideradas de ordem pública, enquanto não operada a coisa 
julgada (art. 485, §3.º NCPC art. 267, §3º CPC/1973).
● Art. 267 - ... § 3º O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a 
sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e VI; todavia, o réu que a não alegar, na primeira 
oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento.
2.9 - PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS: 
Proíbe o Tribunal Ad Quem de proferir uma nova decisão, pior àquele que o recorrente se 
insurgiu.
Apesar de não estar expresso no CPC, tem larga utilização no campo doutrinário.
Não se aplica às questões de ordem pública (art. 485, §3.º NCPC)
● Ex: O Reclamante ajuíza uma ação postulando: pagamento de horas extras + integração e reflexos; dos RSR, 
13.º salários integrais e proporcionais, férias + 1/3 e aviso prévio, de todo o pacto labora. Em sede de Sentença, 
o Juízo de Piso acolhe todos os pedidos, exceto o de horas extras + integração e reflexos. Ante o exposto, o 
Reclamante interpõe RO para o TRT. O Tribunal, ao julgar o recurso, não acolhe as razões de indignação do 
Reclamante, no tocante ao pleito de horas extras, bem como suprime os demais direitos anteriormente deferidos. 
Isso está errado, haja vista o princípio da PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS.
III – PRESSUPOSTOS RECURSAIS GENÉRICOS:
Caso não sejam observados os pressupostos processuais abaixo explicitados, o recurso 
não será admitido (não será conhecido). Esses pressupostos são classificados em 
OBJETIVOS e SUBJETIVOS. Vejamos:
3.1 - PRESSUPOSTOS OBJETIVOS: EXTRÍNSECOS
São seguintes os pressupostos objetivos:
A) RECORRIBILIDADE DO ATO:
O recurso somente será admitido se houver, no ordenamento, previsão legal para recorrer.
● Algumas decisões não ensejam recurso, por exemplo:
→ Sentenças proferidas em ações que tramitam pelo Rito Sumário e que não contenham 
violação a dispositivo constitucional (art. 2.º, § 4.º da Lei 5584/1970);
“ Art. 2.º - Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acordo, o presidente da Junta ou o 
juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se este forindeterminado no pedido. ...
§ 4.º - Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas 
nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário 
mínimo à data do ajuizamento da ação. ... ”
→ Despachos de mero expediente (art. 504 CPC) art. 1.001 Novo CPC;
“Art. 504 - Dos despachos não cabe recurso ” → redação dada pela Lei 11.276/2006
Redação anterior com vigência até 08.05.2006: “ Art. 504 - Dos despachos de mero expediente não cabe 
recurso. ”
→ Decisões interlocutórias (art. 893, § 1.º CLT c/c Súmula 214 TST).
B) ADEQUAÇÃO:
Existe sempre um recurso adequado e próprio para impugnar a decisão judicial.
Todavia, a má adequação do recurso não chega ao ponto de prejudicar o recorrente, posto 
que na seara processual trabalhista aplica-se o princípio da FUNGIBILIDADE, conforme 
visto anteriormente, permitindo-se, desta forma, que um dado recurso interposto, apesar de 
inadequado, seja recebido como se adequado fosse, desde que o prazo legal para o seu 
manuseio tenha sido respeitado. Nem poderia ser de outra forma, haja o jus postulandi das 
partes (Art. 791 da CLT c/c Súmula 425 do TST), princípio específico do Direito Processual 
do Trabalho.
C) TEMPESTIVIDADE (arts. 851, § 2.º e 852 da CLT c/c Súmulas 30 e 197 do TST):
→ Lei 5.584/1970: art. 6.º - Será de 8 (oito) dias o prazo para interpor e contra-arrazoar 
qualquer recurso
O direito de recorrer deve ser exercitado dentro do lapso temporal fixado em lei, sob pena 
de não conhecimento do recurso.
● Via de regra, o prazo para recorrer no Processo do Trabalho é de 8 dias, exceto no caso de 
Embargos de Declaração que é de 5 dias; de Embargos à Execução Fiscal que é de 30 dias; de 
Pedido de Reconsideração do valor fixado à causa, que é de 48h (art. 2º, §§ 1º e 2º da Lei 
5584/1970) ; de Recurso Extraordinário que é de 15 dias (art. 893, § 2º. da CLT c/c art. 102, III da 
CRFB).
● O prazo é contado a partir da intimação da Sentença ou do Acórdão. Em caso de LEITURA DE 
SENTENÇA, a contagem começa do data marcada para a sua leitura;
● Partes com diferentes procuradores → não se aplica o disposto no art. 229 do NCPC 
● Prazo em dobro: pessoas jurídicas de direito público (União, Estados, Distrito Federal, 
Municípios, Autarquias e Fundações Públicas→Decreto-Lei 779/1969), empresas públicas e 
sociedades de economia mista  art. 180 Novo CPC ⇨ referente ao MP e art. 183 Novo CPC, 
referente à Advocacia Pública ⇨ agora o prazo foi unificado para ser apenas em DOBRO, 
sendo excluído o prazo em quádruplo.
D) REGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO:
O recorrente deverá está representado por advogado regularmente constituído e/ou fazer 
uso do jus postulandi (art. 791 CLT), sob pena de não conhecimento do recurso.
● Mandato tácito → Súmula 164 TST.
● OJ 373 do SBDI-1 do 164 TST (requisitos mínimos de validade da Procuração).
● Súmula 383 do TST (redação alterada em razão do CPC/2015)↓
Súmula nº 383 do TST
RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 
104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 210/2016, DEJT divulgado em 
30.06.2016 e 01 e 04.07.2016
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o 
momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do 
CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a 
procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual 
período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado 
e não se conhece do recurso.
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em 
procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente 
para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja 
sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a 
providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, 
se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015).
E) PREPARO:
Além das custas processuais, no processo do trabalho, há ainda, a necessidade do 
empreendimento do DEPÓSITO RECURSAL.
As custas processuais serão calculadas na base de 2%, na forma do disposto no art. 789 da 
CLT.
● Na fase de EXECUÇÃO, as custas serão pagas ao final (art. 789-A CLT);
● O valor das custas, deve ser fixado na Sentença (art. 832, § 2.º CLT);
● Honorários periciais, honorários advocatícios e emolumentos processuais, por não 
constituírem CUSTAS, não configuram como pressuposto processual subjetivo e o seu não 
pagamento, ao tempo da interposição do recurso, em nada prejudica o seu conhecimento;
● Isenção de custas (art. 790-A CLT e Súmula 86 TST);
● Responsabilidade solidária pelo pagamento das custas (art. 789, § 4.º CLT);
OJ-SBDI1-140
DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO 
INSUFICIENTE. DESERÇÃO (nova redação em decorrência do CPC de 2015)
Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito 
recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) 
dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar 
e comprovar o valor devido.
Quanto ao depósito recursal, o mesmo está previsto no art. 899, §§ 1.º a 11 da CLT.
→ A doutrina e jurisprudência não o consideram inconstitucional, pois:
• não impede o empregador de recorrer, apenas o obriga a garantir a execução para tanto;
• não viola o princípio constitucional da igualdade, pois é patente a desigualdade 
(econômica) existente entre o empregador e o empregado, razão da aplicação do princípio 
específico da PROTEÇÃO;
• trata-se de antecipação da condenação, no intuito de garantir a execução, no entanto, os 
valores depositados ficam retidos em conta vinculada ao Juízo (rendendo juros de 
poupança), da qual somente é liberado por meio de Alvará Judicial, sendo que caso o 
empregador saia vencedor da contenda, os recursos são liberados a seu favor;
Alteração → Lei 13.467/2017
Art. 899. Omissis
§ 4º. O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e 
corrigido com os mesmos índices da poupança.
• não se caracteriza como fiança judicial, pois quem faz o depósito é a própria parte (no que 
tange ao instituto da fiança, seria impossível e atentaria quanto à própria natureza do 
mesmo, a fiança prestada pelo próprio devedor, condição que tem que ser atribuída a um 
terceiro);
• visa dificultar a interposição de recursos protelatórios (tendência do direito processo atual, 
seja em que área do direito for, com vistas à efetividade das decisões judiciais, na medida 
em que o processo deve ser entendido como instrumento de realização do direito material);
• O STF ao julgar as ADIs 836 e 884, considerou constitucional e válido o depósito recursal.
● Instrução Normativa n.º 3/1993 do TST → depositado o valor total da 
condenação, não se exige mais nenhum valor a título de depósito recursal;
● Não será exigido quando não houver condenação em dinheiro (Súmula 
161 TST);
● O DEPÓSITO RECURSAL deve ser empreendido e comprovado no mesmo 
prazo recursal (art. 7º da Lei 5584/1970 c/c Súmula 245 do TST);
● As CUSTAS PROCESSUAIS devem ser recolhidas e comprovadas no mesmo prazo 
recursal (art. 789, §1º da CLT);
● A MASSA FALIDA está dispensada do recolhimento do DEPÓSITO 
RECURSAL__Súmula 86 TST (empresas em liquidação extrajudicial não estão isentas 
das custas e do depósito recursal);
F) INEXISTÊNCIA DE FATO EXTINTIVO OU IMPEDITIVO DO DIREITO 
DE RECORRER (arts. 998 do NCPC art. 501 CPC/1973, 999 do NCPC art. 502 
CPC/1973 e 1.000 do NCPC art. 503 CPC/1973):
● FATO EXTINTIVO do direito de 
recorrer:
→ RENÚNCIA (quando ainda não existe recurso → independe da
aceitação da parte contrária);
→ CONCORDÂNCIA com a decisão. 
(impedem a admissibilidadedo recurso)
● FATO IMPEDITIVO do direito de 
recorrer:
→ DESISTÊNCIA (já existe recurso interposto, sendo que, em razão
da DESISTÊNCIA, o mesmo se torna inexistente → independe da
aceitação da parte contrária).
3.2 - PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS: INTRÍNSECOS 
Relativos à pessoa do recorrente. São eles:
A) LEGITIMIDADE:
Têm legitimidade originária: as partes (art. 994 do NCPC )
● CPC: Art. 994 - O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo 
Ministério Público. 
Além das partes, também têm legitimidade para recorrer:
● Na qualidade de terceiro prejudicado ou interessado. 
• sucessor ou herdeiro (arts. 10 e 448 CLT → alterado pela Lei 13.467/2017);
• empresa condenada solidária e/ou subsidiariamente (art. 2.º, § 2.º CLT → alterado pela Lei 
13.467/2017 c/c Súmula 331 TST);
• empreiteiro principal, subempreiteiro e o dono da obra (art. 455 CLT);
• sócios de fato (art. 265 CC);
• litisconsortes e assistentes;
• substituto processual (art. 8.º, III CRFB);
• Ministério Público do Trabalho (nos processos em que figura como custus legis → art. 83, VI da 
LC n.º 75/1993).
● Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos 
órgãos da Justiça do Trabalho:
VI - recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tanto nos processos 
em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei, bem como pedir revisão dos 
Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho; 
• Presidente do TRT e Ministério Público do Trabalho (art. 898 CLT).
B) CAPACIDADE:
O recorrente tem que ser plenamente capaz de recorrer (arts. 3.º, 4.º e 5.º do CC), do 
contrário deverá ser representado ou assistido, sendo que no Direito Processual do 
Trabalho, há que se observar o disposto nos arts. 402 e 403 da CLT.
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
I - os menores de dezesseis anos;
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a 
prática desses atos;
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o 
discernimento reduzido;
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de 
todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 
dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em 
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
C) INTERESSE:
Por meio desse pressuposto, deve-se se levar em conta a utilidade da providência judicial 
pretendida e a necessidade da via escolhida para obtê-la. 
4 – REMESSA EX OFFICIO:
As causas trabalhistas nas quais figurem a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, bem como suas fundações e/ou autarquias, em caso decisão contrária a estes 
entes, necessariamente a questão terá que ser devolvida pelo Juiz para a Instância 
Superior, por meio da REMESSA NECESSÁRIA e/ou EX OFFICIO, na forma do que dispõe 
o art. 1.º, inciso V do Decreto-Lei 779/1969, abaixo transcrito:
“ Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho constituem privilégio da União, dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público federais, estaduais ou 
municipais que não explorem atividades econômicas: ...V - o recurso ordinário ex officio das decisões que 
lhe sejam total ou parcialmente contrárias; ... ”
● PRERROGATIVA PROCESSUAL ≠ de PRIVILÉGIO;
● Baseado na SEGURANÇA JURÍDICA que deve existir nas lides que envolvam o patrimônio público;
● Não se apresentam CONTRARRAZÕES, devido ao fato de que a REMESSA NECESSÁRIA não 
tem natureza de recurso, tecnicamente falando;
● Súmula 303 do TST (nova redação, por força da Resolução 211/2016 (26/08/2016).
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (na redação por força da Resolução 
211/2016 de 26/08/2016)
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da 
Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a 
condenação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para 
a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos) 
salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações 
de direito público e os Municípios
que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais 
Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: 
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho 
em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do 
próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita 
ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas 
hipóteses dos incisos anteriores. (ex-OJ nº 71 da SBDI-1 - inserida em 03.06.1996) 
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação 
processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão 
da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro 
interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-
OJs nºs 72 e 73 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 25.11.1996 e 03.06.1996).

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