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Noções Básicas em Urgência e Emergência

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BEM-VINDO AO CURSO!
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DICAS IMPORTANTES PARA O BOM 
APROVEITAMENTO
• O objetivo principal é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso.
• Leia todo o conteúdo com atenção redobrada, não tenha pressa.
• Explore profundamente as ilustrações explicativas, pois elas são fundamentais 
para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o conteúdo.
• Quanto mais aprofundar seus conhecimentos mais se diferenciará dos demais 
alunos dos cursos.
• O aproveitamento que cada aluno faz, é você que fará a diferência entre os “alunos 
certificados” dos “alunos capacitados”.
• Busque complementar sua formação fora do ambiente virtual onde faz o curso, 
buscando novas informações e leituras extras, e quando necessário procurando executar 
atividades práticas que não são possíveis de serem feitas durante o curso.
• A aprendizagem não se faz apenas no momento em que está realizando o curso, 
mas sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite 
encontrar elementos para reforçar aquilo que foi aprendido.
• Critique o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo no dia-
a-dia. O aprendizado só tem sentido quando é efetivamente colocado em prática.
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CONTEÚDO
01 - Introdução
02 - Capítulo 1 – Atendimento Pré-Hospitalar E Avaliação Inicial Da Vítima 1
03 - Capítulo 1 – Atendimento Pré-Hospitalar E Avaliação Inicial Da Vítima 2
04 - Capítulo 1 – Atendimento Pré-Hospitalar E Avaliação Inicial Da Vítima 3
05 - Capítulo 2 – Parada Cardiorrespiratória 1
06 - Capítulo 2 – Parada Cardiorrespiratória 2
07 - Capítulo 3 – Protocolo De Reanimação Cardiopulmonar (Diretrizes Ilcor 
2010) 1
08 - Capítulo 3 – Protocolo De Reanimação Cardiopulmonar (Diretrizes Ilcor 
2010) 2
09 - Capítulo 3 – Protocolo De Reanimação Cardiopulmonar (Diretrizes Ilcor 
2010) 3
10 - Capítulo 4 – Urgências E Emergências Cardiovasculares 1
11 - Capítulo 4 – Urgências E Emergências Cardiovasculares 2
12 - Capítulo 5 – Urgências E Emergências Neurológicas
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13 - Capítulo 6 – Urgências E Emergências Obstétricas 1
14 - Capítulo 6 – Urgências E Emergências Obstétricas 2
15 - Capítulo 6 – Urgências E Emergências Obstétricas 3
16 - Capítulo 7 – Intoxicações Exógenas E Acidentes Com Animais 
Peçonhentos 1
17 - Capítulo 7 – Intoxicações Exógenas E Acidentes Com Animais 
Peçonhentos 2
18 - Capítulo 7 – Intoxicações Exógenas E Acidentes Com Animais 
Peçonhentos 3
19 - Capítulo 8 – Queimaduras E Choque Elétrico
20 - Capítulo 9 – Afogamento 1
21 - Capítulo 9 – Afogamento 2
22 - Capítulo 10 – Considerações Sobre O Trauma 1
23 - Capítulo 10 – Considerações Sobre O Trauma 2
24 - Capítulo 10 – Considerações Sobre O Trauma 3
25 - Considerações Finais
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26 - Referências Bibliográficas
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1 - Introdução
O Suporte Básico de Vida compreende o atendimento prestado a uma vítima de mal 
súbito ou trauma, visando à manutenção de seus sinais vitais e à preservação da vida, além de 
evitar o agravamento das lesões existentes, até que uma equipe especializada possa transportá-
la ao hospital e oferecer um tratamento definitivo.
Apesar de qualquer cidadão poder ajudar em uma situação de emergência, é importante 
lembrar que isso não o torna um “socorrista” profissional. Para se profissionalizar é necessário 
adquirir muito mais informações e habilidades, treinamento adequado e, inclusive, para muitas 
das funções, diploma e registro profissional.
Portanto, devemos preferir, sempre que possível, o atendimento pelos socorristas e 
profissionais de saúde, que contam com formação qualificada e equipamentos especiais para 
realizá-lo.
Nesta disciplina serão abordadas situações de urgências e emergências mais 
comumente encontradas pelo profissional de saúde no ambiente pré-hospitalar e as principais 
condutas a serem tomadas até a chegada de equipe especializada para atendimento e transporte 
do paciente ao hospital.
Um bom aproveitamento para todos!
2 - Capítulo 1 – Atendimento Pré-Hospitalar E Avaliação Inicial Da 
Vítima 1
O Suporte Básico de Vida (SBV), oferecido aos pacientes no ambiente extra-hospitalar, 
consiste no reconhecimento e na correção imediata da falência dos sistemas respiratório e/ou 
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cardiovascular, ou seja, a pessoa que presta o atendimento deve ser capaz de avaliar e manter a 
vítima respirando, com batimento cardíaco e sem hemorragias graves, até a chegada de uma 
equipe especializada.
Em outras palavras, o profissional de saúde que presta o socorro, que aqui o 
identificaremos como socorrista, para fins didáticos, ao iniciar o suporte básico estará 
garantindo por meio de medidas simples, não invasivas e eficazes de atendimento as funções 
vitais do paciente e evitando o agravamento de suas condições.
São inúmeras as situações de urgências e emergências que necessitam do atendimento 
de um profissional de saúde ou de um socorrista especializado: traumatismos, queimaduras, 
doenças cardiovasculares, parada cardiorrespiratória, crise convulsiva, afogamento, 
intoxicações etc. Para cada caso específico, o profissional deverá estar apto a prestar um 
socorro adequado e de qualidade.
É preciso definir e diferenciar o que vem a ser então uma situação de urgência ou 
emergência. Segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM nº 1451/95), “define-
se por urgência a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, 
cujo portador necessita de assistência médica imediata.” Já o conceito de emergência é 
entendidocomo “a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em 
risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico 
imediato.”
De forma mais objetiva, a urgência é uma situação onde não existe risco imediato à 
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vida (ou risco de morte). O atendimento requer rapidez, mas o paciente pode aguardar 
tratamento definitivo e solução em curto prazo (algumas literaturas se referem a um prazo de 
até 24 horas). A emergência geralmente implica estarmos diante de uma situação de 
aparecimento súbito e imprevisto, grave, crítica e que exige ação imediata, pois a ameaça à 
vida é grande.
Como o próprio nome diz, o serviço de Atendimento Pré-hospitalar (APH) envolve 
todas as ações efetuadas com o paciente, antes da chegada dele ao ambiente hospitalar. 
Compreende, portanto, três etapas:
1. assistência ao paciente na cena (no local da ocorrência);
2. transporte do paciente até o hospital;
3. chegada do paciente ao hospital.
O APH divide-se, ainda, basicamente em duas modalidades de atendimento:
• Suporte Básico à Vida (SBV): caracteriza-se por não realizar manobras invasivas.
• Suporte Avançado à Vida (SAV):caracteriza-se pela realização de procedimentos 
invasivos de suporte ventilatório e circulatório, como, por exemplo, a intubação orotraqueal, 
acesso venoso e administração de medicamentos. Geralmente, o suporte avançado é prestado 
por equipe composta por médico e enfermeiro.
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O APH tem como objetivos específicos preservar as condições vitais e transportar a 
vítima sem causar traumas iatrogênicos durante sua abordagem, como, por exemplo, danos 
ocorridos durante manipulação e remoção inadequada (do interior de ferragens, escombros 
etc.). O socorrista deve ter como princípio básico evitar o agravamento das lesões e procurar 
estabilizar as funções ventilatórias e hemodinâmicas do paciente.
As condições essenciais para que esses objetivos sejam alcançados são: pessoal 
qualificado e devidamente treinado; veículos de transporte apropriados e equipados, sendo 
inclusive dotados de meio de comunicação direta com o centro que receberá a vítima e 
hospitais de referência estrategicamente localizados, com infraestrutura material e recursos 
humanos adequados.
Uma atenção pré-hospitalar qualificada é de suma importância para que a vítima 
chegue viva ao hospital. Nos locais onde esse sistema é inadequado, a mortalidade hospitalar 
por trauma, por exemplo, é baixa, porque os pacientes graves morrem no local do acidente, ou 
durante o transporte.
Para conhecer mais sobre a caracterização dos serviços de urgência e emergência, 
SAMU, normatização e legislação do Atendimento Pré-hospitalar (APH) no Brasil, leia sobre 
a Política Nacional de Atenção às Urgências, documento disponível no site do Ministério da 
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Saúde: .
O socorrista, ao decidir intervir em determinada ocorrência no ambiente pré-hospitalar, 
deverá seguir algumas regras básicas de atendimento:
1. Avaliar Cuidadosamente O Cenário
– Qual a situação? Observar, reconhecer e avaliar cuidadosamente os riscos que o 
ambiente oferece (para você, sua equipe e terceiros – paciente, familiares, testemunhas, 
curiosos), qual o número de vítimas envolvidas, gravidade etc.
– Como a situação pode evoluir? Tenha sempre em mente que o ambiente pré-
hospitalar nunca está 100% seguro e uma situação aparentemente controlada pode tornar-se 
instável e perigosa a qualquer momento. Portanto, a segurança deverá ser reavaliada 
constantemente! Identifique as ameaças ao seu redor, tais como riscos de atropelamento, 
colisão, explosão, desabamentos, eletrocussão, agressões etc. Na existência de qualquer perigo 
em potencial, aguarde o socorro especializado. Lembre-se: não se torne mais uma vítima! 
Quanto menor o número de vítimas, melhor.
Que recursos devem ser acionados? Verifique se há necessidade de solicitar recursos 
adicionais, tais como corpo de bombeiros, defesa civil, polícia militar, companhia elétrica e 
outros.
2. Acionar A Equipe De Resgate
Especializado e autoridades competentes, caso seja necessário, conforme avaliação 
anterior. Não devemos esquecer que solicitar o serviço de socorro pré-hospitalar profissional é 
tão importante quanto cuidar da própria vítima. Na maioria das cidades brasileiras, os 
principais números para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), 
serviço de salvamento e resgate (Corpo de Bombeiros) e Polícia Militar, são respectivamente: 
192, 193 e 190.
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3. Sinalizar O Local
Isso é especialmente importante em casos de acidentes automobilísticos, portanto não 
se esqueça de sinalizar a cena e torná-la o mais segura possível. Utilize o triângulo de 
sinalização, pisca-alerta, faróis, cones, galhos de árvores etc.
4. Utilizar Barreiras De Proteção
contra doenças contagiosas. Ao examinar e manipular a vítima, o socorrista deverá 
tomar todas as precauções para evitar a sua contaminação por agentes infecciosos, sangue, 
secreções ou produtos químicos. O uso de equipamento de proteção individual (EPI), tais 
como luvas descartáveis, óculos de proteção, máscaras e aventais, é essencial para a segurança 
do profissional de saúde em atendimento. Portanto, proteger-se de qualquer contaminação e 
minimizar os riscos de exposição fazendo uso das precauções universais é uma obrigação da 
pessoa que presta o socorro. Lembre-se do bom senso: a sua segurança em primeiro lugar, 
correto? Lembramos ainda que a lavagem de mãos com água e sabão deverá ser feita 
rigorosamente antes e após cada atendimento. Esse é um hábito imprescindível a ser adotado 
tanto no ambiente pré-hospitalar quanto hospitalar, por todos os profissionais de saúde. 
Quando se trata de uma emergência o que deve-se fazer é se proteger (com luvas) para salvar 
a vida e não procurar uma pia para se lavar.
5. Relacionar Testemunhas
Para sua própria proteção pessoal, profissional e legal enquanto prestador de socorro.
6. Abordagem E Avaliação Da Vítima
Após avaliar o ambiente e tomar todas as precauções de segurança e proteção 
individuais, o socorrista deverá se identificar e se apresentar à vítima dizendo: “Sou um 
profissional de saúde. Posso ajudar?”
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Em seguida, devidamente autorizado a prestar auxílio e observando todos os aspectos 
pessoais e legais da cena do acidente (ou doença aguda), o profissional poderá intervir 
diretamente no atendimento.
É fundamental que o socorrista profissional classifique a vítima em adulto, criança ou 
bebê, pois os procedimentos de SBV, caso sejam necessários, serão adotados respeitando-se 
essa classificação, de acordo com as últimas recomendações (2010) da American Heart 
Association.
• Bebê (“lactente”): do nascimento ao primeiro ano de vida.
• Criança: do primeiro ano de vida até o início da puberdade(por ex: desenvolvimento 
das mamas em meninas e pelos axilares nos meninos).
3 - Capítulo 1 – Atendimento Pré-Hospitalar E Avaliação Inicial Da 
Vítima 2
• Adulto: a partir da puberdade.
A prioridade de atendimento é determinada basicamente pela gravidade da vítima, ou 
seja, serão socorridas e atendidas primeiramente aquelas que se encontram sujeitas a maior 
risco de morte, pois o objetivo principal do primeiro socorro é a preservação da vida. O 
socorrista deverá seguir uma sequência padronizada e executar as medidas de socorro 
conforme for identificando as lesões da vítima. O exame é dividido em dois tempos principais: 
avaliação primária e avaliação secundária.
Avaliação Primária consiste numa análise de todas as condições que impliquem risco 
iminente de morte, tais como permeabilidade das vias aéreas, respiração eficaz (anormal ou 
gasping), estabilidade circulatória, controle de grandes sangramentos e estabilização da coluna 
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cervical. Essa etapa inicial da avaliação deverá ser completada em 60 segundos, no máximo e 
imediatamente chamar ou solicitar alguém que chame o serviço de atendimento móvel, se 
disponível no local trazer o DEA – Desfibrilador Automático Externo. Durante a avaliação 
primária, o socorrista identifica e corrige prontamente todos os problemas que ameaçam a vida 
do doente. As medidas de suporte básico de vida são iniciadas nesse primeiro instante.
A sequência ABC foi alterada para CAB, o socorrista iniciará com as compressões caso 
a vítima não apresente pulso. A maior parte dos pacientes que sofrem PCR inicialmente 
apresentou Fibrilação Venticular – FV ou Taquicardia Ventricular – TV sem pulso. Diante 
disto as medidas imediatas são compressões e desfibrilação precoce. Sendo assim a sequência 
utilizada anteriormente retardaria o início da massagem cardíaca. Com alteração da sequência 
as manobas de compressões serão iniciadas sem atraso e a ventilação verá em seguida.
• Circulação – O pulso está presente? Não se deve demorar mais do que 10 segundos 
para identificar o pulso. Existe alguma hemorragia grave? Na ausência de pulso iniciar de 
imediato com 30 compressões torácicas, em uma frequência de no mínimo 100 vezes por 
minutos, com a profundidade de 5 cm. Prevenir ou tratar o estado de choque.
• Vias aéreas e estabilização da coluna cervical (em vítimas de trauma, profissionais de 
sáude que suspeitarem de trauma realizar anteriorização da mandíbula) – Ver, Ouvir e Sentir 
não se usa mais. Verificar se as vias aéreas estão pérvias ou se existem sinais de obstrução.
• Respiração – O paciente respira? Na ausência da respiração realizar 2 ventilações. 
Essa respiração está sendo eficaz? Ofertar suporte ventilatório com oxigênio suplementar de 
12 a 15 L/min para vítimas de trauma.
• Avaliação neurológica – Chamar pela pessoa. “Você está bem? Posso ajudar? Qual o 
seu nome?” Um método muito simples para determinar rapidamente o estado de consciência é 
a utilização do sistema AVDI.
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A – Acordado, Alerta: o indivíduo emite respostas coerentes (nome, endereço, detalhes 
do acidente...). Geralmente a vítima mantém contato visual com o socorrista e atende 
normalmente aos estímulos visuais, auditivos e táteis.
V – Verbal: nesse estágio a vítima ainda atende ao estímulo verbal dado pelo socorrista 
(comando de voz), no entanto, pode apresentar-se confusa e emitir palavras desconexas. 
Devemos considerar que essa vítima poderá perder a consciência a qualquer momento, 
portanto ela deve ser estimulada a manter-se acordada.
D – Doloroso: nesse estágio a vítima não atende mais aos estímulos verbais do 
socorrista, apesar de poder emitir sons ou gemidos, mas sem capacidade de contato visual 
direto. Realizase um estímulo doloroso (sobre o esterno, trapézio ou leito ungueal) para obter 
qualquer resposta da vítima (localizar a dor, reagir com caretas, movimentos, gemidos...). É 
bom lembrar que em muitos casos, a vítima estará em um estado de semiconsciência e poderá 
até mesmo ouvir e sentir o que acontece ao seu redor. Dessa forma, o socorrista também 
deverá estimular o retorno da vítima ao estado de resposta verbal, incentivando a melhora do 
seu nível de consciência.
I – Irresponsivo ou Inconsciente: nesse estágio o indivíduo não responde nem mesmo 
ao estímulo doloroso. Isso, por si só, já caracteriza uma situação crítica.
• Exposição da vítima com controle da hipotermia – Retirar ou cortar as vestes para 
visualizar melhor e tratar as lesões de extremidades. Em seguida, cobrir a vítima, prevenindo 
assim a hipotermia e minimizando o choque.
Observação. O protocolo detalhado do suporte básico de vida e reanimação 
cardiopulmonar (RCP) será visto no capítulo seguinte.
É muito importante obter todas as informações possíveis do local do acidente. O 
socorrista deverá observar cuidadosamente a cena por si só, conseguir informações com a 
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própria vítima (se consciente e orientada), familiares e testemunhas e avaliar os sinais e 
sintomas indicativos de uma emergência.
Avaliação Secundária (complementar): consiste na segunda etapa do exame, onde serão 
observadas todas as lesões que não impliquem risco imediato à vida. O socorrista deve buscar 
realizar anamnese direcionada, checar a história do acidente ou mal súbito, identificar os 
ferimentos, aferir os sinais vitais e realizar um exame físico padronizado, da cabeça aos pés. 
Algumas perguntas e informações são fundamentais e devem ser levantadas, como por 
exemplo:
• Nome, idade, telefone (menor de idade – contatar responsáveis).
• O que aconteceu?
• Isso já aconteceu antes?
• Algum problema de saúde?
• Está tomando algum remédio?
• Está fazendo algum tratamento de saúde?
• É alérgico a algum medicamento?
• Fez uso de algum tipo de droga?
• Qual o horário da última alimentação?
• O que você está sentindo? Sente dor em algum lugar?
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Durante a avaliação secundária, proceder, ainda, à avaliação dos sinais vitais, observar 
a cor da pele e verificar o nível de consciência. Destacamos abaixo algumas observações e 
“dicas” quanto aos dados obtidos pelo socorrista durante a realização dessa etapa.
1. Condições que estimulam o sistema nervoso parassimpático, como algumas 
intoxicações, síncope e pressão intracraniana elevada podem provocar bradicardia.
2. Condições que elevam a demanda de oxigênio, como febre alta, choque, hipóxia e 
anemia grave, provocam taquicardia.
4 - Capítulo 1 – Atendimento Pré-Hospitalar E Avaliação Inicial Da 
Vítima 3
3. Um ritmo de pulso irregular e uma deficiência do pulso (frequência do pulso radial 
menor que a frequência do pulso apical) ocorrem com as arritmias.
4. Um pulso filiforme geralmente é encontrado no choque hipovolêmico, assim como 
respirações rápidas e superficiais.
5. Respiração profunda e difícil (com esforço – dispneia) pode indicar obstrução nas 
vias aéreas, doença cardíaca ou pulmonar.
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6. A diferença entre a PA sistólica e a diastólica (pressão de pulso) é aproximadamente 
de 30 a 40mmHg.
7. Quando a pressão de pulso é baixa, diz-se que a PA é convergente e quando é alta 
diz-se que a PA é divergente. A PA convergente indica vasoconstrição e ocorre, por exemplo, 
precocemente no choque hemorrágico antes da queda da pressão sistólica. A PA divergente 
indica vasodilatação e ocorre nas reações anafiláticas e no choque neurogênico.
8. Uma pele fria e úmida é indicativa de uma resposta do sistema nervoso simpático a 
um traumatismo ou perda sanguínea (estado de choque). A exposição ao frio produz uma pele 
fria, no entanto seca. Uma pele quente e seca pode ser causada por febre, em uma doença, ou 
ser o resultado de uma exposição excessiva ao calor, como na insolação.
9. Todo politraumatizado taquicárdico e pálido está em choque, até que se prove o 
contrário. Pacientes com coloração rosada raramente têm hipovolemia crítica.
10. A cianose não aparece na intoxicação por monóxido de carbono, e a coloração 
vermelho-cereja da pele e mucosas, descrita como sinal clássico nesse tipo de intoxicação, é 
rara.
11. Dilatação pupilar bilateral e não reativa sugere dano cerebral grave.
12. Presença de pupilas anisocóricas sugere lesão cerebral por traumatismo craniano ou 
AVE – acidente vascular encefálico.
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5 - Capítulo 2 – Parada Cardiorrespiratória 1
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A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma emergência relativamente frequente em 
qualquer serviço de atendimento de emergência, e significa a cessação dos batimentos 
cardíacos e dos movimentos respiratórios.
Já foi o tempo em que ausência de respiração e batimento cardíaco significava morte. 
Com a evolução das técnicas de reanimação cardiopulmonar, desenvolvimento de drogas, 
aperfeiçoamento de equipamentos e treinamento de leigos e profissionais, milhares de vidas 
são salvas em todo o mundo.
As células do organismo começam a morrer alguns minutos depois de cessadas as 
funções vitais. As células nervosas são as mais frágeis do corpo humano. Elas não conseguem 
sobreviver por mais de cinco minutos sem oxigênio, sofrendo lesões irreversíveis.
É claro que toda pessoa com alguma possibilidade de ser salva deve ser reanimada. No 
entanto, como saber que essa chance existe e quando devemos considerar a pessoa morta? 
Sabemos que uma vítima estará morta quando houver parada total e irreversível de suas 
funções encefálicas. Quando essas estruturas cessam suas funções de forma irreversível, 
podemos afirmar que ela se encontra morta e não há mais nada a ser feito.
“A parada total e irreversível das funções encefálicas equivale à morte, conforme 
critérios já bem estabelecidos pela comunidade científica mundial.” (Trecho da Resolução do 
Conselho Federal de Medicina no 1.480/97, de 8/8/97).
Observação – Intoxicação por drogas depressoras do Sistema Nervoso Central (SNC), 
distúrbios metabólicos e hipotermia podem simular os parâmetros de lesão encefálica 
irreversível.
O socorrista, ao se aproximar da vítima e constatar que não existe respiração e pulso, 
não pode ter certeza se já existe a morte encefálica, portanto a vítima deverá receber as 
manobras de reanimação, a não ser que se encontrem sinais claros de morte óbvia. Existem 
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inúmeros casos conhecidos em que a vítima foi reanimada com sucesso após longo tempo de 
parada cardíaca. (Fato relacionado com as causas da parada cardíaca e fatores ambientais que 
podem preservar o encéfalo por um tempo maior que os tradicionais 4 a 6 minutos para que a 
morte cerebral se inicie).
As causas de parada cardiopulmonar podem ser divididas em 2 grupos: primárias e 
secundárias.
Primárias: devido a um problema do próprio coração, causando uma arritmia cardíaca, 
geralmente a fibrilação ventricular. A causa principal é a isquemia cardíaca (chegada de 
quantidade insuficiente de sangue oxigenado ao coração).
Secundárias: são as principais causas de PCR em crianças e vítimas de traumatismos. A 
disfunção do coração é causada por problema respiratório ou por uma causa externa:
1. oxigenação deficiente: obstrução de vias aéreas e doenças pulmonares;
2. transporte inadequado de oxigênio: hemorragias graves, estado de choque e 
intoxicação pelo monóxido de carbono;
3. ação de fatores externos sobre o coração: drogas, trauma direto no coração e 
descargas elétricas.
Parada Respiratória
A vítima interrompe os movimentos respiratórios, mas o coração pode continuar 
bombeando sangue durante alguns minutos e a circulação continua enviando oxigênio dos 
pulmões para os tecidos. Se houver uma intervenção precoce, é possível reverter o quadro e 
prevenir a parada cardíaca. Do contrário, ocorrerá interrupção do funcionamento do coração 
enquanto bomba cardíaca, a circulação será suspensa e o quadro se agravará com parada 
cardiorrespiratória.
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Causas da parada respiratória:
• estado de inconsciência – obstrução de vias aéreas por queda da língua na faringe 
posterior;
• obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE);
• afogamento;
• acidente vascular encefálico;
• inalação de fumaça;
• overdose de drogas;
• trauma cranioencefálico etc.
Como Reconhecer Os Sinais De Uma Parada Cardiorrespiratória (Pcr)
Tríade: vítima inconsciente, ausência de respiração e ausência de pulso em grande 
artéria (o principal sinal da parada cardiopulmonar, sendo o mais específico – ausência de 
pulso carotídeo no adulto e braquial no bebê).
Atenção! a midríase bilateral é um sinal tardio, ocorre em até 45 segundos após a 
parada cardíaca e pode aparecer em outras situações. Assim sendo, não utilizar a dilatação das 
pupilas para o diagnóstico da parada ou para definir que a vítima está com lesão cerebral 
irreversível. A persistência da midríase com a RCP é um sinal de prognóstico ruim.
A ausência de circulação do sangue interrompe a oxigenação dos tecidos. Após alguns 
minutos as células mais sensíveis começam a morrer. Os órgãos mais sensíveis à falta de 
oxigênio são o cérebro e o coração. A lesão cerebral irreversível ocorre geralmente após cinco 
a seis minutos (morte cerebral).
Dica: As vítimas submetidas a baixas temperaturas (hipotermia) podem suportar 
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períodos mais longos sem oxigênio, pois o metabolismo diminui, reduzindo o consumo de 
oxigênio.
Portanto, a reanimação cardiopulmonar (RCP) é a técnica utilizada para retardar a lesão 
cerebral até a instituição de medidas de suporte avançado de vida. Consiste nas manobras de 
abertura das vias aéreas, respiração artificial e compressões torácicas, na tentativa de 
restabelecer a ventilação pulmonar e a circulação sanguínea.
Objetivos Das Manobras De Reanimação Cardiopulmonar (Mrcp)
Oxigenar e circular o sangue até que seja iniciado o tratamento definitivo; retardar ao 
máximo a lesão cerebral; prolongar a duração da fibrilação ventricular (modalidade de PCRmais encontrada no ambiente extra-hospitalar), impedindo que ela se transforme em assistolia 
e permitir que a desfibrilação tenha sucesso; reverter a parada cardíaca em alguns casos de 
PCR por causas respiratórias.
A RCP não é capaz de evitar lesão cerebral por períodos prolongados. Com o tempo 
(minutos) a circulação cerebral obtida com as compressões torácicas vai diminuindo 
progressivamente até se tornar ineficaz. Durante a RCP a pressão sistólica atinge de 60 a 
80mmHg, mas a pressão diastólica é muito baixa, diminuindo a perfusão de vários órgãos, 
entre os quais o coração. As paradas por fibrilação ventricular só podem ser revertidas pela 
desfibrilação (tratamento definitivo).
6 - Capítulo 2 – Parada Cardiorrespiratória 2
 Para cada minuto sem as manobras de reanimação cardiopulmonar e desfibrilação, as 
chances de sobrevivência da vítima caem de 7 a 10%.
 Para a vítima em parada cardiopulmonar, o tempo é um fator crítico. (“Tempo é 
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cérebro!”). Durante alguns minutos após a parada ainda existe oxigênio nos pulmões e na 
corrente sanguínea para manter a vida, mas as manobras de reanimação devem ser iniciadas 
tão logo se detecte a parada cardíaca. No entanto, o SBV sem desfibrilação não é suficiente 
para manter a vida por períodos prolongados e a reversão da PCR na maioria dos casos 
também não é obtida. Portanto, é fundamental a solicitação de unidade com desfibrilação e 
recursos de suporte avançado de vida. Estudos comprovam que vítima desfibrilada em até 8 
minutos após a parada cardiopulmonar tem mais chances de sobrevivência.
O desfibrilador é um aparelho que emite descarga elétrica (choque) no intuito de 
reverter a arritmia cardíaca letal. Está indicado nas situações que o coração apresenta ritmo de 
fibrilação ventricular (FV) e taquicardia ventricular sem pulso (TV).
O DEA (desfibrilador externo automático) é um aparelho simples, bastante confiável e 
de fácil manuseio. Qualquer pessoa tem condição de operá-lo corretamente após treinamento 
adequado. (Veja modelos de desfibriladores ao final da unidade).
7 - Capítulo 3 – Protocolo De Reanimação Cardiopulmonar (Diretrizes 
Ilcor 2010) 1
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 As manobras de reanimação cardiopulmonar vêm sendo aperfeiçoadas ao longo de 
várias décadas. A International Liaison Committee on Resuscitation (Aliança Internacional 
dos Comitês de Ressuscitação) foi criada em 1992, com intuito de promover um fórum entre 
as principais organizações de ressuscitação de todo o mundo, disseminando informações para 
o treinamento e educação em ressuscitação, entre outros objetivos.
 A sobrevivência à parada cardiorrespiratória depende de uma série de intervenções 
fundamentais, que correspondem à “corrente de sobrevivência”. O reconhecimento imediato 
dos sinais, o acionamento precoce do serviço de emergência (acesso rápido), a RCP imediata, 
a chegada da equipe de atendimento (com a desfibrilação precoce) e entrada rápida no hospital 
(Suporte Avançado de Vida – SAV) são elos vitais da corrente para garantir a eficácia do 
processo. A recuperação da circulação deve ocorrer num período inferior a 4 minutos, caso 
contrário poderão sobrevir alterações irreversíveis no sistema nervoso, um dos tecidos mais 
sensíveis à falta de oxigênio.
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 Um quinto elo é implementado na cadeia de sobrevida, os cuidados pós-PCR. Este 
novo elo otimiza a estabilização da função cardiopulmonar, perfusão dos órgãos e remoção 
para o estabelecimento de saúde adequado (AHA, 2010).
 Sequência Resumida Dos Passos Para Execução Do Suporte Básico De Vida E 
Manobras De Rcp
 1. Avaliar a responsividade: avaliar o nível de consciência, tocando a vítima pelo 
ombro e chamando-a em voz alta.
 2. Chamar por ajuda: na ausência de resposta da vítima, acionar imediatamente o 
serviço médico de emergência e solicitar desfibrilador.
 3. Detectar presença de pulso (C – Circulation): palpação da artéria carótida ou 
femoral (5 a 10 seg.). Na ausência de pulso, iniciar compressões torácicas: comprimir com 
força e rápido, na frequência de no mínimo 100 vezes por minuto. A profundidade das 
compressões deve ser de 5 cm em adultos e crianças e bebês 4 cm. A relação 
compressões/ventilações com um socorrista deve ser mantida na proporção de 30:2, em 
qualquer faixa etária (exceto recém-nascidos). Minimizar a interrupção das manobras de 
compressão e quando 2 ou mais profissionais de sáude estão presentes durante a RCP, os 
socorristas devem revezar-se nas compressões torácicas a cada 5 ciclos (2 minutos de RCP), 
visando manter a eficácia do procedimento.
 4. Abrir as vias aéreas (A – Airway): assegurar permeabilidade e desobstrução das vias 
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aéreas. Identificar respiração anormal ou gasping. Abolido a “manobra de ver, ouvir e sentir”, 
ao abrir as vias aéreas assegura-se que a percepção de respiração já é detectada. Não se 
recomenda o uso rotineiro da pressão cricóide.
 5. Avaliar respiração (B – Breathing): Realizar ventilação de resgate: 2 insuflações, 
com duração de 1 segundo cada.
 6. Desfibrilação (D – Defibrillation): o tratamento definitivo da fibrilação ventricular 
(FV) ou taquicardia ventricular sem pulso (TV) consiste na desfibrilação (choque). O DEA 
deverá ser usado assim que estiver disponível. (No aparelho monofásico: choque de 360 
joules. No aparelho bifásico: até 200j).
Observações:
 • Colocar o DEA assim que disponível, minimizando compressões torácicas antes e 
após o choque;
 • Reduzir o tempo entre a compressão e aplicação do choque e o reinicio imediato das 
compressões;
 • Quando houver suporte ventilatório avançado instalado não interromper compressões 
nem alternar. A frequência de ventilação deve ser aplicada a cada 6 a 8 segundos, sendo de 8 a 
10 por minuto.
Vias Aéreas
 A vítima encontrada inconsciente e irresponsiva deverá ser posicionada em decúbito 
dorsal sobre uma superfície dura, firme e plana, com os membros superiores estendidos ao 
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longo do corpo. A cabeça da vítima não deve ficar mais alta que os pés, para não prejudicar o 
fluxo sanguíneo cerebral. Nas vítimas de trauma com suspeita de lesão na coluna cervical, o 
movimento deve ser cuidadoso para evitar danos à medula espinhal.
 A ventilação pulmonar (respiração artificial) só poderá ser executada com sucesso caso 
as vias aéreas da vítima estejam abertas, desobstruídas. Nas vítimas inconscientes, a principal 
causa de obstrução é a queda da língua sobre a parede posterior da faringe. Como a língua está 
presa à mandíbula, as manobras que tracionam a mandíbula para frente também elevam a 
língua. A manobra de abertura das vias aéreas pode ser suficiente para restabelecer a 
respiração e prevenir a parada cardíaca.
 As principais manobras utilizadas para desobstruir as vias aéreas são: inclinação da 
cabeça com elevação do queixoe manobra de elevação da mandíbula. Pode ser utilizada 
também uma cânula orofaríngea (do tipo Guedel) para manter a permeabilidade das vias 
aéreas.
 Inclinação da cabeça e elevação do queixo: manobra mais utilizada, fácil e efetiva. 
Com uma das mãos, pressionar a testa da vítima, inclinando a cabeça levemente para trás 
(hiperextensão do pescoço). Posicione os dedos da outra mão sobre o queixo, deslocando a 
mandíbula para cima. Não utilizar o polegar e não aplicar pressão excessiva nas partes moles 
sob o queixo, que poderão obstruir as vias aéreas. Manter a boca da vítima aberta.
 Elevação do ângulo da mandíbula: é a manobra de escolha nas vítimas com suspeita de 
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traumatismos na coluna cervical, pois pode ser realizada sem estender o pescoço. Segurar com 
as duas mãos os ângulos das mandíbulas, uma de cada lado, e deslocar anteriormente, 
mantendo a cabeça fixa. Com os polegares, afaste os lábios inferiores. Essa técnica deverá ser 
adotada apenas por profissionais de saúde treinados.
 Observação – socorristas leigos não devem realizar essa manobra, e sim a elevação do 
queixo.
 Atenção! De acordo com as diretrizes 2010, caso essa manobra não promova abertura 
das vias aéreas, o profissional de saúde é orientado a utilizar a manobra convencional 
(inclinação da cabeça e elevação do queixo), pois a abertura das vias aéreas é uma prioridade 
nos pacientes inconscientes, inclusive nas vítimas de trauma.
Obstrução Das Vias Aéreas Por Corpos Estranhos ( Ovace )
 Se um corpo estranho for visualizado e estiver acessível após a manobra de abertura 
das vias aéreas, remova-o com o dedo indicador “em gancho”. No caso de líquidos, tente 
removê-los com os dedos indicador e médio envolvidos por gaze. Somente tente remover o 
material que está causando a obstrução se ele estiver bem visível e de fácil acesso.
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 Embora a perda de consciência seja a causa mais frequente de obstrução das vias 
aéreas (pela queda da língua), a obstrução por corpos estranhos pode provocar a perda de 
consciência e parada cardiopulmonar. A eventualidade de corpos estranhos obstruindo as vias 
aéreas ocorre mais frequentemente durante as refeições, mas outras causas de obstrução 
incluem próteses dentárias deslocadas, fragmentos dentários, sangue, secreções (saliva, 
vômito), balas etc. Em lactentes ou crianças, as causas mais frequentes são aspiração de 
pequenos objetos ou leite regurgitado.
 A obstrução de vias aéreas pelo conteúdo regurgitado do estômago também poderá 
ocorrer durante a parada cardiopulmonar ou nas manobras de ressuscitação. Pessoas com nível 
de consciência alterado correm maior risco de obstrução de vias aéreas pela aspiração de 
material vomitado ou sangue. (Perda ou diminuição do reflexo faríngeo).
 A obstrução das vias aéreas pode ser parcial (semiengasgo) ou total (engasgo). Com a 
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parcial, a vítima ainda pode ser capaz de manter boa troca gasosa, caso em que poderá tossir, 
apesar dos sibilos entre as tossidas. Enquanto existir uma troca gasosa satisfatória, a vítima 
deverá ser estimulada e encorajada a persistir na tosse espontânea e nos esforços respiratórios, 
sem interferir nas tentativas para expelir o corpo estranho.
 A troca insuficiente de ar é indicada pela presença de tosse ineficaz e fraca, ruídos 
respiratórios estridentes ou gementes, dificuldade respiratória acentuada e, possivelmente, 
cianose. Nesse ponto, iniciar o manejo da obstrução parcial como se houvesse obstrução total.
 A obstrução total das vias aéreas (engasgo real) é geralmente reconhecida quando a 
vítima está se alimentando e, repentinamente, fica incapaz de falar ou tossir. Pode demonstrar 
sinais de asfixia, agarrando o pescoço (sinal clássico, universal), apresentando esforço 
respiratório exagerado e cianose. O movimento de ar pode estar ausente ou não ser detectável. 
A vítima não consegue falar ou tossir com eficácia. O pronto atendimento é urgente, 
preferencialmente enquanto a vítima ainda está consciente. Caso não seja instituído 
tratamento, a vítima evolui rapidamente para inconsciência, PCR e óbito.
Como Proceder? Aplicar A Manobra De Heimlich.
 Essa técnica tem como objetivo expulsar o corpo estranho por intermédio da 
eliminação do ar residual dos pulmões, criando uma espécie de “tosse artificial”.
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• Verifique se é um engasgo real. Pergunte à vítima: “Você está engasgado (a)?”
 • Posicione-se atrás da vítima, abraçando-a em torno do abdome. Estando a vítima em 
pé, ampliar sua base de sustentação, afastando as pernas, e posicionar uma perna entre as 
pernas da vítima (para evitar que ela caia, caso venha perder a consciência).
8 - Capítulo 3 – Protocolo De Reanimação Cardiopulmonar (Diretrizes 
Ilcor 2010) 2
• Localizar o umbigo.
• Colocar a mão fechada 1 dedo acima do umbigo. A mão do socorrista em contato com 
o abdome da vítima está com o punho fechado e o polegar voltado para dentro. A outra mão é 
colocada sobre a primeira.
• Aplicar 5 compressões abdominais sucessivas, direcionadas para cima.
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• Conferir se a vítima voltou a respirar expelindo o objeto.
• Se necessário, reposicionar e repetir os ciclos de 5 compressões, até que o objeto 
desobstrua as vias aéreas, ou a vítima perca a consciência.
Se a vítima ficou inconsciente, apoiá-la cuidadosamente até o solo e iniciar manobras 
de reanimação cardiopulmonar (30 compressões torácicas e 2 ventilações. Reavaliar a cada 2 
minutos (5 ciclos) ou se a vítima mostrar sinais de desobstrução, respiração espontânea e 
circulação).
Atenção! A manobra de Heimlich é perigosa e poderá provocar lesões internas graves. 
As principais complicações são lesões de vísceras abdominais como o fígado e o baço e a 
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regurgitação de material do estômago com broncoaspiração. Sempre encaminhe a vítima ao 
médico após a aplicação da Manobra de Heimlich.
Observação – Segundo a American Heart Association, a manobra de Heimlich com 
compressões abdominais é recomendada apenas para crianças maiores de 1 ano e adultos.
Dica – para a desobstrução de vias aéreas em bebês, mulheres grávidas e pessoas 
obesas, realizar compressões torácicas, e não compressões abdominais.
Nos bebês (lactentes), intercalar 5 tapotagens com as 5 compressões torácicas, até que 
o objeto seja expulso ou o bebê perca a consciência. Caso isso ocorra, considerar a criança em 
parada cardiorrespiratória e iniciar imediatamente manobras de RCP.
Boa Ventilação
Após a desobstrução da via aérea por corpo estranho deve-se observar se a vítima tem 
respiração normal ou gasping.
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O procedimento de verificação da respiração não deve levar mais do que 3 a 5 
segundos.
Respiração difícil, ruidosa e com esforço respiratório pode indicar obstrução de vias 
aéreas, ou respiração agônica que antecede a parada cardíaca. O socorrista deve estar atento.
Ao constatar que a vítima não está respirando, iniciar imediatamente a ventilação 
artificial (“sopro da vida” ou 2 ventilações de resgate).
Conforme visto anteriormente, o socorrista não deve se esqueçer de utilizar barreiras de 
proteção ao realizar a técnica de ventilação boca a boca. Deve se lembrar que a segurança do 
profissional vem em primeiro lugar! O socorrista poderá utilizar dispositivos de barreira como 
a face-shield ou pocket mask (existem diversos modelos disponíveis no mercado). O ideal é 
utilizar o balão-valva-máscara (reanimador manual), conhecido popularmente como 
“Ambu®”.
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Abrir a via aérea com manobra de inclinação da cabeça ou elevação da mandíbula; 
pinçar as narinas da vítima com a mesma mão que inclina a cabeça; aplicar sua boca sobre a 
da vítima, vedando-a completamente. Efetuar duas ventilações, com duração de 1 a 2 
segundos (cada sopro), observando o movimento do peito e sentindo o ar expirado da vítima 
(ventilações mais rápidas causam distensão do estômago); manter um sopro a cada 5 ou 6 
segundos (no adulto, frequência de aproximadamente 12 respirações/min).
Observação – Se a vítima estiver inconsciente, mas apresentar respiração espontânea, 
deverá ser mantida em Posição de Recuperação (decúbito lateral esquerdo). Essa posição é 
particularmente importante, pois permite que seja reduzido o risco de aspiração para os 
pulmões, em caso de vômito ou excesso de sangue nas vias aéreas. A posição lateral de 
segurança (posição de recuperação) é utilizada nos momentos em que a vítima deverá ser 
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lateralizada para desobstrução das vias respiratórias ou quando seu estado exigir descanso.
Circulação
Após as duas ventilações iniciais, o prestador de socorro deve verificar o pulso da 
vítima. O procedimento de verificação do pulso não deve demorar mais que 5 a 10 segundos.
A parada cardiorrespiratória é reconhecida pela ausência de pulso nas grandes artérias 
de vítimas inconscientes. Nos adultos e nas crianças maiores de 1 ano a artéria utilizada é a 
carótida. Essa artéria pode ser palpada facilmente no pescoço (nos dois lados). Em lactentes, a 
artéria de escolha para verificar a presença de pulso é a braquial.
Atenção! Verificar o pulso nas carótidas, por 5 a 10 segundos de cada lado. No entanto, 
não verificar o pulso nos dois lados ao mesmo tempo, pois poderá induzir a vítima a uma 
bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos), por compressão dos barorreceptores 
localizados próximos do ponto correto de verificação.
Caso o pulso presente, mas a vítima estiver em parada respiratória, a ventilação 
artificial deverá ser mantida.
Lembrete – Vítima que respira não está em parada cardíaca! A realização de 
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compressões torácicas em pacientes adultos com pulso presente pode causar complicações 
sérias. Se confirmada a ausência de pulso nas grandes artérias (carótida ou femoral), iniciar 
imediatamente as compressões torácicas.
A manobra de compressão torácica externa consiste em aplicação rítmica de 
compressão na metade inferior do esterno. Isso causa pressão direta no coração e também 
aumento da pressão no interior do tórax, suficientes para manter a circulação do sangue e a 
oxigenação, sempre associada à ventilação artificial. Entretanto, mesmo com a técnica correta, 
o débito cardíaco é três vezes menor do que o normal. Assim, o atendimento avançado deve 
ser iniciado rapidamente. O ideal é que se inicie até 8min após a RCP básica. Pesquisas 
demonstram que, atualmente, mesmo se a RCP é iniciada em menos de 4min após a parada 
cardiopulmonar e o Suporte Avançado à Vida (SAV) chega ao local em menos de 8min após a 
parada, as chances da vítima se recuperar são muito pequenas.
• A vítima deve estar em decúbito dorsal (de costas) em uma superfície dura, tomando-
se o cuidado para que a cabeça não esteja elevada acima do nível do coração. O socorrista se 
mantém ajoelhado, ao lado do tórax da vítima.
• A identificação correta da metade inferior do esterno é muito importante.
• Com a mão, localizar a margem inferior do rebordo costal da vítima.
• Percorrer o rebordo costal até identificar o apêndice xifóide.
• Colocar dois dedos acima do apêndice xifóide sobre o esterno. Atualmente é 
preconizado encontrar um ponto entre os mamilos sobre o esterno.
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• Apoiar a palma de uma das mãos sobre a metade inferior do esterno.
9 - Capítulo 3 – Protocolo De Reanimação Cardiopulmonar (Diretrizes 
Ilcor 2010) 3
• Colocar a outra mão sobre a primeira, de forma que ambas fiquem paralelas. Pode 
entrelaçar os dedos ou mantê-los estendidos, mas não apoiá-los sobre a caixa torácica. O 
objetivo é impedir que a força de compressão seja efetuada sobre as costelas, podendo fraturá-
las.
• Alinhar os ombros sobre o esterno da vítima, mantendo os cotovelos estendidos. A 
força de compressão deve ser provida pelo peso do tronco do socorrista e não pela força de 
seus braços.
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• Exercer pressão vertical, comprimindo a parte inferior do esterno com profundidade 
de 5cm (adultos e crianças). As compressões devem ser regulares e ininterruptas, seguidas de 
relaxamento com o mesmo tempo de duração de cada compressão. O ideal é verificar se a 
compressão efetuada é suficiente para gerar um pulso carotídeo palpável.
• A compressão deve ser aliviada completamente (fase de relaxamento), sem que o 
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prestador de socorro retire suas mãos do tórax da vítima, para que não seja perdida a posição 
correta das mãos.
• Após 5 ciclos (2 min) de compressão e ventilação (30:2), a vítima deve ser reavaliada.
– Pulso ausente: reiniciar RCP pelas compressões torácicas.
– Pulso presente: verificar respiração; se a vítima estiver respirando – monitorizar os 
sinais vitais e colocá-la em posição de recuperação.
– Respiração ausente: manter ventilação artificial (1 sopro a cada 5 ou 6 segundos) e 
monitorizar o pulso.
As modificações recomendadas em 2010 visam otimizar as compressões torácicas e 
incentivar os socorristas a iniciar os procedimentos de RCP através das compressões.
De forma resumida, estas são as principais considerações e recomendaçõessobre as 
últimas diretrizes 2010 de reanimação cardiopulmonar e uso do desfibrilador externo 
automático (DEA).
1. Iniciar a RCP com as compressões torácicas e minimizar as interrupções, otimizando 
a função cardiopulmonar e perfusão dos órgãos.
2. Comprimir o tórax a uma frequência de 100 compressões por minuto, para todas as 
vítimas.
3. A proporção de compressão/ventilação para qualquer faixa etária (exceto recém-
nascido) é de 30:2 (30 compressões para 2 ventilações), com 1 socorrista.
4. Em lactentes e crianças, na presença de 2 socorristas, efetuar 15 compressões para 2 
ventilações.
5. Na RCP realizada por 2 socorristas, assim que uma via aérea avançada estiver em 
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posição (intubação orotraqueal), os socorristas não devem mais aplicar ciclos de compressão 
com pausas para ventilação. Um socorrista realiza compressões ininterruptamente e o outro 
socorrista aplica as ventilações, em uma frequência de 8 a 10 ventilações por minuto (1 
ventilação a cada 6 a 8 segundos).
6. Comprimir com força, rápido e sem parar.
7. Permitir que o tórax retorne totalmente após cada compressão (retorne à posição 
normal) e utilizar aproximadamente o mesmo tempo para compressão e relaxamento.
8. Cada ventilação de resgate deve ter a duração de 1 segundo e produzir elevação 
visível do tórax.
9. Evitar aplicar um número excessivo de ventilações, ou ventilações muito longas e 
forçadas.
10. Desfibrilar com choque único, seguido de RCP imediata.
11. Reiniciar imediatamente, após a desfibrilação, as manobras de compressão, sem 
checar o pulso. O pulso somente será reavaliado após 2 minutos (ou realização de 5 ciclos de 
RCP).
 12. Alternar os reanimadores a cada 2 minutos, para evitar a fadiga e manter a 
qualidade das manobras de RCP.
13. Abrir as vias aéreas é uma prioridade, mesmo na vítima de trauma com possível 
lesão cervical. Caso a elevação da mandíbula sem a extensão do pescoço não abra a via aérea, 
os profissionais de saúde devem utilizar a manobra de inclinação da cabeça e elevação do 
queixo.
14. Aplicar se a vítima não estiver respirando, mas tiver pulso, 10 a 12 ventilações de 
resgate por minuto, para uma vítima adulta (1 ventilação a cada 5 ou 6 segundos). Para 
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lactentes ou crianças, aplicar de 12 a 20 ventilações por minuto (aproximadamente 1 
ventilação a cada 3 a 5 seg.).
15. Iniciar as compressões torácicas, se a frequência cardíaca do lactente ou da criança 
for inferior a 60bat/ min, com sinais de perfusão sistêmica inadequada.
16. Usar 1 ou 2 mãos para aplicar as compressões torácicas em crianças. Comprimir 
sobre o esterno na linha dos mamilos. Para lactentes, pressionar sobre o esterno, 
imediatamente abaixo da linha dos mamilos.
17. Na RCP de lactentes realizada por 2 socorristas, utilizar a técnica dos dois 
polegares para realizar as compressões torácicas.
18. Usar o DEA para crianças acima de 1 ano de idade (abaixo de um ano utilizar o 
desfibrilador manual).
19. O soco precordial foi abolido em atendimentos pré-hospitalares.
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10 - Capítulo 4 – Urgências E Emergências Cardiovasculares 1
Infarto Agudo Do Miocárdio (Iam)
A humanidade enfrenta uma epidemia de cardiopatias, nas quais as síndromes 
coronarianas agudas (SCA) representam importante causa de morbimortalidade em todo o 
mundo. Fatores como a hipertensão arterial, tabagismo, redução da prática de atividade física, 
maus hábitos alimentares, ganho ponderal, traços genéticos (hereditariedade), automedicação, 
estresse, privação de sono e outros agravos representam uma equação em que o resultado é 
bombástico, patológico, coletivo e, de certa forma, evitável.
Atualmente, sabe-se que em grandes capitais o cidadão enfrenta cerca de 1 hora de 
trânsito por dia, tem menos de 30 minutos para cada refeição, segue com vários deveres 
sociopolíticos, cultiva a ganância pelo aumento da renda e valoriza cada vez menos a saúde, 
chegando ao ponto de trocá-la por status e bens materiais.
O sistema cardiovascular sofre, inquestionavelmente, com o padrão de vida adotado 
pela sociedade nos dias de hoje. O coração enfrenta uma sobrecarga episódica ou rotineira que 
prejudica seu funcionamento de tal maneira que o órgão perde gradativamente seu potencial 
de ação, entrando em hipoatividade e inviabilizando a manutenção do metabolismo pelo 
princípio básico da homeostasia.
Assim, quando o indivíduo alcança o limiar do estresse, da fadiga e da 
irresponsabilidade com seu autocuidado, expressa uma síndrome que acomete um ou mais 
sistemas do organismo comprometendo sua integridade física. Sinais e sintomas como dor no 
peito, sudorese, pele fria, palidez, taquicardia e dispneia estão cada vez mais presentes nos 
serviços de atendimento médico especializado, desde aqueles que atuam diretamente na 
comunidade como nos hospitais de referência.
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Dentro desse quadro de doenças cardiovasculares, as síndromes coronarianas agudas 
(SCA) correspondem à angina instável, infarto agudo do miocárdio (IAM) e morte súbita.
A principal etiologia da SCA é a instalação de placas de ateroma nas coronárias, 
causando obstrução total ou parcial das artérias ou seus ramos, com consequente interrupção 
do fluxo sanguíneo e chegada de oxigênio e nutrientes para as células do músculo cardíaco.
Alterações na circulação coronariana com redução do débito promovem um 
desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio das células cardíacas. Assim, a redução 
do fluxo sanguíneo e isquemia, quando prolongada, acarretam hipóxia e culminam com a 
morte (necrose) do músculo cardíaco. Nesse processo de injúria, o coração demonstra seu 
sofrimento a partir de sinais e sintomas clássicos, tais como: precordialgia, epigastralgia, 
sudorese fria e pegajosa, palidez cutâneo mucosa, taquicardia, dispneia, inquietação, mal-estar 
geral, confusão mental, náuseas, vômitos, fadiga e síncope.
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A injúria sintomática decorrente da hipóxia recebe a denominação fisiopatológica de 
angina. Ao estabelecer necrose na estrutura cardíaca é diagnosticado o infarto agudo do 
miocárdio (IAM). A dor de um infarto do miocárdio é semelhante à da angina, mas, em geral, 
ela é mais intensa, prolongada e dificilmente aliviada pelo repouso ou administração de 
medicamentos. O diagnóstico diferencial entre a angina e o infarto é feito pelo 
eletrocardiograma e exames complementares.
Alguns indivíduos apresentam parada cardiorrespiratória súbita e não respondem à 
reanimação cardiopulmonar, caracterizando um quadro de morte súbita (geralmente 
ocasionada por arritmias ventriculares como a fibrilação ventricular e a taquicardia ventricular 
sem pulso FV/TV).
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o infarto agudo do miocárdio é 
considerado a principal causa isolada de morte no Brasil (doença cardiovascular). Essesdados 
coincidem com aqueles encontrados em países desenvolvidos.
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Como Proceder?
Diante de uma vítima com possível quadro de IAM, deve-se acionar imediatamente o 
serviço de socorro especializado (Suporte Avançado), monitorar os sinais vitais, colocar a 
vítima em posição confortável (cabeça elevada 30 a 45º), afrouxar as roupas, gravata ou cinto; 
ventilar o ambiente, não oferecer bebida ou comida, realizar manobras de RCP (se necessário) 
e conduzir a vítima ao hospital o mais rápido possível.
Lembre-se que “tempo é músculo cardíaco!”, portanto o paciente com dor torácica e 
suspeita de infarto agudo do miocárdio deverá ser encaminhado à emergência o quanto antes, 
para avaliação diagnóstica e tratamento adequado. O atendimento ao paciente com SCA 
deverá ser feito de forma rápida e organizada.
Observação – O atendimento médico ao paciente (com administração de oxigênio, 
vasodilatadores, analgésicos e outras drogas), bem como os exames diagnósticos, 
monitorização hemodinâmica e tratamento não serão abordados, pois representam suporte 
avançado de vida e conduta específica.
A prevenção, aliada à correção dos fatores de risco e identificação precoce da doença 
arterial coronariana, contribui significativamente para a redução da mortalidade e sequelas 
associadas.
Acidente Vascular Encefálico (Ave)
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Nas últimas quatro décadas houve um aumento progressivo de sobrepeso e obesidade 
em função das mudanças do padrão alimentar e do sedentarismo da vida moderna e, por 
consequência, do crescimento da morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis, 
incluindo o Acidente Vascular Encefálico (AVE).
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a principal causa de incapacidade funcional 
no mundo e de morte por causas cardiovasculares no Brasil. A Organização Mundial de Saúde 
(OMS) estima que mais de 5 milhões de pessoas morrem a cada ano por causa de acidentes 
cardiovasculares. Segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, o AVE é 
responsável por 30% dos óbitos registrados no País.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mesmo os pacientes que sobrevivem a um 
AVE correm riscos: cerca de 50% morrem após um ano, 30% necessitam de auxílio para 
caminhar e 20% ficam com sequelas graves.
A definição de Acidente Vascular Encefálico no dicionário médico é a de uma 
manifestação, geralmente súbita, de insuficiência vascular do cérebro de origem arterial 
decorrente de espasmo, isquemia, hemorragia ou trombose. O Acidente Vascular Encefálico 
decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Responsável pela morte de células 
nervosas da região cerebral atingida, o AVE pode se originar de uma obstrução de vasos 
sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido 
por acidente vascular hemorrágico.
O Acidente Vascular Isquêmico é responsável por 80% dos casos de AVE. Essa 
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obstrução dos vasos cerebrais pode ocorrer devido a um ateroma (formação de placas numa 
artéria principal do cérebro) ou tromboembolia (quando um trombo ou uma placa de gordura 
originária de outra parte do corpo se solta e, pela rede sanguínea, chega aos vasos cerebrais).
Ataques isquêmicos transitórios, como o próprio nome indica, correspondem a 
obstruções temporárias do sangue a uma determinada área do cérebro. Geralmente, essas 
obstruções são originadas do acúmulo de plaquetas agregadas em placas nas paredes dos vasos 
ou formação de coágulos no coração. Os sinais e sintomas desse ataque são os mesmos do 
AVE, contudo, têm duração de menos de 24 horas.
Em um Acidente Vascular Hemorrágico (AVEH) o rompimento dos vasos sanguíneos 
se dá na maioria das vezes no interior do cérebro, com a denominada hemorragia intracerebral. 
Em outros casos, ocorre a hemorragia subaracnóide, o sangramento entre o cérebro e a 
aracnóide. Como consequência imediata, há o aumento da pressão intracraniana, que pode 
resultar em maior dificuldade para a chegada de sangue em outras áreas não afetadas e agravar 
a lesão. Esse subtipo de AVE é mais grave e tem altos índices de mortalidade.
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Fatores De Risco
Os fatores de risco aumentam a probabilidade de ocorrência de um acidente vascular 
encefálico, no entanto muitos deles podem ser minimizados com tratamento médico ou 
mudança nos estilos de vida. Entre os fatores de risco que podem ser modificados, destacam-
se os seguintes:
• hipertensão;
• diabetes;
• tabagismo;
• consumo frequente de álcool e drogas;
• estresse;
• dislipidemia;
• doenças cardiovasculares, sobretudo as que produzem arritmias;
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11 - Capítulo 4 – Urgências E Emergências Cardiovasculares 2
• sedentarismo;
• uso de contraceptivos hormonais;
• doenças hematológicas.
Existem, contudo, fatores que podem facilitar o desencadeamento de um acidente 
vascular encefálico e que são inerentes à vida humana, tais como:
• idade;
• etnia;
• predisposição genética.
Manifestações Clínicas
A sintomatologia depende da localização do processo isquêmico, do tamanho da área 
isquêmica, da natureza e funções da área atingida e da disponibilidade de um fluxo colateral. 
Muitos sinais e sintomas são comuns aos dois tipos de acidente vascular encefálico.
• Cefaleia
• Alterações do nível de consciência
• Convulsões
• Perda do equilíbrio
• Tontura e fraqueza
• Alterações motoras (hemiplegia, hemiparesia)
• Alterações sensitivas (parestesia, alterações do campo visual)
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• Alterações da fala e de comunicação
• Náuseas e vômitos
• Alterações da memória
Atendimento Inicial
O Acidente Vascular Encefálico é uma emergência médica. O socorro especializado 
deve ser chamado imediatamente para que a vítima seja encaminhada ao hospital o mais breve 
possível.
O tratamento adequado a uma vítima desse acidente deve ser realizado dentro do 
hospital, por uma equipe multiprofissional treinada e bem coordenada. Infelizmente, muitos 
pacientes não chegam ao hospital a tempo de receber atendimento médico apropriado; 
portanto, quanto mais cedo o paciente for atendido, melhor o prognóstico e maiores as chances 
de sobrevivência.
No entanto, até a chegada do socorro especializado, responsável pelo transporte da 
vítima, é fundamental a avaliação do nível de consciência e monitorização dos sinais. A 
Escala de Coma de Glasgow (ECG) é uma escala neurológica que se constitui num método 
confiável e com o objetivo de registrar o nível de consciência de uma pessoa, para avaliação 
inicial e contínua após uma disfunção neurológica.
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A vítima de Acidente Vascular Encefálico pode apresentar obstrução de vias aéreas, 
principalmente devido ao relaxamento da musculatura que dá suporte à língua. Sendo assim, o 
atendimento imediato também deve incluir a manutenção da permeabilidade das vias aéreas, 
por meio de manobras já estudadas anteriormente. Se necessário, deve-se iniciar manobras de 
suporte básico de vida e reanimação cardiopulmonar. Não se dá nada para a vítima beber ou 
comer e se continua monitorando seus sinais vitais.
12 - Capítulo 5 – Urgências E Emergências Neurológicas
Vertigem
 A vertigem é uma falsa sensação de movimento ou de rotação ou a impressão de que 
os objetos se movem ou rodam. Geralmente, ela é acompanhada por náusea e perda do 
equilíbrio. Somente a tontura verdadeira – a que os médicos denominam vertigem – causa 
uma sensação de movimento ou de rotação. A vertigem pode durar apenas alguns instantes ou 
pode persistir por horas ou mesmo dias.
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 A vertigem deverá ser vista como um aviso de que o organismo da vítima está 
debilitado. Os sintomas podem ser: alterações da visão, dificuldade de andar, debilidade 
passageira nas pernas, desorientação no espaço, alterações do equilíbrio até a inconsciência 
completa. Essas alterações poderão estar associadas a hipoglicemia, hipotensão, entre outros 
problemas de saúde.
Como Proceder?
 Sentar a vítima, colocar sua cabeça entre as pernas, com os braços caídos na lateral do 
corpo. Pedir a ele que empurre a cabeça para cima, enquanto o socorrista a força para baixo. 
Essa manobra aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, melhorando o quadro do paciente. 
Levar a vítima a procurar atendimento médico ou orientá-la para isso.
Síncope (Desmaio)
 A síncope, popularmente conhecida como desmaio, é uma perda súbita e transitória da 
consciência. É um sinal de aporte inadequado do oxigênio e de outros nutrientes ao cérebro, 
que geralmente é provocado por uma diminuição temporária do fluxo sanguíneo.
 Os indivíduos com esse tipo de problema podem sentir-se bem em repouso, mas 
podem desmaiar durante o exercício, pois a demanda de oxigênio pelo organismo aumenta 
subitamente. Esse tipo de desmaio é denominado síncope de exercício ou de esforço. Com 
frequência, a pessoa desmaia após haver praticado exercício. Isso ocorre porque o coração é 
incapaz de manter uma pressão arterial adequada durante o exercício.
 O fluxo também pode diminuir quando a pessoa está desidratada em decorrência de 
problemas como a diarreia, a sudorese ou a micção excessivas, o que, frequentemente, ocorre 
em casos não tratados de diabetes.
 Em geral, o desmaio causado pela tosse (síncope da tosse) ou pela micção excessiva 
(síncope da micção) ocorre quando a quantidade de sangue que retorna ao coração diminui 
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durante a realização do esforço. O desmaio causado pela micção excessiva é particularmente 
comum nos idosos.
 A síncope da deglutição pode acompanhar doenças do esôfago. Outras causas de 
desmaio também incluem a anemia, jejum prolongado e hipoglicemia, arritmias cardíacas, 
hipotensão arterial, ansiedade que leva à hiperventilação, estresse, alterações emocionais, 
permanência em lugares abafados e quentes, levantamento brusco da cama (síncope 
ortostática) etc.
 Atenção! a síncope que ocorre subitamente com perda da consciência e se repete com 
frequência é sugestiva de arritmias cardíacas ou alterações neurológicas (tipo pequeno mal 
epilético).
Sinais E Sintomas
 A síncope pode ser precedida de alguns sinais e sintomas, antes do desmaio 
propriamente dito (perda da consciência), como por exemplo: fraqueza, tontura, relaxamento 
muscular, escurecimento da vista, palidez e sudorese, pele fria, náuseas, pulso rápido e fraco.
Como Proceder?
 Impedir que o vítima caia, para que não se machuque; deitá-la em decúbito dorsal, 
elevando os membros inferiores cerca de 30 cm do chão, monitorar os sinais vitais, afastar os 
curiosos, ventilar o ambiente e afrouxar as suas roupas, se necessário; não dar tapas no rosto 
da vítima nem fazê-la cheirar amônia ou álcool. Se ela não acordar em alguns minutos, 
chamar socorro. A síncope não é uma doença, mas um sinal de que algo não está bem no 
organismo da pessoa. Portanto, mesmo que ela recobre a consciência espontaneamente, 
oriente-a a procurar um serviço médico.
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 Uma convulsão é a resposta a uma descarga elétrica anormal no cérebro. O termo crise 
convulsiva descreve várias experiências e comportamentos e não é o mesmo que uma crise 
epilética, embora os termos sejam às vezes utilizados como sinônimos. Qualquer coisa que 
irrite o cérebro pode produzir uma crise convulsiva. Dois terços dos indivíduos que 
apresentam uma crise convulsiva jamais a apresentam novamente. Um terço dos indivíduos 
continuarão a apresentar crises convulsivas recorrentes (transtorno neurológico denominado 
epilepsia).
 O que ocorre exatamente durante uma convulsão depende da parte do cérebro que é 
afetada pela descarga elétrica anormal. A descarga elétrica pode envolver uma área mínima do 
cérebro, fazendo apenas com que o indivíduo perceba um odor ou sabor estranho e tenha 
crises de ausência (crise convulsiva de “pequeno mal”), ou pode envolver grandes áreas, 
acarretando uma convulsão (abalos e espasmos musculares generalizados e descoordenados – 
convulsão de “grande mal”).
 Além disso, o indivíduo pode apresentar episódios breves de alteração da consciência, 
confusão mental, perda do controle muscular ou vesical. As convulsões frequentemente são 
precedidas por auras – sensações incomuns de odores, sabores ou visões, ou uma sensação 
intensa de que uma crise convulsiva está prestes a ser desencadeada.
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 Os sinais e sintomas comuns das crises convulsivas são: aura convulsiva, grito ou urro 
epiléptico, perda de consciência, crise de ausência, convulsões tônico-clônicas, salivação 
excessiva (sialorreia), descontrole urinário e/ou intestinal.
Como Proceder?
 Proteger a vítima para que não se machuque, evitando sua queda ou protegendo 
principalmente sua cabeça; afastar os curiosos e objetos que possam causar lesões, não segurá-
la e permitir que a crise ocorra. Em caso de vômito, lateralizar a sua cabeça; desobstruir suas 
vias aéreas com gaze ou pano limpo, não colocar nada na boca da vítima durante o ataque, não 
“puxar a língua” nem jogar água no seu rosto. Cessada a crise, ela poderá encontrar-se 
sonolenta e desorientada. Mantenha-a em repouso, em um ambiente calmo, silencioso e em 
observação constante até a recuperação completa, monitorando os sinais vitais. Encaminhe-a 
ao hospital ou aguarde o serviço de emergência.
13 - Capítulo 6 – Urgências E Emergências Obstétricas 1
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