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Deficiência do armazenamento de glicogênio Glicogênio É uma molécula ramificada, constituída por unidades de glicose em ligação glicosídica α 1-4, com ramificação onde a ligação é α 1-6. O peso molecular pode chegar a 100 milhões. O principal órgão de armazenamento concentrado de glicogênio é o fígado e o músculo estriado esquelético. No fígado, atua como regulador de níveis glicêmicos e no músculo, é a reserva de glicose para atividades intensas. Deficiência do armazenamento do glicogênio A síntese, ocorre através de enzimas especificas, diferentes para cada processo, sendo elas: Glicogênio fosforilase, Enzima α1,6 glicosidase ou desramificadora e a fosfoglicomutase. Diferem também em relação ao local de atuação, assim a falta de determinada enzima compromete a ação do processo, causando assim distúrbios metabólicos. Deficiência do armazenamento do glicogênio Existem inúmeras síndromes genéticas hereditárias identificadas resultantes do acúmulo de glicogênio, que recebem o nome de glicogenose. Sendo as hepáticas no fígado e as miopáticas no músculo estriado. A função do glicogênio hepático é a manutenção da glicemia entre as refeições, que pode ser exportada para outros órgãos quando necessário. O glicogênio muscular, não pode ser exportado. É usado pela própria fibra como fonte emergencial de energia quando a necessidade desta é muito intensa. TIPO I: DOENÇA DE VON GIERKE Deficiência de glicose-6-fosfatase. Há acumulo de glicogênio hepático. Hipoglicemia, hepatoesplenomegalia com aumento acentuado do volume abdominal. Tratamento Manter os níveis da glicose sanguínea entre 80 a 90 mg/dl, que resultam de repostas hormonais à hipoglicemia. Intervenção terapêutica e farmacológica. Manter o controle dietético. Ingestão de carboidratos. TIPO III: DOENÇA DE CORI Deficiência da enzima desramificadora. Acúmulo de glicogênio não degradado, tanto hepático como miopático, ponto de ramificação (α1,6). Hipoglicemia leve e fraqueza muscular. Tratamento Ingestão de galactose, frutose ou proteínas para ajudar a manter a glicemia equilibrada. TIPO IV: DOENÇA DE ANDERSEN Deficiência da enzima ramificadora amilo-(1,4-1,6)-transglicosilase. Hepatoesplenomegalia e a partir daí uma insuficiência hepática. Acúmulo de glicogênio no fígado com formas de agulha. Tratamento Transplante hepático. TIPO V: DOENÇA DE McARDLE Deficiência da enzima fosforilase muscular. Acúmulo do glicogênio muscular. Deficiência na produção de lactato, gerando Dores e cãibras após os exercícios físicos. Tratamento Evitar exercícios físicos rigorosos. TIPO VII: DEFICIÊNCIA DE FOSFOFRUTOQUINASE Deficiência de fosfofrutoquinase. Dores musculares e fadiga que ocorrem depois de exercícios. Acúmulo de glicogênio muscular. Ocorre na infância. Foram descritos cerca de 100 casos em todo o mundo. (Atualizado em: Setembro 2009) Tratamento evitar exercício físico intenso. CONCLUSÃO As Doenças de Armazenamento de Glicogênio, são de fundo genético, estão relacionadas a falhas geradas durante a transcrição e tradução de proteínas ou durante a fecundação, ou ainda durante o desenvolvimento embriológico. São patologias raras, geralmente letais quando não diagnosticadas já ao nascimento e que se percebidas, com uma dieta específica e exercícios nos casos de distúrbios com fisiopatologia energética muscular, podem até ser controladas. Trabalho orientado pela professora Andréa Pastore Curso Nutrição – 3º Semestre - Bioquímica II Bruna Gonçalves Daniela Alves Pedro André Trajano Raquel Casado Valdirene Santos
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