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Ca espinocelular

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CARCINOMA ESPINOCELULAR (CEC)/ ESPINALIOMA/CARCINOMA OU EPITELIOMA EPIDERMOIDE 
Conceito 
Trata-se de uma neoplasia maligna, isto é, com capacidade de invasão local e de metastatizar. Originária das células epiteliais do 
tegumento (pele e mucosa), com certo grau, maior ou menor, de diferenciação no sentido da ceratinização. 
Epidemiologia 
Ocorre em todas as raças; Mais frequente no sexo masculino e a partir da 6a década de vida. 
Etiopatogenia 
Relacionado com a exposição solar e relacionado também com a imunossupressão 
Síndromes genéticas associadas: xeroderma pigmentoso, albinismo oculocutâneo, epidermodisplasia verruciforme. 
Clinica 
Pode surgir em pele sã, mas é mais frequente surgir a partir de pele alterada por algum processo anteriormente. 
Lesões que originam CEC: ceratoses actinicas e toxicas, radiodermites, ulceras crônicas, doenças cutâneas crônicas (lúpus vulgar e 
eritematoso), cicatrizes antigas sobretudo as de queimaduras (ulceras de Marjolin), certas genodermatoses (xeroderma pigmentoso, 
albinismo). 
A lesão inicial surge como uma pequena papula com certo grau de ceratose. Tem crescimento mais rápido que o carcinoma 
basocelular e ocorre no sentido vertical (vegetante) ou para dentro (invasão da derme e hipoderme) ou ainda no sentido longitudinal, 
resultando em área de infiltração mais palpável do que visível, o que é relativamente comum no lábio inferior e em mucosas, de maneira 
geral. 
Além do crescimento, um ponto de referência importante é o sangramento discreto, embora frequente. Como resultado, temos lesões 
ulceradas de crescimento contínuo, ulcerovegetantes, vegetações verrucosas (secas) ou condilomatosas (úmidas), infiltrações e, menos 
frequentemente, nódulos. 
Localização mais comum: áreas expostas ao sol (face, dorso das mãos e tronco). Obs.: em negros é mais frequente em membros 
inferiores, e está mais relacionado a lesões previamente de traumas e de cicatrizes locais, mas não relacionado com a exposição solar. 
O CEC corresponde a 90 a 95% das neoplasias malignas da mucosa oral, com localização preferencial na borda lateral da língua e no 
assoalho oral. 
Em geral e com certo valor prático, verifica-se que os carcinomas acima de uma linha que vai da comissura labial ao lóbulo da orelha 
são CBC, enquanto os abaixo são CEC. 
Ao contrário dos CBC, os CEC localizam-se, com certa frequência, em mucosas e semimucosas (boca, lábio inferior, glande e vulva). 
Capacidade de metastatizar: mucosa > submucosa > pele. Pode metastatizar por via linfogenica ou hematogenica. 
Diagnóstico 
Lesão ceratósica de crescimento progressivo, que se instala em pele sã e/ou, preferencialmente, em pele já comprometida, em pessoas 
adultas, leva à suspeita de CEC, impondo-se o exame histopatológico. A biopsia deve ser realizada, sem nenhum inconveniente, o mais 
rapidamente possível. 
Diagnóstico diferencial 
Deve ser feito com CBC, melanoma amelanótico, granuloma piogênico, lesões ulceradas, vegetantes ou ulcerovegetantes de várias 
etiologias (micoses sistêmicas e subcutâneas, cancro duro, tuberculose, donovanose etc.) e, sobretudo, com o ceratoacantoma (Neste 
caso, a principal diferença é a velocidade de crescimento, que é muito mais rápida no ceratoacantoma). 
A maior dificuldade reside no diagnóstico diferencial, sobretudo histopatológico, com a hiperplasia pseudocarcinomatosa, que ocorre 
em processos ulcerados crônicos, inclusive com a donovanose, cujo aspecto clínico também é sugestivo; às vezes, impõem-se várias 
biopsias e cortes seriados para que o diagnóstico seja feito com mais segurança. 
 
Evolução e prognóstico 
A evolução do CEC é lenta, no entanto, bem mais rápida que a do CBC. Seu prognóstico é mais grave que o do CBC, em virtude de 
possibilidade, mais cedo ou mais tarde, de metastatização 
Tratamento 
É idêntico ao do CBC, com alguns pequenos reparos: 
A curetagem simples não tem indicação; 
A eletrodessecação com curetagem pode ser usada para lesões de até 10 mm; 
Terapia fotodinâmica para pequenas e múltiplas lesões; 
Quimioterapia e/ou radioterapia: tratamentos coadjuvantes frequentemente empregados no tratamento de lesões maiores; 
Esvaziamento ganglionar: somente é indicado quando houver comprometimento ganglionar e possibilidadede cura; é rotineiramente 
indicado no tratamento do CEC de língua. 
Terapêutica ideal: é a cirurgia, com ampla possibilidade de cura. 
Profilaxia 
Idêntica à dos CBC; é necessário tratar as ceratoses e as úlceras crônicas, bem como orientar os pacientes quanto à possibilidade de 
cancerização, devendo retornar imediatamente ao médico se for notada qualquer alteração em suas cicatrizes viciosas ou de 
radiodermite.

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