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COMPRA E VENDA NOÇÕES GERAIS DE CONTRATOS O s reqsuisitos de validade do contrato podem ser dividos em: I ) Elementos essenciais gerais: a ) Requisitos Subjetivos do Contrato: - agente capaz (capacidade genérica = de fato ou de exercício; capacidade específica para contratar) - acordo de vontade (bilateral ou plurilateral e o consentimento, encontro de vontades sem vícios) b ) Requisitos Objetivos do Contrato: - objeto lícito (que esteja de acordo com a lei, a moral, aos princípios da ordem pública e aos bons costumes), determinado (deve ser certo ou pelo menos determinável) e possível (física, material - ou jurídica do objeto. Refere-se também a economicidade de seu objeto devendo encerrar algum valor econômico. NOÇÕES GERAIS DE CONTRATOS I I) Elementos Essenciais Particulares: a ) Requisitos Formais - forma prescrita e não defesa em lei: é a prova do ato negocial (a regra é a liberdade de forma, celebrando-se o contrato pelo livre consentimento das partes contratantes, princípio do consensualismo). CONTRATO DE COMPRA E VENDA NATUREZA JURÍDICA: Trata-se de contrato a) bilateral ou sinalagmático (duas manifestações de vontade. Possui duas premissas: da bilateralidade e igualdade, um equilíbrio entre direitos e deveres. É o contrato mais comum e importante, com origem no surgimento da moeda. Nos termos do art. 481 do CC, “pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro”. Assim, uma pessoa (vendedor) se obriga a transferir o domínio de um bem móvel ou imóvel, a outrem (comprador) mediante o pagamento do preço pactuado, em dinheiro. CONTRATO DE COMPRA E VENDA f) translativo de domínio (trata-se de título hábil à aquisição do domínio), g) de execução instantânea, diferida ou trato sucessivo (depende da forma de pagamento). b) Oneroso (não é gratuito), c) comutativo (regra - as partes anteveem o valor das prestações e das contraprestações, elas podem prever, dentro de alguns limites) ou aleatório (escapa da previsibilidade - art. 458 e 459 CC), d) consensual (regra - basta o consenso para se aperfeiçoar não é necessária a entrega da coisa), e) informal (regra – não escrito), sendo solene quando a lei assim exigir como no caso da compra e venda de bens imóveis (art. 108 e 205 CC), CONTRATO DE COMPRA E VENDA - ELEMENTOS Com exemplo de casos que exigem legitimação, vejamos os exemplos citados por Maria Helena Diniz: compra e venda quando vendedor casado (exceto separação absoluta de bens); compra e venda entre cônjuges (exceto quanto aos bens excluidos da comunhão); compra e venda de ascendente para descendente (exceto se com consentimento expresso de todos os demais descendentes. Os elementos constitutivos ou essenciais da compra e venda são: o consentimento, o preço e a coisa. (art. 482 CC) 1. Consentimento O consentimento livre e desembaraçado dos contratantes quanto ao preço e a coisa, ou objeto do contrato, devendo ser observado todos os elementos indispensáveis para a validade do negócio jurídico. Ocorre que tratando-se de contrato mediante o qual ocorre a transferência de domínio exige-se além da capacidade civil, a legitimidade da parte para firmá-lo. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - ELEMENTOS 2. Preço Os contratos de compra e venda são firmados mediante o pagamento de determinada quantia em dinheiro, ou a ele redutíveis como os títulos de crédito. De acordo com o art. 485 do Código Civil, a compra e venda será obrigatória e perfeita a partir do instante em que as partes acordarem objeto e preço. Sem a fixação do preço, a compra e venda será nula. Se a fixação desse valor couber a apenas uma das partes, o contrato também será nulo. OBSERVAÇÃO: art. 179 do CC – ação anulatória, art. 533, II do CC e art. 544 CC); compra por pessoas encarregadas de zelar pelos interesses do vendedor (art. 497 CC); compra e venda de parcela de propriedade em condomínio indiviso, sem que seja possibilitado o direito de preferência; venda de bem locado (exceto se dado ao inquilino exercer o direito de preferência). CONTRATO DE COMPRA E VENDA - ELEMENTOS 3. Coisa A coisa pode ser um bem de qualquer espécie, imóvel, móvel ou semovente. Poderão ser corpóreos ou incorpóreos, não pode ser bem considerado fora do comércio. Pode ser própria ou alheia, sendo comum a venda de bens que o vendedor ainda não adquiriu. Somente será possível às partes a estipulação de preço em moeda estrangeira em se tratando de operação de importação e exportação. O preço também poderá ser fixado tomando por base alguns critérios, visto que pode não ser determinado, mas no mínimo precisa ser determinável. (arts. 486, 487 e 488 CC) Observe-se ainda que o preço deverá ser sério e real, não podendo ser fictício ou muito inferior ao valor de mercado. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - ELEMENTOS A doutrina apresenta quatro requisitos que devem ser atendidos pela coisa objeto do presente contrato: a) existência: A coisa precisa existir, mesmo que apenas de forma potencial no caso de compra e venda de coisas futuras. Se a coisa não existir o negócio é nulo. b) individualização: A coisa precisa ser determinada ou no mínimo suscetível de determinação no momento de sua execução (obrigação de dar coisa certa ou incerta – já estudado no direito das obrigações). c) disponibilidade: A coisa não poderá estar fora de comércio (coisas insuscetíves de apropriação, as legalmente inalienáveis, os direitos de personalidade, etc.). d) ter possibilidade de ser transferida ao comprador (ex. venda de coisa própria do comprador, venda de coisa de terceiro). CONTRATO DE COMPRA E VENDA - EFEITOS São muitos os efeitos jurídicos da compra e venda, dentre os citados pela doutrina os mais importante são: a) Gera obrigações recíprocas. A obrigação do vendedor de entregar a coisa com todos os seus acessórios, e do comprador em pagar o preço da forma avençada. b) responsabilidade pelos riscos por parte do vendedor antes da tradição ou do registro imobiliário. Obs. exceções. E divisão das despesas (art. 490 CC). c) Direito ao comprador dos acréscimos da coisa até a tradição. (art. 237 CC) d) o vendedor é obrigado a garantir o comprador contra os vícios redibitórios (e aparentes quando relação de consumo), e a evicção. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - EFEITOS Se o comprador não paga o preço acordado entre as partes, responde pelo valor devido, acrescido das perdas e danos ou da pena compensatória e demais encargos assumidos. Se o devedor que não cumpre o seu dever de entregar a coisa, o comprador somente terá o direito à indenização por perdas e danos. Verifica-se o vício redibitório quando o bem entregue não corresponde às especificações acordadas entre as partes. Por evicção se entende o dever de defender em juízo a venda perante terceiros reivindicantes do objeto do contrato. Esse dever inexiste se o comprador tinha ciência da reivindicação e assumira o risco correspondente. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CLAUSULAS O que não pode é ser fixado um prazo maior que o legal para o exercício de referido direito sob pena de ser considerada não escrito o excesso (prazo improrrogável). São chamadas de cláusulas especiais à compra e venda as cláusulas acrescidas pelas partes voluntariamente, e para tanto, são expressas no contrato e podem apresentar-se das seguintes formas: a) Retrovenda É a uma cláusula acessória pela qual o vendedor de um IMÓVEL resguarda o direito de resolver o negócio e retomar a propriedade da coisa vendida, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas tidas pelo comprador, inclusive com as benfeitorias necessárias e asoutras que tenham sido expressamente autorizadas. Portanto, o vendedor se reserva o direito de recomprar o bem imóvel vendido, devendo exercer este direito dentro do prazo decadencial de 03 anos, caso as partes não tenham estipulado prazo menor (direito de retrato ou resgate). CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CLAUSULAS Trata-se de cláusula resolutiva expressa, e enquanto pendente, o comprador faz jus a todos os frutos e rendimentos da propriedade imóvel, apenas respondendo por provocar de forma dolosa. Ademais, o seu exercício independe da vontade do comprador (detentor de propriedade resolúvel - condição resolutiva é aquela que resolve algo na verificação de um evento futuro e incerto), desde que dentro do prazo contratual. Ressalte-se que não constitui nova alienação, e só poderá ter por objeto bens imóveis. O direito de retrato ou resgate é intransmissível por ato inter vivos, sendo personalíssimo do vendedor, transmitindo-se apenas aos herdeiros e legatários do vendedor e via cessão de direitos hereditários. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CLAUSULAS Art. 509 – a contento: a venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado. b) Venda a contento Trata-se de cláusula adjecta ou acessória ao contrato de compra e venda que tem por objeto qualquer tipo de bem, mas geralmente aplica-se a “gêneros alimentícios e bebidas finas” (C.R. Gonçalves), ou seja, bens que costumam provar, medir, pesar, ou experimentar antes da aceitação. Assim, até o momento que o comprador não declara que se agradou da coisa, os efeitos do contrato ficam suspensos. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CLAUSULAS Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor terá direito de intimá-lo, judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo improrrogável. (art. 512 CC) Neste caso, a venda só ira produzir efeitos se ocorrer um evento futuro e incerto. Isto quer dizer que a venda é existente e válida, mas sua eficácia fica suspensa a um evento futuro e incerto (condição suspensiva). O comprador enquanto pendente a condição tem a natureza de mero comodatário do bem, com o dever de restitui-lo caso não seja do seu agrado (exceção ao art. 122 CC). Ressalte-se que não trata-se de direito perpétuo do comprador. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CLAUSULAS Art. 510 – sujeita a prova: também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se destina. De acordo com o art. 111 do CC, se for estipulado um prazo para manifestação do comprador e este não o fizer dentro do prazo, presume-se a aceitação. Não poderá ser cedido por ato inter vivos ou causa mortis, por ser personalíssimo. Extingue-se se o comprador morrer antes de escolher, mas subsistirá em relação aos sucessores do vendedor. c) Venda sujeita a prova A venda será sujeita a prova quando o comprador puder verificar se o bem possui as qualidades asseguradas pelo vendedor, seguindo a mesma proteção da venda a contento. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CLAUSULAS Processo: 2009.009678-5; Data: 11/02/2010; Órgão Julgador: 3ª Câmara Cível; Classe: Apelação Cível Ementa: CIVIL. PROCESSO CIVIL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE POSITIVO. CONTRATO DE COMPRA E VENDA A CONTENTO. DIÁLOGO DAS FONTES. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA AQUIESCÊNCIA DA RECORRIDA ACERCA DA CELEBRAÇÃO DO NEGÓCIO. ÔNUS DA PROVA DA RECORRENTE. FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO. NÃO CUMPRIMENTO. RECORRIDA PORTADORA DE TRANSTORNO BIPOLAR DE HUMOR. CONSTATAÇÃO POR PERÍCIA JUDICIAL. AUSÊNCIA DE NOTAS FISCAIS DA COMPRA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. Com efeito, em casos tais, a compra e venda é realizada por condição suspensiva, qual seja, a manifestação volitiva de aquiescência do adquirente acerca do produto comercializado. Relator: Des. Vivaldo Pinheiro CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CLAUSULAS Este direito não poderá ser repassado a terceiro, sendo personalíssimo e intransmissível, inclusive para os herdeiros do vendedor. Observe-se que na ausência de comunicação ao vendedor, este terá direito a ser ressarcido por perdas e danos pelo comprador e poderá o terceiro adquirente responder solidariamente se agiu de má-fé. d) Direito de preempção ou Preferência É cláusula inserida no contrato de compra e venda, por convenção das partes, segundo a qual, o vendedor terá direito de preferência no caso do comprador, de coisa móvel ou imóvel querer realizar uma nova venda de referido bem. (art. 513 CC) O vendedor terá a preferência na recompra desde que ofereça o mesmo preço e mesma forma de pagamento. Assim, o comprador terá que dar ciência (notificação) ao vendedor do seu interesse de vender o bem, para que este exerça o seu direito de prelação na compra. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CLAUSULAS OBSERVAÇÃO: - retrocessão: Art. 519 – se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa. - Estatuto da cidade: arts. 25 à 27. Prazo decadencial para exercício deste direito, caso não seja convencionado: - 03 dias para bem móvel; - 60 dias para bem imóvel contados da oferta. Por convenção poderá ser exercido no prazo máximo de: - 180 dias para bem móvel; - 02 anos para bem imóvel. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CLAUSULAS Caso o preço não seja pago, o vendedor terá direito de reclamar o preço, ou de recuperar o bem por ação de reintegração de posse. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros. e) Venda com reserva de domínio (art. 541 a 528 CC) Trata-se de cláusula segundo a qual o vendedor reserva para si a propriedade do bem MÓVEL até o momento em que se realize o pagamento integral do preço. Assim, a própria coisa vendida fica como garantia do recebimento do preço, só havendo a transferência da posse ao comprador. Normalmente existe esta cláusula nos contratos de compra e venda de bens móveis infungíveis, não podendp ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa insuscetível de caracterização perfeita. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CLAUSULAS f) Venda sobre documentos (arts. 529 a 532 CC) Trata-se de cláusula comum nos contratos de compra e venda internacionais. Existindo esta cláusula contratual, o contrato de compra e venda de bem móveis não precisa da tradição do bem para se aperfeiçoar, basta a entrega do seu título representativo. Assim, quando o vendedor entrega os documentos, se libera da obrigação e tem direito ao preço avençado no contrato, que deverá ser efetuado na data e no local da entrega de referidos documentos. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - LIMITAÇÕES a) venda de ascendente para descendente (art. 496) Não é proibido o ascendente vender para o descendente, mas há limitações, condições, para esta venda. É importante ressaltar que a lei é clara ao dizer que há limitações para a venda do ascendente para o descendente, mas não o contrário. O descendente é herdeiro necessário do ascendente e na sequencia natural da vida, é mais provável que o ascendente morra primeiro e o descendente venha herdar patrimônio do ascendente. A lei não proibiu a venda de ascendente para descendente, mas disse que deve haver a concordância expressa do cônjuge do alienante (ascendente) e dos demais descendentes, para que não haja anulabilidadedesta venda. OBS: é lícita a venda entre cônjuges com relação a bens excluídos da comunhão (ar. 499 CC). CONTRATO DE COMPRA E VENDA - LIMITAÇÕES A lei não exige anuência do cônjuge do descendente ou dos demais descendentes, apenas do cônjuge do alienante. De acordo com o parágrafo único, a anuência do cônjuge é dispensada quando houver regime de separação obrigatória de bens, e, em relação à anuência dos demais descendentes, é necessária apenas dos mais próximos, não dos mais remotos. Se alguém destes ou ninguém consentir, tem o prazo decadencial de 2 anos para ajuizar a ação anulatória, a partir da data da venda ou do momento em que a parte preterida teve conhecimento da mesma. Se for imóvel é a partir da data do registro, mas se for coisa móvel não há registro e pode demorar um tempo até chegar o conhecimento da parte que não consentiu. Art. 496 - é anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - LIMITAÇÕES b) vendas proibidas O Art. 497 dispõe que sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública (leilão): I – pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração; II – pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta; III – pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar em que servirem, ou a que se estender a sua autoridade; IV – pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens cuja venda estejam encarregados. Art. 426 – Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva (proibição do pacta corvina). CONTRATO DE COMPRA E VENDA Cabível ação ordinária ex empto ou ex vendito, na qual exigirá o complemento da área, ou ainda poderá optar pela extinção do contrato ou abatimento do preço, através de ação redibitória ou quanti minoris, respectivamente. Prazo decadencial: 1 ano para a ação ex empto Compra e venda ad mensum (art. 500 CC) é aquela em que o preço é determinado por medida de extensão do imóvel. O que é preponderante e o que está sendo levado primordialmente é a extensão. Quando a venda é por extensão e vem menos do que o anunciado (ou pretendido), abrem-se para o comprador alguns direitos, como o de exigir a complementação da área, em primeiro lugar, depois o de pedir o abatimento do preço, e, em terceiro lugar, a resolução do negócio. CONTRATO DE COMPRA E VENDA Ex. compra e venda da fazenda “Esperança”, não há que se falar em complemento de área. Trata-se de venda do imóvel como um todo. Compra e venda ad corpus Na venda ad corpus a extensão da área não é primordial, é secundária. Se a venda foi ad corpus o comprador não terá direito a complementação de área, nem devolução de excesso (abatimento no preço), tendo sido apenas enunciativa a referencia à sua dimensão, e mesmo que não conste expressamente venda ad corpus. Destarte, presume-se que a medida foi meramente enunciativa, quando não ultrapassar 5% da área total. CONTRATO DE COMPRA E VENDA - CONDOMÍNIO Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço. Condômino é quem é coproprietário de uma coisa móvel ou imóvel indivisível, é titular de uma cota parte, uma parte ideal, criada no mundo jurídico. Neste caso, se o condômino quiser vender a sua parte, deve dar preferência aos demais condôminos. Se eles não quiserem pagar o que se pede para pessoas estranhas, então pode ser vendido para pessoas estranhas. Se esse direito de preferência não for obedecido, se o condômino não observar este direito dos demais condôminos, o condomínio preterido, que não for avisado, depositando o preço (no prazo de 180 dias da venda sob pena de decadência), poderá pegar para si a parte vendida a estranhos. (art. 504 CC) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27
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