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AULA 9 Metabolismo dos Aminoácidos e Proteínas I Méd. Vet. MSc Renata B. N. Fuverki Bioquímica Veterinária Também contribuem para a geração de ENERGIA METABÓLICA PROCESSO: oxidação degradativa AMINOÁCIDOS Por que degradar? Não podem ser armazenados!!! De onde vem a proteína? Aminoácidos Não-essenciais: Sintetizados em quantidades suficientes por mamíferos a partir da amônia e de esqueletos de carbono Essenciais: Não sintetizados Devem ser ingeridos na dieta AMINOÁCIDOS Proteínas da dieta (1/4) Proteínas endógenas (3/4) - Esse pool de aminoácidos é usado para a síntese de proteínas endógenas e de outras moléculas que contenham nitrogênio Energia dos aminoácidos Diferença de uso: CARNÍVOROS X HERBÍVOROS METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS • A proteína ingerida através da dieta é hidrolisada pelo trato gastrointestinal aminoácidos • Os aminoácidos ingeridos são utilizados para síntese de proteínas • Os aminoácidos restantes são oxidados para fornecimento de energia v v v Síntese e a degradação normais das proteínas celulares Caso os AA’s não sejam necessários para a síntese de novas proteínas. Aminoácidos ingeridos em excesso Dieta rica em proteínas o excedente é catabolizado Jejum severo ou o diabetes melito Carboidratos inacessíveis ou não utilizados adequadamente Proteínas serão hidrolizadas Degradação oxidativa em três circunstâncias... ALFA - CETOÁCIDO Esqueleto de carbono Destino dos esqueletos de C ? O que acontece com os Grupos Amina? Degradação Excreção do nitrogênio DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS DIGESTÃO PROTÉICA As proteínas são muito grandes para serem absorvidas pelo intestino Devem ser hidrolisadas até seus aminoácidos, os quais serão absorvidos As enzimas proteolíticas são produzidas por três órgãos: DIGESTÃO PROTÉICA GASTRINA Pepsinogênio HCl Pepsina Peptídeos AA’s Cai pH Secretina Bicarbonato Continua digestão... Sobe pH 1 2 3 4 5 6 DIGESTÃO PROTÉICA Entrada das proteínas no estômago secreção de gastrina secreção de ácido clorídrico por células parietais e pepsinogênio por glândulas gástricas pepsina hidrolisa proteínas peptídeos menores e aminoácidos Baixo pH estimula secreção de secretina ao sangue secreção de bicarbonato no ID neutraliza HCl aumenta pH continua digestão AA’s COLECISTOQUININA Vesícula biliar Corrente sanguínea Pâncreas TRIPSINOGÊNIO TRIPSINA AA’s Absorção ID FÍGADO Digestão e absorção dos aminoácidos Proteases pancreáticas: Tripsina Quimotripsina Elastase Carboxipeptidases Todas secretadas na forma de proenzimas e ativadas pela tripsina Chegada de AA no ID libera colecistoquinina no sangue estimula a secreção de enzimas pancreáticas Tripsinogênio ativa a tripsina Pepsina, tripsina e quimotripsina possuem especificidades diferentes por aminoácidos DIGESTÃO PROTÉICA Absorção dos aminoácidos • Após absorção: 1. AAs caem na corrente sanguínea 2. Tecidos-alvo e fígado 3. Pool de aminoácidos (fígado) AA’s Absorção ID FÍGADO DESTINO DOS AMINOÁCIDOS NAS CÉLULAS Destino dos AA’s na célula Síntese de peptídeos e proteínas 2. Oxidação para formação de energia (fígado e músculo) Uso dos aminoácidos • Podem ser utilizados para síntese de proteínas • Caso não sejam utilizados para essa finalidade, devem ser degradados • Em animais, proteínas e aminoácidos não são armazenados como fonte de energia semelhante ao que ocorre com carboidratos e lipídeos. • Uma parte importante da degradação de aminoácidos ocorre no fígado. Catabolismo dos aminoácidos Degradação no fígado e rins *m. esquelético Remoção dos grupos amino Uso dos esqueletos de carbono energia CLASSIFICAÇÃO: Glicogênicos: precursores da gliconeogênese Cetogênicos: produtores de corpos cetônicos Alfa-Cetoácidos Aminoácidos perda do grupo amino Oxidação a CO2 e H20 Ou Glicose via gliconeogênese Alfa-cetoácidos (esqueletos de carbono) A maioria dos esqueletos de carbono vão ao Ciclo de Krebs! Catabolismo de aminoácidos • Desaminação: retirada do grupo amino Retirada: REAÇÃO DE TRANSAMINAÇÃO REAÇÃO DE TRANSAMINAÇÃO Para que os aminoácidos possam ser utilizados como fonte de energia, eles devem primeiramente sofrer uma transaminação, ou seja, retirada de seu radical amino. Catabolismo de aminoácidos No fígado 1ª etapa: remoção de grupos amino Enzimas: aminotransferases ou transaminases Transaminase Transaminação 1. O grupo amino é transferido cetoácido aceita Cetoglutarato: quem aceita! 2. Se sai grupo amino, sobra cetoácido 3. Cetoglutarato + grupo amino = GLUTAMATO! Glutamato = doador de grupos amino para vias metabólicas Remoção de nitrogênio •Estágio1: transaminação com α-cetogluturato para formar glutamato e um novo α-cetoácido. •Estágio2: glutamato é desaminado através de processo oxidativo envolvendo NAD+ •Estágio3: formação de uréia através ciclo da uréia. Desaminação oxidativa Os grupos Amino dos aminoácidos são coletados no fígado Devem ser removidos do glutamato para serem excretados Remoção do grupo amino como amônia livre Hepatócitos glutamato do citosol à mitocôndria desaminação oxidativa ( glutamato desidrogenase) O cetoglutarato formado pela desaminação do glutamato pode ser usado no ciclo do ácido cítrico e para a síntese de glicose DESTINOS DA AMÔNIA Destinos da amônia Amônia tóxica para tecidos animais! Níveis presentes no sangue são regulados Conversão a um componente não-tóxico para ir dos tecidos ao fígado FORMAÇÃO DE URÉIA Dois mecanismos para transportar até o fígado 1. Síntese de glutamina – tecidos extra - hepáticos 2. Ciclo glicose-alanina - músculo 1. Síntese de glutamina Armazenamento temporário não-tóxico e transporte de amônia para o fígado A partir do glutamato Fígado: glutaminase hidrolisa a glutamina glutamato e amônia síntese de uréia Glutamato + ATP + NH3 glutamina + Pi (glutamina sintetase) Destinos do glutamato Entra na mitocôndria e sofre liberação da amônia; Sofre transaminação com o OXALOACETATO e forma ASPARTATO Glutamato e glutamina Importante papel no metabolismo do nitrogênio Agem como pontos de recepção para grupos amino Citosol dos hepatócitos grupos Amino são transferidos para cetoglutarato forma glutamato entra na mitocôndria, libera grupo amino e forma NH4 HEPATÓCITO Alfa - cetoglutarato Aminoácidos GLUTAMATO AMÔNIA (NH4) GLUTAMINA Desaminação oxidativa Alfa cetoglutarato DESTINO DO GLUTAMATO • ARMAZENA A AMÔNIA PARA POSTERIOR SÍNTESE DE OUTROS AMINOÁCIDOS • SOFRE DESAMINAÇÃO OXIDATIVA NA MITOCÔNDRIA , LIBERANDO AMÔNIA • Esta reação é dependente de água e forma NADPH e H+. A enzima responsável por esta conversão é a GLUTAMATO DESIDROGENASE Ciclo glicose-alanina Já vimos que: “Glutamato pode ser formado por transaminação e transportado ao fígado.” Porém, também pode: Transferir seu grupo amino ao PIRUVATO, produto da glicólise no músculo Enzima: alanina aminotransferase Ciclo glicose - alanina Grupo amino + piruvato = ALANINA Alanina corrente sanguínea fígado Hepatócitos: alanina aminotransferase transfere o grupo amino da alanina para o cetoglutarato = piruvato e glutamato Glutamato 2 destinos Ciclo glicose - alanina A alanina funciona como um transportador da amônia e do esqueleto carbônico do piruvato Desde o músculo até o fígado A amônia é excretada O piruvato é empregado na produção de glicose, a qual pode retornar ao músculo HEPATÓCITO Alfa - cetoglutarato ALANINA GLUTAMATO AMÔNIA (NH4) Desaminação oxidativa Alfa cetoglutarato PIRUVATO PRODUÇÃO DE URÉIA CICLO DA URÉIA Produção de uréia Amônia depositada na mitocôndriade hepatócitos é convertida em uréia CICLO DA URÉIA Quase exclusivamente no fígado Uréia corrente sanguínea rins urina Produção de uréia Começa na mitocôndria hepática Continua no citosol Produção de uréia 5 etapas enzimáticas Toda amônia presente no fígado é prontamente utilizada Junto com HCO3- (respiração mitocondrial) * Forma carbamoil fosfato (consumo de ATP) entra no ciclo da uréia Ciclo da uréia 4 das 5 etapas de produção de uréia - 1ª reação do CU 1ª: carbamoil fosfato doa seu grupo carbamoil para a ORNITINA forma CITRULINA e libera Pi citrulina vai para citosol * Enzima: ornitina transcarbamoilase 2ª reação do CU Grupo amino vindo do aspartato, gerado na mitocôndria por transaminação Grupo amino do ASPARTATO + grupo carbonil da CITRULINA argininosuccinato * Uso de ATP * Enzima: argininosuccinato sintetase 3ª reação do CU Argininosuccinato é quebrado ARGININA e FUMARATO Enzima = argininosuccinase Fumarato vai para ciclo de Krebs Única etapa reversível do ciclo 4ª reação do CU Arginina é quebrada URÉIA e ORNITINA Enzima = Arginase Ornitina: transportada para a mitocôndria para começar outro ciclo
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