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RACIONALISMO EM RENÉ DECARTES RENÉ DECARTES Foi um filósofo francês muito importante do século XVII. No período medieval (Sec. XVII), o conhecimento era advindo, basicamente, da tradição. Aquilo que os filósofos, historiadores, ou aquilo que a igreja dizia que era verdade era, geralmente, assumindo como verdade de maneira acritica, sem questionamentos. Porque? Porque a maior parte da população não tinha acesso à educação. A grande maioria sequer lia a bíblia, pois a biblia estava em latim ainda e a população não sabia ler em tal linguagem. Decartes procura romper com isso, dizendo que nós não temos que aceitar o conhecimento como verdade simplesmente porque tal pessoa falou isso, porque a pessoa tal é inteligente e se ela falou, está falado. Como Decartes propõe que se faça isso? Para eu saber que algo é verdade, eu primeiro tenho que duvidar de tudo. Eu preciso colocar tudo aquilo que eu supostamente conheço, em dúvida (inclusive a nossa existência). Precisamos duvidar também da nossa experiência, das informações que recebemos através dos nossos sentidos. Segundo Decarte, "a experiência, engana". Se queremos ter um conhecimento verdadeiro, não podemos confiar nos nossos sentidos, pois eles nos enganam. Se eu duvido de tudo, da minha existência e dos meus sentidos, de que eu devo ter certeza? Da dúvida. Se eu adoto como método para conhecer a verdade a duvida, eu assumo para mim o seguinte: eu não vou acreditar em nada que me dizem. O inexistente poderia duvidar? Se ele duvida, ele existe. Se eu penso, se eu duvido, logo existo. O conhecimento que eu consigo comprovar logicamente, é o conhecimento a respeito do qual eu posso ter certeza. Se eu comprovei por A+B que é verdade, é certeza. Verdade = Certeza. Eu só posso afirmar que um suposto conhecimento é verdadeiro se eu pude-lo confirmar com certeza. No âmbito moral, eu não tenho como comprovar as coisas com certeza. Como eu provo, com certeza, que é errado matar? Se verdade é igual a certeza e eu não tenho como ter certeza sobre a moral, então, o conhecimento moral que nós supostamente temos, na verdade não temos, ou seja, o conhecimento moral não existe. O próprio Decart achava que tinha como provar uma verdade moral, mas, ele ficou de escrever esse livro e nunca escreveu. Decart se utiliza para chegar nessas certezas do chamado método dedutivo. Um método que parte de premissas gerais. Por exemplo:Todos os homens são imortais Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal. O método dedutivo estabelece relações de necessidade.
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