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1 Projeto de Sistemas MecânicosProjeto de Sistemas Mecânicos Curso de Engenharia de Produção Curso de Engenharia de Produção MecânicaMecânica Projeto PreliminarProjeto Preliminar Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de Joaçaba Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Fases Macro fases Processo VALIDAÇÃO LANÇAMENTO PREPARAÇÃO DA PRODUÇÃO PROJETO DETALHADO PROJETO PRELIMINAR PROJETO CONCEITUAL PROJETO INFORMACIONAL DO PROJETO IMPLEMENTAÇÃO DO LOTE INICIAL ELABORAÇÃO DO PROJETO DO PRODUTO PLANEJAMENTO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS INDUSTRIAIS PP Plano de Projeto EP Especificações de Projeto CP Concepção VE Validade Econômica SI Solicitação de Investimento LP Liberação do Produto VP Validação do Projeto LI Lote Inicial DO PRODUTO Idéias de Produto Fases Macro fases Processo VALIDAÇÃO LANÇAMENTO PREPARAÇÃO DA PRODUÇÃO PROJETO DETALHADO PROJETO PRELIMINAR PROJETO CONCEITUAL PROJETO INFORMACIONAL DO PROJETO IMPLEMENTAÇÃO DO LOTE INICIAL ELABORAÇÃO DO PROJETO DO PRODUTO PLANEJAMENTO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS INDUSTRIAIS PP Plano de Projeto EP Especificações de Projeto CP Concepção VE Validade Econômica SI Solicitação de Investimento LP Liberação do Produto VP Validação do Projeto LI Lote Inicial DO PRODUTO Idéias de Produto Estrutura Funcional Opção I Opção II R o ça r o in ço qu e cr es ce n o es pa ço da s en tr ep la n ta s do s po m a re s de m a çã FP 1. 2 Fi x ar a ro ça do ra n o tra to r FP 1. 1. 1 Su po rt ar o br aç o de al ca n ce FE1.1.1.1 Fixar Base Suporte Lateral Suporte Frontal FE1.1.1.2 Rotacionar Braço de Corte Fixação c/ tubo Fixação c/ tubo FE1.1.2 Suportar a Base Suporte em S Suporte em S FP 1. 2 Fi x ar e re gu la r o sis te m a de co rt e FE1.2.2 Fixar o Sistema de Regulagem Encaixe reto Encaixe reto FP 1. 1. 2 Re gu la r o al ca ce do co rt e FE1.2.2.1 Suportar o Sistema de Corte Tubo Retangular Viga U FE1.2.2.2 Levantar a roçadora para transp. até o pomar Força Manual Força Mecânica FP 1. 3 Ro ça r o in ço FE1.3.1 Transmitir o movimento Motor hidráulico Correia em V FE1.3.2 Proteger o Sistema de Corte Interno e Externo Calota red. abaul. Calota red.reta FE1.3.3 Cortar Inço Navalhas Correntes FP 1. 4 A ci o n ar o eq u ip am en to FE1.4.1 Transmitir força p/ posicionar o sistema de corte Força manual Força Mecânica FE1.4.2 Transmitir força p/ o giro das navalhas Mancal / Eixo Cardã FE1.4.3 Ligar o equipamento Alavanca Pedal 4Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Uma vez obtida a concepção do produto, na fase de Projeto Preliminar (PP), concentra-se os esforços para a realização física do produto. Daqui prá frente, uma vez escolhida a melhor opção, começa-se a dar “vida” a essa opção. Isso significa que nesta fase, realiza-se o encorpamento (embodyment), realizam-se os croquis, os “layouts” do produto, montagens (assemblies) e submontagens (subassemblies) e das peças que compõem cada submontagem e/ou montagem. Projeto Preliminar 5Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Na fase de Projeto Preliminar é feita uma avaliação técnica e econômica inicial da concepção escolhida na fase de projeto conceitual. As informações definidas nas fases iniciais são processadas na busca de formas geométricas e dos layouts de peças, montagens e do produto como um todo. Projeto Preliminar 6Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Na fase de Projeto Preliminar também devem ser realizados os cálculos de resistência, de vibrações, ruídos, a definição de materiais, levantadas as planilhas de custos, customização dos layouts, estudos do comportamento em uso, das interfaces entre peças, montagens e do produto, além do dimensionamento estático e dinâmico das partes do produto. Projeto Preliminar 2 7Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Esse processo vai se especializando até chegar-se na solução preliminar do produto (SPP), isto é, numa configuração geométrica que só não é definitiva porque precisa ser detalhada, desenhada, modelada geometricamente, etc. Projeto Preliminar 8Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Sintetizando, na fase de projeto preliminar, são realizadas, normalmente as seguintes ações: (a) Estudo de “layouts”; (b) Estudo das interfaces entre peças, submontagens, montagens e do produto como outros produtos com os quais o seu produto vai interagir; (c) Estudos do comportamento em uso; (d) Estudo dos materiais a serem utilizados na fabricação das peças; Projeto Preliminar 9Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Continuação: (e) Estudo de resistência estrutural e dos componentes que sofrerão solicitações (mecânicas, químicas, elétricas, etc.); (f) Estudo de vibrações e ruídos; (g) Estudo de fluxos de materiais, energia e sinais, quando existir; (h) Estudo de manufatura – dados importantes para a fabricação e para a montagem do produto; Projeto Preliminar 10Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Continuação: (i) Estudo de manutenção – aspectos fundamentais e de relevância para a operação de manutenção do produto; (j) Estudo de custos; (k) Estudo de descarte e meio-ambiente; (l) Confecção do protótipo; (m) Realização de testes de avaliação do protótipo/produto; (n) Realização das alterações necessárias; Projeto Preliminar 11Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. A função do projetista é inovar, criar, conceber, e exprimir, através de desenhos e especificações com base numa atividade intelectual e artística e com a aplicação de conhecimentos científicos, a forma e as dimensões do produto, de modo que estes realizem não somente as condições fixadas na sua especificação, mas também os requisitos de uma execução econômica. Projeto Preliminar Função do Projetista 12Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Além do espírito inventivo, gosto e queda para a arte de projetar, o projetista deve possuir uma série de conhecimentos entre eles: Matemática superior; Geometria descritiva; Mecânica racional; Mecânica aplicada; Mecânica dos fluídos; Resistência dos materiais; Dinâmica das máquinas; Eletricidade; Informática; Óptica; Acústica; Vibrações; Fundamentos da química; Conhecimentos de materiais; Processos de fabricação Desenho técnico; Modelamento geométrico em sistema CAD; Elementos de máquinas; Máquinas operatrizes; Máquinas de trabalho; Teoria dos mecanismos; Conhecimento de sistemáticas de projeto. Projeto Preliminar Função do Projetista 3 13Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Para que cada peça seja executada com o mínimo de dispêndio, devem ser estudados em detalhe todos os problemas de execução, material usado, montagem, etc. De um modo geral, o plano de trabalho do projetista deve incluir: 1- Determinação exata dos desejos do comprador, ou seja, formulação precisa do problema construtivo; 2- Verificaçãoda possibilidade de execução como os meios disponíveis; Projeto Preliminar Plano de trabalho do Projetista 14Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. 3- Reunião de todos os dados técnicos, especificações, informações, prospectos, folders, experiências anteriores da empresa e de concorrentes que possam ser úteis na elaboração do projeto; 4- Determinação das possíveis soluções segundo uma metodologia sistemática; 5- Elaboração das linhas gerais do layout do produto com a disposição global e medidas principais; Projeto Preliminar Plano de trabalho do Projetista 15Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. 6- Subdivisão do projeto referente à solução escolhida, em grupos construtivos principais, subgrupos, etc., de acordo com o tamanhos do objeto. Cada membro da equipe pode preocupar-se com um subgrupo e ir, gradativamente, fornecendo os elementos necessários de cálculo e conformação para o projetista de peças individuais, como mostra a tabela a seguir. Projeto Preliminar Plano de trabalho do Projetista Guincho giratório Sistema estrutural ............ ............ ............ Sistema elétrico ............ ............ ............ Sistema de elevação Equipamento de elevação ............ ............ Equipamento de rotação ............ ............ Equipamento de translação Guincho ............ Acessórios Ganchos Roldanas Desdobramento do projeto global de um guindaste giratório 16Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. 7- Elaboração do projeto detalhado dos grupos construtivos e das peças individuais 8- Controle e verificação cuidadosa do projeto e dos modelos geométricos, discutindo-se os requisitos das outras fases do ciclo de vida do produto, como manufatura, principalmente no que se refere aos processos com retirada/adição de material como usinagem, fundição, injeção, etc. É sempre preferível corrigir um modelo geométrico do que alterar durante a usinagem das peças, por exemplo. Projeto Preliminar Plano de trabalho do Projetista 17Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Nessa verificação deve-se atentar para os seguintes itens: a) Pontos críticos – Quais dificuldades podem aparecer na usinagem, na montagem ou no uso do produto; b) Resistência – Recalcular as seções perigosas ou de risco. Verificar a existência de pontos de concentração de tensão, entalhes e fluxo de forças inadequadas; c) Pontos de fricção – Verificar os pares de metal atritante, acabamento superficial, tolerâncias de ajuste, lubrificação. No caso de desgaste, é possível um reajuste ou fácil substituição da peça? Projeto Preliminar Plano de trabalho do Projetista 18Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. d) Vedações – Ventilação, aberturas de inspeção? e) Montagem – Ela é possível? Há espaço para as ferramentas de montagem? f) Usinagem – Como usinar, fixar, medir? A usinagem é possível com as máquinas e ferramentas usuais e/ou disponíveis? g) Economia de execução – Pela adoção de maiores tolerância; h) Cotas nos desenhos – Estão todas indicadas. As informações específicas acera de usinagem e montagem, estão indicadas? Há concordâncias das cotas? Projeto Preliminar Plano de trabalho do Projetista 4 19Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. 9 - Recepção do produto ou máquina pronta. Realização dos ensaios necessários. Verificação das condições de uso e funcionamento. Modificações necessárias; 10 - Elaboração das instruções acerca de transporte, desmontagem, montagem, uso, manutenção e condições ambientais. Os itens 1, 3, 4, 5 e 7 devem ser mais apropriadamente estudados e considerados em todo o processo de projeto. Projeto Preliminar Plano de trabalho do Projetista 20Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. O desenvolvimento que se costuma observar no projeto de uma máquina ou equipamento industrial, mostra já claramente, que a primeira execução não é a melhor, pois falta experiência. Somente à medida que outras execuções sucedem, aproxima-se de uma solução ideal. Projeto Preliminar Observações para o progresso técnico do projeto 21Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. O progresso e o aperfeiçoamento de uma construção se devem, principalmente, a: ● Falhas; ● Efeitos secundários não previstos e sua conseqüente pesquisa; ● Sucesso do produto, o que cria novas exigências de inovação; ● Concorrência. Projeto Preliminar Observações para o progresso técnico do projeto 22Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Quanto mais claramente forem determinadas as condições, e/ou requisitos do produto, tanto mais claro se apresentará o caminho a seguir na busca da solução para a realização física do produto. O projetista deve, pois, antes de pensar na solução do problema, dedicar-se com empenho na determinação mais exata quanto possível destes fatores decorrentes da especificação de projeto de produto. Projeto Preliminar Formulação do problema do projeto preliminar 23Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Tais fatores podem ser sintetizados como: • Realização das funções do produto; • Solicitações mecânicas • Influências químicas e climáticas; • Limitações de espaço; • Tamanho/Peso; • Transporte e despacho; • Manejo/Manuseio; • Manutenção; Projeto Preliminar Formulação do problema do projeto preliminar • Custo e Reparo; • Consumo de energia; • Durabilidade; • Segurança de funcionamento; • Custo de operação; • Estética; e Ergonomia; • Prazo de entrega; • Número de peças; • Ruído/Vibrações; • Segurança contra acidentes. 24Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Naturalmente, nem sempre é possível satisfazer de maneira ideal a todas as exigências. A melhor solução é sempre a que estabelece a melhor harmonia entre todas as especificações, exigências e necessidades do usuário Projeto Preliminar Formulação do problema do projeto preliminar 5 25Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Cada montagem, submontagem, peça e região funcional das peças de um produto industrial exige a realização de uma estrutura funcional. Em geral a realização da função exigida é possível de diversas maneiras pela disposição apropriada dos diversos elementos construtivos. Faz parte da tarefa do projetista descobrir as soluções possíveis e dentre elas definir a mais adequada. Formulação do problema do projeto preliminar Realização das funções necessárias ao produto 26Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Além das solicitações devidas à realização de toda a sua estrutura funcional, os produtos estão sujeitos a solicitações mecânicas devidas às condições de utilização. Trata-se em geral de forças, momentos, vibrações, velocidades e acelerações. Incluem-se aí ainda, as possibilidades de avaria por manejo impróprio e descuidos, como golpes, quedas, sobrecargas, etc. Formulação do problema do projeto preliminar Solicitações mecânicas 27Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Todo produto deve ser resistente às diferenças de temperatura, aos diferentes estados higrométricos do ar (umidade), à ação química de gases e vapores, assim como à ação corrosiva da água e de soluções salinas, ácidas, básicas, etc. Formulação do problema do projeto preliminar Influências químicas e climáticas 28Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. São bastante comuns na construção de automóveis, embarcações e aeronaves, podendo constituir um sério quebra-cabeça para o projetista. Formulação do problema do projeto preliminar Limitações de espaço para manufatura 29Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Ainda que não haja requisitos e exigências neste sentido, o projetista, por razões econômicas, deve tentar reduzir os fatores a um valor mínimo. No caso de automóveis, embarcações e aeronaves, a importância da redução de peso é tão grande que muitas escolas de engenharia possuem uma cadeira especial que aborda “Construções Leves”, em que são estudadas as normas que permitem preencher da melhor forma possível a exigênciade peso mínimo. Formulação do problema do projeto preliminar Tamanho e peso 30Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. No caso de peças muito grandes, muitas vezes há limitação de peso e dimensões para o transporte rodoviário e/ou ferroviário. Para peças pequenas, deve-se prever a economia de espaço para melhor adequar seu transporte, facilidade de embalar, possibilidade de desmontagem de peças salientes sujeitas a quebras, etc. Formulação do problema do projeto preliminar Transporte e despacho 6 31Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Prever manejos fáceis, simples e seguros com posição, forma e movimentos cômodos de todas as alavancas, botões e rodas de comando. Prever diminuição de força e de caminhos de manejo, posição cômoda e ergonômica do operador (estofamentos, encostos, etc.). Além disso, concentrar os órgãos de comando com alcance das mãos ou pés dos instrumentos de comando, num único eixo. Esquemas e instruções fixadas nas proximidades de alavancas de comando. Formulação do problema do projeto preliminar Manejo/Operação 32Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. No tocante à manutenção deve-se observar que tipo de pessoas (se são instruídas ou não, se técnicos ou leigos, dona de casa, etc.). Por exemplo, no caso de aparelhos domésticos, as exigências quanto á manutenção devem ser minimizadas, obrigando o uso de mancais não lubrificados, etc. De um modo geral, deve- se facilitar ao máximo o controle e a manutenção, prevendo-se um plano de lubrificação fixo à máquina, pontos de lubrificação acessíveis e pintados de vermelho, controles de níveis de óleo com vidros bem visíveis, conta-gotas ou manômetros para controle da circulação do óleo, termômetros para controle de temperaturas, etc. Formulação do problema do projeto preliminar Manutenção 33Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Uma forma externa lisa facilita a limpeza e diminui os riscos de acidentes. A manutenção deve exigir o mínimo de ferramentas e a redução do número de tamanhos e tipos de parafusos e elementos de fixação em geral. Formulação do problema do projeto preliminar Manutenção 34Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Pode ser limitado pela capacidade aquisitiva dos interessados, pela concorrência ou por outras considerações de ordem econômica, como demanda de mercado interno e externo, por exemplo. Trata-se de um fator importante de projeto, que pode determinar todo o trabalho construtivo do produto. Formulação do problema do projeto preliminar Custo 35Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Em geral, peças sujeitas a um maior desgaste são projetadas e realizadas em separado com uma disposição no layout da montagem em que está inserida que permita uma fácil e rápida substituição. Formulação do problema do projeto preliminar Reparo 36Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Um pequeno consumo de energia corresponde a um melhor rendimento do produto, podendo ser um fator fundamental no julgamento de seu grau de aperfeiçoamento e/ou inovação. Formulação do problema do projeto preliminar Consumo de energia 7 37Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Deve ser sempre a maior possível. Formulação do problema do projeto preliminar Durabilidade 38Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Um funcionamento sem interrupções e sem exigências excessivas de manutenção e reparos, é uma qualidade desejável e bastante apreciada por qualquer usuário do produto. Esta qualidade depende da eficiência e do bom funcionamento de todas as peças que compõem o produto. Formulação do problema do projeto preliminar Segurança de funcionamento 39Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Depende do consumo de energia e, portanto, do rendimento do produto. Entretanto, há outros fatores a considerar, como desgaste excessivo, perdas de lubrificação, água de refrigeração, vapores, gases, etc., que podem onerar em muito a operação. Estes possíveis defeitos são muitas vezes oriundos do uso e/ou manutenção inadequada, pelo que, para ressalvar responsabilidades, toda máquina deve ser fornecida com instruções de operação e manutenção. Formulação do problema do projeto preliminar Custo de operação 40Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Beleza de forma, acabamento, pintura, cores, etc., podem ter uma influência marcante e decisiva no sucesso de um produto. Formulação do problema do projeto preliminar Estética 41Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Na grande maioria dos casos, é indesejável. Há casos em que devem ser especialmente evitados, por exemplo, em aeronaves e automóveis. A vibração pode ser desejável, principalmente para transporte e operações que requeiram uma repetição de movimentos harmônicos. Formulação do problema do projeto preliminar Ruído/Vibrações 42Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. É muitas vezes um fator fundamental, especialmente quando se trata de concorrências nas quais, freqüentemente são estabelecidas multas contratuais por atraso de execução e entrega. Isso pode impor um processo de fabricação em detrimento de outros mais morosos, usinagem (mais rápida) em relação à fundição (em geral, mais lenta). Formulação do problema do projeto preliminar Prazo de entrega 8 43Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. É um dado importantíssimo, pois influi no custo, na escolha de material e no processo de fabricação. No caso de uma encomenda sempre é conhecido, enquanto que no caso de uma produção em série deve ser definido estatisticamente, por consultas a distribuidores ou análise de mercado. Formulação do problema do projeto preliminar Número de peças 44Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Devem ser observados os dispositivos legais sobre o assunto, como as Normas de Segurança da Legislação Trabalhista, previstas por órgão governamentais. Por exemplo, a exigência de capas cobrindo peças girantes ou pontas agudas, transmissões por engrenagens, correias ou correntes, rebolos, etc. Formulação do problema do projeto preliminar Segurança contra acidentes 45Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Deve-se, de modo geral, prever: ● Proteção de dedos em prensas; ● Proteção contra possíveis contatos com peças sujeitas a descargas elétricas; ● Proteção dos olhos em processos com irradiações ou salpicos; ● Segurança contra movimentos não admissíveis (bloqueios), ultrapassagem de certos limites (fins de curso), cargas não admissíveis (pinos de sobrecarga, acoplamentos de segurança), velocidades exageradas (reguladores), falta de lubrificação (monitoramento e alarme), ação de curiosos ( lacres e fechos especiais), desmontagem de peças, etc. Formulação do problema do projeto preliminar Segurança contra acidentes 46Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Deve-se pensar nas conseqüências de uma eventual ruptura de uma peça, prevendo-se segurança máxima de todas as peças das quais podem depender vidas, como freios de automóveis e guindastes, cabos de elevadores, etc. Formulação do problema do projeto preliminar Segurança contra acidentes 47Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Uma vez definida a solução conceitual do produto é necessário “traduzir” os princípios de solução que teoricamente irão realizar as funções elementares da estrutura funcional selecionada para o produto em questão. A definição do layout prevê que sejam examinadas as possíveis soluções conceituais sob o prisma das exigências que influenciam diretamente na forma do produto. Representação esquemática 48Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. ...é lógico deduzir que a solução encontrada para a realização física do produto retém as aspirações dos usuários e da equipe de projeto, baseada em conhecimento científico... Mesmo assim, sugere-se à equipe de projeto que faça um check-up nas fontes pesquisadas para a obtenção da solução do produto, para certificar sua viabilidade. Representação esquemática 9 49Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc.Dentre estas fontes pode-se citar: 1- Construções conhecidas; 2- Teoria de mecanismos; 3- Elementos de máquinas; 4- Evolução histórica do produto; 5- Revistas de patentes; 6- Revistas técnicas de eventos científicos; 7- Exposições; Representação esquemática 8- Propriedades físicas; 9- Outros ramos da ciência; 10- Experiências de especialistas no assunto; 11- Modelos; 12- Análise crítica de falhas e reclamações; 13- Estudo das soluções paralelas e inversas e suas combinações. 50Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Em primeiro lugar, o projetista deve procurar estudar soluções conhecidas, tanto as da própria empresa como as dos concorrentes. Muitas vezes a tarefa construtiva consistirá em analisar uma construção conhecida, estudando suas falhas e defeitos, dando-lhe uma concepção mais apropriada. Representação esquemática Construções conhecidas 51Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Os ensinamentos da teoria de mecanismos são parte indispensável do preparo do projetista. Especialmente a síntese dos mecanismos é uma fonte inesgotável de soluções para problemas de projeto. Representação esquemática Teoria de mecanismos 52Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. As máquinas e equipamentos são compostos, em grande parte, de peças conhecidas do estudo de “Elementos de Máquinas”. Nada mais natural, pois, que rever a série destes elementos e verificar se podem ser utilizados na solução do problema de projeto na fase de projeto preliminar. Representação esquemática Elementos de Máquinas 53Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. O estudo da evolução histórica de determinado produto oferece muitas sugestões de projeto, pois permite verificar o grau de aperfeiçoamento atingido, a direção em que é preciso aplicar maior esforço de aprimoramento. Evita-se assim, também o erro de apresentar soluções já superadas. Representação esquemática Evolução histórica 54Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. A leitura de revistas, jornais e publicações sobre Patentes, pode ser muito útil como fonte de possíveis soluções inventivas. Representação esquemática Revistas de patentes 10 55Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. O projetista deve acompanhar freqüentemente as conferências e congressos de sua especialidade, procurar aperfeiçoar-se por meio de cursos e palestras específicas do ramo, trocar idéias com colegas consultas a especialistas, fornecedores e consumidores. As revistas especializadas são fontes importantíssimas de idéias para o projetista, além de mantê-lo constantemente atualizado quanto ao progresso científico. Representação esquemática Revistas especializadas e conferências 56Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. As exposições e feiras, em geral, apresentam muito antes de revistas e jornais técnicos, as últimas novidades e tendências técnicas dos produtos. Visitas à exposições do ramos para o projetista esperto e de lápis em punho a fazer croquis e anotações, pode ser muito compensador e sugestivo. Representação esquemática Exposições Feira de Hannover Feira de Mecânica 57Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Um método bastante valioso para encontrar novas soluções é o exame sistemático das leis físicas. Por exemplo, para determinar a velocidade de um gás num tubo, deve-se pesquisar aquelas grandezas físicas que variem direta ou indiretamente com a velocidade do gás. Representação esquemática Propriedades físicas dos materiais Lei de Pascal Princípio de Bernoulli Enunciado de Lavoisier 58Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Muitas vezes estudos profundos e ensaios realizados em outros ramos da ciência podem dar uma orientação extraordinária ao projetista. Por exemplo, o projetista de automóveis pode aproveitar utilmente de estudos e resoluções usadas em aeronaves, locomotivas, etc. Representação esquemática Outros ramos da ciência 59Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Muito importantes e muitas vezes indispensáveis para colher subsídios necessários à solução de problemas novos, para os quais não existem fundamentos teóricos nem dados práticos. Representação esquemática Experimentos Crash tests 60Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Ensaios posteriores à realização de um produto são uma fonte de experiência para o projetista, como ensaios de recepção e de operação, medição de esforços e deformações em máquinas já em funcionamento. Os modelos elucidam muitos problemas construtivos. Podem ser de diversos tipos, conforme se destinarem ao estudo de uma função, forma espacial, distribuição de tensões, deformações, etc. Representação esquemática Uso de modelos ou protótipos 11 61Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Toda construção nova está sujeita a falhas. Deve-se determinar as suas causas e eliminá-las gradativamente. Certos efeitos secundários imprevisíveis são muitas vezes bastante desagradáveis (ruídos, desgastes, vibrações, etc.). Os erros, no entanto, são uma grande fonte de experiência. Os compradores, pelo uso constante do equipamento, podem indicar os defeitos e às vezes, sugerir alterações significativas no produto. Dessa forma, esse monitoramento é, igualmente, importante. Representação esquemática Análise crítica de falhas e reclamações 62Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Após encontrada uma solução, o estudo de soluções paralelas e inversas e suas combinações permite uma análise mais completa do problemas construtivo Em muito casos, por meio da nova análise funcional, é possível obter-se grandes simplificações e economia, fazendo-se um determinado objeto (montagem, submontagem ou peça) acumular diversas funções. Em outros casos, inversamente, um desdobramento funcional adicional, pode ser vantajoso. Representação esquemática Soluções paralelas e inversas e suas combinações 63Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Para a seleção do material mais adequado a uma determinada construção, deve-se observar os seguintes fatores: Solicitações mecânicas; Solicitações químicas; Temperatura de serviço; Durabilidade; Segurança de serviço; Tamanho e forma; Peso; Condutibilidade elétrica, térmica ou magnética; Tipo de execução; Número de peças; Aproveitamento de sobras; Prazo de entrega; Propriedades do material; Custo do Material; Disponibilidade do material; Padronização dos materiais. Regras gerais para seleção de material 64Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. A escolha do material é condicionada em primeiro lugar, pelas solicitações mecânicas (tração, compressão, flexão, torção, cisalhamento, abrasão): As solicitações mecânicas podem ser estáticas, dinâmicas ou de impacto: Solicitações estáticas - por sua resistência à tração; Solicitações dinâmicas - resistência à fadiga; Solicitações por impactos - elevada resiliência (trabalho absorvido por unidade de volume); Regras gerais para seleção de material Solicitações mecânicas 65Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Muitas vezes a resistência à corrosão química é o fator primordial de seleção do material. Ex.: rotores e carcaça de bombas, tanques e equipamento da indústria química. Regras gerais para seleção de material Solicitações químicas 66Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. As solicitações mecânicas, tanto quanto as químicas, podem ocorrer tanto à temperatura ambiente, como em temperaturas elevadas ou baixas. Em temperaturas baixas ocorre o problema da fragilização do material, enquanto que em temperaturas mais elevadas provocam uma redução da tensão de escoamento, assim como o fenômeno da fluência. O ferro fundido não pode ser usado em temperaturas superiores a 300 oC por largos períodos de tempo, pois isso provocaria um forte aumento de volume (“crescimento”) devido à separação da grafita. Regras gerais para seleção de material Temperatura de serviço 12 67Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Peças de forma muito complicada,em geral são executadas mais facilmente por fundição. Por outro lado, a fundição tem limites quanto ao tamanho das peças (em geral convém soldar peças muito grandes) e não é apropriada para peças compridas e de pequena seção transversal. Regras gerais para seleção de material Tamanho e forma 68Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. O peso pode ser um fator de grande importância. Por exemplo, num volante ou num contrapeso de elevador, um peso elevado é desejável. Ao contrário, em veículos ou em peças de máquinas com movimento alternativo, como o pistão de motores a explosão, deseja-se pouco peso. Regras gerais para seleção de material Peso 69Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. São por vezes fatores predominantes na seleção do material. Regras gerais para seleção de material Condutibilidade elétrica, térmica ou magnética 70Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Muitas vezes, por razões econômicas, é imposto um determinado tipo de processo de fabricação que exige propriedades especiais do material. Por exemplo, o estiramento profundo, exige chapas especiais. Regras gerais para seleção de material Tipo de processo de fabricação 71Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. O número de peças a serem fabricadas influi no tipo de processo de fabricação e, portanto, no material a ser escolhido. Assim, sempre que se tratar de poucas peças, são mais econômicas as construções soldadas, ou processos de usinagem com remoção de cavacos. No caso de série maiores, entram em cogitação, a fundição, a injeção, bem como todos os processos de usinagem sem remoção de cavaco. Regras gerais para seleção de material Número de peças 72Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. O projetista deve lembra-se sempre que todo produto deve realizar uma função essencialmente econômica. Uma máquina perfeita, mas invendável por seu preço excessivamente elevado, não tem valor. Por essa razão, o custo de um material pode levar ao uso de um material de propriedades menos adequadas, porém mais barato. A possibilidade de aproveitamento de sobras também pode baixar o custo do material. Regras gerais para seleção de material Custo do material 13 73Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. É um fator a considerar no projeto, uma vez que, por questões de disponibilidade ou não do material no mercado consumidor, um produto pode deixar de ser realizado. Regras gerais para seleção de material Disponibilidade de material 74Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. O uso de materiais padronizados reduz os preços e os prazos de entrega além de possibilitar um melhor controle de suas propriedades físicas, já que são mais conhecidos. Regras gerais para seleção de material Padronização de material 75Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Em casos especiais, determinadas características dos materiais podem tornar-se fatores preponderantes na escolha. As principais propriedades dos materiais são dadas na tabela a seguir: Regras gerais para seleção de material Propriedades do material Propriedades dos Materiais Físicas Mecânicas Tecnológicas Químicas Calor específico Densidade Alongamento Fusibilidade Resistência a: ● Ácidos ● Bases ● Água ● Óleos ● Graxas ● Benzina ● etc. Ponto de fusão Resistência à tração Dureza Forjabilidade Condutividade térmica Resistência à compressão Resistência ao desgaste Laminabilidade Dilatação térmica Resistência ao corte Resistência em altas temperaturas Estirabilidade Condutividade elétrica Resistência à flexão Capacidade de escorregamento Usinabilidade Intensidade de magnetização Resistência à fadiga Soldabilidade Saturação magnética Resistência à torção Contração Remanência Módulo de Elasticidade Propriedades superficiais Força coercitiva Resistência ao ensaio de impacto Permeabilidade 76Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. A estrutura conceitual do produto é formada por princípios de solução (PS) escolhidos ou almejados pela equipe de projeto como solução para a realização de cada função elementar da estrutura funcional do produto. Esses princípios de solução tanto podem ser soluções prontas sujeitas a pequenos ajustes ou, na grande maioria dos casos, soluções ainda não definidas fisicamente, ou seja, peças, submontagens ou montagens a serem definidas na Fase de Projeto Preliminar (PP). Projeto Preliminar 77Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Para que essas estruturas físicas possam ser dimensionadas na fase de projeto preliminar, é necessário inicialmente descrever esquematicamente o modelo físico de cada uma das possíveis soluções. Esse primeiro esquema global do mecanismo vai sendo especializado e melhor definido à medida que o projeto evolui, na direção da definição preliminar. Dessa forma, o croqui esquemático inicial, deve passar por processamento seqüencial de passos, que são considerados básicos nesse contexto. Esses passos serão discutidos a seguir. Projeto Preliminar 78Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Essa tarefa depende do tipo de produto que estiver sendo projetado. Pode tratar-se, desde um conjunto de poucas peças e/ou componentes, sendo, na verdade, um produto composto por uma única montagem, até vários conjuntos de submontagens, formados por uma ou mais centenas de peças. Cada esquema deve ser modelado a partir do esquema global do produto e ir sendo desdobrado até o menor nível de montagem possível. Projeto Preliminar Modelo esquemático dos princípios de solução 14 79Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Nesse desenho esquemático, devem constar, os pontos de apoio e/ou fixação, pontos de rotação, de aplicação de força e/ou torque, de tomada ou transmissão de força e/ou torque, possíveis áreas de desgaste por atrito, possíveis pontos de aquecimentos em uso, pontos de solicitações estáticas e/ou dinâmicas, pontos de solicitações térmicas e pontos sujeitos às vibrações mecânicas. Projeto Preliminar Modelo esquemático dos princípios de solução 80Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Estática – É o estudo das relações de forças/momentos que produzem equilíbrio entre os corpos materiais; Dinâmica cinemática – É o estudo da geometria do movimento relacionando deslocamentos, velocidades, acelerações e tempo, sem se preocupar com suas causas, independente das forças/momentos que os produzem; Dinâmica cinética – É o estudo dos relacionamentos entre as forças e momentos que atuam no corpo, sua massa e seu movimento, para predizer as forças dadas ou determinar as forças necessárias para produzir determinado movimento Projeto Preliminar Modelo esquemático dos princípios de solução 81Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. A Figura abaixo mostra um esquema primário que deve ser feito para o caso da busca de um dispositivo que possa realizar a função elementar de produto (FE) descrita como “Ampliar força no movimento pendular”. Projeto Preliminar Modelo esquemático dos princípios de solução Representação gráfica de uma possível solução para o princípio de solução definido para realizar a função elementar “Ampliar força no movimento pendular”. 82Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. No modelo esquemático, trabalhado no item anterior, são definidas as variáveis de posicionamento relativo entre as peças, levando em conta as restrições e os requisitos de projeto do princípio de solução considerado. Nesse caso, a Figura a seguir mostra a evolução do modelo de representação feito no passo 1. Aqui, a intenção é a de tratar dos movimento com o tempo, sem se preocupar com as forças/momentos que ocorrerão, mas já descrevendo parâmetros de projeto como largura, comprimento, altura, rotação, etc. Projeto Preliminar Modelo cinemático dos princípios de solução 83Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Modelo cinemático dos princípios de solução Representação gráfica do modelo cinemático dasolução para o princípio de solução apresentada no passo1. Analisar as relações entre os parâmetros existentes, como no caso das proporções entre os deslocamentos coordenados 2x : 2y em função da proporção entre os comprimentos das duas barra a : b, ou, simplesmente, obter outras relações mais adequadas à cinemática associada à função a ser realizada pelo sistema. 84Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Para o exemplo da alavanca, pode-se encontrar os valores dos comprimentos a e b das barras, de acordo com os deslocamentos angulares ou coordenados necessários à função global da montagem. Suponha que, para os requisitos e restrições de projeto dessa submontagem, os valores dos deslocamentos coordenados sejam 2x = 200 mm e 2y = 100 mm e que o deslocamento angular correspondente tenha que ser de 2θ = 30o. Quais deverão ser os comprimentos das barras a e b? Projeto Preliminar Modelo cinemático dos princípios de solução 15 85Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Modelo cinemático dos princípios de solução Representação gráfica do modelo cinemático da solução para o princípio de solução apresentada no passo1, com os valores dos parâmetros necessários à realização da função global requerida. Para esse dimensionamento, precisa-se saber quais relações trigonométricas estão envolvidas. Considerando o esquema mostrado na figura abaixo tem- se: 100 100 . 386,37 15 0,2588o x x a sen a mm sen sen θ θ = → = = = = 50 50 . 193,185 15 0, 2588o y y b sen b mm sen sen θ θ = → = = = = 86Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Nesse passo, serão feitos os dimensionamentos da estrutura da montagem estática e dinamicamente, isto é, trataremos das relações de forças e momentos que produzem o equilíbrio entre os corpos envolvidos na parte estática e, em seguida, trataremos os movimentos dos corpos sob a influência das forças e momentos, no dimensionamento dinâmico. 87Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Representação gráfica do modelo estático da solução proposta , com os valores dos parâmetros necessários à realização da função global requerida. Considerando que, para este estudo de caso, a força necessária na extremidade da barra b deva ser da ordem de 1000 Kgf. Qual a força necessária a ser aplicada na extremidade da barra a? A análise estática pode ser feita pela consideração das equações de força e momentos, da resistência dos materiais, com base no esquema mostrado na Figura abaixo. 88Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Diagrama de corpo livre com a representação das forças e momentos do modelo estático da solução proposta, necessários à realização da função global requerida. Tem-se que aplicar as duas equações da estática: equação de forças ΣΣΣΣFx’ = 0 e equação de momentos ΣΣΣΣMO = 0, para a configuração de forças e momentos mostrada na figura abaixo. 89Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Com base na Figura anterior, os correspondentes somatórios para forças e momentos estão descritos a seguir, considerando um novo sistema de referências, traçado conforme coordenadas da posição de maior afastamento da alavanca. ' ' ' ' ' ' ' 0 0 x ax x bx ax x bx F F R F F R F = − + = = − ∑ ' ' ' ' ' ' ' 0 0 y ay y by by ay y F F R F F F R = − − = = − ∑ ' ' .cos .cos by b ax a F F F F θ θ = = ' ' . . ay a bx b F F sen F F sen θ θ = = ' ' ' ' ' 0 . . 0 . . O ax by by ax by M F a F b F b bF F a a = − = = = ∑ 90Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem A tarefa agora é calcular as reações e as forças que provocam os momentos para o dimensionamento, tanto dos braços da alavanca como da articulação que irá apoiá-la para a multiplicação da força de entrada. O apoio deve ser dimensionado usando-se os valores das reações Rx’ e Ry’. Existe uma “junção” entre a peça alavanca e a peça apoio da alavanca nessa montagem que, muito provavelmente, terá ainda outras peças na sua composição, tais como, buchas de apoio (na entrada e saída), parafusos, arruelas de pressão e lisas (fixação), etc. (Interfaces físicas do produto e suas partes) 16 91Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Existe uma transferência funcional nas interfaces entre os objetos de projeto em todos os níveis hierárquicos do produto. A transferência funcional se dá de forma análoga a um fluxo de entrada, processamento e saída, conforme ilustrado na figura abaixo Representação esquemática do fluxo funcional de um objeto (peça, montagem, submontagem ou produto) 92Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Considerando as relações (2), pode-se dar início ao cálculo dos valores das forças Fby’.e Fax’ que realizarão os torques, correspondentes aos momentos em relação ao ponto de apoio “O” pela ação e reação das barras a e b da alavanca. A força reativa Fb = 1000 Kgf é um requisito de projeto e deve ser atendida para a realização da função global dessa montagem. O ângulo θθθθ é outro requisito de projeto e deve ser igual a 15o. Assim, tem-se: ' ' .cos 1000 .cos15 965,93 cos15 o by b o a ax F F Kgf Kgf F F θ= = = = ' ' ' ' ' ' . 1000 . 15 258,82 15 15 cos15 15 15 0, 268 cos15 o bx b o a ay o o o ay o a o ay ax ax F F sen Kgf sen Kgf senF F Fsen senF tg F F F θ= = = = = = => = = = 93Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Pelas relações (3) dos momentos torçores nas barras a e b, considerando que, para o croqui mostrado na Figura 6 e para o “layout” disponível, os valores dos comprimentos das barras são, respectivamente, iguais a 386,37 mm e 193,19 mm, pode-se calcular a força Fax’. Estas relações garantem que, no equilíbrio estático, o somatório dos momentos correspondentes é igual a zero. Tem-se então: ' ' ' ' ' 0 . . 0 . 193,19 . .965,93 482,98 386,37 O ax by by ax by M F a F b F b bF F Kg a a = − = = = = = ∑ Assim, a força necessária a ser aplicada na extremidade da barra a é: ' 482,98 500 cos15 0,9659 ax a o FF Kgf= = = 94Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Essa força deve provir de um outro mecanismo ou dispositivo, cuja interface funcional com a montagem que está sendo dimensionada, deverá transferir em uso uma força de 500 Kgf, atendendo ao requisito desejado. Este valor poderia ser anteriormente previsto com base na condição de deslocamento inicial em que tem-se o valor do deslocamento na horizontal como a metade do valor do deslocamento vertical, ou seja, 2x = y. 95Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Voltando às relações (1), pode-se calcular as reações no apoio articulado ' ' ' ' ' ' ' 0 0 x ax x bx ax x bx F F R F F R F = − + = = − ∑ ' ' ' ' ' ' ' 0 0 y ay y by by ay y F F R F F F R = − − = = − ∑ ' ' ' ' ' ' ' 0 0 y ay y by by ay y F F R F F F R = − − = = − ∑ ' ' ' ' ' ' ' 0 0 y ay y by by ay y F F R F F F R = − − = = − ∑ ' ' ' ' ' ' ' ' ' 0 ( .0, 268) 965,93 (482,98).(0, 268) 965,93 129, 44 965,93 836, 49 ay y by y ay by ax y y F R F R F F F R R Kg − − = = −= − = − = − = − 96Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem O próximo passo é dimensionar a seção transversal dos braços da alavanca e o material a ser utilizado na sua construção. Da teoria de resistência dos materiais, pode-se dizer que os braços da alavanca estarão sujeitos à flexão pura, podendo ser representada, por exemplo, por um modelo estático de vigas engastadas, fixadas no ponto “O”, como mostrado na figura abaixo. Representação esquemática do carregamento fornecido aos braços da alavanca (montagem em projeto). 17 97Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Os dois braços da montagem “alavanca” estarão pivotados na articulação“O”, cujo suporte articulado que sustentará a alavanca, deverá ser dimensionado posteriormente, com base nos valores das respectivas reações de apoio Rx’ e Ry’. O problema agora fica simples e pode ser resolvido aplicando os procedimentos usuais de cálculo de resistência dos materiais. 98Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Um diagrama de corpo livre deve ser feito para um dos braços da alavanca, como o mostrado na figura abaixo. O procedimento de cálculo para o outro braço é similar. . Diagrama de corpo livre de um dos braços da alavanca (montagem em projeto). M+ 99Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem O maior momento fletor ocorre no engaste da viga. Assim, tem-se: A fórmula para tensões de flexão elástica é dada pela equação a seguir. (500,00).(386,37) . 193185,00 . M Kg mm M Kg mm = = . x M y I σ = − 3 3 2 2 2 . . .12 6. 6.(193185,00) 1159110,002 . . .2 . . . 12 x bM M b M a b a b a b a b a b σ = = = = = 100Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Nesse ponto, tem-se dois conjuntos de variáveis a serem consideradas. De um lado, a geometria da seção da viga e do outro, a tensão de flexão resultante. Nesse caso temos que verificar o espaço disponível e definir uma seção comercial compatível com esse espaço, calculando o valor da tensão de flexão resultante. Essa tensão pode ser comparada, por exemplo, à tensão de escoamento ou admissível de vários materiais disponíveis comercialmente na definição do material para a alavanca. 101Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Esse é o momento do projeto preliminar para a aplicação de uma análise de elementos finitos, para otimização de forma. Tem-se por experiência que, para esse tipo de aplicação, a forma mais otimizada para esse tipo de componente usualmente aproxima-se da mostrada na figura abaixo. Forma usual da alavanca otimizada por análise de elementos finitos na fase de projeto preliminar 102Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Pode-se optar inicialmente, por um material de utilização usual, SAE 1040 laminado a quente, por exemplo, cuja tensão Limite de Elasticidade está em torno de 360 MPa, tensão Resistência Estática em torno de 580 MPa e tensão Resistência à Fadiga em torno de 260 MPa para carregamento repetido ou alternado. Usando-se este material, chega-se a uma composição, baseada na equação (5) que fornece a seguinte relação paramétrica (MPa = N/mm2 e Kg = 9,8 N): 18 103Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Considerando um material comercial que apresente uma seção transversal contendo uma parametrização especificada por b = 2a, chega-se a: 2 2 2 2 2 2 3 1159110,00 . 1159110,00 1159110,00 1159110,00 . . 260 1159110,00 . 1159110,00 . . . . 260 26 . 44581,15 x x RF a b Kg mm a b MPa Kg mm Kg mm a b mm mm N Kg a b mm σ σ σ = = = = = = = 3 2 3 3 3 3 . 44581,15 44581,15 2 (44581,15).(2) 44,67 22,34 b a b mm mm b mm b mm a mm = => = = => = => = 104Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem O dimensionamento do braço menor da alavanca, segue o mesmo procedimento. Pode-se prever que a seção a ser encontrada seja similar a que acabou-se de dimensionar, uma vez que no balanço de forças e momento, as forças atuantes são consideradas aplicadas a uma única peça. 105Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem O próximo passo é o dimensionamento do pino de articulação da alavanca e seu respectivo apoio. Para o dimensionamento do pino, utiliza-se a reação resultante do carregamento. Ela é dada com base nas reações nos eixos “x’” e “y’”. Isso resulta em: ( ) ( ) ( ) ( )22 2 22 ' ' 836,49 741,80 700457,32 1118,03 x yR R R R Kgf = + = − + = = 106Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Na verdade, este cálculo deve tomar por base uma tensão de projeto correspondente ao limite de resistência à fadiga do pino que fará a junção da alavanca como o seu apoio. A tensão de projeto, nesse caso, deverá ser a Resistência a Fadiga (σσσσRF). A representação das reações na região de interface entre alavanca e apoio é representada na Figura ao lado. Representação do carregamento na região de transição ou interface funcional entre alavanca e apoio. 107Prof. Douglas Roberto Zaions, MSc. Projeto Preliminar Cálculo estrutural da montagem Fazendo o balanço do carregamento tem-se que: e O consenso entre material e valor do diâmetro estabelece condições de se estabelecer os valores finais dos parâmetros de projeto que, para este pino de articulação, são o diâmetro e o material. Optemos por um aço dúctil (SAE 1045) que apresenta um limite de ruptura por cisalhamento de 120 MPa. Pela equação da reação do apoio, tem-se: 2.R Ra= 2. . 4 dRa piτ = 2 2 2 2 .559,02 . 4 .559,02 12 . 4 (4).(559,02) 7,70(12).( ) dKg Kg dKg mm d mm pi τ pi pi = = = =
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