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DIABETES MELLITUS TIPO 1 E 2

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1	
DIABETES	MELLITUS	TIPO	1	E	2	
DEFINIÇÃO	DE	DM	–	OMS	
-	Doença	crônica	que	ocorre	tanto	quando	o	pâncreas	não	produz	insulina	suficiente	ou	quando	o	corpo	não	
consegue	utilizar	de	forma	eficiente	a	insulina	que	produz	
-	Hiperglicemia:	efeito	comum	do	diabetes	mellitus	não	controlado	
Com	 o	 tempo	 leva	 a	 sérias	 lesões	 em	muitos	 sistemas	 do	 organismo,	 especialmente	 os	 nervos	 e	 vasos	
sanguíneos.	
Doença	metabólica	crônica,	caracterizada	por	 índices	elevados	de	glicose,	que	com	o	tempo	 leva	a	sérias	
lesões,	no	coração,	vasos	sanguíneos,	olhos,	rins	e	nervos.	
EPIDEMIOLOGIA	
A	prevalência	de	DM	vem	aumentando	em	todas	as	faixas	de	renda,	mas	pp.	nas	faixas	de	poder	aquisitivo,	
desde	a	década	de	80	até	agora.	A	prevalência	média	é	em	torno	de	4%;	acompanhando	um	aumento	da	
prevalência	de	obesidade	no	mundo,	houve	um	aumento	do	diabetes	também.		
DIAGNÓSTICO	
Como	muitos	pacientes	são	assintomáticos	(nem	sempre	ele	vai	ter	sintomas	de	DM);	então	muitas	vezes	o	
diagnóstico	é	apenas	laboratorial.		
		
A	glicemia	de	jejum	normal	é	menor	que	100	mg/dl.	A	glicemia	normal	após	sobrecarga	de	glicose	de	75g	é	
menor	que	140.	A	hemoglobina	glicada	normal	por	esse	método	(NGSP	-	padronizada)	é	menor	que	5,7.	As	
vezes	vcs	vão	pegar	analises	de	Hb	glicada	feita	por	outros	métodos,	que,	por	mais	que	possam	ser	utilizados,	
para	diagnóstico,	não	são	aceitos	(Hb	glicada	por	HPLC).	Se	a	pessoa	tiver	esses	3	critérios,	em	jejum,	todos	
normais	ela	não	tem	diabetes.	Embora,	não	seja	preciso	fazer	os	três	exames.	Pode-se	fazer	apenas	um	deles.	
É	necessário	fazer	outro	exame	quando	há	algum	alterado,	para	confirmação.		
Os	critérios	para	afirmar	que	o	paciente	tem	DM	é	se	a	glicemia	de	jejum	for	maior	que	126,	em	pelo	menos	
duas	 ocasiões.	 Segundo	 o	 guideline	 americano,	 pode	 até	 mesmo	 ser	 na	 mesma	 amostra,	 porém,	
normalmente,	utiliza-se	a	amostra	de	dias	diferentes.		*Prof	recomenda	que	seja	feito	em	dias	separados.	
O	diagnóstico	é	confirmado,	p.ex.,	se	o	pct	tiver	duas	glicemias	de	jejum	>126.	Ou	ainda,	se	o	pct	tiver	no	
TOTG	(teste	oral	de	tolerância	a	glicose)	maior	ou	igual	a	200	após	2h	de	consumo	de	glicose.	Funciona	da	
seguinte	maneira:	a	primeira	glicemia	é	coletada	assim	que	o	pct	chega	ao	laboratório	(glicemia	em	jejum),	
depois	ela	ingere	Glicose	anidra	(xarope	de	gicose	–	75g	para	o	adulto	ou	1,75g	por	kg	se	criança)	e	depois	
Duas	medidas	alteradas	-	
pelo	mesmo	método	ou	
não.	
	 2	
de	2h,	ele	faz	novamente	a	glicemia.	Se	após	essa	carga	de	glicose,	a	glicemia	estiver	maior	ou	igual	a	200	
pode-se	confirmar	que	a	doença,	se	confirmado	em	outra	ocasião	(porque	sempre	precisa	repetir	o	exame).	
A	outra	maneira	 é	 através	da	Hb	glicada,	 através	do	método	de	HPLC,	 se	maior	ou	 igual	 a	 6,5.	 Em	duas	
amostras.	
Não	é	necessário	que	seja	o	mesmo	método.	P.ex:	pode-se	ter	uma	glicemia	>126	e	uma	Hb	glicada	>6,5	e	já	
se	pode	confirmar	que	tem	Diabetes.	Ou	ainda,	ter	TOTG	>200	e	Hb	glicada	>6,5.	
Se	o	critério	estiver	no	nível	intermediário	é	considerado	pré-diabetes.	A	glicemia	de	jejum	entre	100	e	125;	
TOTG	de	149	a	199	e	Hb	glicada	de	5,7	a	6,4.	A	importância	do	pré-diabético	é	que,	além	de	ter	maior	risco	
de	evolução	para	DM,	esse	grupo	de	pessoas	está	associado	a	maior	risco	cardiovascular.	Os	hábitos	de	vida	
ou	a	genética	da	pessoa	predispõe	a	riscos	cardiosvasculares	–	não	somente	relacionado	ao	diabetes,	até	
mesmo	porque	alguns	ficam	durante	anos	nessa	fase	e	não	evoluem	para	a	doença.	O	fato	de	estar	nessa	
categoria	não	necessariamente	significa	que	vai	ter	DM.		
CASO	1	
	 Um	paciente	assintomático	traz	uma	glicemia	de	115mg/dl	(faixa	de	normalidade).	A	Hb	glicada	é	de	
6,6	(faixa	de	diabetes).	Como	os	dados	são	conflitantes,	não	se	pode	confirmar	o	diagnóstico	de	diabetes,	é	
necessário	 solicitar	 um	 terceiro	 exame	 para	 definir.	 Pode	 ser	 qualquer	 um	 dos	 três	 anteriormente	
mencionados.	Se,	pe.,	for	120,	é	pré	diabetes,	o	que	não	prova	que	tem	diabetes,	é	apenas	PRÉ-diabetes.	
CASO	2	
	 Um	paciente	assintomático	traz	seu	exame	de	rastreamento	pré-operatório,	no	qual	a	glicemia	é	de	
130mg/dl	(não	pode	dizer	que	tem	diabetes,	pede-se	um	novo	exame).	A	outra	glicemia	que	ela	traz	é	de	
129,	p.e.,	aí	já	se	pode	confimar	que	ela	tem	diabetes.	Porque	são	duas	glicemias.	
ATENÇÃO:	Em	que	situação	você	pode	confirmar	o	diagnóstico	com	apenas	um	exame?	Quando	o	pct	tiver	
sintomas	inequívocos	da	doença	–	os	sintomas	clássicos	(4p’s:	poliuria,	polidipsia,	polifagia	e	perda	ponderal,	
sem	 causa	 aparente),	 com	 uma	 glicemia	 aleatória	 maior	 ou	 igual	 a	 200.	 Nesse	 caso,	 a	 clínica	 é	 mais	
importante.	O	pct	já	tem	sintomas	de	diabetes	e	o	exame	confirmou	essa	suspeita.	
CLASSIFICAÇÃO	
Uma	vez	que	vc	define	o	diagnóstico,	vc	precisa	classificar	o	diabetes	mellitus.	
TIPO	1	 	 	 1A:	autoimune	
TIPO	2		 	 1B:	idiopática	
SECUNDÁRIA	(TIPOS	ESPECÍFICOS)	
GESTACIONAL	
O	tipo	1A	é	confirmado	através	da	dosagem	de	autoanticorpos	no	sangue.	E	a	tipo	1B	diz-se	que	é	idiopática	
quando	não	se	encontra	os	autoanticorpos	no	sangue.	
	
DIABETES	TIPO	2	
Diabetes	tipo	2	(antes	chamado	não-insulino-dependente	ou	do	adulto)	
•	Causado	por	resistência	à	insulina	e	por	deficiência	relativa	de	insulina	
•	90%	dos	portadores	de	DM	
•	Consequência	principalmente	do	excesso	de	peso	e	do	sedentarismo	
•	Sintomas	menos	intensos	do	que	no	DM	tipo	1	(poucos	sintomas)	
•	Pode	ser	diagnosticado	vários	anos	depois	do	seu	início,	e	as	complicações	já	podem	ter	se	desenvolvido.	
	 3	
A	medida	 que	 o	 tempo	 passa,	 pode	 ser	 que	 o	 pct	 apresente	mais	 sintomas,	mas	 no	 início	 tem	 poucos	
sintomas.	Por	essa	razão,	o	diagnóstico	é	geralmente	realizado	muitos	anos	após	o	início	da	doença.	
COMO	UMA	PESSOA	DESENVOLVE	O	DM	TIPO	2?	
	
AS	PRINCIPAIS	ALTERAÇÕES			
Secreção	de	insulina:	para	que	o	indivíduo	tenha	diabetes,	é	preciso	que	haja	um	problema	na	secreção	de	
insulina;	se	o	pct	tiver	400kg,	mas	o	pâncreas	ainda	secretar	insulina,	não	haverá	diabetes.		
Redução	do	efeito	incretina:	redução	de	hormônios	produzidos	no	intestino,	as	chamadas	incretinas,	que	
regulam	tanto	a	secreção	de	insulina	quanto	a	secreção	de	glucagon,	assim	como	promove	o	esvaziamento	
gástrico	e	etc...	
Aumento	 da	 lipólise:	 quebra	 da	 gordura,	 que	 leva	 a	 liberação	 de	 ácidos	 graxos	 e	 uma	 série	 de	 outras	
alterações	no	sangue.	Esse	aumento	da	lipólise,	pp.	da	gordura	visceral,	leva	ao	diabetes	tipo	2.	
Aumento	da	reabsorção	renal	de	glicose:	o	limiar	de	excreção	de	glicose	na	urina	se	eleva.		
Resistência	 a	 insulina	è	 leva	 a	 redução	 da	 captação	 de	 glicose	 no	 músculo	 e	 aumento	 da	 produção	
hepática	de	glicose;	relacionados	a	ação	inadequada	da	insulina.	
Aumento	da	secreção	de	glucagon;	que	em	parte	está	relacionado	a	redução	das	incretinas.	
Disfunção	de	neurotransmissores:	não	somente	o	peso	e	metabolismo	é	regulado	pelo	SN,	mas	também	a	
homeostase	da	glicose,	pp.	na	região	do	hipotálamo.	
	
O	 desenvolvimento	 do	 DM	 tipo	 2	 geralmente	 acontece	 em	 etapas.	 No	 início,	 vai	 haver	 uma	 redução	
progressiva	 da	 sensibilidade	 à	 insulina.	 A	 pessoa	 vai	 se	
tornando	 menos	 sensível	 a	 insulina	 e	 o	 pâncreas	 vai	
aumentando	 a	 secreção	 desse	 hormônio.	 Enquanto	 o	
pâncreas	 consegue	 secretar,	 não	 há	 diabetes,	 nem	
intolerância	a	glicose,	nem	pré-diabetes.	Mas	a	medida	
que	o	órgão	deixa	de	produzir	insulina	adequadamente,	
aí	o	 começa	a	 surgir	o	pré-diabetes,	 com	 intolerância	a	
glicose.	A	1a	alteração	observada	no	pct	com	DM	é	uma	
hiperglicemia	pós-prandial	-		um	aumento	da	glicemia	2h	
após	 a	 refeição.	 Na	 fase	 mais	 tardia,	 vai	 haver	 um	
aumento	da	glicemia	de	jejum.	Por	isso,	que	se	utiliza	a	
	 4	
Hb	glicada,	o	TOTG	para	que	se	possa	diagnosticar	mais	precocemente	essa	alteração	de	homeostase	da	
glicose.		
	 Existem	 doenças	 que	 são	 basicamente	 genéticas,	 comoa	 fibrose	 cística,	 e	 doenças	 que	 são	
basicamente	ambientais,	como	HIV	e	malária	(embora	tbm	tenha	componente	genético).	Porém,	doenças	
como	 diabetes	 e	 obesidade	 é	 basicamente	 50%	 de	 fatores	 ambientais	 e	 50%	 de	 fatores	 genéticos.	 Se	 o	
indivíduo	tem	uma	predisposição	genética	a	ter	diabetes,	mas	tem	alimentação	saudável	e	pratica	exercícios	
regularmente,	o	risco	de	ter	diabetes	diminui	bastante.	Se,	por	outro	lado,	não	tiver	uma	genética	para	ter	a	
doença,	mas	tem	uma	alimentação	inadequada,	não	pratica	exercícios,	o	risco	aumenta	muito,	mesmo	sem	
histórico	familiar.	Os	dois	componentes	são	importantes	para	diabetes	e	obesidade.		
à	HISTÓRIA	FAMILIAR	E	DM	TIPO	2	
Se	um	dos	os	pais	tiverem	DM,	o	risco	é	o	dobro.	Se	ambos	os	pais	tiverem	DM,	o	risco	é	mais	de	5x	em	
relação	a	população	normal.	Se	um	irmão	tiver	DM,	o	risco	é	de	2,77,	mas	se	forem	dois	irmãos,	salta	para	
36	vezes	maior.	Se	for	o	cônjuge	é	de	1,32.	
Isso	se	deve	ao	aumento	da	obesidade	no	mundo.	Com	isso,	aumenta	o	diabetes.	Na	década	de	2000,	metade	
da	população	brasileira	já	apresentava	obesidade	e	sobrepeso,	o	que	elevou	muito	o	risco	de	diabetes.	
	
à	TEORIA	DO	GENÓTIPO	FRUGAL:	por	que	temos	a	predisposição	genética	de	ter	diabetes?	
Isso	vem	desde	o	tempo	do	homem	das	cavernas,	onde	o	homem	caçava	e	coletava.	Como	característica	da	
época,	 o	 alimento	 se	 tornava	 escasso	 em	 algumas	 épocas	 do	 ano.	 Então,	 as	 pessoas	 que	 conseguiam	
sobreviver	por	mais	tempo	durante	o	período	de	escassez,	era	quem	conseguia	armazenar	mais	gordura.	
Quem	não	tinha	predisposição	para	armazenar	gordura,	tinha	uma	desvantagem.	E	essa	predisposição	ficou	
gravada	no	nosso	DNA.	Contudo,	a	industrialização	trouxe	uma	alteração	no	estilo	de	vida	das	pessoas;	em	
que	se	tem	um	banquete	contínuo.	Essa	grande	oferta	de	alimentos,	somado	a	predisposição	genética	e	o	
sedentarismo	agravaram	o	problema.	
˜uma	leve	divagação	sobre	os	problemas	do	Brasil	e	o	sedentarismo	˜	
FATORES	FISIOPATOLÓGICOS	
O	excesso	de	peso	está	relacionado	ao	maior	risco	de	desenvolver	DM.	Dessa	forma,	o	excesso	de	peso	está	
relacionado	tbm	a	menor	sensibilidade	a	insulina;	a	medida	que	vai	aumentando	o	índice	de	massa	corporal,	
vai	reduzindo	a	sensibilidade	–	a	pessoa	se	torna	menos	sensível	a	insulina;	mais	resistente	a	insulina.	Até	
que	chega	ao	IMC	de	30	(obesidade),	a	pessoa	já	praticamente	não	tem	sensibilidade	a	insulina.		
	
1) RESISTÊNCIA	A	INSULINA:	redução	da	ação	biológica	da	insulina.	Laboratorialmente,	caracteriza-se	por	
um	aumento	desse	hormônio	no	sangue	–	hiperinsulinemia.	A	hiperinsulinemia	pode	vir	com	glicemia	
normal	 ou	 com	 hiperglicemia.	 Está	 associada	 a	 fatores	 ambientais	 e	 genéticos	 e	 é	 uma	 das	 causas	
fundamentais	do	DM	tipo	2.	
à	Fatores	que	levam	à	resistência	a	insulina:	
-	obesidade	
-	inatividade	física/sedentarismo	(para	ativação	do	metabolismo);	
-	qualidade	da	dieta	(vários	alimentos	interferem	na	ação	da	insulina	e	impedem	sua	ação	correta;	
-	estresse	(produção	de	hormônios	contrarreguladores/do	estresse:	adrenalina	e	cortisol);	
-	adipocitocinas,	que	são	hormônios	liberados	pelo	tecido	adiposo	e	também	levam	ao	aumento	de	ácidos	
graxos	livres	e	contribuem	para	a	resistência	a	insulina.	
	
	
	 5	
Mecanismo	molecular	de	ação	da	insulina	
	
Imagem	mostra	a	membrana	celular	com	o	receptor	de	insulina	e	o	transportador	de	glicose.	A	insulina	se	
liga	ao	seu	receptor	e	o	ativa;	o	receptor	é	fosforilado,	o	que	o	ativa.	Essa	ativação	do	receptor	leva	a	ativação	
de	duas	vias	de	sinalização	intracelulares:	a	via	da	MAP-kinase,	relacionada	a	crescimento	celular	e	expressão	
gênica	 (a	 insulina	 é	 um	 hormônio	 metabólico	 importante)	 e	 a	 via	 da	 PI3-kinase	 AKT,	 relacionada	 a	
translocação	do	transportador	de	glicose,	pp.	o	GLUT-4	(no	caso	do	músculo),	para	a	membrana	celular.	
No	indivíduo	que	tem	DM	tipo	2,	há	insulina,	às	vezes	até	mesmo	em	excesso;	a	insulina	se	liga	no	receptor	
(os	receptores	também	estão	presentes)	que	é	fosforilado,	mas	o	problema	está	na	via	da	PI-3.	Se	essa	via	é	
bloqueada,	o	transportador	de	glicose	não	vai	pra	membrana	celular	e	a	glicose	não	entra	na	célula,	pois	é	o	
GLUT	que	permite	a	entrada	da	glicose	na	célula.	Esse	é	o	mecanismo	de	resistência	a	insulina.	
	
Mecanismo	de	resistência	a	insulina	e	obesidade	
Essa	relação	está	primeiramente	na:	
-	Lipotoxicidade	através	da	liberação	de	ácidos	graxos	livres.	A	gordura	visceral	(no	abdome,	músculo)	libera	
ácidos	graxos	muito	facilmente,	que	atrapalham	a	ação	da	insulina.		
-	A	glicotoxicidade	só	vai	acontecer	numa	fase	mais	avançada,	na	qual	a	própria	glicose	atrapalha	a	ação	da	
insulina.	
-	Adipocitocinas:	um	dos	fatores	principais	de	resistência	a	 insulina	na	obesidade.	TNF-alfa,	resistina,	 IL-6,	
leptina	que	impedem	a	ação	adequada	da	insulina.	Indivíduos	que	possuem	mais	gordura	visceral	liberam	
mais	desses	tipos	de	substâncias,	enquanto	os	que	tem	mais	gordura	subcutânea	liberam	mais	adiponectinas.	
	 Adiponectina:	 promove	 diminuição	 das	 adipocitocinas.	 A	 gordura	 subcutânea	 é	 responsável	 por	
eliminar	essa	substância.			
-	Lipogênese	ectópica:	a	gordura	no	local	errado.	O	local	ideal	da	gordura	é	no	tecido	subcutâneo.	A	gordura	
ectópica,	no	fígado,	no	músculo,	faz	mal.	
	
2) DISFUNÇÃO	SECRETÓRIA:	o	pâncreas	para	de	funcionar	após	algum	tempo,	mas	isso	vai	depender	da	
genética.	Se	tiver	predisposição,	mesmo	com	70kg,	o	pâncreas	pode	já	parar	de	funcionar;	ou	ter	130kg	
e	o	pâncreas	ainda	secretar	insulina	normalmente.	Importante	saber	isso	porque	os	pacientes	costumam	
perguntar	muito,	ao	se	comparar	com	outras	pessoas:	a	questão	genética	é	muito	relevante	aqui.		
O	normal	da	secreção	de	insulina	é	ser	bifásica,	isto	é,	ao	nos	alimentarmos,	existe	uma	secreção	aguda	
e	uma	secreção	crônica	–	o	basal	e	o	bolus.	Mesmo	sem	comer,	o	corpo	está	secretando	insulina	a	uma	taxa	
basal.	Ao	comer,	há	um	pico	de	 insulina.	É	 importante	entender	o	conceito	de	secreção	basal	e	bolus	de	
insulina	(ao	comer)	para	compreender	o	tratamento	do	DM	tipo	1.		
Na	 célula	 beta,	 a	 glicose	 se	 liga	 ao	 receptor	 de	 glicose,	 o	 ativa,	 e	 leva	 a	 um	 aumento	 de	 ATP,	 com	
despolarização	da	membrana,	um	influxo	de	Cálcio	na	célula	e	consequente	liberação	de	grânulos	secretores	
insulina	
Receptor	Transportador	de	
glicose	
	 6	
contendo	insulina.	Essas	vesículas	liberam	insulina	+	peptídeo	C.	A	insulina	vem	de	uma	molécula	chamada	
de	 pró-insulina,	 que	 ao	 se	 quebrar,	 vira	 insulina	 e	 peptídeo	 C.	 A	 primeira	 fica	 pouco	 tempo	 no	 sangue,	
enquanto	o	peptídeo	C	não.	Se	vc	quiser	saber	se	a	pessoa	está	produzindo	muita	insulina,	é	melhor	dosar	o	
peptídeo	C	do	que	a	insulina,	uma	vez	que	há	uma	série	de	fatores	que	vão	influenciar	o	nível	da	insulina,	
enquanto	o	peptídeo	C	é	mais	estável.	A	insulina	é	mais	para	saber	se	existe	resistência	a	insulina	mesmo.	
O	pct	que	 tem	DM	tipo	2,	ao	comer,	não	 tem	o	pico	de	 liberação	da	 insulina,	ou	seja,	ela	perde	a	
capacidade	de	liberar	insulina	quando	se	alimenta.	Isso	é	a	disfunção	secretória.	
Um	 estudo	 realizado	 na	 década	 de	 80	 avaliou	 como	 estava	 a	 secreção	 de	 insulina	 quando	 elas	
descobriam	que	tinham	DM2.	O	que	se	verificou	é	que	ao	descobrir	a	doença,	a	produção	de	insulina	é	cerca	
de	metade	 das	 ilhotas	 pancreáticas;	 só	 é	 capaz	 de	 secretar	metade	 da	 insulina	 que	 uma	 pessoa	 normal	
produz.	Ou	seja,	o	problema	começou	muitos	anos	antes,	mas	não	foi	diagnosticado.	
3) INCRETINAS:	GLP1	e	GIP	
Lembrar	que	ao	comer,	além	do	aumento	da	insulina,	há	redução	do	glucagon.	Se	por	um	lado,	a	insulina	nos	
faz	 armazenar	 glicose	 na	 forma	 de	 glicogênio,	 o	 glucagon	 faz	 o	 corpo	 utilizar	 o	 glicogênio	 para	 produzir	
glicose.		
As	 células	 alfa	 produzem	glucagon	e	 as	Beta	produzem	
insulina.	 O	 normal	 é	 ao	 comer	 aumentar	 a	 insulina	 e	
diminuir	o	glucagon.	Em	quemtem	diabetes,	o	glucagon	
não	 cai	 como	deveria,	 o	 que	 leva	 a	maior	 produção	de	
glicose	 pelo	 corpo.	 Isso	 acontece	 por	 conta	 dos	
hormônios	 incretinas.	 As	 incretinas	 são	 hormônios	
produzidos	 no	 intestino	 que	 agem	 nas	 células	 beta	
aumentando	a	secreção	de	insulina,	que	age	nas	células	
alfa,	diminuindo	a	secreção	de	glucagon.	As	principais	são	
o	GLP1	e	o	GIP.	Ao	serem	liberadas,	pp.	no	intestino	distal,	
são	 degradadas	 pela	 ação	 da	 enzima	 DDP-4	
(dipeptidase4)	à	importante	pois	alguns	medicamentos	atuam	nessa	enzima.	
4) AUMENTO	DE	GLUCAGON.	
	
5) REABSORÇÃO	DE	GLICOSE	PELOS	RINS:	em	um	indivíduo	normal,	em	torno	de	10mmol/L	(180mg/dl),	a	
glicose	começa	a	ser	eliminada	na	urina.	O	pct	que	tem	diabetes,	só	vai	liberar	glicose	com	glicemia	acima	
de	200-220mg/dl,	ou	 seja,	o	 limiar	 aumentou	e	o	 corpo	 retém	mais	 glicose	e	elimina	menos	glicose.	
Existem	medicamentos	que	reduzem	esse	limiar,	trazendo-o	para	o	normal,	para	excretar	glicose	pela	
urina	com	valores	de	glicemia	mais	baixos.	
-	Neurotransmissores	não	se	tem	muitos	estudos.	
	
DIABETES	TIPO	1	
	Antes	conhecido	como	insulino-dependente,	juvenil	ou	de	início	na	infância;		
Ocorre	em	torno	de	5-10%	da	população	
•	Produção	insuficiente	de	insulina	
•	Requer	administração	diária	de	insulina	
•	Sintomas	súbitos:	poliúria,	polidipsia,	polifagia,	
perda	de	peso,	alterações	visuais	e	fadiga.	
Não	 se	 usa	mais	 o	 termo	 “insulino-dependente”	 porque	 há	 pessoas	 com	DM2	 que	 precisam	 usar	
insulina;	o	uso	ou	não	da	insulina	não	define	o	tipo	de	diabetes	que	tem.	
Muito	diferente	do	DM2	porque	o	DM1	está	relacionado	a	produção	insuficiente	de	insulina	porque	é	
uma	doença	autoimune.	Nesse	caso,	requer	administração	diária	de	insulina.	Se	ela	não	precisa	de	insulina,	
é	preciso	rever	o	diagnóstico	–	com	certeza	não	tem	DM1.	
	 7	
Os	sintomas	são	súbitos!!!	
Epidemiologia:	o	DM1	tem	a	característica	de	aparecer	nos	extremos	do	mundo	–	quanto	mais	longe	
da	linha	do	equador,	maior	a	prevalência.	Isso	se	deve	a	menor	exposição	solar	e	localização	dos	países	mais	
ricos.	Não	se	pode	dizer	categoricamente	que	há	relação	entre	os	níveis	de	vitamina	D	e	prevalência	de	DM1.	
RELAÇÃO	FAMILIAR	RISCO	DE	DM	(%)	
Irmão	-	6	
Gêmeo	idêntico	-	35	
(40-60%;	Redondo	et	al.	1999)	
	
	
-	Parente	com	HLA	idêntico:	15	
-	Pai:	6	
-	Mãe:	1	
-	População	geral:	0,4	a	1,5	(sem	histórico	familiar	
de	DM1)		
	
Esses	índices	estão	relacionados	principalmente	ao	HLA:	
-	HLA	Classe	2:	DQ	b	57,	DQ	a	52,	DR	3	(-DQ2),	DR	4	(-DQ8)	
-	Proteção:	DR	15,	DR	11,	DQ6.2	
	
FISIOPATOGENIA	
Na	DM1,	o	sistema	imunológico	destrói	as	ilhotas	pancreáticas.	Ainda	se	produz	um	pouco	de	insulina,	
mas	insuficiente	para	normalizar	a	glicemia,	o	que	gera	a	necessidade	de	insulina	diária.		
Há	 a	 predisposição	 genéticas,	 mas	 também	 ocorre	 a	 influência	 de	 fator	 ambiental:	 o	 gatilho	
imunológico,	que	ativa	o	sistema	imunológico,	fazendo	com	que	destrua	as	ilhotas	pancreáticas.	Quando	a	
secreção	de	insulina	chega	em	torno	de	10-20%	aparece	o	DM1,	isto	é,	cerca	de	80%	da	ilhota	pancreática	
tem	que	ser	destruída	para	que	surja	a	doença.	Enquanto	no	DM2,	com	50%	de	destruição	já	causa	diabetes,	
porque	há	outros	fatores	fisiopatológicos,	como	a	resistência	a	insulina.	
FATORES	GENÉTICOS	
Os	genes	associados	ao	DM1	são	relacionados	ao	sistema	imunológico,	são	eles:	
HLA	classe	II	
CD25	
CTLA4	
E	outros.	
Alguns	 genes	 estão	 relacionados	 a	 ilhota	 pancreática	 –	 INS	 (gene	 da	 insulina),	 PTPN22	 (região	
promotora	do	gene	da	insulina,	com	polimorfismos	que	predispõem	a	DM1).	
	
HLA	
Antígeno	 linfocitário	 humano,	 codificado	 no	 braço	 curto	 do	 cromossomo	 6,	
serve	 como	 fator	 de	 reconhecimento.	 Para	 que	 haja	 ativação	 do	 sistema	
imunológico,	 principalmente	 das	 células	 apresentadoras	 de	 antígeno	 e	 dos	
linfócitos	 T-helper,	 precisa	 do	 HLA.	 Se	 a	 pessoa	 tem	 um	HLA	 específico	 que	
predispõe	ao	diabetes,	ela	 tem	maior	chance	de	reconhecer	um	antígeno	no	
meio	ambiente	que	vai	ativar	o	sistema	imunológico	e	vai	 levar	ao	ataque	às	
células	beta.		
O	HLA	está	presente	na	membrana	da	célula	apresentadora	de	antígeno	
e	do	linfócito	B.	Ele	é	necessário	na	hora	de	reconhecer	o	antígeno;	o	que	o	seu	
corpo	vai	reconhecer,	vai	depender	do	tipo	de	HLA	que	vc	tem	–	por	isso	algumas	pessoas	têm	asma,	outras	
artrite	reumatoide,	doença	de	Hashimoto,	pq	são	HLAs	diferentes	que	reconhecem	antígenos	diferentes.	
	
	 8	
FATORES	AMBIENTAIS		
Os	gatilhos	que	desencadeiam	o	sistema	imunológico	podem	ser:	
	
Dentro	da	hipótese	dietética,	existe	uma	ideia	de	que	a	exposição	ao	leite	da	vaca	antes	dos	6	meses,	
predisporia	a	ativação	do	sistema	imunológico	e	DM1	–	mais	fraca	atualmente,	mas	ainda	existe	essa	teoria.	
No	caso	da	hipótese	da	higiene,	acredita-se	que	o	aumento	das	doenças	autoimunes	se	deve	ao	fato	
de	que	bebês	e	 crianças	vivem	em	ambiente	muito	estéril,	 sem	contato	 com	antígenos,	então	o	 sistema	
imunológico	 não	 reconhece	 os	 antígenos,	 reconhecendo-os	 como	 estranhos,	 e	 ao	 crescer,	 o	 corpo	 vai	
interpretar	como	se	tudo	que	tem	no	ambiente	fosse	estranho,	atacando	todos	os	tipos	de	antígeno.	Essa	
reação	cruzada	pode	levar	ao	sistema	imunológico	a	atacar	as	células	beta.	
A	hipótese	do	acelerador	envolve	o	crescimento	acelerado	na	infância	acelerar	o	processo	de	DM1.	
à	O	principal	dos	gatilhos	enolve	as	infecções	virais.		
-	Rubéola	congênita	
-	Vírus	
-	Enterovirus	(Coxsackie,	Rotavírus)	
-	Dietéticos	(Leite	bovino,	Gliadina,	Cereal)	
-	Hipótese	da	higiene	
-	Enteróbios;	crianças	que	tiveram	infecção	por	Enterobius	vermicularis	tem	menos	risco	de	ter	DM1.	
	
LADA:	diabetes	latente	autoimune	do	adulto	
Nesse	tipo	de	diabetes	autoimune,	a	destruição	das	ilhotas	pancreáticas	é	mais	lenta.	Como	se	fosse	
um	tipo	1	que	evolui	de	forma	mais	 lenta.	Pode	começar	parecendo	como	DM2,	mas	depois	evolui	como	
DM1.	Nesse	caso,	é	melhor	pedir	o	anti-GAD.	
-	forma	lentamente	progressiva	da	doença.		
	
AUTOANTICORPOS	
Produzido	pelos	 linfócitos	B.	Servem	como	marcadores	de	doença	autoimune.	Para	 identificar	 se	é	
DM1	tipo	1A.		
-	antiInsulina	(IAA)	
-	Anti-ilhotas	(ICA)	
-	GAD65	(anti-GAD)	
-	IA2	(anti-tirosino-fosfatase)	
-	ZnT8	
	
No	início,	logo	que	a	pessoa	descobre	que	tem	diabetes,	os	anticorpos	mais	presentes	são:	IAA,	ICA	e	IA2.	
Depois,	o	anticorpo	que	fica	mais	tempo	no	sangue	é	o	Anti-GAD	–	o	melhor	a	pedir	caso	a	pessoa	já	tenha	
diabetes	há	muitos	anos.		
à	Doenças	autoimunes	geralmente	ocorrem	associadas;	quem	tem	DM1	tem	maior	chance	de	ter	Tireoidite	
crônica	(Hashimoto),	Doença	de	Addison,	Doença	celíaca	e	outras.	
	
	
	 9	
DIABETES	GESTACIONAL	
Se	não	tinha	diabetes	antes	de	engravidar;	aparece	depois	da	gravidez.	Após	o	parto,	você	reclassifica,	se	
era	um	diabetes	que	ela	 já	tinha	e	não	sabia	ou	se	surgiu	durante	a	gravidez.	Algumas	mulheres	desenvolvem	
diabetes	nessa	fase	por	conta	dos	hormônios	produzidos	pela	placenta.	As	mulheres	que	desenvolvem	diabetes	
gestacional	têm	maior	risco	de	ter	DM2	no	futuro.		
-	É	a	hiperglicemia	com	início	na	gravidez	ou	que	foi	detectada	pela	primeira	vez	durante	a	gravidez	
-	Os	sintomas	de	DM	gestacional	são	semelhantes	aos	do	DM	tipo	2	
-	É	mais	frequentemente	diagnosticado	através	do	rastreamento	no	pré-natal.	
Geralmente	é	diagnosticado	mais	frequentemente	nos	exames	de	pré-natal	(2o	trimestre	>	maior	produção	
de	hormônios	placentários),	pelo	TOTG	ou	glicemia.		
à	No	Diabetes,	a	curva	glicêmica	não	serve	para	nada,	a	não	ser	em	pesquisa.	Existe	uma	diferença	entre	
a	curva	glicêmica	e	o	teste	oral	de	tolerância	a	glicose.	Os	dois	tomam	o	xarope	de	glicose.	Na	curva	glicêmica	é	
feita	coleta	de	sangue	de	30	em	30	min,	durante	2	a	3h.	Já	o	TOTG	só	dosa	duas	vezes:	antes	de	tomar	a	glicose	e	
depois	de	tomar	a	glicose.	Nãohá	necessidade	de	pedir	curva	glicêmica	para	diagnóstico	de	diabetes.	NÃO	SE	
PEDE	CURVA	GLICÊMICA.	É	TOTG.	
CRITÉRIOS	DM	GESTACIONAL	–	SBD	2018	
Þ Glicemia	de	jejum	>	92	mg/dl		
Þ Glicemia	1	h	pós-glicose	>	180		
Þ Glicemia	2	h	pós-glicose	>	153	
Critérios	brasileiros.	75g	de	glicose,	difere	do	método	americano.	 São	 feitas	3	dosagens,	basal,	 1h	e	2h	
depois.		
	
DM	SECUNDÁRIO	
É	causado	por	doenças	específicas,	alguns	exemplos	são:	
-	MODY:	diabetes	do	 jovem	ou	de	 início	na	maturidade;	 relacionado	a	alteração	genética:	problema	na	
secreção	de	insulina,	com	defeito	no	gene,	cuja	mutação	leva	a	problema	na	secreção	de	insulina.	
-	Pancreatite	crônica:	etilista	crônico	que	desenvolveu	uma	pancreatite	crônica	pode	desenvolver	DM2,	
pois	diminui	a	secreção	do	pâncreas	devido	a	pancreatite.	Como	também	pode	acontecer	por	causa	de	um	cálculo,	
todas	as	causas	de	pancreatite	crônica	podem	levar	a	destruição	das	células	beta	e	levar	a	DM2.	
-	Síndrome	de	Cushing	
-	Acromegalia	
-	Hemocromatose:	doenças	de	depósito;	depósito	de	ferro	no	pâncreas.	
-	Cromossomopatias	(Turner	e	Down):	crianças	com	essa	alteração	cromossômica	tem	maior	risco	de	ter	
DM	do	que	quem	não	tem	essas	alterações.	
	
DIAGNÓSTICO	
Lembrar	o	que	é	o	normal,	o	que	é	o	pré-diabetes	e	o	que	tem	diabetes,	nos	quatro	critérios	do	quadro.	
Lembrar	que	somente	no	caso	de	glicemia	casual	>200	com	sintomas	não	é	necessário	confirmar	com	outro	
método.	
Devido	a	resistência	a	insulina	
	 10	
Casos	de	hiperglicemia	transitória:	uso	de	medicamentos	corticoides	em	altas	doses	pode	desenvolver	um	
DM	transitório.	Se	o	uso	for	crônico,	pode	se	tornar	um	diabetes	secundário.	Se	for	em	um	período	curto	de	tempo	
não	leva	a	DM	permanente.	
Em	casos	de	infecção	muito	grave:	há	liberação	de	uma	série	de	hormônios	de	estresse	–	hiperglicemia	
transinfecciosa.	Também	é	transitória	e	não	é	classificado	como	diabetes.	
APRESENTAÇÃO	CLÍNICA	
Diabetes	assintomático:	geralmente	no	DM2	e	gestacional.	
Mas	também	pode	apresentar	sintomas,	que	vão	ser	ocasionados	pela	hiperglicemia.	
1)	Sintomas	Decorrentes	Hiperglicemia	
Þ Poliúria;	
Þ Polidipsia;	
Þ Polifagia;	
Þ Perda	de	peso;	
Þ Fraqueza;	
Þ Visão	turva;	
Þ Tendência	a	infecções;	
Þ Cetoacidose	diabética;	e	
Þ Síndrome	hiperglicêmica	hiperosmolar.	
A	 fraqueza	generalizada	muscular	 também	pode	ocorrer	e	é	muito	comum	no	diabetes	descompesado.	
Pode	 causar	 turvação	visual,	 com	alteração	no	 cristalino.	 Tendencia	 a	 infecções,	 pp.	micóticas	 (fungos,	 lesões	
genitais).	 Na	 forma	 grave,	 pode	 apresentar	 cetoacidose	 diabética	 (no	 DM1)	 ou	 síndrome	 hiperglicêmica	
hiperosmolar	(no	caso	de	DM2).	
2)	Sintomas	decorrentes	das	Complicações	Microvasculares	
Þ Dor,	parestesias	e	úlceras	em	MMI;	paralisia	motoras	(Neuropatia);		
Þ Edema,	hipertensão	e	anúria	(Nefropatia);	
Þ Alterações	visuais,	cegueira	(Retinopatia)	
A	dor	pode	ser	em	queimação,	pode	ter	dormência	nos	músculos	inferiores.	
3)	Sintomas	Decorrrentes	de	Complicações	Macrovasculares	
Þ Úlcera,	isquemia	e	gangrena	de	MMII	(Insuficiência	vascular	periférica),	Infarto	do	miocárdio,	AVC.	
Þ 	
Sintomas	clássicos:	4Ps	
Complicações	agudas

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