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Diabetes 1 e 2

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Diabetes 
 
 Diabetes mellitus 1 
-O diabetes tipo 1 também chamado de diabetes melito 
juvenil ou insulinodependente (DMID) é uma doença 
metabólica autoimune causada pela destruição das 
células beta das ilhotas de Langerhans, o que provoca 
uma deficiência na produção de insulina por essas 
células, gerando um excesso de glicose no sangue. Esses 
pacientes são propensos ao desenvolvimento de 
cetoacidose e necessitam de reposição de insulina. 
- No DM tipo 1, a deficiência na produção da insulina 
possui dois mecanismos já estabelecidos: 
• Autoimune (1A): Possui autoanticorpos (Anti-
Ilhota, anti-GAD, anti-IA-2) identificados como 
marcadores da doença autoimune, que muitas 
vezes aparecem nos exames antes mesmo das 
manifestações clínicas. 
• Idiopática (1B): não sendo identificada a sua 
causa. 
-A velocidade de destruição das células β pancreáticas 
pode variar, na maioria dos casos o processo é 
prolongado, estendendo-se durante meses ou anos, 
uma vez que a evidência de uma resposta imune pode 
ser detectada com bastante antecedência à 
hiperglicemia em pacientes que eventualmente 
desenvolvem diabetes tipo 1. 
 
-A doença é um distúrbio catabólico no qual a insulina 
circulante está praticamente ausente, o glucagon 
plasmático está elevado e as células β pancreáticas não 
respondem a todos os estímulos insulinogênicos. Na 
ausência de insulina, os três principais tecidos-alvos da 
insulina (fígado, músculo e gordura) não apenas falham 
ao captar adequadamente os nutrientes absorvidos, 
como continuam a fornecer glicose, aminoácidos e 
ácidos graxos para a corrente sanguínea a partir dos 
seus respectivos depósitos. 
 
Diabetes autoimune latente do adulto (LADA) 
-A idade média dos pacientes com LADA é em torno dos 
50 anos e por isto estes pacientes são inicialmente 
classificados de forma errônea como tipo 2. Esses 
pacientes diabéticos adultos apresentam falência de 
secreção de insulina pelas células beta, e que 
apresentam autoanticorpos contra as células-beta e 
progressão mais rápida para insulina-dependência. 
 
 
 
 
 
-Diabetes tipo 1 e autoimunidade 
-A maioria dos pacientes com diabetes tipo 1 no 
diagnóstico têm anticorpos circulantes contra proteínas 
das células β: anticorpos anticélulas das ilhotas (ICA), 
autoanticorpos anti-insulina (IAA) e anticorpos contra 
descarboxilase do ácido glutâmico (GAD) 65, tirosina 
fosfatase IA2 (ICA512) e transportador de zinco 8 
(ZnT8). Esses anticorpos autorreativos podem ser 
detectados antes de ocorrer a hiperglicemia. 
 
-Uma vez que os pacientes são tratados com insulina, 
ocorrem baixos níveis de IAA. Os anticorpos contra 
proteínas das células β não causam diretamente a 
destruição das células β. Em vez disso, é o sistema 
imunológico celular, os linfócitos T, que infiltram as 
ilhotas (um processo chamado insulite) e destroem as 
células β. 
-Normalmente, o timo exclui as células T autorreativas 
durante o desenvolvimento, de modo que o sistema 
imunológico se torne tolerante com os autoantígenos. 
-Além disso, as células T regulatórias, previnem ataques 
contra tecidos saudáveis por meio da requalificação da 
atividade de qualquer célula T citotóxica e auxiliar 
autorreativa que escape ao timo. 
 
Diabetes tipo lb: 
-Caracteriza-se pela ausência de marcadores de 
autoimunidade contra as células beta e não associação 
a haplótipos do sistema HLA. Os indivíduos com essa 
forma de DM podem desenvolver cetoacidose e 
apresentam graus variáveis de deficiência de insulina. 
Etiologia 
- O DM1A pode ter herança monogênica ou, mais 
frequentemente, poligênica. A forma monogênica pode 
se apresentar isoladamente ou associada a duas raras 
condições: a síndrome poliglandular autoimune do tipo 
1 (SPA-1) e a síndrome IPEX (desregulação imune, 
poliendocrinopatia, enteropatia, ligadas ao X). 
 -A SPA-1, também conhecida como APECED, é rara, 
tem transmissão autossômica recessiva e está associada 
a mutações no gene AIRE (regulador autoimune), 
resultando em uma proteína AIRE defeituosa, a qual é 
essencial para a manutenção dos mecanismos de 
imunotolerância. 
 
-A síndrome IPEX é muito rara e resulta de mutações do 
gene FoxP3 que controla o desenvolvimento das células 
T regulatórias. A maioria das crianças com a síndrome 
Diabetes
 
 
IPEX morre precocemente na infância. Essa síndrome 
pode ser revertida com o transplante de medula óssea. 
 
-A forma poligênica do DM1A tem fortes associações 
com genes ligados ao HLA.18 De longe, os alelos HLA DR 
e DQ são os principais determinantes da doença, 
seguidos por polimorfismos do gene da insulina e, em 
terceiro lugar, por po-limorfismos no gene de uma 
fosfatase específica dos linfócitos. 
 
Manifestação clinica 
• Vontade de urinar diversas vezes ao 
dia(polaciuria) 
• Fome frequente 
• Sede constante 
• Perda de peso (em alguns casos ela ocorre 
mesmo com a fome excessiva) 
• Fraqueza 
• Fadiga 
• Nervosismo 
• Mudanças de humor 
• Náusea e vômito. 
 
Diagnostico 
Glicemia de jejum 
-A glicemia de jejum é um exame que mede o nível de 
açúcar no seu sangue naquele momento, servindo para 
monitorização do tratamento do diabetes. Os valores 
de referência ficam entre 65 a 99 miligramas de glicose 
por decilitro de sangue (mg/dL). O que significam 
resultados anormais: 
 Valores acima de 100 mg/dL são indicativos para 
prosseguir a investigação com a curva glicêmica; Duas 
glicemias de jejum acima de 126 mg/dL são diagnósticas 
para diabetes tipo 1. Valores acima de 200 mg/dL 
também são considerados diagnósticos para diabetes 
tipo 1. 
 
Hemoglobina glicada 
-Hemoglobina glicada (HbA1c) é a fração da 
hemoglobina que se liga a glicose. Durante o período de 
vida da hemácia a hemoglobina vai incorporando 
glicose, em função da concentração deste açúcar no 
sangue. Se as taxas de glicose estiverem altas durante 
todo esse período ou sofrer aumentos ocasionais, 
haverá necessariamente um aumento nos níveis de 
hemoglobina glicada. Os valores da hemoglobina 
glicada irão indicar se você está ou não com 
hiperglicemia. Valores normais da hemoglobina glicada: 
• Para as pessoas sadias: entre 4,5% e 5,7% 
• Anormal próximo do limite: 5,7% e 6,4% e o 
paciente deverá investigar para pré-diabetes 
• Consistente para diabetes: maior ou igual a 6,5% 
Curva glicêmica 
O exame de curva glicêmica simplificada mede a 
velocidade com que seu corpo absorve 75g de glicose 
após 2horas da ingestão. Os valores de referência são: 
• Após 2 horas: 140mg/dl 
 
Curva glicêmica maior que 200 mg/dl após duas horas 
da ingestão de 75g de glicose é diagnóstico de diabetes 
tipo 1. 
 
 Diabetes tipo 2 
-Responsável por 90 a 95% de todos os casos de 
diabetes, o diabetes tipo 2 (DM2) surge habitualmente 
após os 40 anos de idade, mas podem surgir em 
crianças e jovens, e a maioria dos pacientes (cerca de 
80%) é obesa. No DM tipo 2, há resistência à 
insulina nas células, que gera um aumento da demanda 
de síntese da insulina na tentativa de compensar esse 
déficit. Inicialmente, por conta disso, ocorrerá um 
hiperinsulinismo, sendo representada clinicamente pela 
acantose. 
-Aproximadamente 70 a 90% dos pacientes com DM2 
têm também a síndrome metabólica, caracterizada por 
um aglomerado de fatores que implicam risco 
cardiovascular elevado (dislipidemia, obesidade 
abdominal, resistência insulínica, tolerância alterada à 
glicose ou diabetes e hipertensão). 
-O aumento da produção hepática de glicose, resultada 
da resistência insulínica no fígado. Entretanto, outros 
componentes desempenham importante papel na 
patogênese do DM2 que pode ser chamado de “octeto 
ominoso ou nefasto” que são: o adipócito (lipólise 
acelerada), o trato gastrintestinal 
(deficiência/resistência incretínica), as células alfas 
pancreáticas (hiperglucagonemia), o rim (reabsorção 
aumentada de glicose pelos túbulos renais) e o cérebro 
(resistência à insulina). 
 
-A síndrome hiperosmolar hiperglicêmicaé a 
complicação aguda clássica do DM2 e implica elevada 
mortalidade. Tipicamente, a cetoacidose diabética 
(CAD) raramente ocorre espontaneamente no DM2; 
quando surge, geralmente o faz em associação com o 
estresse de alguma doença associada, como uma 
infecção grave. 
-Quando se tem diabetes tipo 2, os adipócitos (células 
de gordura), os miócitos (células dos músculos) e os 
hepatócitos (células do fígado) não respondem 
corretamente à insulina, e por isso o açúcar não entra 
nessas células, ficando na corrente sanguínea. 
 -O adipócito (célula de estoque de gordura) e os 
hepatócitos. Quando ele é sensível a insulina, absorvem 
a glicose e a estocam, ou seja, ele não retira a gordura 
dos adipócitos para disponibiliza-la ao corpo como 
forma de energia. Quando os adipócitos são resistentes 
a ação da insulina, eles não reconhecem a glicose 
circulante e entende que o organismo está com falta de 
energia, com isso os adipócitos liberam a gordura que 
está no seu interior para o sangue, por isso que o 
paciente com diabetes além de ter glicose alta pode 
também ter colesterol alto. E quando os hepatócitos 
não reconhecem a glicose entende que existe falta de 
glicose liberando mais glicose para o sangue e piorando 
o processo. 
 -As células dos músculos também: com a insulina 
elas absorvem glicose para usar como energia, sem a 
insulina entendem que está faltando e sinalizam para o 
corpo a necessidade de queimar gordura para fornecer 
energia. 
Diabetes melito tipo 2 com tendência à cetose 
-Já foi chamada de diabetes atípico, diabetes tipo 1,5, 
diabetes Flatbush e, mais recentemente, diabetes tipo 2 
com tendência à cetose. É um subgrupo de pacientes, 
na maioria negros ou hispânicos e obesos, que 
apresentam CAD (cetoacidose diabética) como 
manifestação inicial do DM. Sem aparentemente ter um 
fator precipitante, mas evoluem de modo atípico, e, 
dentro de poucos meses, a insulinoterapia pode ser 
interrompida, e os pacientes, tratados com 
hipoglicemiantes orais ou, até mesmo, apenas com uma 
dieta. 
Etiologia 
-Resistência periférica à ação insulínica nos adipócitos e, 
principalmente, no músculo esquelético 
- Secreção deficiente de insulina pelo pâncreas 
Manifestação clinica 
• Infecções frequentes. Alguns exemplos são 
bexiga, rins, pele e infecções de pele 
• Feridas que demoram para cicatrizar 
• Alteração visual (visão embaçada) 
• Formigamento nos pés e furúnculos 
• Vontade de urinar diversas vezes 
• Fome frequente 
• Sede constante. 
 
Diagnostico 
Glicemia de jejum 
A glicemia de jejum é um exame que mede o nível de 
açúcar no seu sangue naquele momento, servindo para 
monitorização do tratamento do diabetes. Os valores 
de referência ficam entre 65 a 99 miligramas de glicose 
por decilitro de sangue (mg/dL). O que significam 
resultados anormais: 
• Valores acima de 100 mg/dL são indicativos 
para prosseguir a investigação com a curva 
glicêmica e hemoglobina glicada 
• Duas glicemias de jejum acima de 126 mg/dL 
são diagnósticas para diabetes tipo 2. Valores 
acima de 200 mg/dL associados aos sintomas da 
doença, também são considerados diagnósticos 
para diabetes tipo 2. 
 
Hemoglobina glicada 
Hemoglobina glicada (HbA1c) é a fração da 
hemoglobina (proteína dentro do glóbulo vermelho) 
que se liga a glicose. Durante o período de vida da 
hemácia - 90 dias em média - a hemoglobina vai 
incorporando glicose, em função da concentração deste 
açúcar no sangue. Se as taxas de glicose estiverem altas 
https://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16493-glicemia-de-jejum
durante todo esse período ou sofrer aumentos 
ocasionais, haverá necessariamente um aumento nos 
níveis de hemoglobina glicada. Dessa forma, o exame 
de hemoglobina glicada consegue mostrar uma média 
das concentrações de hemoglobina em nosso sangue 
nos últimos meses. Os valores da hemoglobina glicada 
irão indicar se você está ou não com hiperglicemia, 
iniciando uma investigação para o diabetes tipo 2. 
Valores normais da hemoglobina glicada: 
• Para as pessoas sadias: entre 4,5% e 5,7% 
• Meta para pacientes já diagnosticados com 
diabetes: abaixo de 7% 
• Anormal próximo do limite: 5,8% e 6,4% 
• Consistente para diabetes: maior ou igual a 
6,5%. 
Curva glicêmica 
O exame de curva glicêmica simplificada mede a 
velocidade com que seu corpo absorve a glicose após a 
ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é feita a 
medida das quantidades da substância em seu sangue 
após duas horas da ingestão. No Brasil é usado para o 
diagnóstico o exame da curva glicêmica simplificada, 
que mede no tempo zero e após 120 minutos. Os 
valores de referência são: 
• Em jejum: abaixo de 100mg/dl 
• Após 2 horas: 140mg/dl 
Curva glicêmica maior que 200 mg/dl após duas horas 
da ingestão de 75g de glicose é diagnóstico para 
diabetes.

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