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Aula 2: Formas farmacêuticas ● fórmula farmacêutica é a composição do medicamento que na maioria das vezes será manipulado (ex.: prescrição de um creme, como a hidroquinona) ● forma farmacêutica é a maneira como o medicamento é apresentado para o paciente ○ sólida: comprimido, cápsula, drágea... ○ líquida: solução, suspensão, xarope… ○ semi-sólida: creme, pomada, loção…. ○ gasosa: aerossol, inaladores… ● as formas sólidas são as mais utilizadas, com destaque para os comprimidos ● quando se trata de comprimido é preciso alertar para o seu devido uso ○ partir e triturar um comprimido? Facilita na deglutição, fica mais barato quando se parte o comprimido, ○ partindo o comprimido, nem sempre temos a certeza de que as quantidades partidas serão iguais em relação ao princípio ativo ○ outro problema dos comprimidos é o fato de, ao serem retirados das embalagens, eles podem acabar tendo suas composições alteradas, hidrolisam, oxidam…. ○ os comprimidos que já são marcados com o local de corte, podem ser cortados, sendo os problemas anteriores menores ○ ao se partir um comprimido, como por exemplo, a ritalina que tem efeito ao longo do dia, esse efeito pode ser modificado (o efeito gradativo que ele teria durante o dia, não será mais o mesmo) ■ paciente não consegue tomar o comprimido, e ele vai triturar o comprimido e toma. Ele vai apresentar uma resposta farmacológica. Nesse caso cabe o bom senso do médico para saber quando deve indicar o corte ou a trituração do medicamento DESENVOLVIMENTO DE NOVOS FÁRMACOS E FARMACOVIGILÂNCIA: ● Quais testes o medicamento precisa passar para que seja liberado para a população? O que aconteceu com a pílula do câncer? Por que ela foi retirada? ● a necessidade de desenvolver novos medicamentos, aumenta a cada ano, a cada período de tempo para torná-los cada vez mais seguros e com menos efeitos colaterais ● de cada 5 mil moléculas estudadas, uma entra no mercado e vira medicamento. E para que isso aconteça, são necessários de 10 a 15 anos de estudo e muito investimento ● um medicamento pode ser desenvolvido ao acaso, como a Penicilina ● também pode ser feita uma triagem empírica, que acaba sendo um teste aleatório ● outra forma é por extração de fontes naturais, onde se utiliza o conhecimento de uma população para tratar certa doença (ex.: morfina- extraída da papoula, de onde vem ópio e do ópio de extrair vários alcalóide, dentre eles a morfina), como exemplo as pessoas tomam chás para curar alguma doença. O problema do conhecimento popular é tomar a dosagem errada ● por modificação molecular também podem surgir medicamentos ○ a molécula de morfina já é conhecida e a partir dela, se desenvolve outro medicamento, modificando a sua estrutura. Ela é um analgésico opióide, sendo muito eficaz no tratamento da dor. Mas pode causar depressão respiratória como efeito colateral ○ junto com a morfina se administra um antagonista, que foi criado modificando a estrutura da molécula de morfina que se liga em seu receptor opióide (ex.: naloxona) ● latenciação nada mais é do a capacidade de produzir um medicamento chamado de pró- fármaco, que não tem ação farmacológica inicial. Para ter efeito, ele precisa passar pelo metabolismo do paciente, ou seja, pela biotransformação que vai gerar um fármaco ativo (ex.: prednisona- cai na corrente sanguínea, cai no fígado e se transforma em prednisolona, que é o medicamento que tem atividade farmacológica) ○ vantagens dos pró-fármacos: duração de ação mais prolongada, tende a ter uma seletividade maior para um receptor (com isso os efeitos colaterais e a toxicidade é reduzida), a biodisponibilidade, ou seja, a quantidade do medicamento disponível no sangue é maior quando se utiliza um pró- fármaco ○ alguns pacientes não podem receber pró- fármacos, pois apresentam problema hepático ○ nem sempre o pró- fármaco é biotransformado no fígado, mas a maioria é no fígado. Mas podem ser em outros órgãos ● planejamento racional cria-se um medicamento específico para um certa doença, tudo de forma computadorizado ETAPAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVAS DROGAS ● pré- clínica: o medicamento será testado em animais ○ tem como objetivos avaliar a eficácia do novo medicamento em animais (ex.: medicamento para câncer), avaliar o toxicidade (aguda, subaguda e crônica- diferem em quantidade e tempo de medicamento que será dada ao animal/ também se avalia a carcinogenicidade ou mutagenicidade / avaliar também a teratogenicidade- má formação fetal), avaliar a melhor e mais segura faixa de dosagem do medicamento para começa a ser testada em seres humanos ○ os testes pré clínico apresentam limitações, como grande uso de animais para os testes, extrapolação do resultado obtido com o animal para a ser humano e extrapolar as reações adversas sendo improváveis de serem detectadas, ou seja, teve uma reação no animal e não se sabe se a reação seria a mesma nos humanos ○ um medicamento que tem efeito teratogênico passa pelo teste pré- clínico, sendo necessário o alerta nas caixas dos medicamento ● passando pelas etapas pré- clínicas, agora vai para outra etapa ● clínica: o medicamento é testado em seres humanos ○ fase I: o protótipo será testado em indivíduos voluntários sadios, em média de 80 a 100, com o intuito de avaliar a segurança do medicamento ■ é feito o aumento de dose gradativamente, até que alguma das pessoas começa a apresentar reações adversas, mostrando a faixa de dose que é segura para que o teste continue ○ fase II: feita com pacientes doentes, diabéticos, por exemplo, e avaliar se a medicamento realmente diminui os níveis glicêmicos, ou seja, avalia a eficácia do medicamento ■ ensaio aberto: tanto o médico quanto o paciente sabem que o teste está sendo feito. Quando veem os resultados, o médico relata o que a paciente sente. Mas tendo uma melhora, não significa que o medicamento seja eficaz, pois existem os placebos, ou seja, a melhora pode ser falsa positiva ■ duplo cego: ninguém sabe do medicamento, e agora sim, se tiver uma melhora podemos dizer que o medicamento é considerado eficaz ○ fase III: tem um número maior de pacientes sendo utilizados, com o objetivo de analisar se a resposta anterior será a mesma em uma amostra maior, podendo ser observada reações adversas, efeitos colaterais, interações medicamentosas. Aqui se analisa o perfil do medicamento. Aprofunda-se o conhecimento sobre o medicamento, conhecendo 90% de suas características. Com isso, a ANVISA libera a comercialização do medicamento. ○ fase IV: é a fase de farmacovigilância, ou seja, é pós comercio. Pode ser que os 10% não avaliados na fase anterior, podem surgir novos problemas antes não detectados. (Graças a farmacovigilância, os efeitos da Talidomida foram observado pois estudou-se que existiam dois isômeros do medicamento. Hoje é utilizada para tratar hanseníase) ○ farmacovigilância após os casos da Talidomida ● a ANVISA detecta os erros por sinalização vinda de pacientes ou até mesmo os profissionais de saúde. Na própria página da ANVISA há uma aba para fazer a notificação
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