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FICHAMENTO CRÍTICO ACERCA DO TEXTO ASPECTOS CIVIS DA REGULAMENTAÇÃO DO PARCELAMENTO DO SOLO PARA FINS URBANOS

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FICHAMENTO CRÍTICO ACERCA DO TEXTO “ASPECTOS CIVIS 
DA REGULAMENTAÇÃO DO PARCELAMENTO DO SOLO PARA 
FINS URBANOS”1 
Parcelamento do Solo Urbano 
Aluno: Gustavo Ghidorsi 
Professor: Eliseu Jusefovicz 
 
Quando se trata dos aspectos referentes ao parcelamento do 
solo urbano, um dos principais pontos a ser analisado, acredito, é a respeito da 
regulamentação do parcelamento junto aos órgãos públicos. 
O autor é extremamente analítico acerca de todas as fases 
necessárias para o regular parcelamento do solo, qual discorre, passo a passo, 
sobre todas as possibilidades e percalços que o interessado pode encontrar no 
meio de tal processo, dissecando alguns pontos essenciais da Lei n.º 6.766/79, 
sobre o assunto. 
Não é de interesse imediato que nos atentemos a todos os 
pontos possíveis que o autor traz a tona sobre o processo de parcelamento do solo, 
até porque, a depender do caso concreto, são diversos os seus desdobramentos. 
Outrora, algumas situações são curiosas e merecem alguns comentários, visto que 
acabam se destacando em situações corriqueiras do dia a dia prático-profissional. 
Uma dessas situações cotidianas é o fato de que muitas 
definições são empregadas de forma errônea por profissionais e até mesmo por 
magistrados, o que pode se perceber em qualquer pesquisa rápida por julgados. 
Nesse sentido, muito se confunde a nomenclatura dada aos parcelamentos ilegais, 
por exemplo, que se ramificam em irregulares e clandestinos, e que muitas das 
vezes acabam sendo colocados todos no mesmo “conglomerado”, como 
irregulares, que, como bem explica o autor, são coisas distintas, tendo suas 
próprias definições, também bem abordadas pelo texto. 
 
1 Texto por Fernando Grella. 
 2 
Outro ponto interessante, e que, inclusive, já trouxe grande 
discussão no meio jurídico é acerca da responsabilidade de regularização do 
parcelamento pela prefeitura. O principal ponto da discussão era – ou ainda é – 
referente ao dever, ou não, da prefeitura regularizar os parcelamentos ilegais: 
irregulares e clandestinos, e o que movia a tremenda discussão era basicamente o 
uso do verbo transitivo “poderá”, no texto do Art. 40 da Lei n.° 6.766/79. 
Enquanto alguns defendiam ser um poder-dever do município 
em regularizar os parcelamentos, outros ressalvavam que haveriam circunstâncias 
para tanto. O Autor, no texto, bem coloca que há, sim, uma diferença, e que nem 
sempre será um dever do município em realizar a regularização, que será 
obrigatória apenas em casos onde havia um dever de fiscalização do município, ou 
seja, nos parcelamentos em que o mesmo tinha o conhecimento, não sendo o caso 
de parcelamentos não aprovados e não registrados, por exemplo. 
Além disso, outras tantas observações são feitas ao meio dos 
procedimentos de parcelamento do solo, como a regularização pelos adquirentes 
de lotes, consequências cíveis na ilegalidade do parcelamento, ação de obrigação 
de fazer ao parcelador e até mesmo algumas considerações acerca da ação civil 
pública, possível nos casos em que há, por exemplo, uma ofensa às normas de 
natureza urbanísticas. 
As considerações são densas e objetivas, bem apresentadas 
e detêm uma boa tese lógica em suas demonstrações, o que facilita e ameniza o 
trabalho de cognição pelo leito, sendo um ótimo texto para orientação aos que são 
novos no assunto.

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