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4 cap -Livro mente cérebro e cognição

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Cap 4 IFM
AS VERIEDADES DO DUALISMO
DUALISMO – existência de uma diferença fundamental entre o físico e o mental / mente e matéria. Sustentado pela religião. 
A ciência contemporânea não acredita nessa separa/diferença -> busca uma explicação dos fenômenos mentais pelo estudo do funcionamento cerebral. Parte do mundo físico, assim alterações da mente não podem ocorrem sem alterações correspondente no cérebro.
Dualismo sex XX – vários tipos de variedades de dualismo:
DUALISMO SUBSTANCIAL/ SUBSTÂNCIA
Existência de uma substância mental, distintas e incompatíveis com o mundo material
Substância imaterial – alma, espírito
Atualmente abandonado – incapaz de contornar o problema de saber como uma substância imaterial poderia interagir com o corpo
Descartes já notou essa dificuldade em explicar a correlação entre estados mentais e comportamentos. 
Ou bem ele abre mão do princípio de causalidade o que implica rejeitar a imagem científica do mundo (excluir a mente do domínio da ciência) 
ou bem ele propõe uma dissociação completa entre mente e comportamento. (mente como inútil ou desnecessária) 
dualista de substâncias identifica a mente com uma substância imaterial ou uma quintessência ao modo cartesiano.
DUALISMO DE ATRIBUTOS/PROPRIEDADES
Estados mentais são uma propriedade especial.
Rejeita o fisicalismo – porem não implica postular a existência de uma substancia adicional que seria a substancia mental.
uma única e mesma substância, qual seja, o cérebro, pode instanciar propriedades físicas e, além dessas, propriedades mentais ou estados subjetivos.
propriedade especial emerge da substância material, mas não pode ser descrita em termos físicos. O próprio cérebro produz mas esse não pode ser mapeado. 
materialismo físicalista pode nos explicar a natureza dos estados subjetivos
alterações físicas no cérebro podem resultar em alterações na mente. (CONEXAO CASUAL ENTRE MENTE E CEREBRO)
Contra o reducionista, o dualista de propriedades não supõe ser possível encontrar uma explicação para a natureza do mental pela redução deste último a um conjunto de propriedades físicas do cérebro e do sistema nervoso
O panpsiquismo abre a possibilidade de que qualquer elemento do mundo material, poderia eventualmente instanciar propriedades mentais. Tudo no mundo poderia ter uma mente ou produzir uma mente. 
THOMAS NAGEL
- Defensor do dualismo de propriedade sex XX
1) Existem alguns estados mentais que, por suas propriedades específicas, não podem ser descritos a partir de um vocabulário fisicalista. O vocabulário fisicalista é essencialmente intersubjetivo. O mesmo ocorre com nossa linguagem cotidiana. Mas em ambos os casos, mesmo que possamos nos referir a esses estados usando nossa linguagem, essa apenas resvala neles, pois sua verdadeira compreensão exigiria mais do que a simples possibilidade de referir-se a eles ou de descrevê-los através da linguagem. (caráter da experiencia consciente / como não possi saber o que é ser consciente ou ter experiencias conscientes, não posso projetar para os outros o que é ter experiencias conscientes [imagino o que é ser um morcego, mas não posso saber o que é ser um morcego] intransponibilidade de experiência / projetando minhas próprias discriminações)
2) A pressuposição para a compreensão desses estados mentais através da linguagem é a existência de um ponto de vista subjetivo que seria irredutível à imagem científica do mundo proporcionada pela descrição fisicalista. Nada se assemelha ao ponto de vista subjetivo; além de irredutível, ele é único.
que qualquer concepção de identidade pessoal toma-se necessariamente incompatível com o fisicalismo. Haveria, assim, pelo menos um estado mental ao qual não poderia corresponder um estado cerebral, o que já seria suficiente para solapar a teoria da identidade mente-cérebro.
Os qualia apontam para a existência de elementos da experiência humana que seriam inescrutáveis e incomunicáveis mesmo entre seres humanos que partilham de uma mesma linguagem e de uma mesma perspectiva específica de mundo.
DENNETT
Dennett concorda com a existência de estados subjetivos, mas não com sua inescrutabilidade. Para ele, supor que estados subjetivos impliquem inescrutabilidade equivaleria a adotar o ponto de vista cartesiano, ou seja, a ideia de que deveríamos supor a existência de algum tipo de quintessência subjacente a nossos estados mentais uma quintessência que da qual se derivaria necessariamente a conclusão de que a subjetividade e a consciência são irreplicáveis.
 
DAVID CHALMERS – dualismo naturalista 
reconhecer que não é possível formular uma teoria que explique plenamente como um sinal cerebral pode dar origem a um estado consciente. Ele sugere que uma teoria da consciência deve tomar a noção de experiência consciente como sendo um elemento básico. A experiência consciente deve ser considerada como uma característica fundamental do mundo, do mesmo jeito que massa, carga eletromagnética e espaço-tempo.
sustenta que consciência e experiência subjetiva devem ser tomadas como elementos básicos ou fundamentais de qualquer teoria da mente; ponto de partida e não ponto de chegada
esses fenômenos podem vir a ser explicados cientificamente
Se explicar a consciência se resumisse à explicação desses fenômenos, então não haveria um problema filosófico da consciência.
conceito de superveniência-> um conjunto de propriedades físicas pode determinar um conjunto de propriedades biológicas na medida em que fenômenos vitais dependem de uma base física
mostrar que estados conscientes não são logicamente supervenientes em relação a estados físicos: é perfeitamente concebível a existência de duas criaturas fisicamente idênticas (zumbi)
não há conexão lógica entre base física ou arquitetura funcional e consciência. (consciência = fator complementar)
dualismo metodológico” é que nem todos os sistemas físicos têm características sobre as quais a experiência consciente possa supervir. Ou seja, os princípios psicofísicos estabelecem apenas as condições necessárias para um paralelismo entre mente (ou consciência) e cérebro.
três princípios psicofisicos na sua teoria: 
o princípio de coerência estrutural,
relação coerente entre a structure of consciousness e a structure of awareness9: toda experiência consciente é cognitivamente representada, ou seja, assume a forma de um processo cognitivo, embora nem tudo o que seja cognitivamente representável seja necessariamente consciente. Existe uma relação íntima entre cognição e consciência que toma os estados conscientes passíveis de relato verbal, acessíveis aos sistemas centrais que controlam o comportamento e tudo o mais que compõe a structure of awareness.
 o princípio de invariância organizacional 
estipula que dois sistemas com a mesma organização funcional poderão ter experiências qualitativamente idênticas. Isto significa dizer que se construirmos uma réplica do cérebro humano em silicone preservando, contudo, os mesmos padrões causais de organização neuronal, esse cérebro replicado poderá ter as mesmas experiências que o cérebro humano. O que conta na emergência de experiências não é o tipo de substrato físico de um sistema, mas seu princípio arquitetônico ou a organização de seus componentes. Padrões organizacionais, instanciados em diferentes tipos de substrato são necessários, mas não suficientes, para o surgimento da experiência consciente.
o princípio do duplo aspecto da teoria da informação.
duplo aspecto: um físico e outro fenomênico. É o aspecto fenomênico que dá origem à experiência consciente e esse princípio é, sem dúvida, o mais controverso na teoria de Chalmers: afinal, quais são as peculiaridades da informação que podem dar origem a estados conscientes? Será a consciência privilégio apenas de cérebros humanos onde esse duplo aspecto está presente ou poderá ela ser estendida a outros processadores de informação como cérebros de animais ou até mesmo máquinas?
Chalmers = a similaridade funcional não é suficiente e não implica na produçãode estados conscientes é inteiramente metafísica.
problema da repredicação = não sabíamos que estávamos lidando com um robô e não com um ser humano. Isto significa que por muito tempo estaríamos atribuindo ao COG os mesmos predicados mentais que normalmente atribuímos a um ser humano, incluindo a capacidade de desenvolver comportamentos e experiências conscientes. Ao descobrir que se trata de um robô, retiraríamos os predicados que estávamos atribuindo à ele? Suspendemos temporariamente a atribuição de estados conscientes a uma pessoa quando essa está dormindo. Interrompemos definitivamente essa atribuição se essa pessoa entrar em coma profundo.
FUTURO DO DUALISMO
convencer-nos de que mente e cérebro ou mente e matéria são radicalmente distintos e têm propriedades incompatíveis

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