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Trigonometria e Números Complexos Universidade do Sul de Santa Catarina Disciplina na modalidade a distância Trigonom etria e Núm eros Com plexos Universidade do Sul de Santa Catarina Palhoça UnisulVirtual 2011 Trigonometria e Números Complexos Disciplina na modalidade a distância Créditos Universidade do Sul de Santa Catarina | Campus UnisulVirtual | Educação Superior a Distância Reitor Ailton Nazareno Soares Vice-Reitor Sebastião Salésio Heerdt Chefe de Gabinete da Reitoria Willian Corrêa Máximo Pró-Reitor de Ensino e Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Mauri Luiz Heerdt Pró-Reitora de Administração Acadêmica Miriam de Fátima Bora Rosa Pró-Reitor de Desenvolvimento e Inovação Institucional Valter Alves Schmitz Neto Diretora do Campus Universitário de Tubarão Milene Pacheco Kindermann Diretor do Campus Universitário da Grande Florianópolis Hércules Nunes de Araújo Secretária-Geral de Ensino Solange Antunes de Souza Diretora do Campus Universitário UnisulVirtual Jucimara Roesler Equipe UnisulVirtual Diretor Adjunto Moacir Heerdt Secretaria Executiva e Cerimonial Jackson Schuelter Wiggers (Coord.) Marcelo Fraiberg Machado Tenille Catarina Assessoria de Assuntos Internacionais Murilo Matos Mendonça Assessoria de Relação com Poder Público e Forças Armadas Adenir Siqueira Viana Walter Félix Cardoso Junior Assessoria DAD - Disciplinas a Distância Patrícia da Silva Meneghel (Coord.) Carlos Alberto Areias Cláudia Berh V. da Silva Conceição Aparecida Kindermann Luiz Fernando Meneghel Renata Souza de A. Subtil Assessoria de Inovação e Qualidade de EAD Denia Falcão de Bittencourt (Coord.) Andrea Ouriques Balbinot Carmen Maria Cipriani Pandini Assessoria de Tecnologia Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coord.) Felipe Fernandes Felipe Jacson de Freitas Jefferson Amorin Oliveira Phelipe Luiz Winter da Silva Priscila da Silva Rodrigo Battistotti Pimpão Tamara Bruna Ferreira da Silva Coordenação Cursos Coordenadores de UNA Diva Marília Flemming Marciel Evangelista Catâneo Roberto Iunskovski Auxiliares de Coordenação Ana Denise Goularte de Souza Camile Martinelli Silveira Fabiana Lange Patricio Tânia Regina Goularte Waltemann Coordenadores Graduação Aloísio José Rodrigues Ana Luísa Mülbert Ana Paula R.Pacheco Artur Beck Neto Bernardino José da Silva Charles Odair Cesconetto da Silva Dilsa Mondardo Diva Marília Flemming Horácio Dutra Mello Itamar Pedro Bevilaqua Jairo Afonso Henkes Janaína Baeta Neves Jorge Alexandre Nogared Cardoso José Carlos da Silva Junior José Gabriel da Silva José Humberto Dias de Toledo Joseane Borges de Miranda Luiz G. Buchmann Figueiredo Marciel Evangelista Catâneo Maria Cristina Schweitzer Veit Maria da Graça Poyer Mauro Faccioni Filho Moacir Fogaça Nélio Herzmann Onei Tadeu Dutra Patrícia Fontanella Roberto Iunskovski Rose Clér Estivalete Beche Vice-Coordenadores Graduação Adriana Santos Rammê Bernardino José da Silva Catia Melissa Silveira Rodrigues Horácio Dutra Mello Jardel Mendes Vieira Joel Irineu Lohn José Carlos Noronha de Oliveira José Gabriel da Silva José Humberto Dias de Toledo Luciana Manfroi Rogério Santos da Costa Rosa Beatriz Madruga Pinheiro Sergio Sell Tatiana Lee Marques Valnei Carlos Denardin Sâmia Mônica Fortunato (Adjunta) Coordenadores Pós-Graduação Aloísio José Rodrigues Anelise Leal Vieira Cubas Bernardino José da Silva Carmen Maria Cipriani Pandini Daniela Ernani Monteiro Will Giovani de Paula Karla Leonora Dayse Nunes Letícia Cristina Bizarro Barbosa Luiz Otávio Botelho Lento Roberto Iunskovski Rodrigo Nunes Lunardelli Rogério Santos da Costa Thiago Coelho Soares Vera Rejane Niedersberg Schuhmacher Gerência Administração Acadêmica Angelita Marçal Flores (Gerente) Fernanda Farias Secretaria de Ensino a Distância Samara Josten Flores (Secretária de Ensino) Giane dos Passos (Secretária Acadêmica) Adenir Soares Júnior Alessandro Alves da Silva Andréa Luci Mandira Cristina Mara Schauffert Djeime Sammer Bortolotti Douglas Silveira Evilym Melo Livramento Fabiano Silva Michels Fabricio Botelho Espíndola Felipe Wronski Henrique Gisele Terezinha Cardoso Ferreira Indyanara Ramos Janaina Conceição Jorge Luiz Vilhar Malaquias Juliana Broering Martins Luana Borges da Silva Luana Tarsila Hellmann Luíza Koing Zumblick Maria José Rossetti Marilene de Fátima Capeleto Patricia A. Pereira de Carvalho Paulo Lisboa Cordeiro Paulo Mauricio Silveira Bubalo Rosângela Mara Siegel Simone Torres de Oliveira Vanessa Pereira Santos Metzker Vanilda Liordina Heerdt Gestão Documental Lamuniê Souza (Coord.) Clair Maria Cardoso Daniel Lucas de Medeiros Jaliza Thizon de Bona Guilherme Henrique Koerich Josiane Leal Marília Locks Fernandes Gerência Administrativa e Financeira Renato André Luz (Gerente) Ana Luise Wehrle Anderson Zandré Prudêncio Daniel Contessa Lisboa Naiara Jeremias da Rocha Rafael Bourdot Back Thais Helena Bonetti Valmir Venício Inácio Gerência de Ensino, Pesquisa e Extensão Janaína Baeta Neves (Gerente) Aracelli Araldi Elaboração de Projeto Carolina Hoeller da Silva Boing Vanderlei Brasil Francielle Arruda Rampelotte Reconhecimento de Curso Maria de Fátima Martins Extensão Maria Cristina Veit (Coord.) Pesquisa Daniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC) Mauro Faccioni Filho (Coord. Nuvem) Pós-Graduação Anelise Leal Vieira Cubas (Coord.) Biblioteca Salete Cecília e Souza (Coord.) Paula Sanhudo da Silva Marília Ignacio de Espíndola Renan Felipe Cascaes Gestão Docente e Discente Enzo de Oliveira Moreira (Coord.) Capacitação e Assessoria ao Docente Alessandra de Oliveira (Assessoria) Adriana Silveira Alexandre Wagner da Rocha Elaine Cristiane Surian (Capacitação) Elizete De Marco Fabiana Pereira Iris de Souza Barros Juliana Cardoso Esmeraldino Maria Lina Moratelli Prado Simone Zigunovas Tutoria e Suporte Anderson da Silveira (Núcleo Comunicação) Claudia N. Nascimento (Núcleo Norte- Nordeste) Maria Eugênia F. Celeghin (Núcleo Pólos) Andreza Talles Cascais Daniela Cassol Peres Débora Cristina Silveira Ednéia Araujo Alberto (Núcleo Sudeste) Francine Cardoso da Silva Janaina Conceição (Núcleo Sul) Joice de Castro Peres Karla F. Wisniewski Desengrini Kelin Buss Liana Ferreira Luiz Antônio Pires Maria Aparecida Teixeira Mayara de Oliveira Bastos Michael Mattar Patrícia de Souza Amorim Poliana Simao Schenon Souza Preto Gerência de Desenho e Desenvolvimento de Materiais Didáticos Márcia Loch (Gerente) Desenho Educacional Cristina Klipp de Oliveira (Coord. Grad./DAD) Roseli A. Rocha Moterle (Coord. Pós/Ext.) Aline Cassol Daga Aline Pimentel Carmelita Schulze Daniela Siqueira de Menezes Delma Cristiane Morari Eliete de Oliveira Costa Eloísa Machado Seemann Flavia Lumi Matuzawa Geovania Japiassu Martins Isabel Zoldan da Veiga Rambo João Marcos de Souza Alves Leandro Romanó Bamberg Lygia Pereira Lis Airê Fogolari Luiz Henrique Milani Queriquelli Marcelo Tavares de Souza Campos Mariana Aparecida dos Santos Marina Melhado Gomes da Silva Marina Cabeda Egger Moellwald Mirian Elizabet Hahmeyer Collares Elpo Pâmella Rocha Flores da Silva Rafael da Cunha Lara Roberta de Fátima Martins Roseli Aparecida Rocha Moterle Sabrina Bleicher Verônica Ribas Cúrcio Acessibilidade Vanessa de Andrade Manoel (Coord.) Letícia Regiane Da Silva Tobal Mariella Gloria Rodrigues Vanesa Montagna Avaliação da aprendizagem Claudia Gabriela Dreher Jaqueline Cardozo Polla Nágila Cristina Hinckel Sabrina Paula Soares Scaranto Thayanny Aparecida B. da Conceição Gerência de Logística Jeferson Cassiano A. da Costa (Gerente) Logísitca de Materiais Carlos Eduardo D. da Silva (Coord.) Abraao do Nascimento Germano Bruna Maciel Fernando Sardão da Silva Fylippy Margino dosSantos Guilherme Lentz Marlon Eliseu Pereira Pablo Varela da Silveira Rubens Amorim Yslann David Melo Cordeiro Avaliações Presenciais Graciele M. Lindenmayr (Coord.) Ana Paula de Andrade Angelica Cristina Gollo Cristilaine Medeiros Daiana Cristina Bortolotti Delano Pinheiro Gomes Edson Martins Rosa Junior Fernando Steimbach Fernando Oliveira Santos Lisdeise Nunes Felipe Marcelo Ramos Marcio Ventura Osni Jose Seidler Junior Thais Bortolotti Gerência de Marketing Eliza B. Dallanhol Locks (Gerente) Relacionamento com o Mercado Alvaro José Souto Relacionamento com Polos Presenciais Alex Fabiano Wehrle (Coord.) Jeferson Pandolfo Karine Augusta Zanoni Marcia Luz de Oliveira Mayara Pereira Rosa Luciana Tomadão Borguetti Assuntos Jurídicos Bruno Lucion Roso Sheila Cristina Martins Marketing Estratégico Rafael Bavaresco Bongiolo Portal e Comunicação Catia Melissa Silveira Rodrigues Andreia Drewes Luiz Felipe Buchmann Figueiredo Rafael Pessi Gerência de Produção Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente) Francini Ferreira Dias Design Visual Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.) Alberto Regis Elias Alex Sandro Xavier Anne Cristyne Pereira Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro Daiana Ferreira Cassanego Davi Pieper Diogo Rafael da Silva Edison Rodrigo Valim Fernanda Fernandes Frederico Trilha Jordana Paula Schulka Marcelo Neri da Silva Nelson Rosa Noemia Souza Mesquita Oberdan Porto Leal Piantino Multimídia Sérgio Giron (Coord.) Dandara Lemos Reynaldo Cleber Magri Fernando Gustav Soares Lima Josué Lange Conferência (e-OLA) Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.) Bruno Augusto Zunino Gabriel Barbosa Produção Industrial Marcelo Bittencourt (Coord.) Gerência Serviço de Atenção Integral ao Acadêmico Maria Isabel Aragon (Gerente) Ana Paula Batista Detóni André Luiz Portes Carolina Dias Damasceno Cleide Inácio Goulart Seeman Denise Fernandes Francielle Fernandes Holdrin Milet Brandão Jenniffer Camargo Jessica da Silva Bruchado Jonatas Collaço de Souza Juliana Cardoso da Silva Juliana Elen Tizian Kamilla Rosa Mariana Souza Marilene Fátima Capeleto Maurício dos Santos Augusto Maycon de Sousa Candido Monique Napoli Ribeiro Priscilla Geovana Pagani Sabrina Mari Kawano Gonçalves Scheila Cristina Martins Taize Muller Tatiane Crestani Trentin Avenida dos Lagos, 41 – Cidade Universitária Pedra Branca | Palhoça – SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: cursovirtual@unisul.br | Site: www.unisul.br/unisulvirtual Trigonometria e Números Complexos Livro didático Revisão e atualização de conteúdo Rosana Camilo da Rosa Paulo Henrique Rufino Design Instrucional Roseli Rocha Moterle 4ª edição Palhoça UnisulVirtual 2011 Eliane Darela Paulo Henrique Rufino Rosana Camilo da Rosa Edição – Livro Didático Professores Conteudistas Eliane Darela Paulo Henrique Rufino Rosana Camilo da Rosa Revisão e atualização de conteúdo Paulo Henrique Rufino Rosana Camilo da Rosa Design Instrucional Karla Eleonora Dahse Nunes Roseli Rocha Moterle (4ª edição) Projeto Gráfico e Capa Equipe UnisulVirtual Diagramação Diogo Silva (4ª edição) Revisão Diane Dal Mago ISBN 978-85-7817-328-9 Copyright © UnisulVirtual 2011 Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição. Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária da Unisul 516.24 R69 Rosa, Rosana Camilo da Trigonometria e números complexos : livro didático / Rosana Camilo da Rosa, Eliane Darela, Paulo Henrique Rufino ; revisão e atualização de conteúdo Rosana Camilo da Rosa, Paulo Henrique Rufino ; design instrucional [Karla Eleonora Dahse Nunes], Roseli Rocha Moterle. – 4. ed. – Palhoça : UnisulVirtual, 2011. 309 p. : il. ; 28 cm. Inclui bibliografia. ISBN 978-85-7817-328-9 1. Trigonometria. 2. Números complexos. I. Darela, Eliane. II. Rufino, Paulo Henrique. III. Nunes, Karla Eleonora Dahse. IV. Moterle, Roseli Rocha. V. Título. Sumário Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 UNIDADE 1 - Estudando a trigonometria nos triângulos . . . . . . . . . . . . . . . 17 UNIDADE 2 - Conceitos básicos da trigonometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 UNIDADE 3 - Estudando as funções trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91 UNIDADE 4 - Estudando as relações, equações e inequações trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 UNIDADE 5 - Números complexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 185 Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 235 Sobre os professores conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237 Respostas e comentários das atividades de autoavaliação . . . . . . . . . . . . . 239 Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 Biblioteca Virtual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309 7 Apresentação Este livro didático corresponde à disciplina Trigonometria e Números Complexos. O material foi elaborado com vista a uma aprendizagem autônoma e aborda conteúdos especialmente selecionados e relacionados à sua área de formação. Ao adotar uma linguagem didática e dialógica, objetivamos facilitar seu estudo a distância, proporcionando condições favoráveis às múltiplas interações e a um aprendizado contextualizado e eficaz. Lembre que sua caminhada, nesta disciplina, será acompanhada e monitorada constantemente pelo Sistema Tutorial da UnisulVirtual. Nesse sentido, a “distância” fica caracterizada somente como a modalidade de ensino por que você optou para sua formação. É que, na relação de aprendizagem, professores e instituição estarão sempre conectados com você. Então, sempre que sentir necessidade, entre em contato. Você tem à disposição diversas ferramentas e canais de acesso tais como: telefone, e-mail e o Espaço Unisul Virtual de Aprendizagem, que é o canal mais recomendado, pois tudo o que for enviado e recebido fica registrado para seu maior controle e comodidade. Nossa equipe técnica e pedagógica terá o maior prazer em lhe atender, pois sua aprendizagem é o nosso principal objetivo. Bom estudo e sucesso! Equipe UnisulVirtual Palavras dos professores Estamos apresentando os conteúdos relativos à disciplina Trigonometria e Números Complexos. Os assuntos apresentados são de fundamental importância para sua formação profissional e são abordados de forma clara e objetiva, sempre salientando aspectos da História da Matemática, conforme preconiza o Projeto Pedagógico do Curso de Matemática Licenciatura. É indiscutível que o uso das tecnologias deve estar presente na sala de aula, logo, a formação de um profissional com competência para desenvolver atividades didáticas num contexto informatizado torna-se necessária. No decorrer desta disciplina, vamos incentivá-lo e orientá-lo para o uso de diferentes softwares matemáticos. Utilizamos uma linguagem acessível, pois estamos inseridos num contexto de Educação a Distância, e uma linguagem mais técnica poderia prejudicar o andamento dasatividades. Você terá a oportunidade de desenvolver atividades e leituras num ambiente virtual, e poderá refletir sobre aspectos didáticos na abordagem dos tópicos estudados com a utilização de recursos tecnológicos. Informamos que as tabelas e ilustrações sem indicação de fonte foram elaboradas pelos autores. Finalizando, gostaríamos de desejar um ótimo trabalho, e dizer que nossa relação didática será no ambiente virtual, mas estaremos sempre em contato para sanar suas dúvidas. Procure manter suas atividades em dia e conte conosco. Profª. Eliane Darela, Msc. Prof . Paulo Henrique Rufino. Profª. Rosana Camilo da Rosa, Msc. Plano de estudo O plano de estudos visa a orientá-lo(a) no desenvolvimento da disciplina. Possui elementos que o(a) ajudarão a conhecer o contexto da disciplina e a organizar o seu tempo de estudos. O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual leva em conta instrumentos que se articulam e se complementam, portanto, a construção de competências se dá sobre a articulação de metodologias e por meio das diversas formas de ação/mediação. São elementos desse processo: o livro didático; o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA); as atividades de avaliação (a distância, presenciais e de autoavaliação); o Sistema Tutorial. Ementa Arcos e ângulos. Funções trigonométricas. Relações trigonométricas. Equações e inequações trigonométricas. Números Complexos. Operações e representações dos números complexos. Trigonometria e os números complexos. 12 Universidade do Sul de Santa Catarina Objetivos da disciplina Geral A disciplina objetiva a reflexão e construção de conhecimentos no contexto da Trigonometria e dos Números Complexos, propiciando ao universitário a oportunidade de: investigar, observar, analisar e delinear conclusões, testando-as na resolução de problemas, formando uma visão ampla e científica da realidade. Específicos Desenvolver o conceito de razões trigonométricas no triângulo retângulo. Resolver problemas aplicando as relações fundamentais entre as razões trigonométricas. Reconhecer e aplicar a lei dos cossenos e a lei dos senos na resolução de triângulos. Expressar e converter a medida de um ângulo de graus para radianos e vice-versa. Introduzir o conceito das funções circulares. Reduzir arco ao 1º quadrante. Construir, ler e interpretar gráficos das funções trigonométricas utilizando, corretamente, procedimentos e ferramentas tecnológicas. Resolver equações e inequações trigonométricas. Resolver e simplificar expressões trigonométricas, aplicando as relações trigonométricas. Aplicar as fórmulas da adição, subtração e arco duplo. 13 Trigonometria e Números Complexos Compreender o conceito de números complexos. Identificar um número complexo na sua forma algébrica e representá-lo no plano de Argand-Gauss. Compreender os conceitos de módulo e argumento de um número complexo z. Apresentar a forma trigonométrica de z. Operar com números complexos na forma algébrica e trigonométrica. Carga horária A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula. Conteúdo programático/objetivos Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias à sua formação. Unidades de estudo: 5 Unidade 1 – Estudando a trigonometria nos triângulos Nesta unidade, apresentam-se as razões trigonométricas nos triângulos retângulos, bem como as leis dos senos e cossenos em triângulos quaisquer. O estudo desta unidade nos permite a resolução de problemas que envolvem situações reais. 14 Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade 2 – Conceitos básicos da trigonometria Nesta unidade, são apresentados conceitos relativos à trigonometria na circunferência. Esses conceitos são fundamentais para definir o seno e o cosseno na circunferência trigonométrica, o que também será abordado nesta unidade. Unidade 3 – Estudando as funções trigonométricas As funções trigonométricas, também conhecidas como funções circulares, serão discutidas nesta unidade, possibilitando a leitura gráfica e a modelagem de problemas práticos. Os recursos tecnológicos serão indispensáveis, pois facilitam as representações gráficas. Unidade 4 – Estudando as relações, equações e inequações trigonométricas O estudo das relações e transformações trigonométricas será abordado nesta unidade, salientando-se que as relações trigonométricas são decorrentes do seno e cosseno de um arco, estudados na unidade 2. Amplia-se o estudo, nesta unidade, abordando equações e inequações trigonométricas. Unidade 5 – Números complexos Nesta unidade, apresenta-se um novo conjunto, chamado conjunto dos números complexos. Serão abordadas as operações na forma algébrica e trigonométrica, bem como a representação gráfica desse número. 15 Trigonometria e Números Complexos Agenda de atividades/Cronograma Verifique com atenção o EVA, organize-se para acessar periodicamente a sala da disciplina. O sucesso nos seus estudos depende da priorização do tempo para a leitura, da realização de análises e sínteses do conteúdo e da interação com os seus colegas e professor. Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço a seguir as datas com base no cronograma da disciplina disponibilizado no EVA. Use o quadro para agendar e programar as atividades relativas ao desenvolvimento da disciplina. Atividades obrigatórias Demais atividades (registro pessoal) UNIDADE 1 Estudando a trigonometria nos triângulos Objetivos de aprendizagem Desenvolver o conceito de razões trigonométricas no triângulo retângulo. Resolver problemas aplicando as relações fundamentais entre as razões trigonométricas. Reconhecer e aplicar a lei dos cossenos e a lei dos senos na resolução de triângulos. Seções de estudo Seção 1 Introdução à trigonometria Seção 2 Definindo as razões trigonométricas no triângulo retângulo Seção 3 Relações trigonométricas em um triângulo qualquer: lei dos senos e dos cossenos 1 18 Universidade do Sul de Santa Catarina Para início de estudo Sabe-se que algumas medidas podem ser obtidas diretamente, outras são obtidas de modo indireto. A largura de uma sala, por exemplo, pode ser medida com uma trena, o comprimento de uma estrada pode ser medido, por meio de um hodômetro instalado em um automóvel que percorra a estrada do início ao fim. Em ambos os casos, essa medida é encontrada de modo direto. Já a distância da Terra até a Lua só pode ser obtida de modo indireto. A trigonometria é uma ferramenta importante para a resolução de problemas que envolvem grandes distâncias como os de engenharia, navegação e astronomia. Nesta unidade, você estudará a trigonometria no triângulo retângulo, bem como as leis dos senos e cossenos em triângulos quaisquer. A contextualização da trigonometria, por ser de suma importância, será abordada no desenvolvimento das atividades. Seção 1 – Introdução à trigonometria O que é trigonometria? Tri = três gonos = ângulos metria = medição Logo, trigonometria significa medição de três ângulos. 19 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Você sabia... Triângulo retângulo é um triângulo que possui um ângulo reto (90º). O estudo da trigonometria foi impulsionado pela necessidade de evolução da Agrimensura, Navegação e Astronomia, já que as dimensões do universo sempre fascinaram os cientistas. O astrônomo grego Aristarcode Samos (310 a.C. – 230 a.C.) foi um dos primeiros a calcular as distâncias que separam a Terra, a Lua e o Sol. Para isso, ele usou relações entre as medidas dos lados dos triângulos retângulos com seus ângulos internos. Acredita-se que, como ciência, a trigonometria nasceu com o astrônomo grego Hiparco de Niceia (190 a.C. – 125 a.C.), também conhecido como o Pai da Trigonometria, por ter estudado e sistematizado algumas relações entre os elementos de um triângulo. A relação entre as medidas dos lados de um triângulo com as medidas de seus ângulos é de grande utilidade na medição de distâncias inacessíveis ao homem, como a altura de montanhas, torres e árvores, ou a largura de rios e lagos. Também encontram-se aplicações da trigonometria na engenharia, na mecânica, na eletricidade, na acústica, na medicina e até na música. 20 Universidade do Sul de Santa Catarina Seção 2 – Definindo as razões trigonométricas no triângulo retângulo Do ponto de vista matemático, o desenvolvimento da trigonometria está associado à descoberta de constantes nas relações entre os lados de um triângulo retângulo. Suponha que a Figura 1.1 represente uma rampa, em uma pista de skate, que forma um ângulo de α graus com o solo: Quando o skatista percorre 50m sobre a rampa, ele fica a uma altura de 30 metros, e o seu deslocamento na horizontal é de 40 metros; Quando o skatista percorre 75m sobre a rampa, ele fica a uma altura de 45 metros, e o seu deslocamento na horizontal é de 60 metros; Quando o skatista percorre 100m sobre a rampa, ele fica a uma altura de 60 metros, e o seu deslocamento na horizontal é de 80 metros. Figura 1.1 - Representação da situação problema Na Figura 1.2, tem-se os triângulos retângulos ABS, ACT e ADU semelhantes entre si. Escreva a razão entre a altura que o skatista atinge e a distância percorrida sobre a rampa, para os três momentos considerados. 21 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Figura 1.2 - Representação da distância percorrida e da altura Temos: ∆ ABS ~ ∆ ACT ~ ∆ ADU Logo: BSAS CT AT DU AU = = → = = = 30 50 45 75 60 100 0 6, (valor constante). Você pode observar que, em qualquer um dos triângulos retângulos considerados, a razão entre a medida dos lados BS, CT e DU, opostos ao ângulo α, e a medida dos lados AS, AT e AU, opostos ao ângulo reto é igual a 0,6, independentemente das medidas dos lados considerados. Esse valor constante é chamado seno do ângulo α e simbolizamos por sen α. Agora, vamos escrever a razão entre o deslocamento na horizontal e a distância percorrida sobre a rampa pelo skatista, para os três momentos considerados. Figura 1.3 - Representação da distância percorrida e do deslocamento na horizontal Temos: AB AS AC AT AD AU = = → = = = 40 50 60 75 80 100 0 8, (valor constante). 22 Universidade do Sul de Santa Catarina Você pode observar que, em qualquer um dos triângulos retângulos da Figura 1.3, a razão entre a medida dos lados AB, AC e AD, adjacentes ao ângulo α, e a medida dos lados AS, AT e AU, opostos ao ângulo reto é igual a 0,8, independentemente das medidas dos lados considerados. Esse valor constante é chamado cosseno do ângulo α e simbolizamos por cos α. Ainda há uma terceira igualdade que podemos estabelecer: a razão entre a medida da altura que o skatista atinge e o seu deslocamento na horizontal. Figura 1.4 - Representação da altura e do deslocamento na horizontal Temos: BS AB CT AC DU AD = = → = = = 30 40 45 60 60 80 0 75, (valor constante). Você pode observar, na Figura 1.4, que em qualquer um dos triângulos retângulos, a razão entre a medida dos lados BS, CT e DU, opostos ao ângulo α, e a medida dos lados AB, AC e AD, adjacentes ao ângulo α é igual a 0,75, independentemente das medidas dos lados considerados. Esse valor constante é chamado tangente do ângulo α e simbolizamos por tg α. Os números que expressam o seno, cosseno e tangente do ângulo agudo α, são denominados razões trigonométricas do triângulo retângulo. 23 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Generalizando, tem-se: Figura 1.5 - Triângulo retângulo Na Figura 1.5 tem-se: O triângulo ABC é retângulo em A; O lado oposto ao ângulo reto denomina-se hipotenusa (a); Os lados b e c denominam-se catetos; O cateto b é oposto ao ângulo β e adjacente ao ângulo α; O cateto c é oposto ao ângulo α e adjacente ao ângulo β. Você lembra do Teorema de Pitágoras? O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos: a2=b2+c2 24 Universidade do Sul de Santa Catarina Dessa forma, tem-se: De modo análogo, pode-se estabelecer as razões para o ângulo α. Que tal você rever agora alguns aspectos que caracterizaram a vida de Pitágoras e a história da matemática? Retrospectiva histórica Pitágoras viveu há 2.500 anos e não deixou obras escritas. O que se sabe de sua biografia e de suas ideias é uma mistura de lenda e história real. Acerca de 50 Km de Mileto, na ilha Jônia de Samos, por volta de 589 aC. nasceu Pitágoras, também esteve no Egito, mas por desavenças com o tirano Polícrates, de Samos, mudou-se para Crotona, ao sul da Península Itálica, onde fundou uma sociedade voltada ao estudo da Filosofia, das Ciências Naturais e da Matemática, chamada Escola Pitagórica. Rapidamente, os membros desta sociedade passaram a ver números por toda a parte, concluindo que o Universo era regido por uma inteligência superior, essencialmente matemática. 25 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Figura 1.6 – Pitágoras Fonte: Pythagoras (2005). Atualmente, não há documentos que justifiquem a afirmação de que o Teorema de Pitágoras foi demonstrado pela primeira vez pelos pitagóricos. Conjetura-se que os membros da mais antiga escola pitagórica conheciam muito bem a geometria dos babilônios, portanto, as ideias básicas do teorema poderiam ter suas origens em outras épocas bem mais remotas. O maior feito teórico dos pitagóricos foi a descoberta dos irracionais, mas seu mérito máximo consistiu em provocar uma verdadeira epidemia de interesse pela matemática, que contagiou a maioria das cidades-estado da Grécia. Saiba mais Você poderá enriquecer mais esta leitura lendo Boyer, Carl Benjamin, 1994 – História da Matemática. Ângulos notáveis Os ângulos de 30º, 45º e 60º são considerados notáveis, uma vez que aparecem frequentemente nos problemas de geometria. Apresentamos a dedução dos valores do seno, do cosseno e da tangente do ângulo de 45º. Os outros dois ângulos você mesmo fará, ao resolver o exercício 1 das atividades de autoavaliação ao final desta unidade. 26 Universidade do Sul de Santa Catarina Podemos resumir as razões trigonométricas dos ângulos notáveis em uma única tabela: 27 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Tabela 1.1 – Razões trigonométrias dos ângulos notáveis Considerando as definições das razões trigonométricas e utilizando processos mais sofisticados de medidas de ângulos e segmentos, podemos construir uma tabela de valores trigonométricos para consultar quando encontrarmos situações que não envolvam ângulos notáveis. Em anexo, encontra-se uma tabela que fornece as razões trigonométricas dos ângulos de 1º a 89º. Você pode, também, obter diretamente valores trigonométricos, utilizando as funções de uma calculadora científica ou softwares matemáticos. Você sabia... Nas calculadoras científicas, o seno que abreviamos por sen é identificado por sin e a tangente, tg, é identificada por tan. 28 Universidade do Sulde Santa Catarina Nos exemplos a seguir você irá utilizar as razões trigonométricas para descobrir as medidas desconhecidas indicadas por x. Será um bom exercício para verificar a sua compreensão do assunto até o presente momento. 1) Calcule o valor de x: Figura 1.7 - Triângulo retângulo Na Figura 1.7, você pode observar que a medida desconhecida x é o cateto oposto ao ângulo de 55º e que 3 cm corresponde ao cateto adjacente. Logo, a razão trigonométrica que iremos utilizar será a tangente. tg tg 55 55 3 1 428 3 4 , , = = = = cateto oposto cateto adjacente x x x 2284cm 2) Determine o valor de x: Figura 1.8 - Triângulo retângulo 29 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Agora você observa na Figura 1.8, que a medida desconhecida é o cateto oposto ao ângulo de 30º e a hipotenusa vale 16 cm. Portanto, utilizaremos a razão trigonométrica seno para encontrar a medida x. sen cateto oposto hipotenusa sen 30 30 16 1 2 16 2 16 8 = = = = = x x x x cmm 3) Encontre o valor de x: Figura 1.9 - Triângulo retângulo Na Figura 1.9 você pode observar que o cateto adjacente mede 10 cm e a medida desconhecida x é a hipotenusa. Assim, usaremos a razão cosseno para descobrir o valor de x. cos cateto adjacente hipotenusa cos 60 60 10 1 2 10 20 = = = = x x x cm 30 Universidade do Sul de Santa Catarina E então? Você sentiu dificuldade para compreender os exemplos? Se sim, retorne à leitura buscando sanar suas dúvidas. Caso não compreenda, entre em contato com o(a) professor(a), via EVA (Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem). Se não sentiu dificuldades quanto à compreensão dos exemplos, observe os problemas abaixo: P1) Um eletricista deseja conhecer a altura de um poste, sabendo que quando o ângulo de elevação do sol é de 68º, a sombra dele, projetada no solo, mede 2,4 m. Modelo real Modelo matemático Figura 1.10 - Modelo real e matemático do problema P1 Solução: A partir da Figura 1.10, você pode observar a situação apresentada no problema P1 e perceber que a solução será encontrada por meio da razão trigonométrica tangente. Observe que a altura do poste, representada por x, é o cateto oposto ao ângulo de 68º e a medida do cateto adjacente ao mesmo ângulo é de 2,4 m, que corresponde à sombra do poste. 31 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Lembre-se: A tg 68º= 2,475 é obtida pela calculadora ou pela tabela trigonométrica. Resposta: A altura do poste é de 5,94 m. P2) Uma família desejando realizar um passeio de fim de semana, parte da sua cidade situada no nível do mar, seguindo por uma estrada em aclive de 36º. Após percorrer 80 m a que altitude esta família estará? Modelo real Modelo matemático Figura 1.11 - Modelo real e matemático do problema P2 Solução: Analisando a Figura 1.11, você observa a situação apresentada no problema P2 e percebe que a solução será encontrada por meio da razão trigonométrica seno. A altitude em que a família se encontra está representada por x, sendo denotada por cateto oposto ao ângulo de 36º. A medida da hipotenusa, que corresponde a distância percorrida pelo carro é de 80 metros. 32 Universidade do Sul de Santa Catarina Resposta: A família estará a uma altitude 47,04 metros. P3) Desejando saber qual a altura de uma torre, uma empresa de telefonia utilizou um teodolito, aparelho óptico de precisão utilizado para medir ângulos. O teodolito foi colocado a uma distância de 50 m da base da torre, num nível de observação de 1,50 m e o ângulo marcado foi de 20º. Modelo real Modelo matemático Figura 1.12 - Modelo real e matemático do problema P3 Solução: A situação apresentada no problema P3 está representada na Figura 1.12, e você pode perceber que a solução será encontrada por meio da razão trigonométrica tangente. A altura da torre está representada por x, é denotada por cateto oposto ao ângulo de 20º. A medida do cateto adjacente, que corresponde a distância entre o teodolito e a base da torre é de 50 metros. 33 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Note que o nível de observação do teodolito é de 1,50 metros, logo, devemos acrescentá-lo ao resultado encontrado: h= 18,20 + 1,50 = 19,70 metros. Resposta: A altura da torre é de 19,70 metros. Você sabia... Teodolito é um instrumento óptico de precisão para medir ângulos horizontais e verticais. Em áreas de grande extensão, o topógrafo precisa, muitas vezes imaginar triângulos em pontos inacessíveis. Medindo três elementos desses triângulos, sendo que pelo menos um deles é um lado, ele pode encontrar as demais dimensões necessárias para uma aplicação prática. Veja a seguir, alguns aspectos históricos sobre Hiparco. Retrospectiva histórica Acredita-se que, como ciência, a trigonometria nasceu com o astrônomo grego Hiparco de Niceia (190 a.C. – 125 a.C.). Esse grande astrônomo criou uma matemática aplicada para prever os eclipses e os movimentos dos astros, permitindo a elaboração de calendários mais precisos e maior segurança na navegação. Hiparco estudou e sistematizou algumas relações entre os elementos de um triângulo, foi ele o primeiro a construir a tabela trigonométrica. 34 Universidade do Sul de Santa Catarina Da vida de Hiparco sabe-se apenas que nasceu em Niceia, em data desconhecida, e que trabalhou em Alexandria e Rodes. No tempo de Hiparco, a filosofia pitagórica havia estabelecido um preconceito meramente especulativo: o de que os astros descrevem movimentos circulares perfeitos. E havia também o preconceito aristotélico, segundo o qual a natureza dos corpos celestes é imutável. Meteoritos e cometas não eram tidos como fenômenos astronômicos, mas atmosféricos, coisas desse mundo imperfeito e não da eterna impassividade celeste. Foram ideias como essa que Hiparco refutou, com base nas observações efetuadas ao longo de uma carreira científica de mais de trinta anos, provavelmente entre os anos 161 e 127 a.C. No curso desses trabalhos, Hiparco viria a desvendar um novo campo da matemática, a trigonometria. Infelizmente, é impossível avaliar hoje toda a extensão e o valor da obra deixada por Hiparco. Admite-se que tenha sido importante, pela influência que exerceu sobre cientistas posteriores. Seção 3 – Relações trigonométricas em um triângulo qualquer: lei dos senos e lei dos cossenos As razões trigonométricas estudadas até agora foram utilizadas em triângulos retângulos. Esta seção tem por finalidade mostrar outras relações que valem para quaisquer triângulos, assim, você estudará a seguir valores de senos e cossenos de ângulos obtusos. Como esse assunto ainda não foi abordado, você aprenderá neste momento apenas como lidar com eles na prática e deixaremos a parte teórica, desses ângulos, para outros estudos. Saiba mais Ângulo obtuso é um ângulo cuja medida é maior que 90º. 35 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Lei dos senos Um fazendeiro deseja instalar energia elétrica em uma parte de sua fazenda que é cortada por um rio. Para tanto, precisa colocar dois postes em lados opostos deste rio para permitir a passagem do fio. Para fazer este projeto, é necessário saber a distância entre os postes, e a presença do rio impede a sua medição direta. Utilizando um aparelho apropriado, o teodolito, o fazendeiro posicionou-se em um local em que era possível visualizar os dois postes e medir a distância entre eles, o ângulo obtido entre a linha de visão dele e os postes foi de 120º.Seu ajudante mediu a distância entre o poste mais afastado e o fazendeiro obteve 100 metros. Mediu também o ângulo entre a linha do poste mais próximo do fazendeiro e a linha entre os postes, obtendo 45º. Modelo real Modelo matemático Figura 1.13 - Modelo real e matemático do problema enunciado Note que no modelo matemático da Figura 1.13, temos o triângulo AÔB obtusângulo e descobrir a medida do lado AB é a resolução do problema. Para encontrarmos essa medida, vamos estudar a lei dos senos, cujo teorema é enunciado abaixo. Teorema Em todo o triângulo, as medidas dos lados são proporcionais aos senos dos ângulos opostos: a b c senA senB senC ^ ^ ^ = = 36 Universidade do Sul de Santa Catarina Considere o triângulo ABC representado na Figura 1.14: Figura 1.14 - Lei dos senos Agora observe a resolução do problema! Resposta: A distância entre os postes é de aproximadamente 122,47 metros. Na sequência, acompanhe a demonstração dessa lei. 37 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Existem três casos a considerar: O triângulo ABC é retângulo; O triângulo ABC é obtusângulo; O triângulo ABC é acutângulo. Faremos a demonstração quando o triângulo for acutângulo. Os outros dois casos você irá demonstrar na resolução do exercício 19 das atividades de autoavaliação, ao final desta unidade. Considere o triângulo ABC acutângulo, representado na Figura 1.15: Figura 1.15 - Representação do triângulo para demonstração Sejam AH1 e BH2 as alturas relativas aos lados BC e AC, respectivamente. No triângulo retângulo AH1C, temos que sen C senC ^ 1 ^ = ⇒ = h b h b 1 . . [1] No triângulo retângulo AH1B, temos que sen B sen B ^ 1 ^ = ⇒ = h c h c 1 . . [2] Comparando [1] e [2], temos: b.senC ^ = c.sen B ^ ⇒ = sen B senC ^ ^ b c [A] 38 Universidade do Sul de Santa Catarina No triângulo retângulo BH2C, temos que sen C senC ^ 2 ^ = ⇒ = h a h a 2 . . [3] No triângulo retângulo AH2B, temos que sen A senA ^ 2 ^ = ⇒ = h c h c 2 . . [4] Comparando [3] e [4], temos: a.senC ^ = c.senA ^ ⇒ = senA senC ^ ^ a c [B] De [A] e [B] podemos concluir que: a b c senA senB senC ^ ^ ^ = = Lei dos cossenos Na duplicação da BR-101, em um dos pontos do trecho sul, é necessário a construção de uma ponte que una os pontos A e B, conforme a Figura a seguir. O engenheiro responsável pela obra só conseguiu as seguintes medidas: AC=30m, BC=50m e a medida do ângulo entre esses lados 120º. Ele necessita descobrir qual a extensão da ponte. Modelo real Modelo matemático Figura 1.16 - Modelo real e matemático do problema enunciado no exemplo. 39 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Perceba agora que, no modelo matemático temos o triângulo ABC, obtusângulo representado na Figura 1.16, e descobrir a medida do lado AB é a resolução do problema. A aplicação da lei dos cossenos é a solução deste problema. Observe o que diz o teorema: Em todo triângulo, o quadrado da medida de um lado é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados, menos duas vezes o produto das medidas desses dois lados pelo cosseno do ângulo oposto àquele lado, ou seja: a b c b c A b a c a c B c a b a b 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 = + − = + − = + − . . .cos . . .cos . . .cos ^ ^ CC ^ Figura 1.17 - lei do cossenos Voltando ao problema inicial, de acordo com o triângulo na Figura 1.17, para encontrar o comprimento da ponte, precisamos encontrar a medida d. Para isso, utilizaremos a lei dos cossenos: AB AC BC AC BC d d 2 2 2 2 2 2 2 2 120 30 50 2 30 50 0 5 900 = + − = + − − = . . .cos ∫ . . .( , ) ++ + = = = 2500 1500 4900 4900 70 2d d d m Resposta: A extensão da ponte deve ser de 70 metros. 40 Universidade do Sul de Santa Catarina Na sequência, acompanhe a demonstração dessa lei. Existem três casos a considerar: O triângulo ABC é retângulo; O triângulo ABC é obtusângulo; O triângulo ABC é acutângulo. Faremos a demonstração quando o triângulo for acutângulo. Na seleção das atividades de autoavaliação, você resolverá a atividade 18, que contempla o segundo e o terceito caso, em que  é reto e  é obtuso, respectivamente. Considere o triângulo ABC acutângulo, representado na Figura 1.18: Figura 1.18 - Representação do triângulo para demonstração Demonstração: O segmento CH representa a altura relativa ao lado AB do triângulo ABC, logo CH é perpendicular a AB. Perceba que a altura CH divide o triângulo ABC em dois triângulos retângulos , de acordo com a Figura 1.19. 41 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Figura 1.19 - Representação dos triângulos para demonstração. Aplicando o Teorema de Pitágoras em ambos os triângulos, temos: b2 = m2 + h2 a2 = h2 +(c-m)2 h2 = b2 - m2 [1] a2 = h2 + c2 -2.c.m + m2 [2] Substituindo [1] em [2], temos: a2 = b2 - m2 + c2 -2.c.m + m2 a2 = b2 + c2 -2.c.m [3] Note no triângulo AHC ^ que temos: cosA m b ^ = Logo m = b.cos [4] Substituindo [4] em [3], temos: a2 = b2 + c2 -2.b.c. cos De forma análoga, você demonstra que: b2 = a2 + c2 -2.a.c. cos B^ . c2 = a2 + b2 -2.a.b. cos C^ . 42 Universidade do Sul de Santa Catarina Retrospectiva histórica Considerado o mais eminente matemático do século XVI, François Viète (1540-1603) contribuiu bastante para o avanço do estudo da trigonometria. A forma atual da expressão do teorema dos cossenos foi estabelecida por ele. Utilizando recursos tecnológicos na trigonometria O uso de softwares no ensino é importante. No ensino da trigonometria pode ser muito interessante no que diz respeito à visualização de vários conceitos explorados no triângulo retângulo e em triângulos quaisquer. Como sugestão, indicamos o software Thales. Síntese Nesta unidade, você estudou as razões trigonométricas, as leis do seno e cosseno, bem como suas aplicações. Você deve ter observado que os conteúdos abordados são muito úteis para calcular distâncias inacessíveis. Você deverá resolver os exercícios da autoavaliação e esclarecido todas as suas dúvidas com o professor para prosseguir seus estudos. Figura 1.20 - François Viète Fonte: François (2005). 43 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 Atividades de autoavaliação 1) Considerando o triângulo equilátero ABC de lado a, deduza os valores do seno, do cosseno e da tangente de 30º e 60º. 2) Qual o valor de a e c no triângulo ABC? 3) Calcule as medidas desconhecidas indicadas nos triângulos abaixo: a) 44 Universidade do Sul de Santa Catarina b) 4) Considere o trapézio retângulo ABCD da Figura e determine as medidas x e y indicadas: 5) Observando a seguinte Figura, determine: a) O valor de a; b) O valor de b; c) A medida do segmento AD. 45 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 6) Calcule o valor de x e y indicados na Figura abaixo: 7) Observe o triângulo a seguir, sabendo que a medida do lado AD é 40 cm, encontre a medida do lado BC. 8) Duas pessoas A e B estão situadas na mesma margem de um rio, distante 60 3 m uma da outra. Uma terceira pessoa C, na outra margem, está situada de tal modoque AB seja perpendicular a AC e a medida do ângulo seja 60º. Determine a largura do rio. 9) Uma árvore projeta uma sombra de 30 m quando o sol se encontra a 64º acima da linha do horizonte. Qual a altura da árvore? 10) (VUNESP/99) Duas rodovias retilíneas A e B se cruzam formando um ângulo de 45º. Um posto de gasolina se encontra na rodovia A, a 4 Km do cruzamento. Pelo posto passa uma rodovia retilínea C, perpendicular à rodovia B. Qual à distância, em Km, do posto de gasolina a rodovia B, indo por meio de C? 11) Um estudante de matemática vê um prédio, do Campus da UNISUL de Tubarão SC, construído em um terreno plano, sob um ângulo de 30º. Aproximando-se do prédio por mais 20 metros, passa a vê-lo sob um ângulo de 60º. Considerando que a base do prédio está no mesmo nível do olho do estudante, determine a altura do prédio e a que distância está o estudante do mesmo. 46 Universidade do Sul de Santa Catarina 12) Determine na Figura a seguir, a medida do lado AB, sabendo-se a medida do lado AC é 3 3cm . 13) No triângulo RPM determine o valor de x sabendo que: MP= 10 2 cm; med( )=60º e med( )=75º. 14) Determine o valor de x na Figura abaixo: 15) Qual o perímetro do quadrilátero ABCD? 47 Trigonometria e Números Complexos Unidade 1 16) Dois ângulos de um triângulo medem 60º e 75º. Se o lado oposto ao menor ângulo mede 18 2 cm, qual é o comprimento do lado oposto ao ângulo de 60º do triângulo? 17) Os lados de um paralelogramo medem cada um 8 cm, e o menor ângulo que eles formam mede 60º. Calcule a medida em cm da menor das diagonais deste paralelogramo. 18) Prove a lei dos cossenos quando: a) o ângulo  for reto. b) o ângulo  for obtuso. 19) Prove a lei dos senos quando: a) o ângulo  for reto. b) o ângulo  for obtuso. Desafios na trigonometria 1)(ITA-SP) Os lados de um triângulo medem a, b e c centímetros. Qual o valor do ângulo interno deste triângulo, oposto ao lado que mede a cm, se forem satisfeitos as relações 3a=7c e 3b=8c? 2) (Unicamp-SP) A água utilizada na casa de um sítio é captada e bombeada do rio para uma caixa d’água a 50 m de distância. A casa está a 80 m de distância da caixa d’água e o ângulo formado pelas direções caixa d’água/bomba e caixa d’água/casa é de 60º. Se pretendemos bombear água do mesmo ponto de captação até a casa, quantos metros de encanamento são necessários? 48 Universidade do Sul de Santa Catarina Saiba mais Como você estudou, o uso da trigonometria não se limita apenas a estudar triângulos. Sua aplicação é bastante difundida em vários setores tais como Engenharia, Astronomia, Topografia, Mecânica etc. Para saber mais sobre estas aplicações, leia a página 67 do livro de Manoel Paiva, Editora Moderna, volume 2, 1ª edição, 2009. Lá você verá o cálculo de distâncias entre a Terra e o Sol e a Terra e a Lua. UNIDADE 2 Conceitos básicos da trigonometria Objetivos de aprendizagem Expressar e converter a medida de um ângulo de graus para radianos e vice-versa. Calcular a primeira determinação positiva de arcos maiores que 360º. Introduzir o conceito de seno e cosseno para ângulo de 0º a 360º. Reduzir arco ao 1º quadrante. Seções de estudo Seção 1 Arcos e ângulos Seção 2 Conhecendo a circunferência trigonométrica Seção 3 Seno e cosseno na circunferência trigonométrica Seção 4 Simetrias Seção 5 Redução ao primeiro quadrante 2 50 Universidade do Sul de Santa Catarina Para início de estudo Nesta unidade, você ampliará os estudos de seno e cosseno. A trigonometria passará a ocupar toda uma circunferência, ou seja, o objeto de estudo desta unidade é definir as razões seno e cosseno, estudadas anteriormente, na circunferência trigonométrica, também conhecida como circunferência unitária. Você estudou a trigonometria com o objetivo de resolver problemas utilizando os triângulos retângulos, isto é, utilizou a trigonometria na forma com a qual ela apareceu há milhares de anos. Nas seções a seguir, serão abordados o seno e o cosseno de forma mais acentuada, trabalhando a trigonometria como uma necessidade atual da Matemática. Seção 1 – Arcos e ângulos Considere a circunferência na Figura 2.1. Figura 2.1 - Arco de circunferência Observe que os pontos A e B dividem a circunferência em duas partes. Essas partes são denominadas arcos de circunferência. 51 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Temos: o arco , em que o ponto A é a origem e B é a extremidade do arco; o arco , em que o ponto B é a origem e A é a extremidade do arco. Você sabia... Arco nulo é o ponto; Arco de uma volta é a circunferência. Ângulo central Ângulo central é o ângulo cujo vértice é o centro da circunferência. Observe a Figura 2.2: Figura 2.2 - Ângulo Central A medida de AÔB é α e denotamos por med(AÔB)= α. A medida do arco AB é α e denotamos por med( )= α. 52 Universidade do Sul de Santa Catarina Note que a medida de um arco não representa a medida do comprimento desse arco. Observe a Figura 2.3: Figura 2.3 - Arcos de circunferência Os arcos e possuem a mesma medida α, porém, possuem comprimentos diferentes, m e n, respectivamente. Unidades de medida de arcos e ângulos Conheça agora as unidades mais utilizadas para medir arcos e ângulos de circunferência. São elas: o grau e o radiano. Grau Você já sabe que uma circunferência é dividida em 360 partes iguais. O grau é uma dessas 360 partes: da circunferência. 53 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Você sabia... Existe uma terceira unidade de medida de arco que é o grado. Grado é a medida de um arco igual a 1/400 do arco completo da circunferência, na qual estamos medindo o arco. Os submúltiplos do grau são o minuto e o segundo. do grau. do minuto. Radiano Radiano é um arco cujo comprimento é igual ao raio da circunferência que o contém, cuja notação é rad. Observe a Figura 2.4: Figura 2.4 - Radiano Note que, esticando o arco , a medida do segmento obtido será igual à do raio. 54 Universidade do Sul de Santa Catarina Relação entre grau e radiano Lembre-se que o comprimento de uma circunferência é calculado pela fórmula , em que r é o raio da circunferência. Como cada raio r equivale a 1 rad, fica claro que o arco de uma volta de circunferência corresponde a 2π rad. Então, tem-se a seguinte relação: 360º → 2π rad ou 180º → π rad É possível estabelecer os seguintes resultados entre as três unidades: Tabela 2.1 – Relação entre grau, grado e radiano Desenho Grau 90 180 270 360 Grado 100 200 300 400 Radiano π/2 π 3π/2 2π Observação: 0 graus = 0 grado = 0 radianos Veja alguns exemplos de como é feita a conversão entre o grau e o radiano: 1) Vamos converter 300º em radianos. 55 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Note que você deverá usar a simplificação até transformar a fração na forma irredutível, pois o resultado é expresso na forma de fração e não em forma decimal. 2) Transforme em graus. Como já se viu que π rad → 180º, tem-se: 3) Vamos transformar 15º 30 ’ em radianos. Primeiro, transforma-se 15º 30 ’ em minutos: 1º = 60’ 15º 30’ = 15.60’ + 30’ = 900’ + 30’ = 930’ Agora, transforma-se 180º também em minutos: 180º = 180.60’ = 10800’ Então, tem-se: 56 Universidade do Sul de Santa Catarina Comprimento de arco de circunferência Como você estudou anteriormente, a medida de um arco não representa o seu comprimento, pois esse depende do raio da circunferência em que esteja contido. Por exemplo, um arco de 60º tomado sobre uma circunferência de raio 15 cm, tem comprimento maior que um arco também de 60º, tomado sobre uma circunferência de 7cm de raio. Então, tem-se: Sendo AÔB, um ângulocentral de medida α rad e , o arco de comprimento , pode-se estabelecer: Comprimento do arco Medida do arco r _________________________ 1 rad _________________________ α rad que fornece a relação =α . r Essa relação permite calcular o comprimento de um arco de circunferência em função do raio e do ângulo central correspondente, medido em radianos. Acompanhe alguns exemplos que envolvem o comprimento de arco de circunferência. 1) Considere a circunferência representada na Figura 2.5: 57 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Figura 2.5 - Comprimento de arco de circunferência Determine, em cm, o comprimento do arco , sabendo que α =3 rad. Resolução: =α.r =3.6 =18 cm 2) Qual o valor, em rad, do arco de uma circunferência de 3m de raio, sabendo-se que o comprimento desse arco é de 4,5 metros? 3) O pêndulo de um relógio, cujo comprimento é de 25 cm, executa o movimento de A para B, conforme mostra a Figura 2.6. Determine o comprimento do arco descrito pela extremidade do pêndulo. Use π=3,14. 58 Universidade do Sul de Santa Catarina Figura 2.6 - Pêndulo Resolução: O raio r é representado pelo pêndulo, então, r = 25 cm. O ângulo α =2.35º = 70º. Agora, veja a conversão de grau para radianos, pois, como você sabe, para o cálculo do comprimento de um arco, não é possível utilizar a medida em graus. Na sequência, calcula-se o comprimento do arco . =α.r 59 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Verifique se você realmente compreendeu esta seção, resolvendo os exercícios propostos na autoavaliação. Em caso afirmativo, passe para a seção 2, onde será abordado o ciclo trigonométrico. Se você percebeu dificuldade em resolver os exercícios, procure sanar suas dúvidas com o professor, ou retome a seção novamente. Seção 2 – Conhecendo a circunferência trigonométrica Quando se fala em ‘ciclo trigonométrico’, fala-se da mesma circunferência que conhecemos, só que com características específicas. O ciclo trigonométrico é uma circunferência de raio unitário (r = 1), cujo centro é a origem do sistema cartesiano. Ele é orientado positivamente no sentido anti-horário. Observe a Figura 2.7: Figura 2.7 - Ciclo trigonométrico O centro da circunferência é O(0,0). O raio da circunferência é unitário, r = 1. O ponto A(1,0) é a origem dos arcos, isto é, os arcos são medidos a partir de A. O sistema de coordenadas cartesianas divide a circunferência em quatro regiões, chamadas quadrantes. Dizemos que um arco pertence ao quadrante no qual se encontra sua extremidade. 60 Universidade do Sul de Santa Catarina Veja alguns exemplos: 1) Identifique a que quadrantes pertencem os arcos cujas medidas são: a) 130º Como você pode observar, o arco de 130º, partiu do ponto A no sentido positivo e sua extremidade está no 2º quadrante, logo, ele pertence a este quadrante. b) -120º Agora, observe que o arco de -120º partiu do ponto A, no sentido negativo e sua extremidade está no 3º quadrante, logo, ele pertence a este quadrante. 61 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 c) Neste exemplo, você observa que o arco de partiu do ponto A no sentido positivo, e sua extremidade está no 4º quadrante, logo, ele pertence a esse quadrante. Arcos Côngruos Observe as circunferências representadas na Figura 2.8: Figura 2.8 - Arcos côngruos Você pode observar que o arco permanece com a mesma extremidade, independentemente do número de voltas completas na circunferência. Assim sendo, é possível definir arcos côngruos como: Arcos que possuem a mesma extremidade e diferem, apenas, pelo número de voltas completas na circunferência. 62 Universidade do Sul de Santa Catarina Na Figura 2.9, marcamos um arco de 60º. Figura 2.9 - Arcos côngruos a 60º É fácil observar que os arcos de 60º, 420º e 780º têm a mesma extremidade e, ainda, que poderíamos encontrar infinitos outros arcos com origem em A e a mesma extremidade. Para isso, basta descrevermos voltas completas na circunferência. Dessa forma, podemos escrever: 60º = 60º + 0.360º 420º = 60º + 1.360º 780º = 60º + 2.360º Assim: Se um arco mede α graus, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é: α + k. 360º, k ∈ Z Se um arco mede α radianos, a expressão geral dos arcos côngruos a ele é: α +2kπ, k ∈ Z É importante saber que se o arco for negativo, basta fazer o percurso das voltas no sentido negativo e também ter-se-á infinitos arcos côngruos com medidas negativas. 63 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Faça a mesma representação gráfica 2.9 para esse caso. É uma boa forma de verificar se você compreendeu o assunto. Não esqueça que o sentido negativo, no ciclo trigonométrico, é o sentido horário. Como visto, a cada ponto da circunferência, podem estar associados infinitos arcos côngruos. Chamamos, então, de primeira determinação positiva de um arco, a medida α do arco côngruo a ele, tal que 0 ≤ α < 360º ou 0 ≤ α < 2 π rad. Acompanhe alguns exemplos: 1) Calcule a primeira determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos côngruos a 1240º. Solução: Os arcos côngruos diferem apenas pelo número de voltas completas. Logo, deve-se fazer a divisão do arco de 1240º por 360º. Dessa forma, obtém-se o número de voltas completas e a sua primeira determinação positiva. Logo, 160º é a primeira determinação positiva e 3 representa o número de voltas completas. A expressão geral dos arcos côngruos a 1240º será: β = 160º+ k. 360º, k ∈ Z 2) Calcule a primeira determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos côngruos a -1352º. Solução: Daí, -272º + 360º = 88º. 64 Universidade do Sul de Santa Catarina Logo, 88º é a primeira determinação positiva de -1352º. A expressão geral dos arcos côngruos a -1352º será: β = 88º+ k. 360º, k ∈ Z 3) Calcule a primeira determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos côngruos a . Solução: Para resolver esse exercício, deve-se escrever o arco considerado desmembrando-o de forma conveniente: Observe que, para desmembrar a fração de forma conveniente, é necessário pensar em um número que seja imediatamente menor que o numerador, tal que, dividido pelo denominador, resulte em um número par. Logo, é a primeira determinação positiva de . A expressão geral dos arcos côngruos a será: β = + , k ∈ Z. 65 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 4) Determine, na circunferência trigonométrica, o quadrante onde está a extremidade dos seguintes arcos: a) 1720º Solução: Para solucionar esta questão, primeiramente, divida o número apresentado no problema por 360º. Assim, você encontrará o arco de 280º, que é côngruo ao arco de 1720º. Logo, eles possuem a mesma extremidade e estão, dessa forma, no mesmo quadrante que, neste caso, é o quarto, pois 270º < 280º < 360º. b) Solução: Veja que, novamente, encontramos a primeira determinação positiva do arco, que é . Como você percebe, esse arco é côngruo a rad e, portanto, ambos possuem a mesma extremidade. Logo, o arco de rad está é no 2º quadrante. Para entender melhor, note que é equivalente a 135º. 66 Universidade do Sul de Santa Catarina Você sabia... Normalmente, as pessoas justificam que o raio da circunferência é r=1, porque nas definições dadas para tangente e secante, bem como nas definições de seno e cosseno, Figura sempre o raio r do círculo no denominador. Se supusermos r=1, as fórmulas se simplificarão bastante. Tal explicação deve ser complementada com a observação de que tomar r=1 corresponde a escolher o comprimento do raio como unidade de medida. Como todas as linhas trigonométricas são quocientes entre duas medidas, o valor decada uma delas se mantém inalterado quando elas passam de uma unidade para outra. Por isso, é interessante convencionar r=1. Fonte: Dante (2004) Seção 3 – Seno e cosseno na circunferência trigonométrica Os valores do e foram definidos apenas para ângulos agudos, ou seja, para . Agora, nesta seção, você estudará o seno e cosseno de arcos ou ângulos maiores que rad, algo impensável quando se trabalhava com triângulos retângulos. Você também poderá trabalhar com senos e cossenos de ângulos negativos. Veja só que interessante!!! Definindo seno e cosseno na circunferência trigonométrica Considere a Figura 2.10: 67 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Figura 2.10 - Seno e cosseno na circunferência Então: Seno do arco cuja medida é x é a ordenada do ponto M, ou seja: senx=OM”; Cosseno do arco cuja medida é x é a abscissa do ponto M, ou seja: cosx=OM’. Veja por quê: Figura 2.11 - Seno e cosseno 68 Universidade do Sul de Santa Catarina Observe o triângulo retângulo OM’M da Figura 2.11. Neste triângulo, podem-se aplicar as razões trigonométricas. Para isso, retira-se o triângulo do ciclo trigonométrico para melhor visualização. Observe a Figura 2.12: Figura 2.12 - Triângulo retângulo Aplicando-se as razões trigonométricas nesse triângulo, tem-se: Observe, no ciclo trigonométrico, que MM’=OM”. Dessa forma, mostramos que o seno de um arco é a ordenada do ponto que representa a extremidade desse arco e o cosseno é a abscissa desse ponto. Podemos nos referir aos valores dos arcos em graus ou radianos. Também podemos pensar em seno e cosseno de arcos maiores que 90º, algo impensável quando trabalhávamos com triângulos retângulos. É possível, ainda, pensar em senos e cossenos de ângulos negativos. 69 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Você viu que alguns ângulos são considerados notáveis por serem mais utilizados na resolução de problemas, são eles: 30º ou rad, 45º ou rad e 60º ou rad. Observe a representação geométrica do seno e do cosseno de cada um deles: Agora, serão acrescentados outros arcos que também podem ser considerados notáveis: 0º ou 0 rad, 90º ou rad, 180º ou rad, 270º ou rad e 360º ou rad. Geometricamente, cada um deles representa o seno e o cosseno. Observe: 70 Universidade do Sul de Santa Catarina 71 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Veja a Tabela 2.2, onde estão reunidos os valores do seno e cosseno representados geometricamente. Tabela 2.2 - Valores notáveis x 0 senx 0 1 0 -1 0 cosx 1 0 -1 0 1 Você sabia... Criada por Edmund Gunter, a palavra cosseno surgiu no século XVII como sendo o seno do complemento de um ângulo. Gunter sugeriu combinar os termos “complemento” e “seno” em co-sinus, que logo foi modificado para cosinus e, em português “co-seno”. Os conceitos de seno e cosseno tiveram origem nos problemas relativos à Astronomia. Acompanhe alguns exemplos, em que serão calculados os senos e cossenos de arcos maiores que 360º. 72 Universidade do Sul de Santa Catarina 1) Calcule o valor de sen1845º. Solução: Primeiramente, calcula-se a 1ª determinação positiva: Então, sen1845º = sen45º = . Logo, . 2) Calcule o valor de cos(-900º). Solução: Deve-se calcular a primeira determinação positiva de (-900º). Perceba que -180º é a primeira determinação negativa, e precisa- se da primeira determinação positiva. Assim: -180º + 360º = 180º. Logo, a primeira determinação positiva é 180º. Tem-se, então, que: cos(-900º)=cos180º=-1 Logo, cos(-900º)=-1 3) Calcule o valor de . Solução: Vamos calcular a primeira determinação positiva. Assim, temos que é a primeira determinação positiva de . 73 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Dessa forma, . Logo, . Que tal conhecer mais sobre a história do seno? Retrospectiva histórica Enquanto na obra de Ptolomeu, intitulada “Almagesto”, a “trigonometria” era fundamentada no estudo da relação entre um arco arbitrário e sua corda, os hindus apresentaram uma trigonometria que relacionava a metade da corda e a metade do ângulo central correspondente a essa corda. Uma vez conhecido o valor do comprimento de uma corda, pode-se calcular o seno da metade do arco correspondente, pois a metade do comprimento da corda dividido pelo comprimento do raio do círculo é, justamente, esse valor, ou seja, para um círculo de raio unitário, o comprimento da corda subtendida por um ângulo x é . Observe a Figura 2.13: Figura 2.13 - Meia corda 74 Universidade do Sul de Santa Catarina Os hindus chamaram esta meia corda de jiva. O matemático indiano Aryabhata, por volta do ano 500, elaborou tabelas envolvendo metades de cordas que, atualmente, são reconhecidas como tabelas de senos. Ele usou jiva no lugar de seno. Não é incrível? Figura 2.14 - Aryabhata Fonte: Heidelberg (1996). Durante algum tempo, os matemáticos árabes oscilaram entre o Almagesto e a trigonometria de jiva. O conflito chegou ao final quando, entre 850 e 929, o matemático árabe Al-Battani, adotou a trigonometria hindu, introduzindo uma preciosa inovação – o círculo de raio unitário. Surgiu, então, o nome da função seno. 75 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Figura 2.15 - Al-Battani Fonte: Albategnius (2010). A palavra hindu jiva (meia corda), dada ao seno, foi traduzida para o árabe que o chamou de jiba. Tal palavra tem o mesmo som que jiva. Daí, jiba se tornou jaib nos escritos árabes. A palavra árabe adequada que deveria ter sido traduzida seria jiba, que significa a corda de um arco, em vez de jaib, pois foi o estudo das cordas de arcos numa circunferência que originou o seno. O nome seno vem do latim sinus que significa seio, volta, curva, cavidade. Muitas pessoas acreditam que esse nome se deve ao fato de o gráfico da função correspondente ser bastante sinuoso. Mas, na verdade, sinus é a tradução latina da palavra árabe jaib, que significa dobra, bolso ou prega de uma vestimenta que não tem nada a ver com o conceito matemático de seno. Trata-se de uma tradução defeituosa que dura até hoje. Seção 4 – Simetrias Considere a circunferência trigonométrica representada na Figura 2.16: Figura 2.16 - Simetria 76 Universidade do Sul de Santa Catarina Os pontos M1, M2, M3 e M4, vértices do retângulo M1M2M3M4, estão associados a arcos com origem no ponto A. Os pontos M2, M3 e M4, são ditos simétricos de M1, no 2º, 3º e 4º quadrantes, respectivamente. Os arcos AM1, A’M2, A’M3 e AM4 são congruentes de medida α, em grau ou radiano. Conhecendo-se a medida de um deles, é possível, pela simetria existente, calcular a medida dos outros. Observe as Figuras 2.17 e 2.18. Em Grau: Figura 2.17 - Simetria em graus Em radiano: Figura 2.18 - Simetria em radianos 77 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Utilizando as unidades indicadas em cada circunferência trigonométrica, determine as medidas dos arcos trigonométricos simétricos na primeira volta positiva: a) Solução: Veja que o arco mede 60º, e que os pontos C, D e E são simétricos a B. Portanto, os arcos , , e são congruentes de medida 60º. Logo, os arcos , e , serão determinados do seguinte modo: =180º - 60º =120º. = 180º + 60º = 240º. = 360º - 60º = 300º. 78 Universidade do Sul de Santa Catarina b) Solução: Veja que o arco é rad, e que os pontos B, C e E são simétricos a D. Portanto, os arcos , , e são congruentes de medida rad. Logo, os arcos , e serão determinados do seguinte modo: 79 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Seção 5 – Redução ao primeiro quadrante Nesta seção, você vai constatar que, utilizando a simetria estudada,poderá determinar os valores do seno e cosseno de arcos, de qualquer quadrante, com os valores do primeiro quadrante. Para isso, use a redução ao primeiro quadrante, que trabalha com os sinais das funções seno e cosseno indicadas nas Figuras 2.19 e 2.20: Figura 2.19 - Sinal do cosseno Figura 2.20 - Sinal do seno Observe a Tabela 2.3: Tabela 2.3 - Sinal do seno e cosseno Quadrante cos α sen α 1º + + 2º - + 3º - - 4º + - Note que os sinais do seno e do cosseno de um arco x dependem do quadrante a que pertence a extremidade do arco. Quando reduzimos um arco dado ao primeiro quadrante, estamos determinando um arco do primeiro quadrante, cujo seno e o cosseno são iguais em valor absoluto aos do seno e cosseno do arco dado. 80 Universidade do Sul de Santa Catarina Observe como se faz esta redução: Redução do segundo quadrante para o primeiro quadrante: Figura 2.21 - 2º Quadrante Perceba que, na Figura 2.21, falta x para 180º. Logo, podemos afirmar que x e (180º-x) têm senos iguais e cossenos simétricos. Redução do terceiro quadrante para o primeiro quadrante: Figura 2.22 - 3º Quadrante Agora, perceba que, na Figura 2.22, x e (180º+x) têm senos e cossenos simétricos. 81 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Redução do quarto quadrante para o primeiro quadrante: Figura 2.23 - 4º Quadrante Veja que, na Figura 2.23, os arcos x e (360º-x) têm senos simétricos e cossenos iguais. De modo análogo, essas reduções valem para arcos em radianos. Acompanhe os exemplos a seguir: 1) Calcule sen150º e cos150º. Solução: O arco de 150º pertence ao 2º quadrante. Logo, usa-se o primeiro caso da redução: x = 180º - 150º x = 30º Lembre-se que x é o arco do primeiro quadrante que auxilia a obter o seno e cosseno procurado. Como 150º é um arco do segundo quadrante, usa-se o sinal do seno e do cosseno desse quadrante, conforme a Tabela 2.3. Assim, tem-se: 82 Universidade do Sul de Santa Catarina Logo, e 2) Obtenha sen 240º e cos 240º. Solução: O arco de 240º pertence ao 3º quadrante. Logo, usa-se o segundo caso da redução: x = 240º - 180º x = 60º Lembre-se que x é o arco do primeiro quadrante que auxilia a obter o seno e cosseno procurado. Como 240º é um arco do terceiro quadrante, usa-se o sinal do seno e do cosseno desse quadrante, conforme a Tabela 2.3. Assim, tem-se: Logo, e . 3) Determine sen 315º e cos 315º. Solução: O arco de 315º pertence ao 4º quadrante. Logo, usa-se o terceiro caso da redução: x = 360º - 315º x = 45º. Lembre-se que x é o arco do primeiro quadrante que auxilia a obter o seno e cosseno procurado. 83 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 Como 315º é um arco do quarto quadrante, usa-se o sinal do seno e do cosseno desse quadrante, conforme a Tabela 2.3. Assim, tem-se: Logo, e . 4) Determine . Solução: O arco de pertence ao 3º quadrante. Logo, usa-se o segundo caso da redução: . Lembre-se que x é o arco do primeiro quadrante que vai nos auxiliar na obtenção do seno e cosseno procurados. Como é um arco do terceiro quadrante, usa-se o sinal do seno e do cosseno desse quadrante, conforme a Tabela 2.3. Assim, temos: Logo: . 84 Universidade do Sul de Santa Catarina 5) Determine e Solução: É necessário conhecer a primeira determinação positiva de 2460º. O arco de 300º, primeira determinação positiva, pertence ao 4º quadrante. Logo, usa-se o terceiro caso da redução: x = 360º - 300º x = 60º Lembre-se que x é o arco do primeiro quadrante que nos auxilia a obter o seno e cosseno procurado. Como 300º é um arco do quarto quadrante, usa-se o sinal do seno e do cosseno desse quadrante, conforme a Tabela 2.3. Assim, temos: Logo, e . 85 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 6) Calcule o valor de . Solução: Calcula-se, separadamente, cada um dos senos. . Substituindo os valores encontrados na expressão M, tem-se: . Racionalizando o denominador, tem-se: . 86 Universidade do Sul de Santa Catarina Síntese Nesta unidade, você estudou o seno e o cosseno de arcos maiores que 90º. Esses conceitos foram ampliados, pois a trigonometria foi abordada em toda a circunferência e não apenas no triângulo retângulo. Também conheceu uma nova unidade de medida de ângulo - o radiano. Nas funções trigonométricas os arcos trabalhados deverão estar expressos em radianos, pois o estudo de tais funções utilizam como domínio os números reais ou subconjuntos dos reais. Atividades de autoavaliação 1) Expresse em graus (º): a) rad b) rad c) rad d) rad 87 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 2) Expresse em radianos (rad): a) 20º b) 315º c) 120º d) 67º30´ 3) Encontre o comprimento de uma circunferência de raio 10 cm. Adote π = 3,14. 4) A roda de uma bicicleta tem 100 cm de diâmetro. Determine o número de voltas efetuadas pelas rodas quando a bicicleta tiver percorrido 14,13 km. 5) O comprimento do arco , na circunferência abaixo, é: 6) Determine em que quadrante está a extremidade de cada arco: a) 1550º b) rad c) – rad 88 Universidade do Sul de Santa Catarina 7) Ache a 1ª determinação positiva e escreva a expressão geral dos arcos côngruos a: a) -760º b) 3120º c) rad d) rad 8) Dada a expressão geral EG = 30º + 360ºk, calcule a 2ª determinação positiva e a 3ª determinação negativa. 9) Dê a expressão geral dos arcos côngruos a rad. 10) Identifique quais pares de arcos são côngruos: a) rad e rad b) – 30º e 330º c) 2º e 1082º 11) Determine: 89 Trigonometria e Números Complexos Unidade 2 12) Determine o valor da expressão: a) A= sen330º-2.cos0º+sen60º b) B= sen 3x + cos 8x - cos 2x para x= . c) C = Desafio na trigonometria Um aro circular de arame tem 2 cm de raio. Esse aro é cortado e o arame é estendido ao longo de uma polia circular de 9 cm de raio. Qual é o ângulo central, em graus, que o arco formado pelo arame determina na polia? Saiba mais Sugerimos que você utilize o software Thales para visualizar, com maior precisão, as projeções do seno e cosseno na circunferência trigonométrica, conforme a variação dos arcos. UNIDADE 3 Estudando as funções trigonométricas Objetivos de aprendizagem Definir as funções trigonométricas seno, cosseno, tangente, cotangente, secante e cossecante. Aplicar as funções seno e cosseno em diferentes situações problemas. Construir o gráfico das funções trigonométricas. Ler e interpretar gráficos das funções trigonométricas. Utilizar procedimentos e ferramentas tecnológicas para a construção dos gráficos das funções trigonométricas. Desenvolver leituras gráficas envolvendo funções trigonométricas inversas. Seções de estudo Seção 1 Estudando as funções seno e cosseno Seção 2 Estudando as funções tangente, cotangente, secante e cossecante Seção 3 Estudando as funções trigonométricas inversas 3 92 Universidade do Sul de Santa Catarina Para início de estudo Durante o desenvolvimento desta unidade, você observará que as funções circulares são periódicas e que elas podem representar fenômenos naturais periódicos, como as variações da temperatura terrestre, o comportamento ondulatório do som, a pressão sanguínea no coração, os níveis de água dos oceanos etc. Esses fenômenos periódicos podem ser descritos por gráficos denominados senóides e cossenóides, que serão abordados na Seção 1, onde você aprenderá a esboçá-los e interpretá-los. Você construirá e fará as interpretações dos gráficos das demais funções trigonométricas,
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