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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE FARMÁCIA EvandsonBonsanto Felipe Oliveira Lucas Araújo Milainy Viana Nina Duarte CERTIFICAÇÃO E ACREDITAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE – INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO, DROGARIA, HOSPITAL E UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA JUIZ DE FORA 2014 2 EvandsonBonsanto Felipe Oliveira Lucas Araújo Milainy Viana Nina Duarte CERTIFICAÇÃO E ACREDITAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE – INDÚSTRIA FARMACÊUTICA, FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO, DROGARIA, HOSPITAL E UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA Trabalho referente à disciplina “Planejamento e Gerenciamento em Saúde”, curso de Farmácia, Universidade Federal de Juiz de Fora. Prof.ª Ana Lúcia Santos de Matos Araújo JUIZ DE FORA 2014 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 5 3 FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO 10 3.1 GARANTIA DA QUALIDADE 10 4 DROGARIA 12 4.1 CONDIÇÕES GERAIS DE FUNCIONAMENTO 12 4.1.1 Infraestrutura 12 4.1.2 Estrutura Organizacional 13 4.1.3 Documentação 13 5 HOSPITAL 14 5.1 FARMÁCIA HOSPITALAR 14 6 UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 16 6.1 ACREDITAÇÃO 16 6.2 METODOLOGIA 17 6.3 STANDARDS 17 6.3.1Distribuição dos Standards por grupos 18 6.4 NÍVEIS DE ACREDITAÇÃO 19 6.4.1 Acreditação nível bom 19 6.4.2 Acreditação nível ótimo 19 6.4.3 Acreditação nível excelente 19 6.5 FASES DO PROGRAMA DE ACREDITAÇÃO 19 6.6 ESTRUTURA DOS STANDARDS 21 7 CONCLUSÃO 23 8 REFERÊNCIA 4 1 INTRODUÇÃO Atualmente, existem sistemas de gestão que fazem diferença no que se refere à qualificação das entidades empresariais. Esses sistemas podem ser entendidos de duas formas: Acreditação e Certificação. São atividades que se voltam para os objetivos empresariais. A acreditação trata-se de um procedimento em que existe um reconhecimento por parte de um Órgão Nacional, que afirma que tal entidade é capaz de realizar as atividades selecionadas. Anteriormente, o processo de acreditação era algo exclusivamente técnico, porém, atualmente já tem uma atenção voltada a qualidade da gestão. No Brasil, o organismo oficial de acreditação é o Inmetro. A certificação de uma organização consiste no reconhecimento formal por um Organismo de Certificação (OC), que é uma entidade externa independente e acreditada, de que essa organização dispõe de um sistema de gestão implementado que cumpre as normas aplicáveis, dando lugar à emissão de um certificado. É importante ressaltar que os OC têm competência para realizar certificações, mas não para acreditação. 5 2 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA Os conceitos de garantia de qualidade, Boa Práticas de Fabricação (BPF) e controle de qualidade são aspectos inter-relacionados da gestão da qualidade. Eles são de fundamental importância para a produção e controle de produtos farmacêuticos. (ROSEMBERG, 2000) Existem duas principais certificações a serem aplicadas a Indústria Farmacêutica Brasileira que procuram efetivar a qualidade dos serviços prestados, que são a ISO 9001, estabelecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (BPFM), publicadas pela ANVISA e baseadas na RDC nº 17, de 16 de abril de 2010. A ISO 9001, estabelecida pela ABNT é a versão brasileira da norma internacional ISO 9001 que estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de uma organização, não significando, necessariamente, conformidade de produto às suas respectivas especificações. O objetivo da ABNT NBR ISO 9001 é lhe prover confiança de que o seu fornecedor poderá fornecer, de forma consistente e repetitiva, bens e serviços. A NBR ISO 9001 especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade que podem ser usados pelas organizações para aplicação interna, para certificação ou para fins contratuais. Ela está focada na eficácia do sistema de gestão da qualidade em atender aos requisitos dos clientes. (ABNT, 2000) Trata-se de um sistema de garantia da qualidade opcional para entidades, que oferece ao consumidor confiabilidade ao adquirir um produto que atenda as suas necessidades, conforme a características almejadas. Para obter a certificação da ISO, uma empresa deve cumprir certos requisitos, para que as várias fases sejam cumpridas de forma adequada. Através do ISO 9001, uma empresa aplica nos seus processos padrões para o seu sistema de gestão e qualidade. Para uma organização funcionar de maneira eficaz, ela tem que identificar e gerenciar diversas atividades interligadas. Uma atividade que usa 6 recursos que é gerenciada de forma a possibilitar a transformação de entradas em saídas pode ser considerada um processo. Frequentemente a saída de um processo é a entrada para o processo seguinte. (ABNT, 2000) Atualmente para que esse sistema de gestão da qualidade reproduza características essenciais e confiáveis ao consumidor tem-se adotado a metodologia PDCA. O ciclo PDCA, foi desenvolvido por E.W. Deming, e deve ser aplicado quando for necessário orientar a preparação e execução de atividades planejadas visando o seu melhor desenvolvimento. As siglas PDCA, consistem na significação de quatro passos: • Plan (planejar): a equipe seleciona um processo ou atividade, ou equipamento que necessite melhoria. Após analisados vários aspectos dentre os quais sua viabilidade econômica - financeira, é desenvolvido um plano com medidas objetivas para obter a melhoria; • Do (fazer): implementação do plano definido na fase anterior. De acordo com o plano de ação (execução da garantia da qualidade, cumprimento dos padrões). • Check (verificar): avaliação e se for o caso reavaliação do plano. Identificando a diferença entre o realizado e o que foi planejado no plano de ação (verificação do cumprimento dos padrões da qualidade). • Act (agir): caso o sucesso seja alcançado, o novo processo se transforma em novo plano; 7 Figura 1. Ciclo de PDCA O ciclo PDCA deve ser entendido como uma metodologia aplicável em quaisquer situações, pois é um fator agregantede qualidade extremamente dinâmico. Tal ciclo é visto como um indutor de melhoramento das características empresariais, pois ele visa que um problema pode ser visto como uma possibilidade de que um patamar mais alto seja atingido no quesito qualidade. As normas estabelecidas pela NBR ISO 9001 não são especificas para a Indústria Farmacêutica. Elas foram desenvolvidas para um conjunto de ramos empresariais, visto que todos possuem a necessidade de garantir a qualidade em seus processos, a fim de que o produto final seja estabelecido minimizando as falhas existentes, garantindo o melhor ao consumidor. Como características essenciais as Indústrias Farmacêuticas não atendidas da forma necessária pela ISO 9001 pode-se citar a questão da sanitização e higiene, do controle de qualidade dos produtos, das boas práticas de fabricação e validações. Porém, a ISO 9001 também atende características indispensáveis as Indústrias Farmacêuticas, tais como padronização de documentos, auditorias de qualidade, instalações, equipamentos, materiais, produtos farmacêuticos estéreis, entre muitos outros. Portanto, como apresentado pelos argumentos acima citados a ISO 9001 por si só não atende a demanda de qualidade a ser 8 oferecida por uma Indústria Farmacêutica. Como forma de complemento, e efetivação da completa garantia da qualidade dos produtos oferecidos por esse tipo de entidade, é necessária a aplicação das Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (BPFM), publicadas pela ANVISA e baseadas na RDC nº 17, de 16 de abril de 2010, que apresentam um alto grau de especificidade para a produção dos insumos farmacêuticos, garantindo a efetividade da qualidade dos serviços prestados. Diferentemente da NBR ISO 9001, que apresenta-se com caráter opcional, as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (BPFM), publicadas pela ANVISA e baseadas na RDC nº 17, de 16 de abril de 2010, possuem caráter obrigatório, pois a qualidade dos insumos farmacêuticos deve sempre ser garantida, a fim de que atendam a demanda, sem que apresentem riscos. As BPFM são responsáveis por garantir a qualidade do produto final, que são os medicamentos, e por isso é necessário regular toda a produção de medicamentos, desde como devem ser as instalações industriais, até os processos de produção e controle de qualidade. Elas devem ser referência na inspeção de instalações da fábrica, dos processos de produção e controle de qualidade e como material de treinamento dos inspetores na área de medicamentos, assim como, no treinamento de profissionais responsáveis pelo processo de produção e de controle de qualidade nas indústrias. As BPF têm por principais objetivos diminuir riscos, tais como: contaminação cruzada, contaminação por partículas, troca ou mistura de produto. Para que esses riscos sejam minimizados, a Garantia da Qualidade, por meio da RDC nº 17, de 16 de abril de 2010, assegura que: I - os medicamentos sejam planejados e desenvolvidos de forma que sejam consideradas as exigências de BPF e outros requisitos, tais como os de boas práticas de laboratório (BPL) e boas práticas clínicas (BPC); II - as operações de produção e controle sejam claramente especificadas em documento formalmente aprovado e as exigências de BPF cumpridas; 9 III - as responsabilidades de gestão sejam claramente especificadas nas descrições dos cargos; IV - sejam tomadas providências para a fabricação, distribuição e uso correto de matérias - primas e materiais de embalagem; V - sejam realizados todos os controles necessários nas matérias – primas, produtos intermediários e produtos a granel, bem como outros controles em processo, calibrações e validações; VI - o produto terminado seja corretamente processado e conferido em consonância com os procedimentos definidos; VII - os medicamentos não sejam comercializados ou distribuídos antes que os responsáveis tenham se certificado de que cada lote de produção tenha sido produzido e controlado de acordo com os requisitos do registro e quaisquer outras normas relevantes à produção, ao controle e à liberação de medicamentos; VIII - sejam fornecidas instruções e tomadas as providências necessárias para garantir que os medicamentos sejam armazenados pelo fabricante, distribuídos e [subsequentemente] manuseados, de forma que a qualidade seja mantida por todo o prazo de validade; IX - haja um procedimento de auto inspeção e/ou auditoria interna de qualidade que avalie regularmente a efetividade e aplicabilidade do sistema de garantia da qualidade; X - os desvios sejam relatados, investigados e registrados; XI - haja um sistema de controle de mudanças; XII - sejam conduzidas avaliações regulares da qualidade de medicamentos, com o objetivo de verificar a consistência do processo e assegurar sua melhoria contínua (BRASIL, 2010). A RDC nº 17, de 16 de abril de 2010, também determina o responsável pela produção dos produtos bem como a efetividade da garantia da qualidade dos produtos produzidos pela Indústria Farmacêutica, que então, trata-se do fabricante. 10 3 FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO 3.1 GARANTIA DA QUALIDADE Segundo a RDC n0 17, de 16 de abril de 2010, Garantia da Qualidade relaciona-se com todos os fatores que podem influenciar na qualidade do produto.Logo, deve assegurar que os medicamentos seguem os padrões de qualidade exigidos pela legislação. Para que a qualidade seja, portanto, garantida, é necessário que haja a Revisão da Qualidade, que analisa todas as etapas do sistema indicando possíveis melhorias. Toda a equipe deve estar envolvida nesse processo de garantia da qualidade. Quando bem estruturado, a Gestão de Qualidade na empresa, desempenha papel fundamental no controle das variáveis que o processo gera, fazendo com que os produtos que não estejam de acordo com a legislação não sejam manipulados, diminui, assim, a possibilidade de um produto acabado ser reprovado no Controle de Qualidade.A empresa que possui especificações de todos seus insumos farmacêuticos e conta com um procedimento padronizado de compra, evita reprovações de insumos pelo Controle de Qualidade, devoluções de material e quaisquer desconforto com seus fornecedores. Como se vê, ter Qualidade também incide em economia de tempo e de dinheiro. Portanto, considerando que o mercado se mostra cada vez mais competitivo, isso significa dizer que Qualidade não deve ser tratada somente como um requisito legal (RDC 67/2007) e sim como um requisito essencial. Para que este sistema de Garantia da Qualidade seja implantado, são necessárias algumas ferramentas: - Procedimentos Operacionais Padrão (POP): é o planejamento detalhado de todas as etapas e medida sobre aquilo que será trabalhado, é um roteiro sobre alguma atividade. O POP deve conter as instruções para a execução da atividade assim como a freqüência com que essa atividade é realizada, o responsável pela execução, os equipamentos necessários para tal. Devem ser revisados, datados, assinados e aprovados anualmente ou quando houver necessidade. O objetivo do POP é garantir que a qualquer momento o usuário pode executar a tarefa de forma correta, sem alterações de turno, dia. Logo, há um aumento da previsibilidade dos resultados, diminuindo assim as variações. - Especificações de matérias (insumos farmacêuticos, embalagens); 11 - Manual de Boas Práticas de Manipulação: As Boas práticas de manipulação em farmácias (BPMF) são definidas como um conjunto de medidas que visam assegurar que os produtos manipulados sejam consistentemente manipulados e controlados, com padrões de qualidadeapropriados para o uso pretendido e requerido na prescrição (BRASIL, 2000); - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde: documento que descreve todas as ações relacionadas com o manuseio de resíduos sólidos, sendo observadas para isso, suas características, riscos, ambientes, além de geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente; - Documentação legal, exigida por lei, conforme enquadramento da empresa (Autorizações de Funcionamento e Especial, licenças municipais, estaduais, entre outros); - Registros de Análises de Controle de Qualidade; - Registros de manipulação (Ordens/Fichas de Manipulação) com a devida rastreabilidade; - Registros complementares (controle de temperatura e umidade; recebimento de materiais); -Registros de reclamações de clientes; -Programas de Treinamento de Funcionários; -Auditorias Internas; -Qualificação de Fornecedores; - Qualificação de Equipamentos; - Investigação de Desvio de Qualidade.11 À medida que a empresa vai evoluindo no que diz respeito à Gestão da Qualidade, ou seja, após implantação dos elementos básicos; implantação doSistema da Qualidade em si; e após avaliação de seus indicadores de desempenho, cria-se condições para se fazer o que chamamos de “Revisão da Qualidade”. O objetivo da revisão é verificar a consistência dos processos existentes, bem como a adequação das especificações em uso, evidenciando assim o aparecimento de tendências não usuais que requeiram ajustes ou alterações.Para realização da “Revisão da Qualidade” é importante que se faça o levantamento de alguns indicadores da qualidade: -Fórmulas reprovadas pelo controle de qualidade; 12 - Não conformidades registradas; - Reclamações e devoluções; - Ações corretivas implantadas. A farmácia também pode optar por avaliar registros conhecidamente tendenciosos. Pode optar por fazer uma revisão em todos os registros de Peso Médio em que o Coeficiente de Variação esteja dentro do limite, mas próximo deste. Desta forma, pode-se melhorar um processo antes mesmo que uma reprovação ocorra. Isto é o que chamamos de melhoria contínua. 4 DROGARIA Por definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as drogarias são estabelecimentos de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais. Para a acreditação e certificação do estabelecimento, existem leis e regulamentações que devem ser consideradas, como a RDC 44/09, que impõe critérios e condições mínimas de Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e comercialização de produtos e serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias, na perspectiva de contribuir para o direito à saúde do cidadão. 4.1 CONDIÇÕES GERAIS DE FUNCIONAMENTO: 4.1.1 Infraestrutura As drogarias devem ser localizadas, projetadas, dimensionadas, construídas ou adaptadas com infraestrutura compatível com as atividades a serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo, ambientes para atividades administrativas, recebimento e armazenamento de produtos, dispensação de medicamentos, depósito de material de limpeza e sanitário. As instalações das drogarias devem ter acesso independente de forma a não permitir a comunicação com residências ou qualquer outro local distinto do estabelecimento. A exceção se dá quando a drogaria estiver localizada dentro de shoppings e supermercados. Nesse caso, os sanitários, área de depósito de material de limpeza e local para guarda de pertences podem ser compartilhados pela rede do supermercado ou shopping. 13 O ambiente de atendimento individualizado deve garantir conforto e privacidade dos usuários, provido de lavatório contendo água corrente e dispondo de toalha de uso individual, sabonete líquido, gel bactericida e lixeira com pedal e tampa. O conjunto de primeiros-socorros deve estar identificado e com acesso fácil nesse ambiente. 4.1.2 Estrutura Organizacional A drogaria deve ter, obrigatoriamente, um farmacêutico técnico responsável ou seu substituto durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento. Além disso, é necessário a presença de um responsável legal que consiga fornecer todos os recursos financeiros e materiais para o funcionamento do estabelecimento. 4.1.3 Documentação As drogarias devem ter os seguintes documentos no estabelecimento: AFE - ANVISA: Nada mais é que uma autorização de funcionamento expedida pela ANVISA. Licença ou Alvará Sanitário:Essa licença deve ser expedida pelo órgão Estadual ou Municipal de Vigilância Sanitária. Certidão de Regularidade Técnica: Deve ser emitido pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF) da respectiva jurisdição, para que se comprove a competência do farmacêutico responsável. Manual de Boas Práticas Farmacêuticas: Deve ser exposto todas as atividades necessárias para o funcionamento da drogaria. A drogaria deve manter o Alvará Sanitário e a Certidão de Regularidade Técnica em local visível ao público. Se as informações indicadas não constarem nos documentos mencionados acima, a drogaria deverá manter afixado, em local visível ao público, um cartaz contendo razão social, nº de inscrição doCNPJ, nº do AFE, nome do farmacêutico responsável e de seus substitutos, horário de trabalho de cada profissional e números atualizados de telefone do CRF e do órgão Municipal e Estadual de Vigilância Sanitária. 14 5 HOSPITAL A organização hospitalar é considerada um sistema complexo, onde asestruturas e os processos são de tal forma interligados, que o funcionamento de um componente interfere em todo o conjunto e no resultado final, sendo assim, neste processo, não se avalia um setor ou departamento isoladamente.(BRASIL, 2002, p. 17) O Programa de Acreditação Hospitalar é um procedimento de avaliação dos recursos institucionais, de forma periódica, voluntária, racionalizada, ordenadora e, principal mente, de educação continuada dos profissionais, no intuito de garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente aceitos.3 A Acreditação deve ser entendida, portanto, em duas dimensões: a primeira, como um processo educacional que leva as instituições prestadoras de serviços de assistência em saúde, especialmente os profissionais de saúde, a adquirir a cultura da qualidade para a implementação da gestão de excelência, fundamental para o processo; e a segunda, como um processo de avaliação e certificação da qualidade dos serviços, analisando e atestando o grau de desempenho alcançado pela instituição de acordo com padrões predefinidos.4 5.1 FARMÁCIA HOSPITALAR Conforme determinação da ONA (Organização Nacional de Acreditação), em 1999, a organização aprovada por esse sistema de avaliação recebeu o certificado de organizações acreditadas, com validade de dois anos para os níveis 1 (acreditada) e 2 (acreditada plena) e de três anos para nível 3 (acreditada com excelência). Para que as organizações acompanhassem o processo de mudança e aperfeiçoamento, ao final do período de acreditação foram submetidas a nova avaliação para assegurar o padrão de qualidade na sua prática assistencial.2 O Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar (MBAH), um instrumento de avaliação da qualidade institucional, é composto de seções e subseções. As seções representam os serviços, setores ou unidades com características semelhantes para que a instituição seja avaliada segundo uma consistência sistêmica; as subseções tratam do escopo de cadaserviço, setor ou unidade, 15 segundo três níveis, do mais simples ao mais complexo, sempre com um processo de incorporação dos requisitos anteriores de menor complexidade.5 A lógica das subseções é a de que todas possuem o mesmo grau de importância no processo de avaliação. Cada subseção é composta por padrões que procuram avaliar estrutura, processo e resultado em um único serviço, setor ou unidade, sendo que cada padrão é constituído por uma definição e uma lista de itens de orientação que auxiliam na identificação do que se busca avaliar e na preparação das instituições prestadoras de serviço de saúde para o processo de Acreditação. Um nível superior só é alcançado quando o anterior tiver sido atingido.5 Os padrões exigidos e verificados na avaliação são divididos em níveis 1, 2 e 3, com seus princípios norteadores e por padrões, sendo que cada padrão representa uma definição e uma lista de verificação que permite a identificação da sua necessidade e a concordância com o padrão estabelecido: Nível 1 - Atende aos requisitos formais, técnicos e de estrutura para a sua atividade conforme legislação correspondente; identifica riscos específicos e os gerencia com foco na segurança. Princípio: Segurança. Nível 2 - Gerencia os processos e suas interações sistémicamente; estabelece sistemática de medição e avaliação dos processos; possui programa de educação e treinamento continuado, voltado para a melhoria de processos. Princípio: Organização (Processos). Nível 3 - Utiliza perspectivas de medição organizacional, alinhadas às estratégias e correlacionadas a os indicadores de desempenho dos processos; dispõe de sistemática de comparações com referenciais externos pertinentes, bem como evidências de tendência favorável para indicadores; apresenta inovações e melhorias implementadas, decorrentes do processo de análise- crítica. Princípio: Excelência na Gestão (Resultados).6 Esse movimento em direção à qualidade propiciou mudanças fundamentais nas organizações, uma vez que a valorização dos indivíduos e a atenção às relações sociais tornam-se imprescindíveis para a aquisição do título de excelência. Nesse cenário, os profissionais da saúde emergem como o cerne da política de qualidade, tendo papel essencial na garantia e na manutenção do processo. Por meio do compromisso com a política da qualidade estabelecida pela instituição, os profissionais se engajam e reforçam 16 a cultura de melhoria centrada no cliente e na determinação de executar serviços que atendam aos requisitos da ONA de forma segura e com excelência. Nessa perspectiva, o grande diferencial das organizações situa-se no âmbito da qualidade de pessoal e no desempenho profissional de seus recursos humanos. A tecnologia e a estrutura das organizações podem ter um pequeno significado se as pessoas não se sentirem comprometidas com a qualidade, sobretudo no que se refere ao atendimento das necessidades dos clientes.7 O estudo da qualidade envolve, além de um conjunto de técnicas, uma dimensão mais ampla de ações do processo social. Alguns autores enfatizam que as pessoas fazem o diferencial de qualquer organização à medida que participam e apresentam poder de decisão, pois, assumem a responsabilidade pela produção da qualidade. Assim, todo esforço de melhoria de uma organização deve começar pelo enfoque dos profissionais no que tange à educação, ao desenvolvimento de habilidades, à formação de consciência responsável, aos treinamentos para o trabalho em equipe e à criação da visão ética do trabalho.7,8 Tendo em vista as considerações apresentadas percebese que a implementação do sistema de qualidade não constitui tarefa simples. Ao contrário, representa um grande desafio a ser enfrentado pelos gestores e profissionais que buscam adequar seus processos de trabalho à excelência no atendimento. Reconhecendo a importância do sistema de qualidade, bem como a influencia dos profissionais de saúde nesse processo, é fundamental a identificação e a análise de possíveis entraves no processo de Acreditação hospitalar. Assim, buscou-se, por meio deste estudo, analisar, na perspectiva de profissionais, as principais dificuldades vivenciadas no decorrer desse processo. Estudos dessa natureza podem contribuir para a melhor participação de profissionais de saúde na gestão de qualidade, favo recendo-lhes a adesão e a manutenção no processo de melhoria da qualidade. 6 UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 6.1 ACREDITAÇÃO 17 Define-se Acreditação como um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde. Tem um caráter eminentemente educativo, voltado para a melhoria contínua, sem finalidade de fiscalização ou controle oficial/governamental, não devendo ser confundida com os procedimentos de licenciamento e ações típicas de Estado. O processo de acreditação é pautado por três princípios fundamentais: É voluntário, feito por escolha da organização de saúde; É periódico, com avalição das organizações de saúde para certificação e durante o período de validade do certificado; É reservado, ou seja, as informações coletadas em cada organização de saúde no processo de avaliação não sãodivulgadas; 6.2 METODOLOGIA Dentro do processo de acreditação, a auto-avaliação assume um papel muito relevante. Durante a fase de auto-avaliação os diferentes grupos profissionais identificam a posição atual em que se encontram, determinam qual o nível de cumprimento dos Standards (nível de acreditação) que pretendem alcançar e planificam as atuações necessárias para consegui-lo.O processo de auto-avaliação permite a criação de um espaço de produção de consensos e de melhoria partilhada, no qual intervêm os diferentes atores: os profissionais, os gestores e os próprios cidadãos. Os profissionais analisam os Standards e o seu propósito e refletem, por exemplo, sobre “O que estamos fazendo?”, “Como o podemos demonstrar?”. Desta reflexão vão surgindo as evidências positivas que lhes caberá apresentar. Ou ainda: “Que resultados obtivemos?”, “Como os podemos melhorar?”. Surgirá desta análise a identificação de áreas de melhoria que irão desenvolver e apresentar. A avaliação externa é comum a todos os processos de acreditação (quer se trate da acreditação de unidades de saúde, da acreditação das competências profissionais, da formação contínua e outros). Durante a fase de avaliação externa, que é realizada por equipes de avaliadores qualificados do Programa Nacional de Acreditação em Saúde, procede-se à observação e reconhecimento das evidências apresentadas com o objetivo de confirmá-las. Localmente observam-se e avaliam-se as provas documentais, recolhem-se 18 elementos de prova (constatações) por observação direta e através de entrevistas e analisam-se todos os aspectos relacionados com a gestão da segurança e a gestão da qualidade. Em função do grau de cumprimento dos Standards avaliados será determinado o nível de acreditação obtido, os pontos fortes, as potencialidades e as áreas de melhoria. 6.3 STANDARDS O modelo de acreditação parte de um conjunto de padrões de referência designados por Standards, que servem de referencial para reconhecer a qualidade dos serviços e dos cuidados prestados ao cidadão e para orientar a escolha e introdução de metodologias de gestão da qualidade e o seu processo de melhoria contínua. Os Standards constituem um sistema em contínua evolução, para o qual contribui o próprio cidadão na medida em que se identificam e incorporam as suas próprias expectativas e necessidades. A sua definição, propósito, revisão e permanenteatualização tomam em consideração e recebem contribuições de diversas origens, que lhes servem de referência: Legislação vigente Plano Nacional de Saúde e Programas Nacionais de Saúde Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde Evidência científica, elementos de melhoria contínua e boas práticas Referências nacionais e internacionais 6.3.1Distribuição dos Standards por grupos A distribuição dos Standards em três grupos de complexidade crescente permite à Unidade de Gestão Clínica (UGC) que entra em programa de acreditação identificar como se posiciona face aos mesmos e estabelecer prioridades para a sua abordagem, decidindo qual o nível de acreditação a que se propõe. Os Standards do Grupo I (nos quais se incluem os Standards classificados como obrigatórios e que têm de estar cumpridos para qualquer nível de acreditação) contemplam direitos consolidados dos cidadãos, aspectos ligados à segurança dos utentes e profissionais, princípios éticos que devem ser 19 respeitados em todas as atuações da prestação de cuidados e os elementos estratégicos prioritários para o SNS. Os Standards do Grupo II incluem elementos associados a um maior grau de desenvolvimento da organização: sistema de informação, novas tecnologias, redesenho de processos e reorganização dos espaços e fluxos de trabalho. O Grupo III abarca Standards que demonstram que a Unidade de Gestão Clínica cria inovação e desenvolvimento para a sociedade em geral. 6.4 NÍVEIS DA ACREDITAÇÃO 6.4.1 Acreditação Nível Bom A acreditação neste nível obtém-se se for atingido o cumprimento de mais de 70% dos Standards do Grupo I, incluindo-se nesta percentagem a totalidade dos Standards obrigatórios. 6.4.2 Acreditação Nível Ótimo A acreditação neste nível é alcançada quando se derem por cumpridos 100% dos Standards do Grupo I e mais de 40% dos Standards do Grupo II. 6.4.3 Acreditação Nível Excelente 20 A acreditação neste nível é alcançada quando se derem por cumpridos 100% dos Standards dos Grupos I e II e ainda 40% ou mais dos Standards do Grupo III. 6.5 FASES DO PROGRAMA DE ACREDITAÇÃO Seguindo a metodologia do ciclo PDCA de Deming (P de Plan=Planear; D de Do=Cumprir; C de Check=Avaliar; A de Act=Adequar), é possível para todos os Standards desenvolver um ciclo de melhoria contínua na própria aplicação informática. Deste modo evita-se que o cumprimento de um dado Standard se transforme num ato estático ou pontual, associado apenas a um determinado momento da avaliação. Com a utilização do ciclo PDCA pretende- se que a organização analise e reveja se necessário, a abordagem do Standard, realize um planeamento prévio para consegui-lo dar como cumprido, concretize o seu plano de ação e desenvolva ações para melhorar a sua implementação e desenvolvimento ao longo do tempo, logrando consolidá-lo de forma efetiva. A própria fase de estabilização dos Standards não cumpridos não se dirige somente ao cumprimento desse Standard, mas pressupõe a mobilização da Unidade de Gestão Clínica num processo de evolução permanente, que assegurará o seu cumprimento no futuro. Fase 1: Preparação 21 O(a) diretor(a) ou responsável da Unidade de Gestão Clínica (UGC) solicita o início do processo de acreditação ao Departamento da Qualidade na Saúde (DQS) mediante o preenchimento do formulário de candidatura. A partir desse momento e uma vez aceite a candidatura, desencadeia-se a planificação conjunta de todo o processo. Fase 2: Enfoque interno A auto-avaliação foi concebida como o espaço onde se evidencia e comprova de forma permanente os avanços da organização na melhoria contínua da qualidade. Para isso, tomam-se como referência os Standards de acreditação. Fase 3: Enfoque externo Uma vez terminada a auto-avaliação, planifica-se de uma forma consensual, entre a direção da UGC e a equipe de avaliadores do Programa Nacional de Acreditação em Saúde, a visita de avaliação externa. Os avaliadores do programa de acreditação encarregar-se-ão de estudar toda a informação constante na aplicação informática e proceder à sua verificação na visita de avaliação externa. Assim, ao longo desta fase, os avaliadores verificam o cumprimento dos Standards a partir não só das evidências e áreas de melhoria referidas pela UGC durante a auto-avaliação, como também de outras evidências resultantes da visita, que podem ser documentais, decorrentes das entrevistas ou por observação direta. Fase 4: Acompanhamento e colaboração entre a UGC e a Equipe de Acreditação Uma vez terminado o processo de acreditação, é estabelecido um sistema de colaboração entre a Unidade de Gestão Clínica e os avaliadores do programa, com o único objetivo de assegurar a estabilidade de cumprimento dos Standards ao longo do tempo e por isso mesmo à manutenção do nível da qualidade. 6.6 ESTRUTURA DOS STANDARDS 1. O cidadão, centro do sistema de saúde: No Manual de Standards, este bloco constitui cerca de 32% do total dos Standards, fazendo referência: Aos direitos, expectativas e participação dos utentes, profissionais e partes interessadas da Unidade de Gestão Clínica (UGC); Aos elementos relacionados com a privacidade, 22 intimidade e acessibilidade aos recursos disponíveis; À inter-relação entre profissionais e diferentes níveis de cuidados de saúde; Às atuações interdisciplinares relativas à custódia e utilização da informação clínica e pessoal do utente. 2. Organização da atividade centrada no utente: Este bloco de Standards constitui cerca de 21% do total dos standards do Manual. Com eles aprofundam-se os aspectos relacionados com as atuações da Unidade de Gestão Clínica em referência aos Processos Assistenciais Integrados. 3. Os profissionais: Este conjunto de Standards constitui cerca de 13% de todos os Standards e reflete as práticas relacionadas com o acolhimento de profissionais, com a adequação dos recursos humanos às atividades da Unidade de Gestão Clínica, com a atualização das suas competências e com o desenvolvimento profissional, potenciando ainda a atividade de investigação da UGC. 4. Processos de suporte: Este bloco de Standards constitui cerca de 28% dos standards do Manual. Estes Standards analisam a gestão da estrutura e das instalações da organização, os processos de compras, o equipamento e o seu controle, a gestão da segurança, a funcionalidade destes processos, os quais são necessários para que se possam atingir os objetivos propostos, tanto para os utilizadores como para os profissionais. Analisam-se áreas relativas a novos avanços tecnológicos no âmbito das tecnologias de informação e comunicação, a proteção de dados pessoais, as estratégias de gestão de risco e os planos de qualidade específicos. 5. Resultados: Finalmente existe um grupo de Standards que representa cerca de 6% do total e que avalia os resultados obtidos pela Unidade de Gestão Clínica relativamente à atividade realizada, à sua eficiência, à acessibilidade, à satisfação dos utentes e à qualidade técnico-científica. 23 7 CONCLUSÃO Evidenciou-se a partir do trabalho apresentado que os processos de acreditação e certificação têm como base a Garantia da Qualidade que deve englobar não só as publicações e leis sobre tal assunto mas todos aqueles que trabalham em ambientes que exigem essa Qualidade. Assim, os profissionais deve estar atentos a essas medidas, para que os produtos oferecidos sejam aprovados no Controle de Qualidade.24 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 9001: Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Rio de Janeiro, 2000 BRASIL.Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Plano de Gerenciamento de RSS-PGRSS.Disponível em <http.://portal.anvisa.gov.br/wps/conect/>. Acesso em 28 de outubro de 2014. BRASIL. Organização Nacional de Acreditação. O que é Acreditação?. Disponível em:<https://www.ona.org.br/Pagina/27/O-que-e-Acreditacao>Acesso em 28 de outubro de 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC Nº 17, de 16 de abril de 2010: Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2010. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. 3ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2002. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar. 7ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. Brasil. Organização Nacional de Acreditação. Manual de Organizações Prestadoras de Serviços Hospitalares. Brasília: ONA; 2004. DUTRA, VeranoCosta.Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos.Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro – REDETEC. 2011 FIDÉLIS, Gilberto C. Acreditação não é sinônimo de certificação.Disponível em: <http://www.cect.com.br/acreditacao_nao_e_sinonimo_de_certificacao.pdf> Acesso em: 26 de outubro de 2014. GONÇALVES, Cristiane. Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e Drogarias. ANVISA. Disponível em: <http://www.crfes.org.br/downloads/Palestra_RDC44_Completa.pdf> Acesso em: 28 de Outubro de 2014 MARTINS, Rosemary. O que é PDCA?. Disponível em: <http://www.blogdaqualidade.com.br/o-que-e-pdca/>. Acesso em: 26 de outubro de 2014. 25 PORTUGAL. Ministério da Saúde. Departamento da Qualidade na Saúde. Manual de Acreditação de Unidades de Saúde/MS 1.01. 1. ed. Lisboa, fevereiro de 2011. ROSEMBERG, G. A ISO 9001 na Indústria Farmacêutica: Uma abordagem das Boas Práticas de Fabricação. 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