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INJÚRIAS NOS TECIDOS, QUÍMICAS E FÍSICAS

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INJÚRIA – LESÕES QUÍMICAS E FÍSICAS
LINHA ALBA:
Alteração comum da mucosa jugal (bochecha), geralmente associada a pressão,
 irritação por fricção ou trauma de sucção das superfícies vestibulares dos dentes;
Linha branca, geralmente bilateral;
Pode ser escamosa e está localizada na altura da linha de oclusão;
Áreas dentadas;
Biópsia raramente indicada;
MORSICATIO BUCCARUM (MASTIGAÇÃO CRÔNICA DA BOCHECHA):
Mordiscadas crônicas causam lesões localizadas geralmente na mucosa jugal; 
entretanto, a mucosa labial (morsicatio labiorum) e a margem lateral da língua 
(morsicatio linguarum) também podem estar envolvidas;
Encontrada em pessoas que estão estressadas ou que exibem quadros psicológicos;
Áreas espessas e fragmentadas;
Geralmente na mucosa jugal é encontrado bilateralmente;
Áreas brancas, espessadas e fragmentadas podem estar entremeadas a zonas 
eritematosas, com erosão ou ulceração traumática focal;
A biópsia revela uma hiperparaceratose extensa, que frequentemente resulta em uma superfície extremamente
dilacerada, com várias projeções de ceratina;
Não há necessidade de tratamento e nenhuma complicação origina-se pela presença das alterações na mucosa;
Para os pacientes que desejamum tratamento preventivo confecção de uma proteção acrílica bilateral conectada por um fio de metal labial pode promover a resolução rápida das lesões;
INJÚRIAS FISICAS (TÉRMICAS):
A maioria das queimaduras térmicas da cavidade oral surge da ingestão de alimentos ou bebidas quentes;
Geralmente surgem no palato ou na mucosa jugal posterior;
 As lesões apresentam-se como áreas de eritema e ulceração que frequentemente exibem remanescentes
necróticos do epitélio na periferia. Quando o paciente engole bebidas quentes, pode ocorrer aumento de volume
das vias aéreas superiores, levando a dispneia, a qual pode se desenvolver muitas horas depois;
Formação de pseudomembranas;
A maioria melhora sem a necessidade de tratamento. Quando as vias aéreas superiores estão envolvidas e 
associadas às dificuldades respiratórias, antibióticos e corticosteroides costumam ser administrados.
INJÚRIAS ELÉTRICAS:
Maioria das queimaduras elétricas que afetam a cavidade oral é do tipo arco, no qual a saliva atua como um meio
de condução, e um arco elétrico flui entre a fonte elétrica e a boca;
A maioria ocorre em crianças com menos de 4 anos de idade. Os lábios são comumente afetados e a comissura costuma estar envolvida;
Pode deixar dentes não-vitais;
Muitas vezes, um edema significante se desenvolve dentro de poucas horas, podendo persistir por mais de 12 dias. Por volta do quarto dia, a área afetada torna-se necrótica e membranas começam a se soltar. O sangramento pode ocorrer durante este período, pela exposição da vascularização vital subjacente, e a presença de tal complicação deve ser monitorada rigorosamente;
 Nos pacientes que sofreram descarga elétrica de alta voltagem, a paralisia do nervo facial pode ser relatada, embora seja incomum, e tipicamente sofre resolução dentro de semanas a meses;
Caso o paciente não esteja vacinado contra o tétano, deve ser vacinado;
Profilaxia antibiótica, geralmente penicilina, para prevenir infecção secundária nos casos graves;
Nestes casos graves, a ingestão oral de alimentos costuma ser descontinuada temporariamente, sendo a nutrição
provida por um tubo nasogástrico.
INJÚRIAS QUÍMICAS:
Uma porcentagem desses agentes é cáustica e pode causar danos clinicamente significativos;
Aspirina, perborato de sódio, peróxido de hidrogênio, gasolina, terebintina,
 fricção com álcool e ácido de bateria são apenas alguns dos exemplos;
O uso impróprio da aspirina, peróxido de hidrogênio, nitrato de prata, fenol e de 
certos materiais endodônticos merece uma discussão adicional, devido à 
frequência do uso inadequado, gravidade dos danos relacionados e falta de 
documentação adequada destes materiais como agentes nocivos;
O uso do dique de borracha pode reduzir consideravelmente as queimaduras iatrogênicas da mucosa;
O exame microscópico das membranas esbranquiçadas removidas de áreas de queimaduras químicas da mucosa
revela necrose de coagulação do epitélio, tendo somente como remanescentes o contorno das células epiteliais indi-
viduais e o núcleo;
O melhor tratamento é a prevenção;
Alguns clínicos recomendam cobrir com uma pasta emoliente protetora ou com uma película de hidroxipropilcelulose. O cloridrato de diclonina tópico produz um excelente alívio da dor, porém temporário.
FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO:
Crescimento gengival relativamente comum, que é considerado mais como uma 
lesão de natureza reacional do que de natureza neoplásica. 
A patogênese desta lesão é incerta;
Devido às suas semelhanças clínicas e histopatológicas, os pesquisadores
acreditam que alguns fibromas ossificantes periféricos desenvolvam-se inicialmente 
como granulomas piogênicos que sofrem maturação fibrosa e subsequente calcificação;
Ocorre exclusivamente na gengiva;
A coloração varia do vermelho ao rosa, e a superfície é frequentemente, mas nem sempre, ulcerada. O crescimento provavelmente se inicia como uma lesão ulcerada;
O fibroma ossificante periférico é uma lesão predominantemente de adolescentes e adultos jovens, com um pico
de prevalência entre os 10 e os 19 anos de idade;
Proliferação fibrosa, proliferação fibroblástica;
O padrão microscópico básico do fibroma ossificante periférico é de uma proliferação de fibroblastos associada à for-
mação de material mineralizado.
O tipo de componente mineralizado é variável, e pode consistir em osso, material cementoide, ou calcificações
distróficas. Frequentemente, observa-se uma combinação desses materiais;
O tratamento de escolha é a excisão cirúrgica local, com o envio do espécime para o exame histopatológico. A excisão do aumento de volume deve ser feita subperiosticamente, já que as recidivas são mais comuns se a base da lesão permanecer. Raspar os dentes que estejam associados para eliminar quaisquer fatores de irritação;

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