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Resumo do Saber direito - CONTRATOS

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Direito Civil III 2015.
Teoria Geral dos Contratos
Saber Direito – Prof. Tiago Godoy
Estácio 
Por Patrícia Cabral
Saber direito
Aula 1. Vídeos de 1 a 6.
1. Conceito
2. Natureza jurídica
3. Algumas classificações
1. Conceito:
- Contrato é o acordo de vontades sempre de natureza patrimonial.
- Realizamos diversos tipos de contrato no dia a dia, não tem forma especial, só quando a lei exigir Art. 107 CC.
* Na obrigação propter rem –obrigação que surge do direito real, a prestação não deriva da vontade do devedor, mas sim de sua mera condição de titular do direito real.
Ex. Obrigação condominial - é uma obrigação propter rem, ela surge de um direito real.
2. Natureza Jurídica:
- O contrato é um negócio jurídico.
* Diferença de ato jurídico para negócio jurídico (visão mais restrita):
A diferença é se você pode ou não escolher os efeitos que serão produzidos . Atos jurídicos produzem efeitos jurídicos. Se eu escolho os efeitos: Negócio jurídico, agora se eu não escolho os efeitos porque estão previamente determinados em lei : Ato Jurídico estrito senso.
Ex. se adoto uma criança, eu não posso escolher os efeitos jurídicos que vão irradiar deste ato, ele passou a ser meu filho, não há diferença entre parentesco civil e parentesco natural, ele terá direitos de filho, eu não posso escolher os efeitos.
Ex. Todavia quando eu celebro um negocio jurídico eu escolho os efeitos: Qdo celebro um contrato, nós escolhermos os efeitos produzidos. Por isso o CONTRATO é um negócio jurídico bilateral. Por que bilateral? Porque o contrato é um acordo de vontades, então pressupõe em regra, quase que absoluta, esse acordo de vontades, logo bilateral.
Ex. O testamento é um negócio jurídico, porque é um ato que pratico escolhendo os efeitos que serão produzidos, mas é um negócio jurídico unilateral porque não há esse acordo de vontades pois faço unilateralmente.
- ESQUECER A IDÉIA DE QUE ATO JURÍDICO ESTRITO SENSO É UNILATERAL E NEGOCIO JURIDIO É BILATERAL. Em regra o ato jurídico é bilateral: Contratos, mas pode haver negócio jurídico unilateral. Ex. O TESTAMENTO.
- O casamento – a maioria doutrinária entende que casamento é um ato jurídico estrito senso e não negócio jurídico, embora você possa escolher os efeitos, isso é uma escolha muito reduzida, na verdade vários efeitos são produzidos que você não pode escolher, por ex. deveres conjugais.
Art. 185 CC. Várias questões dos contratos são aplicáveis ao casamento, mas o casamento não é um contrato, porque afinal existe uma proposta.
Voltando aos contratos:
3. Classificação dos contratos: 
=> 1ª Classificação: Contrato pode ser unilateral, bilateral e plurilateral. 
CONTRATO BILATERAL CONTRATO UNILATERAL: 
- Mas como é possível isso se foi fixado que CONTRATO É UM ATO JURÍDICO, NO SENTIDO AMPLO UM NEGÓCIO JURÍDICO BILATERAL? Quando falo em contrato estou pressupondo que é um negocio bilateral (que existem duas vontades), quando falo contrato bilateral ou unilateral eu não estou falando no numero de vontades, e sim no numero de prestações. O contrato bilateral (tem duas vontades, é um contrato e tem prestação para ambas as partes), pense, por exemplo, num contrato de compra e venda: Uma parte tem a obrigação de entregar o bem e a outra parte de entregar o preço, prestação para ambas as partes; quando falo em contrato unilateral (estou fixando que são duas vontades, é um contrato, mas só tem prestação para uma das partes) o grande exemplo é a doação. A doação só tem prestação para uma das partes (uma obrigação de entregar um bem) e qual a obrigação da outra parte? Nenhuma, apenas aceitar porque o acordo de vontades deve existir.
Resumindo: O contrato pode-se ser bilateral quando tem prestação entre ambas a s partes e pode ser unilateral quando tem prestação para uma das partes.
- Qual o sinônimo de contrato bilateral? SINALAGMÁTICO. Será que contrato sinalagmático é sinônimo de contrato bilateral? Ele é tratado porque em termos práticos não há diferença, mas se for rigoroso tecnicamente, analisando o q é um contrato bilateral e o que é um contrato sinalagmático percebe-se que não são sinônimos. Na verdade todo contrato bilateral ele é sinalagmático por isso se estabelece como sinônimo mas na verdade há diferença.
- Contrato Sinalagmático:
Contrato que tem sinalagma. E o que é sinalagma? É causalidade das prestações. O Contrato sinalagmático é aquele em que a prestação de uma das partes é causa da prestação da outra parte, causalidade das prestações. Ex. Contrato de compra e venda: Se celebro com Marlon um contrato de compra e venda eu tenho uma obrigação de entregar o bem e ele tem uma obrigação de entregar o preço, qual é a causa de entregar o bem a ele? Somente entregarei o bem a ele se ele entregar o preço e ele só vai entregar o preço se eu entregar o preço se eu entregar o bem a ele. Perceba, uma prestação é causa da outra. O CONTRATO DE COMPRA E VENDA É UM CONTRATO SINALAGMATICO.
- De acordo com Orando Gomes, traz a primeira máxima contratual: TODO CONTRATO BILATERAL ELE É SINALAGMATICO, por isso que se estabelece como sinônimo porque todo bilateral é sinalagmático mas na verdade a sinalagma é uma característica que existe em todo contrato bilateral. TODO CONTRATO BILATERAL É SINALAGMÁTICO.
- Aonde reside o problema em dizer que contrato bilateral é sinônimo de sinalagmático. Sabemos que uma das modalidades do contrato de doação é o CONTRATO DE DOAÇÃO COM ENCARGO OU MODOS - encargo ou modos é uma prestação, um ônus colocado da parte. Ex. Se te ofereço uma casa ou um carro é uma doação simples, mas podemos qualificar esse contrato com encargo: te dou uma casa mas quero que vc contribua no próximo ano ao Criança e Esperança com 5 mil reais, isso é uma doação com encargo. Esse contrato com encargo é unilateral ou bilateral? Esse contrato tem prestação para ambas as partes mas ele não é sinalagmático. O artigo 1º do contrato de doação diz que a causa de uma doação é a LIBERALIDADE. Doação é um contrato que uma pessoa transfere um bem do seu patrimônio por liberalidade está expressa no CC. Este contrato não tem sinalagma, ele não será bilateral, será tratado como CONTRATO UNILATERAL IMPERFEITO. 
O QUE É CONTRATO UNILATERAL IMPERFEITO? É quando tem prestação para ambas as partes mas uma prestação não é causa da outra. Contrato de doação com encargo é um contrato unilateral imperfeito porque embora tenha prestação para ambas as partes, ele não é sinalagmático.
EX. Vamos imaginar que eu celebre com Luísa um contrato de compra e venda, portanto um contrato bilateral, ela só vai cumprir a prestação dela porque eu cumpro a minha, eu só vou cumprir a minha prestação porque ela vai cumprir a dela, ela me entrega o preço e eu entrego o bem pra ela. Vamos imaginar que ela não me entregue o preço, ou seja, ela não cumpriu a prestação dela e eu obviamente não cumpri a minha e não entreguei o bem pra ela pois não recebi o dh. Ela ajuíza uma ação contra mim pedindo judicialmente a entrega do bem. O que eu posso alegar em minha defesa? Luísa, este contrato que celebramos é um contrato bilateral e se ele é bilateral ele é sinalagmático, e se ele é sinalagmático a prestação de uma das partes é causa da prestação da outra parte. Eu só vou cumprir a minha se vc cumprir a sua e se vc não cumpriu a sua, não serei obrigada a cumprir a minha. Como se chama esta defesa? Esta defesa é a famosa EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO exception non adimpleti contractus. Exceção em direito processual significa DEFESA (a petição inicial está para a ação, demanda, assim como a contestação está para a exceção). 
- Então o que é exceção de contrato não cumprido? Serei alegar em minha defesa que não vou cumprir a minha parte no contrato porque vc não cumpriu a sua. 
- Em que contrato cabe alegação de exceção de contrato não cumprido? No contrato bilateral (ou pode aparecer sinalagmático), por um único motivo é o contrato bilateral que é sinalagmático. Vide art. 476 CC
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumpridaa sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
=> O PRIMEIRO EFEITO QUE SURGE DA DIFERENÇA DO CONTRATO UNILATERAL PARA O CONTRATO BILATERAL: É saber que no contrato bilateral você pode alegar a exceção de contrato não cumprido.
=> SEGUNDO EFEITO: O contrato bilateral tem UMA CLÁUSULA RESOLUTÓRIA TÁCITA, IMPLÍCITA. O que quero dizer com isso: se tenho um contrato com Luísa e ela não cumpriu a prestação dela, eu não preciso esperar que ela viesse me cobrar de mim pra eu me defender e disser que não vou cumprir. O que posso fazer? Diante do seu inadimplemento eu peço a resolução do contrato, entendendo a resolução do contrato, o termino do contrato em razão de sobrevir uma clausula superveniente o inadimplemento dela, ela não cumpriu o contrato eu peço a resolução do contrato. Então no contrato bilateral por ele ser sinalagmático, nós temos uma característica: eu posso pedir uma resolução do contrato se a outra parte é inadimplente (não cumpriu a parte dela). 
=> TERCEIRO EFEITO: EQUIVALÊNCIA ECONÔMICA. O que eu quero dizer com equivalência econômica? Como uma prestação é causa da prestação do outro, deve existir um mínimo de equivalência das prestações. Ex. Se eu compro uma apto. que vale 200 mil reais e o vendo por 10 reais, isso não é compra e venda, isso é simulação de doação. O que deve existir um mínimo de equivalência das prestações. Então contrato bilateral por ser sinalagmático e a prestação ser causa da outra, deve existir um mínimo de equivalência entre as prestações, por isso não posso falar que doação com encargo é bilateral, porque sabemos que no contrato de doação com encargo, o encargo nunca pode ter um valor com o valor próximo ao valor do bem doado. Se eu peço pra vc contribuir com um valor próximo do bem não será doação com encargo, será compra e venda. Eu quero que vc trate de minha avó doente durante um ano e se o valor chegar próximo ao valor do bem doado, não será uma doação com encargo e sim prestação de serviço, desnatura a questão da doação com encargo, então não tem equivalência econômica. 
Então vimos três efeitos importantes que ocorrem da diferença do contrato unilateral para o contrato bilateral:
1º efeito: No contrato bilateral vc pode alegar a exceção de contrato não cumprido;
2º efeito: No contrato bilateral vc pode pedir a resolução do contrato em razão do inadimplemento da outra parte mesmo que não venha expresso no contrato;
3º efeito: Deve existir o mínimo de equivalência entre as prestações.
CONTRATO PLURILATERAL: 
- É sempre um contrato que costumamos esquecer.
- O que é? É um contrato que tem três ou mais vontades, partes envolvidas. É chamado de um contrato complexo porque foge da regar de duas vontades, o acorde de vontade é de três ou mais pessoas. 
- Ele tem uma característica: Além de ter três ou mais pessoas, ele não é sinalagmático. A prestação de uma das partes não é causa da outra, as prestações elas não se cruzam. No contrato plurilateral as prestações dos contratantes são direcionadas a um beneficiário comum. Ex. de contrato plurilateral: Contrato social.
Contrato social. Ao estudar direito empresarial, vimos quanto a natureza do ato constitutivo sociedade de dois tipos: Sociedades contratuais e sociedades institucionais. As sociedades que estão no Código Civil são sociedades contratuais: Sociedade no coletivo, sociedade em comandita simples e a sociedade limitada a mais comum que existe. Já as sociedades que estão na lei especifica 6404/76 tem como ato constitutivo um estatuto , sociedade contratual tem como ato constitutivo um contrato social: sociedade nome coletivo, sociedade em comandita simples, limitada e ate mesmo a sociedade simples que é aquela sociedade que não tem natureza empresarial. Já as sociedades que estão na lei específica (lei das sociedades por ações): Sociedade anônima e sociedade em comandita por ações são sociedades institucionais tendo como ato constitutivo um estatuto social. Uma limitada, tem como ato constitutivo um contrato, qual a natureza do contrato social? É um contrato bilateral? Se o contrato social fosse um contrato bilateral seria uma desgraça devido as três características do contrato bilateral, no contrato bilateral vc pode alegar a exceção de contrato não cumprido, no contrato social vamos imaginar dois sócios, teremos três pessoas envolvidas: dois sócios e a pessoa jurídica sociedade (lembre-se que sociedade é pessoa jurídica dotada de personalidade jurídica própria art. 44 CC), têm três pessoas envolvidas e que as prestações dos sócios se direcionam a um beneficiário comum: a sociedade. E qual a prestação principal dos sócios para com a sociedade? É contribuir para o capital social. Ex. Se esta sociedade precisa de 100 mil reais pra começar, cada um contribui com 50 mil, prestação: 50 mil de cada um dos sócios. Se nesse contrato eu pudesse alegar exceção de contrato não cumprido o que poderia acontecer? Se um dos contratantes não integralizasse o contrato social que ele subscreveu, eu poderia chegar e falar que não iria integralizar porque o meu sócio não integralizou. Eu posso alegar isso? Não porque o contrato social não é bilateral é plurilateral e se é plurilateral não tem sinalagma, não é sinalagmático, uma prestação não é causa da outra e portanto se ele não cumpriu a dele, eu não posso alegar que não vou cumprir a minha. Pergunta:
Sócios A e B, formam uma sociedade, cada um subscreve 50, e na hora de integralizar o capital social, um dos sócios não integraliza, pode o outro sócio alegar exceção de contrato não cumprido dizendo que não vai integralizar o que ele subscreveu porque seu sócio não o fez? Não pode fazer isso. A não integralização do capital social por um um dos sócios não me permite não integralizar minha parte, se eu não integralizar a sociedade tem que me cobrar, como a sociedade tem que cobrar do sócio. Então qual o fundamento? O fundamento do contrato social não é um contrato bilateral e sim plurilateral e se ele é plurilateral ele não será sinalagmático, uma prestação não é caso da outra.
Segundo efeito: No contrato bilateral eu posso pedir a resolução do contrato em razão do inadimplemento da outra parte. Eu posso numa sociedade pedir o fim do contrato se o meu outro sócio não contribuiu? Não. Ele será sócio remisso (sócio remisso é aquele q não integraliza o capital social por ele subscrito) e será cobrado pela sociedade, podendo até ser excluído dela, mas a não integralização do capital social por um dos sócios não gera o fim da sociedade, não gera extinção do contrato social, o contrato se mantém, a sociedade se mantém e o sócio remisso será cobrado e pode até ser excluído da sociedade. Qual o prazo para se recompuser a pluralidade? E se não se recompor essa pluralidade? Ai sim haverá uma causa legal de dissolução da sociedade. O prazo: Na sociedade limitada o prazo efetivamente é de 180 dias mas na sociedade anônima não, o prazo para recompor a pluralidade é até a próxima assembleia geral ordinária (aquela assembleia que deve ser realizada nos primeiros quatro meses do ano civil).
Terceiro efeito: Em uma sociedade em que um sócio 95% da capital social e outra em 5% isso é fraude? Não, porque o contrato social ele não é bilateral, ele é plurilateral e se ele é plurilateral ele não é sinalagmático e se ele não é sinalagmático tem o terceiro efeito: Não se exige o mínimo de equivalência entre as prestações, nada impede um sócio com 90% e outro com 10%. Fabio Ulhôa qdo fala de sociedade em seu livro, citar ser possível criar uma sociedade com um único sócio para se evitar ter uma pessoa com 5% e vc com 95%, pq é legitimo vc criar uma sociedade para proteger seu patrimônio. Vc só desconfigura a personalidade jurídica da sociedade art. 50 CC só qdo houver abuso do direito de constituir uma pessoa jurídica, que ocorre no desvio de finalidade, que é fraude, criar uma pessoa jurídica para fraudar credores e na confusão patrimonial.
Resumindo: Se o contrato fosse bilateral, seria uma desgraça, se não qdo o sócio não integralizasse acabaria com a sociedade. Logopor ser plurilateral e não sinalagmático: Não se insere: não se insere exceção de contrato não cumprido, não se insere Clausula resolutiva tácita e não se insere um mínimo de equivalência entre as prestações. 
Na primeira Classificação vimos que o contrato pode ser unilateral, bilateral e plurilateral. 
=> Segunda classificação: O contrato pode ser : Oneroso ou gratuito.
Qual o critério de classificação do contrato Oneroso ou Gratuito? É o critério econômico.
Contrato Oneroso é aquele que tem que ter um equilíbrio econômico.
Contrato Gratuito tem desequilíbrio econômico. 
No contrato oneroso, existe um equilíbrio econômico, o que quer dizer: Amas as partes ganham e perdem na mesma proporção. Ex. Contrato de compra e venda. Eu perco o bem e ganho o preço, vc perde o preço e ganha o bem, ambas as partes ganham, ambas s partes perdem. 
Já no contrato unilateral, existe um desequilíbrio econômico porque só existe vantagem para uma das partes. Só um ganha, só um perde. Ex. Contrato de doação. Por quê? A minha obrigação é entregar um bem pra vc e qual é a sua obrigação? Nehuma. Então só um perde e só um ganha. (contrato gratuito).
Visto isso trazemos a segunda máxima de Orlando Gomes sobre os direitos contratuais: TODO CONTRATO BILATERAL É ONEROSO.
Terceira máxima de Orlando Gomes: TODO CONTRATO UNILATERAL ELE É PRESUMIDAMENTE GRATUITO. Existe uma exceção: Contrato mútuo feneratício (Ele é unilateral e oneroso).
Qual a importância prática de se diferenciar um contrato em sendo oneroso e gratuito? Três efeitos:
1º efeito – Hermenêutica contratual – art. 114 CC
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
O que são negócios jurídicos benéficos? São as liberalidades. Qdo realizo uma prestação por liberalidade. EX. Doação é uma liberalidade, doação é um negócio jurídico benéfico; compra e venda não é. O efeito importante dessa diferenciação é que qdo. o negocio é gratuito vc obrigatoriamente deve adotar uma interpretação mais restrita do contrato; já no oneroso vc poderá adotar uma interpretação mais extensiva buscando o aspecto teleológico a finalidade daquele contrato.
2º efeito – Irresponsabilidade nos negócios gratuitos: Por evicção e vicio redibitório. 
Um alienante qdo. aliena um bem ele responde implicitamente por evicção e por vício redibitório. Só que se por acaso, o negócio for gratuito o alienante não responde. O alienante só responde por evicção e vício redibitório nos contratos onerosos. 
Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às conseqüências da evicção ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em contrário.
3º efeito – Fraude contra credores.
Fraude contra credores é um vício social inserida como defeito do negocio jurídico que torna o ato anulável. Antigamente o devedor respondia com seu próprio corpo por suas dívidas , se eu não pagasse as dívidas, tinha um braço queimado, era queimado em praça publica, chegou um dado momento q isso não era mais eficaz. O credor não quer ver o devedor mutilado, ele que receber o que lhe é devido. Então a garantia do devedor deixou de ser o corpo do devedor e passou a ser o patrimônio do devedor. Isso é uma porta aberta para comportamento fraudulentos. Ex. Dilapidar o meu patrimônio, doar tudo pra mãe, fico sem nada no meu nome e os credores vem me cobrar e não vão receber porque não tem nada em meu nome. O que os credores podem fazer? Alegar fraude contra credores, pedindo a anulação dessa doação para que esses bens doados continuem como garantia dos credores.
O que não se deve esquecer sobre fraude contra credores: Não são somente os negócios gratuitos que podem ser anulados com fraude contra credores, se eu doar bens perto de minha insolvência os credores vão atacar esses credores, perdão de dividas pro bem ser utilizado pra paga-los, todavia mesmo que eu venda os bens recebendo o dinheiro em troca, esse ato poderá ser anulado pelos credores como lesivo aos seus direitos. Você qual o nome da ação proposta para anular os atos em fraude contra credores? Ação Pauliana. Aí vem uma questão interessante! Tanto nos negócios gratuitos, como onerosos, os credores quirografários podem propor ação Pauliana pedindo anulação do ato jurídico alegando a fraude contra credores. Só que há uma diferença fundamental se é gratuito, se é oneroso. Se vir o art. 158 CC (vide no art.: ainda qdo o ignore) o q significa isso? Se que doar gratuito um bem pra Alessandra em fraude contra credores, eu não quero saber se ela sabe ou não da minha fraude contra credores, mesmo q ela esteja de boa fé, sem saber q esta adquirindo bens em fraude contra credores, vocês conseguem anular contra credores. Porque ela não perde nada, apenas deixa de ganhar. Agora se é oneroso, vocês só conseguem anular o ato se provarem a má fé dela, que ela sabe que está agindo de má fé contra credores, é o que chamamos de concílio em fraudes, é o conluio, a armação de fraudes. 
Lembre-se: Fraude contra credores consegue anular com ação Pauliana tanto atos gratuitos ou onerosos, diferença: se é gratuito, mesmo na boa fé do adquirente, não se precisa fraude contra credores; no oneroso precisa provar. Vide art. 158 e 159 CC. 
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.
§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
Qual o problema de provar má fé?
Ela chega ao juiz e diz Excelência e diz que não sabia que ele estava com fraude contra credores, ela sabia, mas como o Juiz saber, ele não pode entrar na cabeça dela, logo, Elemento subjetivo dificultam a prova, a lei facilitou aqui. 
Existem dois casos que se presume de forma absoluta que ela sabe e que não admite prova contraria, mesmo que não sabe, juridicamente sabe: Qdo a insolvência minha for notória ou qdo houver motivo pra saber, ela é minha mãe, minha sócia, nesses casos sabe da minha insolvência. 
Então no negócio gratuito, ainda quando o adquirente ignore, ainda qdo ela não saiba a minha fraude contra credores, qdo receber um bem em doação qdo tem uma dívida perdoada, vc consegue anular este ato. Agora para negócios onerosos, até consegue anular, mas terá que provar o conluio, o concilio fraudes, ou seja, que ela sabe o que ocorre qdo a minha insolvência é notória ou qdo houver um motivo relevante para ela saber.
Então para encerrar:
* Três efeitos dessa classificação oneroso e gratuito: 
 Hermenêutica contratual art. 114 CC o negocio gratuito interpreta-se; Irresponsabilidade nos negócios gratuitos: Por evicção e vicio redibitório; e Ação Pauliana que exige ou não comprovação, prova de concilio provas para anular os atos em fraude contra credores. 
Conteúdo estudado nesta primeira aula: (Aula 1 – Vídeos de 1 a 6 – Saber Direito Professor Tiago Godoy). Conceito, natureza jurídica e classificações.
=> Conceito de contrato – É um acordo de vontades de natureza patrimonial. O contrato se forma qdo há uma proposta se seguir uma aceitação que é qdo se tem o acordo de vontades.
=> Não se exige a princípios documentos críticos, escritura pública, em regra é forma livre, só tem forma especial qdo a lei exigir, mas isso é para validade do contrato (requisito de validade);
=> Natureza jurídica do contrato que é um negócio bilateral;
=> Classificações de contratos: A primeira classificação – O contrato pode ser unilateral, bilateral ou plurilateral;
=> Cláusula resolutiva tácita;
=> Exceção de contrato não cumprido;
=>Equivalência das prestações;
=> Contrato sinalagmático;
=> Contrato unilateral imperfeito;
=> Contrato oneroso e gratuito;
=> Três máximas contratuais de Orlando Gomes;
=> Três efeitos dessa classificação;
=> Hermenêutica contratual;
=> Responsabilidade por evicção e vicio redibitório;
=> Fraude contra credores: Ação Pauliana e vendo que no gratuito vc não precisa comprovar concilio fraude para anulação do ato, o que é necessário no oneroso porque no oneroso só se anula quando houver concílio fraude.
Início da Aula 2. Vídeos de 1 a 6.
Estudaremos a partir da Aula 2.
=> Continuaremos classificação dos contratos: 
* Contrato comutativo – é aquele em que as partes podem antever os efeitos que serão produzidos por aquele contrato. Não há risco intrínseco. Ex. Contrato de compra e venda, sabemos o que vai acontecer, eu vou entregar um bem e vc o preço.
* Contrato aleatório – é aquele em que as partes não conseguem antever os efeitos que serão produzidos. É um contrato de risco, sorte. Ex. Contrato de jogo, contrato de aposta, posso ganhar, posso perder, não sabe o q vai acontecer), contrato de seguro (é de risco para seguradora.
Efeitos:
Irresponsabilidade por evicção e vicio redibitório nos contratos aleatórios. Você assume o risco, então não pode reclamar se o que se comprou está quebrado (vicio redibitório) ou se perdeu (evicção).
Para responder por evicção e vicio redibitório não basta ser oneroso o contrato tb tem que ser comutativo, pq no aleatório não existe esta responsabilidade pq vc assume o risco.
* O contrato aleatório pode ser: dois tipos: 
=>Naturalmente aleatório – contrato tipicamente aleatório;
=> Acidentalmente aleatório – contrato que acidentalmente é aleatório, atipicamente aleatório. Contrato que naturalmente ele é comutativo mas em razão de uma circunstancia especifica naquele caso ele se tornou aleatório.
Art. 458 e seguintes CC. Os contratos de compra e venda são da essência comutativos, porem existe duas situações que serão aleatórios: qdo compra e venda de coisa futura e compra e venda de coisa exposta a risco. Assumo o risco. Ex. Comprar toda lavoura que ainda não está pronta/ Coisa que já existe e pode sofrer risco Ex. cerâmica importada que vem de navio, cerâmica.
Quando compro coisa futura:
 *posso assumir um risco total. Mesmo que não venha nada, vc faz jus ao preço, ou seja, assumo o risco total. Se vier menos q espero ou nada azar o meu, se vier mais do que espero bom pra mim. Assumi o risco total, o risco da existência, mesmo q não exista, vc faz jus ao preço. Neste risco a única forma de não pagar se vier menos ou nada, seria por dolo ou culpa da outra parte.
*posso assumir risco parcial não assumo risco na existência, assumo o risco na quantidade. Se vier menos do que espero azar o meu mas pelo menos estou protegido contra o total insucesso. Eu não assumi o risco contra existência, logo se não existir , eu não lhe pago ou devolve. Neste estou pelo menos protegido contra o total insucesso. 
QUANDO O CONTRATO DE COMPRA E VENDA, ATIPICAMENTE ALEATÓRIO, DIZ RESPEITO A FATOS FUTUROS E ASSUMO O RISCO TOTAL DA PROPRIA EXISTENCIA – Chamamos de contrato Emptio Spei (Venda de esperança), ou seja, mesmo q não venha nada estou desguarnecido.
QUANDO O CONTRATO DE COMPRA E VENDA, ATIPICAMENTE ALEATÓRIO, DIZ RESPEITO A FATOS FUTUROS E ASSUMO O RISCO DE QUANTIDADE – Chamamos de contrato Emptio Rei Speratae (Venda da coisa esperada), ou seja, risco parcial, protegido pelo menos contra o total insucesso.
Art. 458 e 459 CC
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir. Emptio Spei 
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada. Emptio Rei Speratae
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
* Contrato consensual: Consenso. É o contrato formado entre o acordo de vontade das partes.
* Contrato Real: É o contrato que se forma com a tradição, com a entrega do bem. Na doutrina temos três contratos reais e um quarto que existe divergência doutrinaria. Ele é unilateral.
Contrato pacificamente reais:
Tanto contrato de mutuo, qto de comodato são de empréstimo.
-> Contrato de mútuo: Empréstimo de bem fungível – Bem substituível (pode subst. por outro de mesmo gênero, qualidade e quantidade ex. uma garrafa de uísque);
- No contrato de mutuo – eu transfiro a propriedade, o bem pra vc, ele se torna seu, pode ate destruir, mas qdo acabar o contrato arrume outro igual e me devolva. Ex. empréstimo de dh.
- Mutuo simples – dh com um amigo, sem juros
- Mutuo ofeneratício - contrato do cliente com o banco. Ele é unilateral (pq so teve prestação para uma das partes) e oneroso (os dois ganham e os dois perdem).
-> Contrato de comodato: Empréstimo de bem infungível – Bem insubstituível (não se pode substituir por outro do mesmo gênero, qualid. ou quant., é único. Ex. Uma obra de arte).
- Nele não transfiro a propriedade e sim a posse. Ex. fique com o bem, use o bem e me devolva do mesmo jeito. 
- Nele tb. podemos ter um contrato que o bem era infungível e se tornou fungível por vontade de ambas das partes. Ex. O empréstimo de garrafas de uísque guardadas com valor sentimental, um amigo pede emprestada pra enfeitar a festa e vai devolve-las do mesmo jeito. Era um bem fungível e que se tornou infungível pela vontade de ambas as partes. Commodatu Pompae Vel Ostentationis (contrato de bem fungível inicialmente q se tornou infungível por vontade das partes).
-> Contrato de depósito:
-> Divergência doutrinaria: Contrato estimatório (venda em consignação).
=>Formação dos contratos: Proposta (quem faz a proposta – proponente ou policitante) e aceitação (aceitante ou oblato). 
A PROPOSTA OBRIGA O PROPONENTE, nem sempre, pois temos exceções em 4 casos:
Lembrar q os contratos podem ser realizados entre presentes (qdo a proposta e a aceitação se dão em tempo real, se dá pela presença física, telefone ou meio semelhante, vídeo conferencia) ou entre ausentes (a proposta e a aceitação não se dão em tempo real: carta).
Se ninguém der o prazo?
4 são as exceções: 
- Contrato entre presentes sem prazo, se não tiver aceitação imediata;
- Contrato entre ausentes em prazo se passar tempo razoável pra voltar a resposta pra mim;
- Contrato entre ausentes com prazo se não for expedido no prazo certo;
- Contrato entre ausentes se eu quiser chegar antes ou simultaneamente a retratação. 
Estudamos nesta aula: 
=> Classificação dos contratos;
=> Contratos Comutativos e Contratos Aleatórios;
=> Contratos Reais e Contratos consensuais;
=> Formação do contrato;
=> Proposta de aceitação;
=> Proposta aspecto;
=> Vinculatório.

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