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ADICIONAIS e EQUIPARAÇÃO SALARIAL - Adicionais noturno, de periculosidade e de insalubridade. - - Equiparação salarial: A) Requisitos para verificação da equiparação salarial: Identidade de funções; mesmo trabalho e prática dos mesmos atos. Identidade de empregador; os trabalhadores comparados devem laborar, necessariamente, para o mesmo empregador. Identidade de localidade; Simultaneidade; exercício de função em caráter simultâneo. B) Fatores que impedem a equiparação salarial: Diferença de perfeição técnica. Diferença de produtividade. Diferença no tempo de serviço. Existência de quadro de carreira na empresa. Paradigma sendo readaptado a nova função. Paradigma que obteve aumento salarial através de sentença judicial. - Desvio de Função - Salário substituição ADICIONAIS 1 –ADICIONAL NOTURNO: - Adicional de 20%: art. 73, caput, da CLT. *É devido nos casos de turno ininterrupto de revezamento: súmula 213 do STF. - Hora ficta: 52’30’’ e não 60’: art. 73, § 1º, da CLT. Compensação de desgaste físico. Essa jornada noturna abrange 8h jurídicas de trabalho (e não 7h, como aparente). - Horário noturno: das 22h às 05h (art. 73, § 2º, da CLT). - Prorrogação da hora noturna: súmula 60 do TST. 2- ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE: Adicional de Insalubridade (risco à saúde): arts. 189 e 192 da CLT. Súmula 47 do TST. Adicional de periculosidade (risco de vida): art. 193 da CLT. Caracterização e classificação da Insalubridade e Periculosidade: art. 195 da CLT. - Súmula 448 do TST. Norma Regulamentar n. 15 do MTE. Ex.: coleta de lixo em residência. *Eletricitário: súmula 191 do TST. Aplicação do princípio da condição mais benéfica. EQUIPARAÇÃO SALARIAL 1. CONCEITO: - Equiparação salarial é a figura jurídica mediante a qual se assegura ao trabalhador idêntico salário ao do colega perante o qual tenha exercido, simultaneamente, função idêntica, na mesma localidade, para o mesmo empregador. A esse colega comparado dá-se o nome de paradigma (ou espelho) e ao trabalhador interessado na equalização confere-se o epíteto de equiparando. - O princípio antidiscriminatório objetiva também evitar tratamento salarial diferenciado àqueles trabalhadores que cumpram trabalho igual para o empregador (art. 5º da CLT e os arts. 5º, caput, e inciso I, e 7º, XXX e XXXII, da CF/88. Uma das mais relevantes de tais situações é a da equiparação salarial. 2. REQUISITOS PARA CONFIGURAÇÃO DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL: a) Identidade de Funções — Por identidade funcional entende-se a circunstância de os trabalhadores comparados realizarem o mesmo trabalho, englobando atribuições, poderes e prática de atos materiais concretos (art. 461, caput, da CLT e súmula 6, III, do TST. b) b) Identidade de Empregador — Por identidade empresarial entende-se a circunstância de os trabalhadores comparados laborarem para o mesmo empregador. * Grupo econômico: Súmula n. 129, TST. EQUIPARAÇÃO SALARIAL c) Identidade de Localidade: Mesmo estabelecimento empresarial. Reforma Trabalhista: mesmo estabelecimento empresarial. Item X da súmula 6 do TST prejudicado. d) Simultaneidade no Exercício Funcional: art. 461, § 1º, da CLT. - Diferença de tempo de serviço não superior a 04 anos e diferença de tempo na funçao não superior a 02 anos: Reforma Trabalhista. Item II da súmula 6 do TST prejudicado. 3 – FATORES QUE OBSTAM A EQUIPARAÇÃO SALARIAL (súmula 6, VIII, do TST): a) Diferença de Perfeição Técnica: superior qualidade técnico-profissional do paradigma (cursos, estágios, significativa experiência anterior na função, mais elevada titulação profissional ou acadêmica, etc.) b) Diferença de Produtividade: diferenciação na produtividade do trabalho prestado, que pode ser consequência de melhor qualificação do paradigma. c) Diferença de tempo de serviço não superior a 04 anos e diferença de tempo na funçao não superior a 02 anos. EQUIPARAÇÃO SALARIAL d) Existência de Quadro de Carreira: art. 461, §§ 2º e 3º, da CLT. - Havia a exigência de homologação do quadro perante o Ministério do Trabalho, sobretudo para fins de publicidade e de inibir recuos ou desvios por parte do empregador. A reforma prescinde da homologação do quadro (§ 2º). Desburocratiza, de fato, o procedimento de implementação dos quadros, mas não deixa claro como deverá ser feita a publicidade idônea nem a aferição dos requisitos mínimos do quadro. - Item I da súmula 6 do TST prejudicado. e) Paradigma em Readaptação Funcional: art. 461, § 4º, da CLT. f) Paradgimas remotos ou por meio de decisão judicial: art. 461, § 5º, da CLT. Item VI da súmula 6 do TST prejudicado. - O paradigma remoto é aquele empregado que, como modelo, foi o primeiro elo das sucessivas equiparações salariais que desencadearam sucessivas condenações da empresa a equiparar os salários de vários empregados que, em função da ligação entre eles, acabaram fazendo prova da existência da equiparação salarial em cadeia. - Portanto, a equiparação em cadeia, prevista antes da Reforma Trabalhista, consistia no reconhecimento ao direito à equiparação ao paradigma imediato, quando este já teve reconhecido o direito à equiparação ao paradigma remoto por meio de ação judicial própria. EQUIPARAÇÃO SALARIAL - Exige-se, também, que o paradigma seja contemporâneo ao empregado que reivindica o aumento salarial. Esse entendimento já era defendido em muitos julgados trabalhistas, mas o TST, em meio a numerosos argumentos, passou a admitir parcialmente o conceito de equiparação em cadeia ou em cascata, em que o salário de uma pessoa majora o salário de outra e assim sucessivamente, até que tempos depois tenha havido o aumento sequencial de tantas pessoas que a última não conhece a primeira, não conviveu com ela e não mantém o traço de dois anos de diferença na função. Neste sentido, a Súmula 6, VI, b, terá de ser revista. - Todavia, segue intacto o entendimento da Súmula 6, IV, quanto à desnecessidade de paradigma e reclamante estarem em atividade à época do ajuizamento da ação trabalhista. A Justiça do Trabalho é sabidamente a justiça dos desempregados, não sendo crível que a expressão “paradigma contemporâneo” seja interpretada como paradigma da época da distribuição da ação. O contemporâneo está diretamente ligado ao contrato de trabalho do reclamante. 4 – DESVIO DE FUNÇÃO E ACÚMULO DE FUNÇÃO. 5 - SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO: Por tal figura compreende-se o salário contratual que se considera devido ao empregado que realize substituição que não tenha caráter meramente eventual — correspondendo essa parcela ao salário contratual do empregado substituído (art. 450 da CLT e Súmula 159, do TST). BIBLIOGRAFIA Volia Bomfim Cassar – Curso do Direito do Trabalho; Mauricio Godinho Delgado – Curso de Direito do Trabalho; Homero Batista – Comentários à Reforma Trabalhista.
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