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AULA 12 ADICIONAIS E EQUIPARAÇÃO SALARIAL

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ADICIONAIS e EQUIPARAÇÃO SALARIAL
- Adicionais noturno, de periculosidade e de insalubridade.
- - Equiparação salarial: A) Requisitos para verificação da equiparação salarial:
Identidade de funções; mesmo trabalho e prática dos mesmos atos. Identidade
de empregador; os trabalhadores comparados devem laborar,
necessariamente, para o mesmo empregador. Identidade de localidade;
Simultaneidade; exercício de função em caráter simultâneo. B) Fatores que
impedem a equiparação salarial: Diferença de perfeição técnica. Diferença de
produtividade. Diferença no tempo de serviço. Existência de quadro de
carreira na empresa. Paradigma sendo readaptado a nova função. Paradigma
que obteve aumento salarial através de sentença judicial.
- Desvio de Função
- Salário substituição
ADICIONAIS
1 –ADICIONAL NOTURNO:
- Adicional de 20%: art. 73, caput, da CLT. *É devido nos casos de turno ininterrupto de revezamento:
súmula 213 do STF.
- Hora ficta: 52’30’’ e não 60’: art. 73, § 1º, da CLT. Compensação de desgaste físico. Essa jornada noturna
abrange 8h jurídicas de trabalho (e não 7h, como aparente).
- Horário noturno: das 22h às 05h (art. 73, § 2º, da CLT).
- Prorrogação da hora noturna: súmula 60 do TST.
2- ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE:
Adicional de Insalubridade (risco à saúde): arts. 189 e 192 da CLT. Súmula 47 do TST.
Adicional de periculosidade (risco de vida): art. 193 da CLT.
Caracterização e classificação da Insalubridade e Periculosidade: art. 195 da CLT.
- Súmula 448 do TST. Norma Regulamentar n. 15 do MTE. Ex.: coleta de lixo em residência.
*Eletricitário: súmula 191 do TST. Aplicação do princípio da condição mais benéfica.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL
1. CONCEITO:
- Equiparação salarial é a figura jurídica mediante a qual se assegura ao trabalhador idêntico salário ao
do colega perante o qual tenha exercido, simultaneamente, função idêntica, na mesma localidade, para o
mesmo empregador. A esse colega comparado dá-se o nome de paradigma (ou espelho) e ao
trabalhador interessado na equalização confere-se o epíteto de equiparando.
- O princípio antidiscriminatório objetiva também evitar tratamento salarial diferenciado àqueles
trabalhadores que cumpram trabalho igual para o empregador (art. 5º da CLT e os arts. 5º, caput, e
inciso I, e 7º, XXX e XXXII, da CF/88. Uma das mais relevantes de tais situações é a da equiparação
salarial.
2. REQUISITOS PARA CONFIGURAÇÃO DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL:
a) Identidade de Funções — Por identidade funcional entende-se a circunstância de os trabalhadores
comparados realizarem o mesmo trabalho, englobando atribuições, poderes e prática de atos
materiais concretos (art. 461, caput, da CLT e súmula 6, III, do TST.
b) b) Identidade de Empregador — Por identidade empresarial entende-se a circunstância de os
trabalhadores comparados laborarem para o mesmo empregador.
* Grupo econômico: Súmula n. 129, TST.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
c) Identidade de Localidade: Mesmo estabelecimento empresarial.
Reforma Trabalhista: mesmo estabelecimento empresarial. Item X da súmula 6 do TST prejudicado.
d) Simultaneidade no Exercício Funcional: art. 461, § 1º, da CLT.
- Diferença de tempo de serviço não superior a 04 anos e diferença de tempo na funçao não superior a
02 anos: Reforma Trabalhista. Item II da súmula 6 do TST prejudicado.
3 – FATORES QUE OBSTAM A EQUIPARAÇÃO SALARIAL (súmula 6, VIII, do TST):
a) Diferença de Perfeição Técnica: superior qualidade técnico-profissional do paradigma (cursos, estágios,
significativa experiência anterior na função, mais elevada titulação profissional ou acadêmica, etc.)
b) Diferença de Produtividade: diferenciação na produtividade do trabalho prestado, que pode ser
consequência de melhor qualificação do paradigma.
c) Diferença de tempo de serviço não superior a 04 anos e diferença de tempo na funçao não superior a 02
anos.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL
d) Existência de Quadro de Carreira: art. 461, §§ 2º e 3º, da CLT.
- Havia a exigência de homologação do quadro perante o Ministério do Trabalho, sobretudo para fins
de publicidade e de inibir recuos ou desvios por parte do empregador. A reforma prescinde da
homologação do quadro (§ 2º). Desburocratiza, de fato, o procedimento de implementação dos
quadros, mas não deixa claro como deverá ser feita a publicidade idônea nem a aferição dos
requisitos mínimos do quadro.
- Item I da súmula 6 do TST prejudicado.
e) Paradigma em Readaptação Funcional: art. 461, § 4º, da CLT.
f) Paradgimas remotos ou por meio de decisão judicial: art. 461, § 5º, da CLT. Item VI da súmula 6 do TST
prejudicado.
- O paradigma remoto é aquele empregado que, como modelo, foi o primeiro elo das sucessivas
equiparações salariais que desencadearam sucessivas condenações da empresa a equiparar os salários de
vários empregados que, em função da ligação entre eles, acabaram fazendo prova da existência da
equiparação salarial em cadeia.
- Portanto, a equiparação em cadeia, prevista antes da Reforma Trabalhista, consistia no reconhecimento
ao direito à equiparação ao paradigma imediato, quando este já teve reconhecido o direito à equiparação
ao paradigma remoto por meio de ação judicial própria.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL
- Exige-se, também, que o paradigma seja contemporâneo ao empregado que reivindica o aumento salarial.
Esse entendimento já era defendido em muitos julgados trabalhistas, mas o TST, em meio a numerosos
argumentos, passou a admitir parcialmente o conceito de equiparação em cadeia ou em cascata, em que o
salário de uma pessoa majora o salário de outra e assim sucessivamente, até que tempos depois tenha havido o
aumento sequencial de tantas pessoas que a última não conhece a primeira, não conviveu com ela e não
mantém o traço de dois anos de diferença na função. Neste sentido, a Súmula 6, VI, b, terá de ser revista.
- Todavia, segue intacto o entendimento da Súmula 6, IV, quanto à desnecessidade de paradigma e
reclamante estarem em atividade à época do ajuizamento da ação trabalhista. A Justiça do Trabalho é
sabidamente a justiça dos desempregados, não sendo crível que a expressão “paradigma contemporâneo”
seja interpretada como paradigma da época da distribuição da ação. O contemporâneo está diretamente
ligado ao contrato de trabalho do reclamante.
4 – DESVIO DE FUNÇÃO E ACÚMULO DE FUNÇÃO.
5 - SALÁRIO SUBSTITUIÇÃO: Por tal figura compreende-se o salário contratual que se considera devido ao
empregado que realize substituição que não tenha caráter meramente eventual — correspondendo essa
parcela ao salário contratual do empregado substituído (art. 450 da CLT e Súmula 159, do TST).
BIBLIOGRAFIA
 Volia Bomfim Cassar – Curso do Direito do Trabalho;
 Mauricio Godinho Delgado – Curso de Direito do Trabalho;
 Homero Batista – Comentários à Reforma Trabalhista.

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