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REVISÃO PARA A PROVA

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Levando em consideração os critérios que são empregados para a classificação dos contratos e suas caracterizações na doutrina privada brasileira como podem ser classificados os contratos segundo o critério das relações recíprocas na avença.
O contrato de compra e venda é um contrato oneroso, consensual, translativo, bilateral e geralmente comutativo. Doação é contrato, em regra, gratuito, comutativo, consensual, unilateral (bilateral imperfeito) e formal ou solene. Empreitada Bilateral (ambos assumem obrigações), comutativo (prestações equivalentes), oneroso (vantagens e obrigações recíprocas), consensual e de forma livre. Troca ou permuta Bilateral, oneroso, comutativo, consensual. Não tem caráter real, pois gera para os permutantes a obrigação de transferir, um para o outro, a propriedade da coisa. Locação de coisas bilateral e oneroso, comutativo, forma livre e trato sucessivo. Comodato unilateral, gratuito, real, temporário, intuitu personae. Mutuo unilateral e gratuito, temporário. Depósito unilateral, gratuito, real, temporário, intuitu personae. Mandato unilateral, gratuito ou oneroso, intuitu personae, consensual e não solene, revogabilidade. Seguro consensual, bilateral e oneroso, aleatório, formal, adesão. Fiança acessório, unilateral, gratuito, forma escrita obrigatória.
Com relação aos princípios contratuais conceitue o princípio da boa-fé.
A boa-fé objetiva integra uma regra geral de conduta, presente em todas as fases das relações contratuais e tem como principais objetivos exigir das partes que observem certos parâmetros de lealdade, probidade, honestidade e observância a regras gerais de convivência e normas jurídicas. Busca restringir o exercício abusivo da autonomia que os cidadãos possuem para livre contratar, criando uma série de deveres anexos às obrigações assumidas no acordo que firmam.
Acerca dos Princípio Contratuais Clássicos escreva em cinco linhas no máximo, o conceito e o que se entende por Autonomia Privada?
A autonomia privada decorre do poder de auto-regulamentação das partes contratantes, ou seja, no poder que as partes possuem de estabelecer os temos contratuais. Exige capacidade de fato e revela-se na liberdade contratual. Foi princípio supervalorizado durante o Estado liberal, mas que no Estado social acabou sendo mitigado pelo dirigismo contratual.
Quais as condições de validade do contrato?
Os contratos como todo negócio jurídico, tem requisitos genéricos: agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, legitimado, forma prescrita ou não defesa em lei.
O que significa e qual a relevância da autonomia da vontade das partes numa relação contratual?
A autonomia da vontade decorre da manifestação de liberdade individual, por isso, não exige capacidade de fato. Revela-se na liberdade de contratar, desde que submetam suas pretensões às regras legais previamente estabelecidas, e que os fins almejados não colidam com o interesse coletivo.
Qual o conceito e a classificação da cláusula resolutiva exceptio non rite adimpleti contractus? 
Se um dos contratantes cumpriu apenas em parte, ou de forma defeituosa, a sua obrigação, quando se comprometera a cumpri-la integral e corretamente, cabível se torna a oposição, pelo outro, da exceção do contrato parcialmente cumprido (exceptio non rite adimpleti contractus). Na realidade, a primeira abrange a segunda»
Qual o conceito e a classificação da cláusula resolutiva exceptio non adimpleti contractus?
Significa dizer que «qualquer dos contratantes pode utilizar-se da exceção do contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus), para recusar a sua prestação, ao fundamento de que o demandante não cumpriu a que lhe competia. Como, nos contratos bilaterais, as prestações são recíprocas, estando a obrigação de um dos contraentes atrelada à do outro, aquele que não satisfez a própria não pode exigir o implemento da do outro. Se o fizer, o último oporá, em defesa, a referida exceção, fundada na equidade, desde que as prestações sejam simultâneas.
O que vem a ser a função social do contrato?
A função social busca legitimar a liberdade contratual a partir de valores constitucionalmente estabelecidos. Busca harmonizar interesses públicos com interesses privados e, por isso, a função social do contrato apenas se realiza se tais interesses abrangerem aos consumidores, à livre concorrência, ao meio ambiente, às relações de trabalho, a dignidade humana, a boa fé objetiva.
É correto afirmar nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes pode, antes de cumprida sua obrigação, exigir o cumprimento da obrigação do outro;
 Sim, nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro, conforme o art. 476 do Código Civil de 2002. Tal dispositivo disciplina a exceção de contrato não cumprido ou exceptio non adimpleti contractus.
No direito brasileiro é possível a atipicidade contratual? Explique a diferença entre contrato típico e atípico.
Sim, É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas no Código Civil. Contrato Típico é aquele que se encontra regulado em texto de lei. Os Contratos Atípicos são aqueles que não possuem forma geral em lei escrita, estando à margem das perspectivas da liberdade contratual dos contratantes, e que assumem variadas formas estruturais e finais.
Em nosso direito civil, em que consiste a teoria da imprevisão? Tal teoria tem previsão normativa?
Sempre que houver a onerosidade excessiva, oriunda de evento extraordinária e imprevisível, que dificulta extremamente o adimplemento da obrigação de uma das partes, é motivo de resolução contratual, por se considerar subentendida a cláusula rebus sic stantibus, que corresponde à formula de que, nos contratos de trato sucessivo ou a termo o vínculo obrigatório ficará subordinado, a todo tempo, ao estado de fato vigente à época de sua estipulação. Sim, art 478 CC.
No direito civil brasileiro é possível a contratação que tenha por objeto a herança de pessoa viva, seja por meio de contrato típico ou não. Não
Classifique os seguintes contratos: doação, compra e venda e seguro
Doação é contrato, em regra, gratuito, comutativo, consensual, unilateral (bilateral imperfeito) e formal ou solene. Compra e venda é um contrato oneroso, consensual, translativo, bilateral e geralmente comutativo. Seguro consensual, bilateral e oneroso, aleatório, formal, adesão.
No que se refere à promessa de fato de terceiro, classifique a obrigação do promitente?
A promessa de fato de terceiro está prevista nos artigos 439 e 440 do Código Civil e ela implica no fato de o negócio celebrado entre duas partes, cujo objeto se delimita em uma prestação ou fato a ser realizado por um terceiro, a relação iniciada. Obrigação de Fazer, infungível, de meio, personalíssima.
No que concerne à proposta é possível celebrar contrato por meio eletrônico? Sim
É certo afirmar que os contratos celebrados por meio eletrônico são sempre entre ausentes? Não, pode ser entre presentes visto que a presença é a presença jurídica.
Como se denomina a proposta de feita entre pessoas presentes, mas que não se tenha dado prazo? Proposta entre presentes. Qual o prazo para a aceitação? Imediato. Caso a aceitação não seja dada neste prazo qual o efeito jurídico? Não vincula o proponente.
Em que consiste o contrato preliminar, quais os seus requisitos e qual a sua forma? O contrato preliminar, exceto quanto à forma que é livre, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado definitivamente. 
Defina evicção.
Evicção é a perda da coisa em virtude de sentença judicial ou ato administrativo que a atribui a outrem por causa jurídica preexistente ao contrato. Trata-se de um defeito do direito transmitido. Ela pode ser total ou parcial. A garantia contra a evicção pode ser contratualmente reforçada, diminuída ou até excluída. No entanto, a cláusula de exclusão não tem eficácia plena, pois não impede o evicto de propor ação por perdas e danos.
Defina vicioredibitório.
É o defeito oculto da coisa recebida que a torna inapropriada ao fim a que se destina ou que lhe diminui o valor. O adquirente poderá rejeitar a coisa ou requerer o abatimento do preço, devendo o alienante restituir-lhe o objeto adquirido com perdas e danos, caso tenha ciência do vício, ou somente o valor recebido, se não tiver conhecimento do defeito. Os prazos para requerer a redibição ou abatimento do preço (quanti minoris) são de 30 (trinta) dias, se a coisa for móvel, ou um ano, se imóvel.
Sobre as cláusulas especiais ou adjetas do contrato de compra e venda conceitue e explique os efeitos da do instituto da preempção.
É pacto acessório (expresso) pelo qual o comprador de uma coisa, móvel ou imóvel, se obriga a oferecê-la ao vendedor na hipótese de futuramente vendê-la ou dá-la em pagamento. O prazo para o exercício do direito de preferência não poderá exceder 180 dias para bens móveis e 2 anos para bens imóveis. Inexistindo prazo estipulado entre as partes o exercício do direito caduca em 3 dias para bens móveis e 60 dias para bens imóveis, contados da data em que o comprador notificar o vendedor. É cláusula personalíssima (só pode ser exercida pelo vendedor)
É válido o contrato de compra e venda se deixa se a fixação do preço ao arbítrio exclusivo de uma das partes? Em caso negativo diga se é nulo ou anulável e justifique.
Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.
Quais as possibilidades de exoneração da fiança?
O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor.
O que se entende por benefício de ordem e quais os requisitos para ser exercido?
É o benefício que cabe ao fiador de exigir que se demande primeiro ao devedor principal para o pagamento da dívida, devendo indicar bens do devedor, localizados no mesmo município da fiança, e ser livres e desembargados. Além disso, os bens a serem nomeados pelo fiador também devem ser suficientes para saldar o débito.
O fiador pode renunciar ao beneficio de ordem? Em caso positivo, como deveria ser feito?
Sim, através de cláusula expressa.
Conceitue e explique o contrato de COMODATO dissertando sobre prazo, tempo de duração), sobre a finalidade, quais os direitos e deveres do comodatário e caso o comodatário tenha feito despesas com a conservação e uso do bem
Contrato de empréstimo de uso, unilateral, gratuito, real e não solene por meio do qual o comodante entrega bem infungível para uso ao comodatário, o qual deve devolvê-lo após certo tempo. Conservar a coisa como se fosse sua;  
Indenizar o comodante por perdas e danos, quando tiver culpa pela impossibilidade da restituição; Ainda que sem culpa, indenizar pelos prejuízos causados por acidentes nos quais o comodatário preferiu salvar bem de sua propriedade em detrimento dos do comodante; Restituir o objeto no prazo ajustado ou, na falta disto, quando lhe for requisitada a coisa; Se duas ou mais pessoas recebem simultaneamente a mesma coisa em comodato, ficarão solidariamente responsáveis. Permitir ao comodatário a fruição do bem, não perturbando seu uso e gozo, não reclamar a coisa antes do prazo convencionado ou necessário para o uso que se pretende do objeto, salvo comprada situação de necessidade imprevista e urgente. Reembolsar ao comodatário as extraordinárias e urgentes que este teve com a coisa, indenizar os prejuízos experimentados pelo comodatário, oriundos de imperfeições ou defeitos da coisa se os conhecia e não advertiu o comodatário. Receber a coisa a qualquer tempo, mesmo antes de vencido o termo ajustado Indenizar benfeitorias necessária. O contrato de comodato se exaure pelo advento do termo convencionado. Se não houver prazo, o comodato termina após o comodatário ter usado a coisa para o fim que a emprestou.
Empreitada Artigos 610 a 626)
Uma das partes se obriga, sem subordinação ou dependência, a realizar, pessoalmente ou por terceiro, obra para outrem, com material próprio ou por este fornecido, mediante remuneração determinada ou proporcional ao trabalho executado. A pessoa se obriga a entregar a obra pronta, sem se prender ao tempo nela empregado. A direção e fiscalização competem ao empreiteiro, que contratará ou despedirá os operários. Terá por finalidade obra material (ponte, conserto de veículo, plantações, etc.) ou intelectual (elaboração de projeto, obra literária, etc.).
Partes
- Empreitante (comitente, dono da obra ou contratante) - Quem contrata a obra.
- Empreiteiro (contratado) - Quem põe à disposição sua atividade.
Características
Bilateral (ambos assumem obrigações), comutativo (prestações equivalentes), oneroso (vantagens e obrigações recíprocas), consensual e de forma livre.
Distinção entre empreitada e prestação de serviço
Na prestação de serviço, o risco é do tomador; na empreitada, do empreiteiro, que é o responsável pela entrega da obra terminada. Na prestação de serviço, o pagamento se determina pelo tempo de trabalho (dias, horas, etc.); na empreitada, é proporcional à obra contratada, independentemente do tempo consumido na execução.
Classificação
1. Quanto ao modo de fixação do preço
a) A preço fixo (marché à forfait) - Retribuição estipulada para a obra inteira, de antemão, em quantia certa e invariável, sem considerar o fracionamento da atividade. Divide-se em:
- a preço fixo absoluto: não admite qualquer alteração na remuneração, seja qual for o custo da mão-de-obra ou dos materiais;
- a preço fixo relativo: permite variação em decorrência do preço de algum dos componentes da obra ou de alterações que já estejam programadas por influência de fatos previsíveis, ainda que não constatados.
b) Por medida (ad mensuram ou marché sur dévis) - O preço atende ao fracionamento da obra, considerando-se as partes em que ela se divide. Estipula-se o pagamento por parte concluída.
c) Por valor reajustável - O preço varia dado o aumento ou a diminuição valorativa da mão-de-obra e materiais. Possibilita que o preço varie segundo índices oficiais, procedendo-se à revisão periódica em datas preestabelecidas. Protege o empreiteiro em períodos de grande inflação.
d) Por preço máximo - Estabelece-se limite de valor não ultrapassável pelo empreiteiro
e) A preço de custo - O empreiteiro realiza o trabalho, responsabilizando-se pelo fornecimento de materiais e pagamento da mão-de-obra, mediante reembolso do despendido, acrescido do lucro assegurado.
2. Quanto à execução do trabalho
a) Lavor - O empreiteiro assume a obrigação de prestar o trabalho, fornecendo apenas mão-de-obra.
b) Mista - O empreiteiro fornece mão-de-obra e materiais.
Observação: nos contratos de empreitada de edifícios ou construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e o de lavor responderão durante cinco anos pela solidez e segurança do trabalho.
Recebimento
Concluída a obra de acordo com o ajuste ou o costume do lugar, o dono é obrigado a recebê-la. Fica desobrigado se o empreiteiro:
-afastou-se das instruções e planos recebidos;
- descumpriu regras técnicas previstas para trabalhos da espécie; nesse caso, pode haver abatimento do preço.
Doação
Nos termos do artigo 538 do Código Civil de 2002:
“Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.”
Trata-se de um contrato em que uma pessoa, por sua vontade visa transferir de seu patrimônio bens móveis ou imóveis e vantagens, por exemplo, um desconto em passagens áreas por meio de milhas.
Para que ocorra a doação, obrigatoriamente deverá o donatário aceitar por tratar se de negócio jurídico bilateral ou plurilateral.
Resumiremos as principais espécies de doação que pode ser: pura e simples, contemplativa, remuneratória, doação modal ou mediante encargo.
a) Doação pura e simples é aquela que não está ligada a qualquer uma condição, a um termo ou a um encargo.
b) Doaçãocontemplativa é realizada conforme o merecimento do donatário.
c) Doação remuneratória ou onerosa: tem por premissa o agradecimento por determinado serviço prestado.
d) Doação modal ou mediante encargo: nesta modalidade recai-se o ônus ao donatário para produzir efeitos específicos, assim como onerosidade contratual.
Desta forma, se favorecer o doador, somente poderá cobrar, no entanto, se o contrato favorecer um terceiro, tanto o doador como o terceiro poderá cobrar.
e) Doação de casamento futuro ou propter nuptias: trata se de contrato no qual somente haverá a doação se a parte casar-se. Por exemplo: a partir do casamento que o doador que irá dar um imóvel.
f) Doação de subvenção periódica: é a doação que se destina à mantença de certa pessoa, em que o doador entrega periodicamente certa quantia.
g) Doação com cláusula de reversão: somente haverá a reversão da doação se o donatário falecer e o doador for vivo, o objeto da doação retornará para seu patrimônio. Não haverá também a permissão de reversibilidade da doação em favor de terceiros, nos termos da lei. Nos casos de comoriência, a regra é a de que o comoriente não participa da sucessão um do outro e, portanto, não haverá sentido para o ato de reversão.
h) Doação de ascendente para descendente. Não haverão restrições, bem como não ocorrerá a necessidade de autorização de ninguém, tendo em vista que doação de ascendente para descendente necessita de adiantamento de legítima, porém, precisa ser colacionado, servindo-se para igualar a legítima dos herdeiros necessários. Tal regra comportam duas excepcionalidades para não se colacionar a doação entre ascendentes e descedentes. A primeira excepcionalidade é a doação remuneratória. Já a segunda, será de acordo com a dispensa, conforme a sua clasula.
i) Doação conjuntiva: É a doação realizada por muiltplos donatários. Ressalva-se que, se o contrato não estabelecer quota a receber entre os donatários, presume-se que a divisão é igualitária.
Doação por entidade futura: Será possível a doação à pessoa jurídica que ainda não exista, devendo ser constituída no prazo de dois anos.
Doação para nascituro: Será aceita por parte dos representantes do nascituro, cabendo, entretanto, aguardar até que se nasça com vida para que se produzam aos efeitos jurídicos da doação.
SOBRE A REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO
A revogação é ato no qual se retira o efeito jurídico destinado. Assim, nos contratos de doação, haverá também a revogação dos efeitos da doação, como nos casos de ingratidão do donatário (qualidade de quem não reconhece o bem que lhe foi oferecido nem a ajuda que lhe foi concedida) ou mesmo por inexecução do encargo, conforme o artigo 555 do Código Civil de 2002.
Assim, poderá ser promovida determinada ação judicial de revogação de doação, no prazo de um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar e ter sido donatário de seu autor da doação, ao teor do artigo 559 do CC/02.
NULIDADADE DE DOAÇÃO
É proibida a doação universal de todos os bens, sendo passível de nulidade de doação, sendo que, excepcionalmente a pessoa possa reservar determinada renda.
Em tratando se de doação inoficiosa, isto é, aquela que invade a legítima dos herdeiros necessários, poderá tais herdeiros vender tudo, entretanto, não poderá doar todos os bens que tem.
Assim, se houver a doação universal para os descendentes, via de consequência, poderá ocorrer nulidade dupla, por ser universal e por haver herdeiro necessário.
Salienta-se que, na doação inoficiosa haverá nulidade da doação da parte excedente a 50% do valor total dos bens. Podemos citar como exemplo: determinado sujeito doa 75%, no entanto, segundo a legislação civil, o doador só pode dispor de 50%, os outros 20% serão nulos.
Poderá também haver a nulidade (em sentido amplo) contratual no caso de doação entre cônjuges exige bens excluídos da comunhão. Se o cônjuge é herdeiro necessário, a doação também importa adiantamento de legítima e precisa ser colacionada. A doação feita para o amante é anulável.
Neste sentido, poderá o prejudicado promover medida judicial para que anule a doação feita entre amantes, sendo que serão legitimados, o cônjuge e os herdeiros.
Poderá também o cônjuge entrar com a ação antes do prazo, concluindo assim, que os herdeiros não poderão entrar com a ação antes do prazo.

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