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Análise metodológica Chapeuzinho

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UFAM – UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
ANÁLISE DO MÉTODO CIENTÍFICO DO FILME “DEU A LOUCA NA CHAPEUZINHO VERMELHO”
O filme começa no ápice do conto, quando a Chapeuzinho Vermelho chega à casa de sua avó e encontra o Lobo Mau se passando por ela até a chegada do Lenhador, o herói da historinha. A partir daí, “Deu a Louca na Chapeuzinho Vermelho” começa a brincar com a fábula ao apresentar suas personagens de uma maneira completamente diferente. A Chapeuzinho Vermelho, na realidade, trabalha como entregadora de doces na firma da avó. A vovozinha, quando não está fazendo doces, tem uma postura completamente atípica e é praticante de esportes radicais, como snowboard e esqui. O Lobo Mau é um repórter investigativo que não mede esforços para conseguir uma informação. Já o Lenhador, na verdade, é um ator se passando por essa profissão – ele está fazendo uma espécie de laboratório para interpretar um lenhador em um comercial.
No entanto, a história de “Deu a Louca na Chapeuzinho Vermelho” ainda envolve uma estrutura mais complexa do que essa. No momento em que a trama começa a se desenrolar, a plateia fica sabendo que a floresta habitada pelos personagens está sendo atacada por um bandido dos doces. Em consequência disso, lojas e fábricas de doces foram à falência. A única empresa que continua funcionando é a da avó de Chapeuzinho Vermelho. Ao se depararem com o cenário do início do filme, os policiais responsáveis pelo caso do bandido dos doces têm quase certeza de que o marginal é um dos quatro presentes na casa da vovó. O roteiro de “Deu a Louca na Chapeuzinho Vermelho” retrata justamente a versão de cada um destes quatro personagens para de qual forma eles foram parar na casa da vovó naquele momento em particular. Iniciando a análise do método científico do filme, O urso policial utilizou o método hipotético dedutivo, ao querer encerrar o caso supondo hipóteses para a situação, dizendo que a Chapeuzinho roubava as receitas e entregava para o bandido, que o Lobo Mau quis comer a Vovó e a Chapeuzinho Vermelho, e que o Lenhador quis ser o Herói, porém, foi uma hipótese falsa. O método hipotético dedutivo torna falsas as consequências deduzidas das hipóteses. Já na cena em que o Inspetor Pirueta entra na casa da vovozinha, e fala que como existem quatro suspeitos, existem, portanto, quatro histórias. Isto inicia o método fenomenológico, onde este método defende a ideia de que a realidade não é única, e de que existem várias formas de se interpretar. A primeira suspeita é a Chapeuzinho Vermelho, e começa a contar a sua versão. Após esta, as outras suspeitas são o Lobo, o Lenhador e a Vovó, e todos descreveram suas versões para o Inspetor Pirueta. A primeira percepção é observar que esta é uma versão alternativa do tradicional filme da Chapeuzinho Vermelho, cujo afirma que o Lobo mau é o vilão da história; porém, nesta versão da Chapeuzinho Vermelho, analisa-se com o enredo que o Lobo Mau não é o vilão da história, e sim quem se menos esperava. O desenrolar dos fatos se dá por meio das descrições das versões de cada um dos suspeitos, e a interpretação da história originava-se conforme as versões eram contadas. O método fenomenológico cita que a realidade é construída socialmente e entendida da forma que é interpretada. Em todas as versões existentes, havia o coelho, que era o então bandido. Finalmente, a solução para o crime se dá através do método dedutivo, cujo método utiliza uma cadeia de raciocínio descendente, da análise geral para a particular, até a conclusão, ou seja, por meio do conhecimento dos fatos descritos pelos suspeitos, o Inspetor Pirueta deduziu através de um desencadeamento das situações ocorridas, quem pôde ter roubado as receitas, por meio do método fenomenológico onde todas as personagens deram a descrição de suas versões. Não aconteceram contradições entre os suspeitos em nenhuma das versões, e isso facilitou a solução do crime.

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