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* HTLV Introdução: família retroviridae, subfamília oncoviridae. Não é citolítico. O pró-vírus permanece associado às células por toda a vida ORIGEM: HTLV-1 : associado a certos linfomas de cels. T do adulto ( LTA) e a paraparesia espástica tropical também chamada de mielopatia associada ao HTLV-1. HTLV-2 também foi isolado, porém não foi concluída sua associação com doenças. * HTLV- Replicação Adsorção a receptores e Penetração O cerne do vírus é liberado (Desnudamento) RNA viral * DNA viral *Transcriptase reversa ( 2xLTR) DNA pró-viral (próvirus) integra-se ao DNA da cel hospedeiro DNA pró-viral * RNA viral *RNA polimerase 2 Organização das proteínas e RNAs do genoma Brotamento * Replicação * HTLV Patogenia: Transmissão por célula infectada: CÉLULA A CÉLULA Vírus livre tem pouca infectividade HTLV-1 tem especial afinidade por célulasTCD4 HTLV-2 tem afinidade por TCD8 99% das pessoas portadoras do HTLV-I NUNCA desenvolverão qualquer problema de saúde relacionado ao vírus HTLV. * Epidemiologia Mundo: Aproximadamente 20 milhões indivíduos infectados Overbaugh – Nat Med, 10: 20, 2004, MS-Brasil 2014 * 0.08% 0.40% 0.10% 0.33-0.82% 0,40% 1.35-1.80% 0.52% 0.33-0.44% 0.18-0.41% 0. 08% 0.30-0.42% 1,61% Epidemiologia A cidade de Salvador é a que possui maior prevalência no Brasil , sendo cerca de 4 vezes a de São Paulo * Local Salvador Belém Recife Fortaleza Belo Horizonte Rio de Janeiro Porto Alegre São Paulo Ribeirão Preto Florianópolis Manaus Prevalência 1,35-1,80% 1,61% 0,33-0,82% 0,4% 0,32% (HEMOFILICOS 7,5%-1994) 0,33-0,44 0,30-0,42% 0,18-0,41% 0,21% 0,08% 0,08% HTLV-I em Doadores de Sangue * EPIDEMIOLOGIA Distribuição mundial Taxas mais altas ocorrem no sudoeste do Japão , onde 30%da população adulta é de portadores do HTLV-1 Caribe também apresente alta prevalência , onde 2 a 5% da população negra adulta é soropositiva para o HTLV-1 * EPIDEMIOLOGIA Maior prevalência entre as mulheres e essa prevalência aumenta com a idade . No Brasil , uma estimativa preliminar de contaminação na população em geral chega à média de 1 a 2 % . * contato sexual compartilhamento de seringas transfusão de sangue aleitamento materno FORMAS DE TRANSMISSÃO * FORMAS DE TRANSMISSÃO Materno-Infantil - pode representar até 15% de todas as infecções - o aleitamento materno contribui para a maioria das transmissões perinatais Transmissão Sexual - maior ocorrência de transmissão homem-mulher do que mulher-homem H M: 60,8% (Japão) M H: 0,3% (Japão) Transmissão Parenteral - transfusões de componentes celulares - uso de droga intravenosa * TRANSMISSÃO:Transmissão de células T infectadas em fluidos TRANSFUSÃO DE SANGUE Transmissão de HTLV-I pela transfusão de sangue acontece com transfusão de produtos de sangue celulares (sangue total, células vermelhas e plaquetas) mas não com a fração de plasma ou derivado de plasma de sangue infectado pelo HTLV-I. FORMAS DE TRANSMISSÃO * TRANSMISSÃO:TRANSFUSÃO DE SANGUE A taxa de soroconversão : 44% a 63% em recipientes de componentes celulares HTLV-I-infectados, em áreas endêmicas . A probabilidade de transmissão pelo sangue total ou células vermelhas estocadas parece diminuir com maior duração de armazenamento do produto FORMAS DE TRANSMISSÃO * TRANSMISSÃO:TRANSFUSÃO DE SANGUE - Brasil Antes de serem realizados testes sorológicos para HTLV-I/II em banco de sangue o risco de transmissão era de 1/1.147 doações. Após a triagem o risco ficou em 1/31.380 doações com os primeiros testes ELISA e 1/675.000 após o uso de ELISA de última geração (dados do serviço de hemoterapia do H. Albert Einstein, SP). No Japão o risco de transmissão antes de serem feita triagem sorológica para HTLV-I/II era de 53%. Após triagem, o risco caiu 60 X, passando para 0,9%. FORMAS DE TRANSMISSÃO * FORMAS DE TRANSMISSÃO Materno-Infantil - pode representar até 15% de todas as infecções - o aleitamento materno contribui para a maioria das transmissões perinatais, sendo influenciado por -Amamentação por mais de 6 meses – Elevada carga proviral no leite materno. – Concordancia do alelo HLA de tipo I entre mãe e filho – Títulos anti-HTLV-I elevados na mãe. – Ruptura de membranas, desprendimento de placenta e parto prolongado. Proietti FA, Oncogene 2005; 24: 6058-68. * Hollsberg et al. – N Engl J Med, 328: 11273, 1993 Fisiopatologia * MS Brasil-2014 * Leucemias e linfomas de células T de adultos Manifestações clínicas - Ocorre na idade adulta (20 - 80 anos). - Razão homem:mulher : 1:1,4 -Adenomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia e lesões cutâneas ,hipercalcemia. - Leucometria pode ser normal ou até bem elevada - Sobrevida: 2 semanas a mais de 1 ano - causas de morte: infecção por Pneumocystis carinii, CIVD, meningite criptocócica, hipercalcemia e herpes zoster Um em cada 10.000 portadores poderá desenvolve-la ao longo da vida. * FORMAS CLÍNICAS - existem 4 formas da doença: lenta crônica linfomatosa aguda * outras doenças associadas: doenças pulmonares crônicas, uveíte, insuficiência renal crônica, dentre outras Leucemias e linfomas de células T de adultos * FORMAS CLÍNICAS DE LLTA: I Classificação: 1 - Forma lenta (SMOULDERING)= Contagem de linfócitos normal (4.000/mm3) Ausência de hipercalcemia; LDH até 1,5 vez o valor normal; Ausência de adenomegalias; Lesões cutâneas e pulmonares podem estar presentes; * Classificação.... 2 – Forma crônica: Linfocitose absoluta (4.000/mm3 ou mais) LDH até duas vezes o valor máximo normal; Ausência de hipercalcemia; Sem acometimento ósseo, do SNC e do TGI; Ausência de ascite ou de derrame pleural; Pode haver envolvimento do fígado, baço, pele e pulmões; Pode apresentar adenomegalias. * Classificação.... 3 - Forma Linfomatosa: Sem linfocitose 4 – Forma Aguda: O restante dos pacientes com LLTA que tenham as manifestações tumorais e leucêmicas habituais, que não pertençam a nenhuma das outras classificações. * Leucemias e linfomas de células T de adultos Células em “flor” Diagnóstico presença de anticorpos anti-HTLV-1 no sangue * Tratamento - quimioterapia combinada(CHOP, VEPA OU COMLA) é usada para as formas aguda e linfomatosa resultados pregressos pouco favoráveis 3 principais fatores para uma baixa resposta ao tratamento: LDH aumentado,estado leucêmico avançado e comprometimento do estado geral - óbito ligado a complicações pulmonares e hipercalcemia,que associada ao LDH aumentado e aumento anormal da série branca sangüínea, dá uma sobrevida de 6 meses(50% casos) Leucemias e linfomas de células T de adultos * HTLV-1 - Paraparesia espástica tropical Manifestações clínicas apresenta-se de forma insidiosa dores nos membros inferiores (panturrilhas), na região lombar (parte inferior da coluna lombar), dificuldade de defecção ou micção. Estes sintomas são sempre progressivos e estão na região abaixo da linha do umbigo. paraparesia espástica crônica * HTLV-1- Paraparesia espástica tropical Patologia A minoria dos portadores assintomáticos (sem sintomas) poderão desenvolver alguma doença. No Japão, por exemplo, 3-5% entre os portadores assintomáticos poderão desenvolver a doença neurológica (dificuldade de andar). * Patologia processo inflamatório nas substâncias cinzenta e branca da medula o HTLV-1 é linfocitotrópico e interfere no funcionamento da imunidade celular Os linfócitos ativados atravessam a barreira hemato-encefálica, lesionando o SNC As células T citotóxicas são capazes de lesar tanto a bainha de mielina quanto os axônios HTLV-1- Paraparesia espástica tropical * Patologia os trato córtico-espinhais são os mais acometidos, além do funículo posterior comprometimento da motricidade voluntária parestesia de membros inferiores HTLV-1- Paraparesia espástica tropical * Diagnóstico presença de anticorpos anti-HTLV-1 no sangue ou no LCR flowers cells podem ocorrer no sangue ou no LCR Hiperproteinorraquia isolamento viral no sangue ou no LCR, quando possível HTLV-1- Paraparesia espástica tropical * Epidemiologia acomete indivíduos entre 30 e 50 anos A razão mulher/homem é 2:1 1 a 4% dos indivíduos infectados desenvolverão a doença (fatores genéticos, ambientais, co-infecções, carências nutricionais) Regiões endêmicas: Caribe, sul do Japão, África subequatorial, América Latina Brasil: aproximadamente 300 casos documentados HTLV-1- Paraparesia espástica tropical * Tratamento * Fisioterápico prevenir incapacidades Habilitação do paciente Uso de aparelhos * Farmacológico ainda pouco eficazes Os fármacos mais utilizados são corticosteróides, anticolinérgicos e diazepam HTLV-1- Paraparesia espástica tropical * Pacientes com paraparesia apresentam níveis de anticorpos e de carga PRÓ-viral mais elevados do que indivíduos HTLV-I (+) assintomáticos. Carga viral de HTLV-I Pucchioni-Sohler et al. – Neurology, 57: 725, 2001 * - Esclerose Múltipla (forma medular crônica) - Paraparesia Espástica Familial - Neoplasias medulares - Osteoartrose da coluna vertebral - Mielopatia vacuolar pelo HIV - Mielopatia pelo HTLV-II - Mielorradiculopatia esquistossomótica Diagnóstico Diferencial * UVEÍTE Processo Inflamatório da Úvea. Uveíte Anterior , Uveíte Intermediária , Uveíte Posterior e Uveíte Difusa. Existente em Portadores Assintomáticos de HTLV. Encontra-se DNA Pro-viral e RNA Mensageiro do Vírus no Humor Aquoso Caracterizada por um Quadro Inflamatório Discreto , com Maior Prevalência entre os 20 e 49 Anos de Idade. Sinais Clínicos com Presença de Opacidades Vítreas Associadas com Irite e Vasculite Retiniana Discretas. Boa Resposta com uso de Corticosteróide Tópico ou Sistêmico. * UVEÍTE * DIAGNÓSTICO MÉTODOS PARA TRIAGEM SOROLÓGICA - Imunoenzimáticos (ELISA) -Utiliza como antígeno: - lisado viral ; proteínas recombinantes ; peptídeos sintéticos MÉTODOS COMPLEMENTARES E CONFIRMATÓRIOS -Western Blot -detecção de frações virais normais: rp21 , rgp 46-I , rgp 46-II -diferencia HTLV-I e HTLV-II -IFI -Imuno blot MÉTODOS DE BIOLOGIA MOLECULAR PARA CONFIRMAÇÃO - PCR - detecta o genoma viral ; alta sensibilidade e especificidade * DIAGNÓSTICO * Tratamento Não há um tratamento comprovadamente eficaz * * Tentativas de Tratamento Prednisolona Ciclofosfamida Plasmaferese Imunoglobulina EV Interferon -Pentoxifilina -AZT -Lamivudina Nagai et al. - Exp Rev Neurother, 2: 891, 2002 * Tratamento Sintomático Baclofen Tizanidina Diazepan Bromazepan Fisioterapia Medidas de Reabilitação * PREVENÇÃO * Aconselhamento para Prevenção da Transmissão do HTLV-I Centers for Disease Control and Prevention and the U.S.P.H.S. Working Group (1993) Notificação e exclusão dos doadores de sangue Pessoas infectadas com HTLV-1 devem ser aconselhadas a : - dividir essa informação com seu médico ou dentista - não doar sangue , leite materno, sêmem , órgãos do corpo ou outros tecidos para transplantes - não compartilhar agulhas ou seringas com outras pessoas - uso de preservativos * PREVENÇÃO Uma série de vacinas anti-HTLV foi testada com sucesso em símios com imunidade mediada por anticorpos e por células , sendo esta última mais eficiente. Nunca foram introduzidas em humanos. * PREVENÇÃO O uso de filtros leucocitários pode prevenir a transmissão de agentes infecciosos localizados primariamente em leucócitos, incluindo: citomegalovírus (CMV), vírus Epstein-Barr (EBV) vírus de linfócitos humanos T tipo I e II (HTLV-I/II). Pode auxiliar a remoção de bactérias e do Trypanosoma cruzi
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