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11-HTLV

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HTLV
Introdução:
família retroviridae, subfamília oncoviridae.
Não é citolítico.
O pró-vírus permanece associado às células por toda a vida
ORIGEM:
HTLV-1 :
 associado a certos linfomas de cels. T do adulto ( LTA) e a paraparesia espástica tropical também chamada de mielopatia associada ao HTLV-1.
HTLV-2
 também foi isolado, porém não foi concluída sua associação com doenças.
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HTLV- Replicação
 			 Adsorção a receptores e Penetração
		 
			O cerne do vírus é liberado (Desnudamento)
	
		RNA viral * DNA viral *Transcriptase reversa ( 2xLTR)
		DNA pró-viral (próvirus) integra-se ao DNA da cel hospedeiro
 
		 DNA pró-viral * RNA viral *RNA polimerase 2
 		 Organização das proteínas e RNAs do genoma
 					Brotamento
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Replicação
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HTLV 
Patogenia:
 Transmissão por célula infectada: CÉLULA A CÉLULA 
	Vírus livre tem pouca infectividade
	HTLV-1 tem especial afinidade por célulasTCD4
	HTLV-2 tem afinidade por TCD8
99% das pessoas portadoras do HTLV-I NUNCA desenvolverão qualquer problema de saúde relacionado ao vírus HTLV. 
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Epidemiologia
Mundo: Aproximadamente 20 milhões indivíduos infectados
Overbaugh – Nat Med, 10: 20, 2004, MS-Brasil 2014
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0.08%
0.40%
0.10%
0.33-0.82%
0,40%
1.35-1.80%
0.52%
0.33-0.44%
0.18-0.41%
0. 08%
0.30-0.42%
1,61%
Epidemiologia
A cidade de Salvador é a que possui maior prevalência no Brasil , sendo cerca de 4 vezes a de São Paulo
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Local
Salvador 
Belém 
Recife
Fortaleza
Belo Horizonte
Rio de Janeiro
Porto Alegre
São Paulo
Ribeirão Preto
Florianópolis
Manaus
Prevalência
1,35-1,80%
1,61%
0,33-0,82%
0,4% 
0,32% (HEMOFILICOS 7,5%-1994)
0,33-0,44
0,30-0,42%
0,18-0,41%
0,21% 
0,08%
0,08%
HTLV-I em Doadores de Sangue
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EPIDEMIOLOGIA
Distribuição mundial
Taxas mais altas ocorrem no sudoeste do Japão , onde 30%da população adulta é de portadores do HTLV-1
Caribe também apresente alta prevalência , onde 2 a 5% da população negra adulta é soropositiva para o HTLV-1
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EPIDEMIOLOGIA
Maior prevalência entre as mulheres e essa prevalência aumenta com a idade .
No Brasil , uma estimativa preliminar de contaminação na população em geral chega à média de 1 a 2 % .
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contato sexual
compartilhamento de seringas
transfusão de sangue
aleitamento materno
FORMAS DE TRANSMISSÃO
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FORMAS DE TRANSMISSÃO
Materno-Infantil 
 - pode representar até 15% de todas as infecções
 - o aleitamento materno contribui para a maioria das transmissões perinatais
Transmissão Sexual
 - maior ocorrência de transmissão homem-mulher do que mulher-homem
H M: 60,8% (Japão)
M H: 0,3% (Japão)
Transmissão Parenteral
 - transfusões de componentes celulares
 - uso de droga intravenosa 
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TRANSMISSÃO:Transmissão de células T infectadas em fluidos
TRANSFUSÃO DE SANGUE
Transmissão de HTLV-I pela transfusão de sangue acontece com transfusão de produtos de sangue celulares (sangue total, células vermelhas e plaquetas) mas não com a fração de plasma ou derivado de plasma de sangue infectado pelo HTLV-I. 
FORMAS DE TRANSMISSÃO
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TRANSMISSÃO:TRANSFUSÃO DE SANGUE
	A taxa de soroconversão : 
	44% a 63% em recipientes de componentes celulares HTLV-I-infectados, em áreas endêmicas .
A probabilidade de transmissão pelo sangue total ou células vermelhas estocadas parece diminuir com maior duração de armazenamento do produto
FORMAS DE TRANSMISSÃO
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TRANSMISSÃO:TRANSFUSÃO DE SANGUE - Brasil
	Antes de serem realizados testes sorológicos para HTLV-I/II em banco de sangue o risco de transmissão era de 1/1.147 doações. 
Após a triagem o risco ficou em 1/31.380 doações com os primeiros testes ELISA e 1/675.000 após o uso de ELISA de última geração (dados do serviço de hemoterapia do H. Albert Einstein, SP). 
	No Japão o risco de transmissão antes de serem feita triagem sorológica para HTLV-I/II era de 53%. Após triagem, o risco caiu 60 X, passando para 0,9%.
FORMAS DE TRANSMISSÃO
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FORMAS DE TRANSMISSÃO
Materno-Infantil 
 - pode representar até 15% de todas as infecções
 - o aleitamento materno contribui para a maioria das transmissões perinatais, sendo influenciado por
-Amamentação por mais de 6 meses
– Elevada carga proviral no leite materno.
– Concordancia do alelo HLA de tipo I entre mãe e filho
– Títulos anti-HTLV-I elevados na mãe.
– Ruptura de membranas, desprendimento de placenta e parto prolongado. Proietti FA, Oncogene 2005; 24: 6058-68.
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Hollsberg et al. – N Engl J Med, 328: 11273, 1993
Fisiopatologia
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MS Brasil-2014
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Leucemias e linfomas de células T de adultos
Manifestações clínicas
	- Ocorre na idade adulta (20 - 80 anos).
	- Razão homem:mulher : 1:1,4
	-Adenomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia e lesões cutâneas ,hipercalcemia.
	- Leucometria pode ser normal ou até bem elevada
	- Sobrevida: 2 semanas a mais de 1 ano
	- causas de morte: infecção por Pneumocystis carinii, CIVD, meningite criptocócica, hipercalcemia e herpes zoster
 
Um em cada 10.000 portadores poderá desenvolve-la ao longo da vida.
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FORMAS CLÍNICAS
- existem 4 formas da doença:
 lenta
 crônica
 linfomatosa
 aguda
 * outras doenças associadas: doenças pulmonares crônicas, uveíte, insuficiência renal crônica, dentre outras
Leucemias e linfomas de células T de adultos
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FORMAS CLÍNICAS DE LLTA: I
Classificação:
1 - Forma lenta (SMOULDERING)=
Contagem de linfócitos normal (4.000/mm3)
Ausência de hipercalcemia;
LDH até 1,5 vez o valor normal;
Ausência de adenomegalias;
Lesões cutâneas e pulmonares podem estar presentes;
 
 
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Classificação....
2 – Forma crônica:
Linfocitose absoluta (4.000/mm3 ou mais) 
LDH até duas vezes o valor máximo normal;
Ausência de hipercalcemia;
Sem acometimento ósseo, do SNC e do TGI;
Ausência de ascite ou de derrame pleural;
Pode haver envolvimento do fígado, baço, pele e pulmões;
Pode apresentar adenomegalias.
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Classificação....
3 - Forma Linfomatosa:
Sem linfocitose
4 – Forma Aguda:
O restante dos pacientes com LLTA que tenham as manifestações tumorais e leucêmicas habituais, que não pertençam a nenhuma das outras classificações.
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Leucemias e linfomas de células T de adultos
Células em “flor”
Diagnóstico
presença de anticorpos anti-HTLV-1 no sangue
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Tratamento
- quimioterapia combinada(CHOP, VEPA OU COMLA) é usada para as formas aguda e linfomatosa
resultados pregressos pouco favoráveis
3 principais fatores para uma baixa resposta ao tratamento:
	 LDH aumentado,estado leucêmico avançado e comprometimento do estado geral
- óbito ligado a complicações pulmonares e hipercalcemia,que associada ao LDH aumentado e aumento anormal da série branca sangüínea, dá uma sobrevida de 6 meses(50% casos) 
Leucemias e linfomas de células T de adultos
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HTLV-1 - Paraparesia espástica tropical
Manifestações clínicas
apresenta-se de forma insidiosa
dores nos membros inferiores (panturrilhas),
 na região lombar (parte inferior da coluna lombar), 
dificuldade de defecção ou micção. Estes sintomas são sempre progressivos e estão na região abaixo da linha do umbigo. 
paraparesia espástica crônica
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HTLV-1- Paraparesia espástica tropical
Patologia
A minoria dos portadores assintomáticos (sem sintomas) poderão desenvolver alguma doença. 
No Japão, por exemplo, 3-5% entre os portadores assintomáticos poderão desenvolver a doença neurológica (dificuldade de andar). 
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Patologia
processo inflamatório nas substâncias cinzenta e branca da medula
o HTLV-1 é linfocitotrópico e interfere no funcionamento da imunidade celular
Os linfócitos ativados atravessam
a barreira hemato-encefálica, lesionando o SNC
As células T citotóxicas são capazes de lesar tanto a bainha de mielina quanto os axônios
HTLV-1- Paraparesia espástica tropical
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Patologia
os trato córtico-espinhais são os mais acometidos, além do funículo posterior
comprometimento da motricidade voluntária
parestesia de membros inferiores
HTLV-1- Paraparesia espástica tropical
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Diagnóstico
presença de anticorpos anti-HTLV-1 no sangue ou no LCR
flowers cells podem ocorrer no sangue ou no LCR
Hiperproteinorraquia
isolamento viral no sangue ou no LCR, quando possível
HTLV-1- Paraparesia espástica tropical
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Epidemiologia
acomete indivíduos entre 30 e 50 anos
A razão mulher/homem é 2:1
1 a 4% dos indivíduos infectados desenvolverão a doença (fatores genéticos, ambientais, co-infecções, carências nutricionais)
Regiões endêmicas: Caribe, sul do Japão, África subequatorial, América Latina
Brasil: aproximadamente 300 casos documentados
HTLV-1- Paraparesia espástica tropical
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Tratamento
* Fisioterápico
prevenir incapacidades
Habilitação do paciente
Uso de aparelhos
* Farmacológico
ainda pouco eficazes
Os fármacos mais utilizados são corticosteróides, anticolinérgicos e diazepam
HTLV-1- Paraparesia espástica tropical
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Pacientes com paraparesia apresentam níveis de anticorpos e de carga PRÓ-viral mais elevados do que indivíduos HTLV-I (+) assintomáticos. 
Carga viral de HTLV-I 
Pucchioni-Sohler et al. – Neurology, 57: 725, 2001
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- Esclerose Múltipla (forma medular crônica)
- Paraparesia Espástica Familial
- Neoplasias medulares 
- Osteoartrose da coluna vertebral
- Mielopatia vacuolar pelo HIV
- Mielopatia pelo HTLV-II
- Mielorradiculopatia esquistossomótica
Diagnóstico Diferencial
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UVEÍTE
Processo Inflamatório da Úvea.
Uveíte Anterior , Uveíte Intermediária , Uveíte Posterior e Uveíte Difusa.
Existente em Portadores Assintomáticos de HTLV.
Encontra-se DNA Pro-viral e RNA Mensageiro do Vírus no Humor Aquoso
Caracterizada por um Quadro Inflamatório Discreto , com Maior Prevalência entre os 20 e 49 Anos de Idade.
Sinais Clínicos com Presença de Opacidades Vítreas Associadas com Irite e Vasculite Retiniana Discretas.
Boa Resposta com uso de Corticosteróide Tópico ou Sistêmico.
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UVEÍTE
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DIAGNÓSTICO
MÉTODOS PARA TRIAGEM SOROLÓGICA
 - Imunoenzimáticos (ELISA)
 	-Utiliza como antígeno:
 - lisado viral ; proteínas recombinantes ; peptídeos sintéticos
MÉTODOS COMPLEMENTARES E CONFIRMATÓRIOS
 -Western Blot
 -detecção de frações virais normais: rp21 , rgp 46-I , rgp 46-II 
 -diferencia HTLV-I e HTLV-II
 -IFI
 -Imuno blot
MÉTODOS DE BIOLOGIA MOLECULAR PARA CONFIRMAÇÃO
 - PCR
 - detecta o genoma viral ; alta sensibilidade e especificidade
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DIAGNÓSTICO
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Tratamento
Não há um tratamento
comprovadamente eficaz
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Tentativas de Tratamento
Prednisolona
Ciclofosfamida
Plasmaferese
Imunoglobulina EV 
Interferon 
-Pentoxifilina
-AZT
-Lamivudina
Nagai et al. - Exp Rev Neurother, 2: 891, 2002
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Tratamento Sintomático
Baclofen
Tizanidina
Diazepan
Bromazepan
Fisioterapia
Medidas de Reabilitação
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PREVENÇÃO
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Aconselhamento para Prevenção
da Transmissão do HTLV-I
Centers for Disease Control and Prevention and 
the U.S.P.H.S. Working Group (1993)
Notificação e exclusão dos doadores de sangue
Pessoas infectadas com HTLV-1 devem ser aconselhadas a :
 - dividir essa informação com seu médico ou dentista 
 - não doar sangue , leite materno, sêmem , órgãos do corpo ou outros tecidos para transplantes
 - não compartilhar agulhas ou seringas com outras pessoas
 - uso de preservativos 
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PREVENÇÃO
Uma série de vacinas anti-HTLV foi testada com sucesso em símios com imunidade mediada por anticorpos e por células , sendo esta última mais eficiente. Nunca foram introduzidas em humanos. 
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PREVENÇÃO
O uso de filtros leucocitários pode prevenir a transmissão de agentes infecciosos localizados primariamente em leucócitos, incluindo:
 citomegalovírus (CMV), 
vírus Epstein-Barr (EBV) 
vírus de linfócitos humanos T tipo I e II (HTLV-I/II).
Pode auxiliar a remoção de bactérias e do Trypanosoma cruzi

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