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Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 1 Interpretando o Exame de Bioquímica do Sangue “O exame clínico é de fundamental importância, pois através dos sinais e sintomas é que suspeitamos determinada doença” “Devemos ter conhecimento das doenças em geral para podermos solicitar exames complementares coerentes para a obtenção do diagnóstico” Testes bioquímicos Métodos manuais; Métodos automatizados; Bioquímica do Sangue Substâncias Eletrolíticas Substâncias não Eletrolíticas Sódio Potássio Cloretos Glicose Ureia Creatinina Bilirrubinas Cálcio Ácido úrico Proteínas plasmáticas (Albumina / globulinas) Lipídeos plasmáticos (triglicerídeos / colesterol) Enzimas: Amilase, Lipase, Fosfatase Alcalina, TGO, TGP Sódio – Na Mantém a pressão osmótica e transmite impulsos nervosos; Dosagem do sódio – soro plasma ou urina de 24 horas; Valores normais: → Sangue: 135 – 145 (mEq/l ou mmol/l) → Urina: 40 – 220 mmol/d Indicação: diagnóstico e tratamento da desidratação e hiper-hidratação; ↓ - Letargia, fraqueza, convulsões; ↑ - Cefaleia, delírio, parada respiratória, H.A.S., eritema pele; Hipernatremia: aumento do sódio; → Febre, exercícios, grandes queimados, taquipneia; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 2 → Diabetes, uso de diuréticos de alça, dialise; Hiponatremia: diminuição do sódio → Insuficiência renal e insuficiência cardíaca congestiva; → Estados hipoproteicos – Hipoalbuminemia Potássio – K Principal íon do líquido intracelular; Papel importante na condução nervosa, função muscular, equilíbrio ácido-base e pressão osmótica intracelular; Equilíbrio deve ser feito ingesta alimentar média de 80 – 200 mEq/dia; Valores normais: 3,5 – 5,5mEq/l; Hipercalcemia: aumento de potássio → Insuficiência renal; Lesão celular como em queimaduras; Acidose metabólica; Doença de Addison (hipocortisolinismo); Diabetes descontrolada; Hipocalcemia: diminuição do potássio → Diarreia; Vômitos; Sudorese; Inanição; Feridas com drenagem; Fibrose cística; Queimaduras graves; Alcoolismo; Hiperglicemia osmótica; Alcalose respiratória; Acidose tubular renal; Diuréticos; Glicose Valores normais: 70 – 99 mg/Dl em jejum de 8 a 12h; Em condições normais, vários mecanismos regulatórios mantém a glicose sanguínea normal (glicemia); Após uma refeição contendo carboidratos, a elevação da glicose circulante: 1) Remoção pelo fígado o 70% via circulação porta; o Parte da glicose é oxidada e parte é convertida em glicogênio para ser utilizada como combustível no jejum; o O excesso de glicose convertida em ácidos graxos e triglicerídeos e transportados para os estoques do tecido adiposo; 2) Liberação de insulina pelas células β do pâncreas; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 3 3) Aumento da captação da glicose pelos tecidos periféricos; 4) Inibição da liberação do glucagônio; Hiperglicemia: aumento da glicose → Diabetes; Doença de Cusning; Estresse físico e emocional; Feocromocitona; Adenoma pituitário; Hemocromatose; Pancreatite; Glaucoma; Hepatopatia crônica; Doença renal crônica; Deficiência de vitamina B12; Hipoglicemia: diminuição da glicose → Sintomas mais frequentes: fraqueza, suor, calafrios, náusea, pulso rápido, fome, tonturas, e desconforto epigástrico; → Pequeno para a idade gestacional/prematuros; → Hematócrito > 55%; → Jejum prolongado; → Exercício intenso; → Doses tóxicas de aspirina e acetaminofen; → Outras drogas como etanol, quinino e haloperidol; → Septicemia; → Desnutrição severa; Ureia A ureia constitui 45% do nitrogênio não proteico no sangue; Após a síntese hepática, a ureia é transportada pelo plasma até os rins, onde é filtrada pelos glomérulos; A ureia é excretada na urina; ¼ da ureia é metabolizada no intestino para formar amônia e CO2 pela ação da flora bacteriana normal; Esta amônia é reabsorvida e levada ao fígado onde é reconvertida em ureia; Taxa normal varia de 20 a 40 mg/dl; Fatores que alteram os níveis de ureia: → → Função renal → Conteúdo proteico da dieta → Teor de catabolismo proteico → Estado de hidratação Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 4 → Presença de sangramento intestinal → Uso de corticoides Serve como um índice predictivo de insuficiência renal sintomática e no estabelecimento de diagnóstico na distinção entre várias causas de insuficiência renal; Hiperuremia: aumento da ureia → Sintomas: náuseas, vômitos, progredindo para o torpor e coma; → Causas: o Pré-renal: ICC, Desidratação, Choque, Hemorragia digestiva; o Renais: Glomerulonefrites, Nefrite crônica, Rim policístico, NTA, Coma diabético; o Pós-renal: Obstrução do ureter (cálculos, coágulos, tumores da bexiga, hipertrofia prostática), Obstrução na saída da bexiga (bexiga neurogênica, hipertrofia prostática, carcinoma, cálculos, coagulo e estenose uretral); Hipouremia: diminuição da ureia → Insuficiência hepática, Acromegalia, Desnutrição, Uso de esteroides anabólicos, Absorção comprometida, Síndrome nefrótica, Síndrome Inapropriada do Hormônio Antidiurético; Creatinina É produzida como resultado da desidratação não enzimática da creatinina muscular; A creatinina é sintetizada no fígado, rim, pâncreas e é transportada para as células musculares e cérebro, onde é fosforilada a creatina-fosfato (substância que atua como reservatório de energia); Creatina-fosfato e a creatina (condições fisiológicas), perdem o ácido fosfórico ou água para formar a creatinina; A creatinina difunde do músculo para o plasma onde é removida quase inteiramente e em velocidade relativamente constante por filtração glomerular, sendo excelente marcador da função renal; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 5 Taxa normal é de até 1,3mg/dL; → Homem: 0,8 a 1,3mg/dL; → Mulher: 0,6 a 1mg/dL; Aumento da creatinina → Redução da velocidade de filtração glomerular; → Promove uma menor excreção urinária de creatinina; → Aumento na concentração plasmática da mesma; → Aumento indica a deterioração da função renal e a severidade da enfermidade; → Causas: o Pré-Renal: Necrose muscular esquelética (traumas, distrofias musculares rápidas, poliomielite, dermatomiosite, miastenia grave, fome, ICC, choque, diabetes, depleção de sais e água (associado ao vomito, diarreia ou fistulas gastrointestinais, uso excessivo de diuréticos); o Renais: Lesão do glomérulo, túbulo, vasos sanguíneos ou tecido intersticial renal; o Pós-renal: Hipertrofia prostática, compressões extrínsecas dos ureteres, cálculos, anormalidades congênitas que comprimem ou bloqueiam os ureteres; Ácido úrico É o principal produto do catabolismo das bases púricas (adenina e guanina); É formado principalmente no fígado; A excreção é pela urina e sistema digestivo (fezes); Maiores concentrações: sexo masculino / obesos; Valores de referência – soro sanguíneo → Homens: 3,5 a 7,2 mg/dL; → Mulheres: 2,6 a 6 mg/dL; Gota Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 6 Deposição de cristais de uratos monossódicos (tofos) insolúveis nas juntas das extremidades, ataques recorrentes de artrite inflamatória aguda, nefropatia, cálculos renais de ácido úrico; Sintomas: dor articular, edema, rigidez articular; Complicações: Urolitíase – formação de cálculos de urato; Doença renal crônica progressiva; Albumina Albumina compreende ao redor de 60% das proteínas presentes no plasma humano; É sintetizada no fígado em velocidade dependente da ingestão proteica; Contribui 75-80% do efeito osmótico do plasma, um dos fatores que regulam a distribuição apropriada de água entre os compartimentos intra e extracelulares; Principal consequência da diminuição da Albumina: → Distribuição de líquidos corporais– EDEMA (a albumina é o mais importante contribuinte da pressão oncótica do plasma); Valor de referência para a albumina sérica – Adultos: 3,5 a 5g/dL; Hiperalbuminemia: aumento de albumina → Redução da síntese o Enfermidade hepática severa, como hepatite crônica e cirrose, resulta na incapacidade dos hepatócitos em sintetizar albumina; o Desnutrição ou diminuição da ingestão proteica; o Síndromes de má absorção, redução da absorção de aminoácidos; → Aumento do catabolismo proteico o Como resultado de lesões (cirurgia de grande porte ou trauma), infecção ou malignidade; → Perda de proteínas o Urina: síndrome nefrótica, glomerulonefrite crônica, diabetes ou lúpus eritematoso sistêmico; o Fezes: enteropatia de proteínas aumentada por enfermidade neoplástica ou inflamatória; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 7 o Pele: queimaduras; → Distribuição alterada o Sequestro de grandes quantidades de albumina do compartimento extracelular: ascite; Lipídeos Plasmáticos Triglicerídeos, Colesterol e Lipoproteínas: LDL, HDL, VLDL Triglicerídeos Forma de gordura que circula na corrente sanguínea; É armazenado no tecido adiposo; Níveis altos está associado a um aumento no risco de doenças do coração; Quando associado ao colesterol alto e outros fatores de risco, maior risco para cardiopatia; Níveis muito alto podem causar pancreatite, hepatoesplenomegalia e depósitos de gordura na pele (xantomas); Valores de referência: → → Desejável: < 150mg/dL; → Limítrofe: 150 - 199 mg/dL; → Alto: 200 - 499 mg/dL; → Muito alto: = ou > 500 mg/dL; Colesterol Amplamente distribuído pelo corpo: sangue, cérebro, fígado, rins, fibras nervosas; Componente essencial das membranas; Produção de ácidos biliares, esteroides suprarrenais e hormônios sexuais; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 8 Valores de referência: → Desejável: 140 - 199 mg/dL; → Limítrofe: 200 - 239 mg/dL; → Alto: > 240 mg/dL; Aumento do colesterol Diminuição do colesterol → Aterosclerose; → Hipercolesterolemia familiar; → Síndrome do Nefrótico; → Diabetes mellitus → Metaplasia mieloide; → Hipertireoidismo; → Má-absorção e má-nutrição; → Leucemia mielocítica crônica; HDL – Lipoproteína de Alta Densidade As HDL tem ação protetora contra a doença arterial coronário; Metabolismo de outras lipoproteínas; Transporte de colesterol dos tecidos periféricos para o fígado; Valores de referência → Homem: 37 - 70 mg/dL; → Mulher: 40 - 85 mg/dL; Valores elevados: Alcoolismo, Hepatite crônica, Drogas (ácido nicotínico, estrogênios, fenitoína); Valores reduzidos: Arteriosclerose, Colestase, Coronariopatia, Diabetes; LDL – Lipoproteína de Baixa Densidade Os níveis elevados de LDL estão diretamente associados no prognóstico de risco de aterosclerose coronariana; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 9 Valores de referência → Desejável: < 130 mg/dL; → Limítrofe: 140 - 159 mg/dL; → Alto risco: > 160 mg/dL; Valores aumentados: Anorexia nervosa, Diabetes, Hepatopatia, Insuficiência renal, Drogas (anticoncepcionais orais, Corticosteroides, Diuréticos); Valores reduzidos: Doença articular inflamatória, Doença Pulmonar, Hipoalbuminemia; Cálcio – Ca Cálcio corpóreo 98 a 99%: ossos e dentes; Cálcio sanguíneo: 50% ionizado (ligado a albumina); Útil em processos vitais como: Contração muscular, Função cardíaca, Transmissão de impulsos nervosos e Coagulação sanguínea; Valores normais de cálcio: → → Adultos: 8,4 – 10,2 → 13 – 15 anos: 9,2 – 10,7 → 15 – 18 anos: 8,4 – 10,7 Hipercalcemia: aumento do cálcio → Hipertireoidismo; → Câncer; → Ingesta excessiva de vitamina D; → Transplante renal; → Toxicose tireoidiana; → Doença de Paget do osso; Hipocalcemia: diminuição do cálcio → Níveis reduzidos de albumina; → Má absorção; → Insuficiência renal; → Desnutrição; → Alcoolismo; → Osteomalácia; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 10 Bilirrubina A bilirrubina não-conjugada ou bilirrubina indireta produzida no SRE é apolar e insolúvel em água e é transportada para o fígado via corrente circulatória ligada de maneira firme mas reversível, á albumina; A bilirrubina isolada da albumina entra na célula hepática e forma a bilirrubina conjugada ou bilirrubina direta; É o principal produto do metabolismo da porção HEME da hemoglobina; É removida pelo fígado para conjugação e excretada na bile; Hiperbilirrubinemia Icterícia: é a pigmentação amarela da pele, esclerótica e membranas mucosas, resultante do aumento da bilirrubina; A icterícia é o sinal mais precoce de uma série de patologias hepáticas e biliares; Bilirrubina Direta / Conjugada Avalia a integridade fisiológica do hepatócito e da permeabilidade das vias biliares intra e extra – hepáticas; Indica um comprometimento na captação, no armazenamento ou na excreção da bilirrubina; Colestase intra-hepática – Hepatite viral aguda, Infecções sistêmicas; Obstrução biliar extra-hepática – Coledocolitiase, Fibrose de cabeça do pâncreas, Retenção de cálculos biliares; Bilirrubina Indireta / Não Conjugada Avalia a capacidade de depuração do fígado; Estão ligados a captação e/ou conjugação hepática; Resulta da presença excessiva de bilirrubina não-conjugada no sangue circulante, provocando maior oferta ao hepatócito que não consegue captá-la em velocidade compatível com sua produção; Icterícia fisiológica do recém-nascido; Icterícia hemolítica (destruição excessiva de hemácias circulantes); Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 11 Amilase Presente em vários órgãos e tecidos; Maior concentração: Pâncreas e Parótidas; Taxa normal: 50 – 160 U/L; Pancreatite aguda → Aumento 3x mais do pâncreas; → Elevação transitória: maior nas primeiras 24 a 30h; Causas de aumento da Amilase: → Úlceras gástricas e duodenais perfuradas; → Obstrução intestinal; → Obstrução do ducto pancreático e do colédoco; → Todo processo agudo na área adjacente ao pâncreas; → Manipulação cirúrgica próximo ao pâncreas; → Parotidite viral ou bacteriana (aumenta a amilase salivar: ptialina); → Contração do esfíncter de Oddi (ação de opiáceos); → Câncer de pâncreas: raramente aumenta a amilase → Pancreatite Crônica: amilases normais; Lipase Fonte mais importante: Pâncreas; Secretada (certa quantidade) pela mucosa gástrica e células intestinais; Os valores tem relação com amilase; Seu aumento é mais tardio e persistem mais tempo; Causas: → → Pancreatite aguda; → Úlceras duodenais e ileais; → Obstrução intestinal; → Câncer de pâncreas; → Parotidite viral ou bacteriana = Normal Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 12 Fosfatase Alcalina Valor de referência → Adulto: 100 – 200 U/L; → Crianças: 180 – 1200 U/L; Maior concentração: Fígado e Osso; Epitélio dos canais biliares; Mucosa intestinal; Placenta; Crescimento ósseo rápido; Crianças: 1,5 – 2 vezes > adulto; Adolescente: 3 – 5 vezes > adulto; Gravidez – terceiro trimestre: duplica ou triplica; Hepatopatia ativa; Obstrução dos canais biliares: intra ou extra hepática, externa ou localizada; Muito aumentada: Tumor Hepático ou Tumor biliar com colangite; Tumor metastático com reação osteoblástica; Consolidação de fraturas; Raquitismo; Osteomalácia; Tireotoxicose; Hiperparatireodismo primário; DHL – Lactato-desidrogenase Valor de referência → 207 – 414 U/L (automatizado); → 80 – 220 U/L (não-automatizado); Presente em vários tecidos; Aumenta 12 a 24h; Pico máximo: 2 a 4 dias; Normal: 8 a 14 dias; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 13 Hepatopatias e pneumopatias; TGP/AST – Aspartato Aminotransferase TGO/ALT –Alanina Aminotransferase Coração, Fígado, Pulmão, Músculo Esquelético, Rim, Cérebro, Pâncreas...; A quantidade circulante está relacionada com o número de células lesionadas e o tempo; Valor normal → Adultos: 5 – 40 U/L; → 6 – 12 anos: 10 – 50 U/L; → 12 – 18 anos: 10 – 40 U/L; Aumento → → Hepatite crônica e aguda; → Cirrose ativa; → Mononucleose infecciosa; → Metástase e necrose hepática; → Carcinoma primário e metastático; → Hepatite alcoólica; → Síndrome de Reye; → Pancreatite; → Dermatomiosite; → Poliomiosite; Quando solicitar exames? - Diagnóstico Clínico; - Avaliar sinais e sintomas; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 14 Caso clínico M.A.S., 45 anos, F, casada, natural de Manuas/AM; Deu entrada no pronto socorro com evolução de 3 dias com dor abdominal em Hipocôndrio Direito, vômitos (vários episódios), cefaleia, pirose; Refere que há 24h notou colúria e icterícia de escleras; No exame físico paciente encontrava-se desidratada, ictérica ++/4+, hipocorada +/4+, sinal de Murphy +; Qual o diagnóstico sindrômico? → Síndrome abdominal o Dor abdominal, Vômitos, Cefaleia, Pirose, Colúria, Icterícia, Sinal de Murphy positivo, Hipocorada; Qual(is) exame(s) deve(m) ser realizado(s)? → Hemograma; → Bioquímica o Função hepática: TGO e TGP; o Bilirrubinas; o Função renal: ureia e creatinina; o Eletrólitos: sódio e potássio; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 15 Caso clínico Paciente: A. L. F. – 32 anos QP: “Febre e dor nas pernas” HDA: Paciente refere quadro clínico de início há +/- 5 dias, apresentando febre alta, aferida (38°C), acompanhada de mialgia, principalmente em panturrilha, bilateral, e artralgia disseminada, evoluindo com vômitos (vários episódios) e aparecimento de icterícia nas últimas 24hrs; Ao exame físico paciente REG, LOTE, desidratado +/4+ e ictérico ++/4+; Quais exames solicitar? → Febre alta, aferida (38°C) – HEMOGRAMA; → Mialgia (panturrilha), bilateral, e artralgia – CK; → Vômitos (vários episódios) – SÓDIO, POTÁSSIO, UREIA, CREATININA; → Icterícia – BILIRRUBINAS, TGO, TGP, FOSFATASE ALCALINA, GAMA GT, AMILASE, ALBUMINA; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 16 Caso clínico QP: “Dificuldade de engolir”; HDA: Paciente relata que há 9 dias apresenta hiporexia, astenia e tosse seca. Há 15 dias apresenta episódios diários de diarreia liquida, sem restos alimentares, sangue ou muco. Refere ainda perda ponderal de 7kg neste período. Relata também 1 episódio de febre não aferida e pré-sincope antes de comparecer ao PA. Atualmente, paciente refere melhora do estado geral, porém permanece a astenia; HPP: Relata 2 episódios de TB pulmonar, o último tratado durante 6 meses, termino do tratamento há 5 meses (SIC); HPP: Nega histórico de patologias na família; HVida: Etilista ocasional, Nega tabagismo e outras drogas; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 17 HSoc: Reside em casa de alvenaria, sozinho, consome agua mineral, coleta de lixo adequada e saneamento básico; Somatoscopia: REG, LOTE, hipocorado +++/4+, desidratado, anictérico, acianótico, eupneico, afebril ao toque; Quais exames solicitar? → Astenia, hipocorado +++/4+ – HEMOGRAMA; → Diarreia liquida, desidratado – UREIA, CREATININA, SÓDIO, POTASSIO; → Perda ponderal de 7kg – ALBUMINA; Método Clínico II Aula 2: 09/08 – Prof. Sílvio 18
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