Buscar

português_fcc_2014

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 79 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
1 
 
 
 
_Questões de português – FCC 2014_ 
 
Dúvidas? Clique aqui 
 
www.professoraluiziocosta.com.br 
contato@professoraluizocosta.com.br 
www.facebook.com/professoraluiziocosta 
 
 
Questões de Português – FCC – 2014 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
2 
 
 
 
Sumário 
VERBOS ....................................................................................................................................................................... 3 
MORFOLOGIA ............................................................................................................................................................... 43 
PRONOMES .................................................................................................................................................................. 55 
SINTAXE ........................................................................................................................................................................ 70 
GABARITOS ................................................................................................................................................................... 79 
 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
3 
 
VERBOS 
1 - ( FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação ) 
Os direitos “nossos” e os “deles” 
 
 Não é incomum que julguemos o que chamamos “nossos” direitos superiores aos direitos do “outro”. Tanto no nível 
mais pessoal das relações como nos fatos sociais costuma ocorrer essa discrepância, com as consequências de 
sempre: soluções injustas. 
Durante um júri, em que defendia um escravo que havia matado o seu senhor, Luís Gama (1830 - 1882), advogado, 
jornalista e escritor mestiço, abolicionista que chegou a ser escravo por alguns anos, proferiu uma frase que se tornou 
célebre, numa sessão de julgamento: "O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em 
legítima defesa". A frase causou tumulto e acabou por suspender a sessão do júri, despertando tremenda polêmica à 
época. Na verdade, continua provocando. 
Dissesse alguém isso hoje, em alguma circunstância análoga, seria aplaudido por uns e acusado por outros de 
demonizar o “proprietário”. Como se vê, também a demonização tem duas mãos: os partidários de quem subjuga 
acabam por demonizar a reação do subjugado. Tais fatos e tais polêmicas, sobre tais direitos, nem deveriam existir, 
mas existem; será que terão fim? 
O grande pensador e militante italiano Antonio Gramsci (1891-1937), que passou muitos anos na prisão por conta de 
suas ideias socialistas, propunha, em algum lugar de sua obra, que diante do dilema de uma escolha nossa conduta 
subsequente deve se reger pela avaliação objetiva das circunstâncias para então responder à seguinte pergunta: 
“Quem sofre?” Para Gramsci, o sofrimento humano é um parâmetro que não se pode perder de vista na avaliação das 
decisões pessoais ou políticas. 
 
 (Abelardo Trancoso, inédito) 
Na frase Dissesse alguém isso hoje, seria aplaudido por muitos, ao passo que uns poucos o condenariam com 
veemência, a correlação entre tempos e modos verbais continuará adequada caso se substituam as formas 
sublinhadas, na ordem dada, por 
a) Diria - será - condenem 
b) Diga - será - condenarão 
c) Diria - fosse - condenassem 
d) Diga - terá sido - condenem 
e) Teria dito - teria sido - condenassem 
 
 
2 - ( FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação ) 
Ambos os verbos indicados entre parênteses deverão adotar uma forma do singular para preencherem de modo 
adequado a lacuna da frase: 
a) Ao tempo de Luís Gama, a um proprietário jamais se ...... (aplicar) quaisquer penas por atos que ...... (haver) 
representado uma tortura a um escravo. 
b) Para Gramsci, os sofrimentos que para alguém ...... (advir) de uma decisão ...... (dever) ser levados em conta por 
quem viesse a tomá-la. 
c) ...... (ser) de se lamentar que tais ocorrências ainda ...... (ter) havido. 
d) Caso ...... (continuar) a ocorrer tais fatos, ...... (haver) que se tomar providências. 
e) ..... (ocorrer) a Luís Gama argumentos que jamais se ...... (ver) antes. 
 
 
3 - ( FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação ) 
Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado na frase os partidários de quem subjuga acabam por 
demonizar a reação do subjugado, ele deverá assumir a seguinte forma: 
a) acabam demonizando. 
b) acabam sendo demonizados. 
c) acabará sendo demonizada. 
d) acaba por ter sido demonizado. 
e) acaba por ser demonizada. 
 
 
4 - ( FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação / ) 
Novas fronteiras do mundo globalizado 
 
 Apesar do desenvolvimento espetacular das tecnologias, não devemos imaginar que vivemos em um mundo sem 
fronteiras, como se o espaço estivesse definitivamente superado pela velocidade do tempo. Seria mais correto dizer 
que a modernidade, ao romper com a geografia tradicional, cria novos limites. Se a diferença entre o “Primeiro” e o 
“Terceiro” mundo é diluída, outras surgem no interior deste último, agrupando ou excluindo as pessoas. 
 Nossa contemporaneidade faz do próximo o distante, separando-nos daquilo que nos cerca, ao nos avizinhar de 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
4 
 
lugares remotos. Neste caso, não seria o outro aquilo que o “nós” gostaria de excluir? Como o islamismo (associado à 
noção de irracionalidade), ou os espaços de pobreza (África, setores de países em desenvolvimento), que apesar de 
muitas vezes próximos se afastam dos ideais cultivados pela modernidade. 
 
 (Adaptado de: ORTIZ, Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 220) 
 
Todas as formas verbais estão adequadamente empregadas quanto ao sentido e corretamente flexionadas na frase: 
a) Ainda ontem nos contemos diante do seu entusiasmo, desistindo de o dissuadir de que nós é que estávamos certos. 
b) O que contribue para a globalização não diminui os abismos que sempre se interporam entre as classes sociais. 
c) Muitas pessoas já se contraporam, no passado, aos abusos que adviram com as novidades tecnológicas. 
d) O que sobrevier à globalização proverá ou não de razão os argumentos utilizados pelo autor do texto. 
e) Se alguém se dispor a concordar com suas opiniões, satisfazer-se-á em se manter passivo diante da globalização? 
 
 
5 - ( FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo - Engenharia Civil - Conhecimentos Básicos ) 
Nosso jeitinho 
 
 Um amigo meu, estrangeiro, já há uns seis anos morando no Brasil, lembrava-me outro dia qual fora sua principal 
dificuldade - entre várias - de se adaptar aos nossos costumes. “Certamente foi lidar com o tal do jeitinho”, explicou. 
“Custei a entender que aqui no Brasil nada está perdido, nenhum impasse é definitivo: sempre haverá como se dar um 
jeitinho em tudo, desde fazer o motor do carro velho funcionar com um pedaço de arame até conseguir que o primo do 
amigo do chefe da seção regional da Secretaria de Alimentos convença este último a influenciar oDiretor no despacho 
de um processo”. 
 Meu amigo estrangeiro estava, como se vê, reconhecendo a nossa “informalidade” - que é o nome chique do tal do 
jeitinho. O sistema - também batizado pelos sociólogos como o do “favor” - não deixa de ser simpático, embora esteja 
longe de ser justo. Os beneficiados nunca reclamam, e os que jamais foram morrem de inveja e mantêm esperanças. 
Até o poeta Drummond tratou da questão no poema “Explicação”, em que diz a certa altura: “E no fim dá certo”. Essa 
conclusão aponta para uma espécie de providencialismo místico, contrapartida divina do jeitinho: tudo se há de arranjar, 
porque Deus é brasileiro. Entre a piada e a seriedade, muita gente segue contando com nosso modo tão jeitoso de 
viver. 
 É possível que os tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução do jeitinho: a informatização de 
tudo, a rapidez da mídia, a divulgação instantânea nas redes sociais, tudo se encaminha para alguma transparência, 
que é a inimiga mortal da informalidade. Tudo se documenta, se registra, se formaliza de algum modo - e o jeitinho 
passa a ser facilmente desmascarado, comprometido o seu anonimato e perdendo força aquela simpática 
clandestinidade que sempre o protegeu. Mas há ainda muita gente que acha que nós, os brasileiros, com nossa 
indiscutível criatividade, daremos um jeito de contornar esse problema. Meu amigo estrangeiro, por exemplo, não 
perdeu a esperança. 
 
 (Abelardo Trabulsi, inédito) 
Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível que os tempos modernos tenham 
começado a desfavorecer a solução do jeitinho, a forma obtida deverá ser: 
a) tenha começado a ser desfavorecida. 
b) comecem a desfavorecer. 
c) terá começado a ser desfavorecida. 
d) comecem a ser desfavorecidos. 
e) estão começando a se desfavorecer. 
 
 
6 - ( FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária ) 
Vaidade do humanismo 
Ad by CoolSaleCoupon | Close 
A vaidade, desde sua etimologia latina vanitas, aponta para o vazio, para o sentimento que habita o vão. Mas é 
possível tratar dela com mais condescendência do que os moralistas rigorosos que costumam condená-la 
inapelavelmente. Pode-se compreendê-la como uma contingência humana que talvez seja preciso antes reconhecer 
com naturalidade do que descartar como um vício abominável. Como se sabe, a vaidade está em todos nós em graus e 
com naturezas diferentes, e há uma vaidade que devemos aceitar: aquela que corresponde não a um mérito abstrato 
da pessoa, a um dom da natureza que nos tornasse filhos prediletos do céu, mas a algum trabalho que efetivamente 
tenhamos realizado, a uma razão objetiva que enraíza a vaidade no mesmo chão que foi marcado pelo nosso melhor 
esforço, pelo nosso trabalho de humanistas. 
 Na condição de humanistas, temos interesse pelo estudo das formações sociais, dos direitos constituídos e do 
papel dos indivíduos, pela liberdade do pensamento filosófico que se pensa a si mesmo para pensar o mundo, pela arte 
literária que projeta e dá forma em linguagem simbólica aos desejos mais íntimos; por todas as formas, enfim, de 
conhecimento que ainda tomam o homem como medida das coisas. Talvez nosso principal desafio, neste tempo de 
vertiginoso avanço tecnológico, 
esteja em fazer da tecnologia uma aliada preciosa em nossa busca do conhecimento real, da beleza consistente e de 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
5 
 
um mundo mais justo - todas estas dimensões de maior peso do que qualquer virtualidade. O grande professor e 
intelectual palestino Edward Said, num livro cujo título já é inspiração para uma plataforma de trabalho -Humanismo e 
crítica democrática - afirma a certa altura: “como humanistas, é da linguagem que partimos”; “o ato de ler é o ato de 
colocar-se na posição do autor, para quem escrever é uma série de decisões e escolhas expressas em palavras”. 
Nesse sentido, toda leitura é o compartilhamento do sujeito leitor com o sujeito escritor - compartilhamento justificado 
não necessariamente poradesão a um ponto de vista, mas pelo interesse no reconhecimento e na avaliação do ponto 
de vista do outro. Que seja este um nosso compromisso fundamental. Que seja esta a nossa vaidade de humanistas. 
(Derval Mendes Sapucaia, inédito) 
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar em número com o elemento sublinhado na 
frase: 
a) Em que (consistir), em nossa época, práticas efetivamente humanistas, que nos definam pelo que essencialmente 
somos? 
b) A quantos outros vícios não se (curvar) quem costuma julgar a vaidade como o mais abominável de todos? 
c) Vaidades, (haver) muitas delas pelo mundo; poucas são, no entanto, as que se justificam. 
d) Todo aquele que (abominar) as fraquezas humanas deveria buscar discerni-las e qualificá-las, antes de as julgar. 
e) Aos avanços tecnológicos (poder) seguir-se uma sensata parceria com outras atividades de que o homem é capaz. 
 
 
7 - ( FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Técnico Judiciário - Administrativa ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
6 
 
 
 
Antigamente, a forma de jogar de um time ...... uma década. Vários jogadores entravam e saíam, mas alguma 
coisa ......, uma verdade de fundo, parecida com aquela que num artista podemos chamar de “estilo”. Isso ...... 
definitivamente nos anos 90. 
 
(Adaptado de DAMATTA, Roberto. Trechos dos ensaios “Ofutebol como filosofia” e “Antropologia do óbvio”. Disponíveis 
emestadao.com.br e usp.br/revistausp. Acesso em 10/05/2014) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
7 
 
 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) durou - permanece - terminasse 
b) durava - permanecia - termina 
c) durara - permanecera - terminaria 
d) durava - permanece - terminara 
e) durou - permanecesse - terminava 
 
 
8 - ( FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Contabilidade ) 
Da utilidade dos prefácios 
Li outro dia em algum lugar que os prefácios são textos inúteis, já que em 100% dos casos o prefaciador é convocado 
com o compromisso exclusivo de falar bem do autor e da obra em questão. Garantido o tom elogioso, o prefácio ainda 
aponta características evidentes do texto que virá, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos 
casos mais graves, o prefácio adianta elementos da história a ser narrada (quando se trata de ficção), ou antecipa 
estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ou 
ensaios). Quer dizer: mais do que inútil, o prefácio seria um estraga-prazeres. 
Pois vou na contramão dessa crítica mal-humorada aos prefácios e prefaciadores, embora concorde que muitas vezes 
ela proceda - o que não justifica a generalização devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em muitos livros 
que li, a melhor coisa era o prefácio - fosse pelo estilo do prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse 
pela consistência das ideias defendidas, muito mais sólidas do que as expostas no texto principal. Há casos célebres 
de bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra, ficando claro que o restante é desnecessário. E ninguém 
controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e inteligente do que o amigo cujo 
texto ele apresenta. Mas como argumento final vou glosar uma observação de Machado de Assis: quandoo prefácio e 
o texto principal são ruins, o primeiro sempre terá sobre o segundo a vantagem de ser bem mais curto. 
 Há muito tempo me deparei com o prefácio que um grande poeta, dos maiores do Brasil, escreveu para um 
livrinho de poemas bem fraquinhos de uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moça como se 
fosse uma Cecília Meireles (que, aliás, além de grande escritora era também linda). Não havia dúvida: o poeta, 
embevecido, estava mesmo era prefaciando o poder de sedução da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele 
conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moça que o prefácio acabou sendo, sozinho, mais uma prova 
da imaginação de um grande gênio poético. 
(Aderbal Siqueira Justo, inédito) 
 
 
 
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase: 
a) As características a que (dever) atender um prefácio podem torná-lo um estraga-prazeres. 
b) Há casos em que o prefácio se (revelar) um componente inteiramente inútil de um livro. 
c) Às vezes, numa bibliografia (ganhar) mais destaque as páginas de um prefácio do que o texto principal de um livro. 
d) Não é incomum que se (recorrer) a frases de Machado de Assis para glosá-las, dada a graça que há nelas. 
e) O autor confessa o que a muitos (parecer) impensável: é possível gostar mais de um prefácio do que do restante da 
obra. 
 
 
9 - ( FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Contabilidade ) 
Transpondo-se para a voz passiva a frase vou glosar uma observação de Machado de Assis, a forma verbal resultante 
deverá ser 
a) terei glosado 
b) seria glosada 
c) haverá de ser glosada 
d) será glosada 
e) terá sido glosada 
 
 
10 - ( FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Técnico Judiciário - Administrativa ) 
 
 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
8 
 
 
 
O trecho que admite transposição para a voz passiva encontra-se em: 
a) ... que estão no nível dos olhos do comprador... 
b) ... o consumidor já não precisa do vendedor... 
c) ... na história houve tal concentração de imagens... 
d) ... as mercadorias são não apenas visíveis... 
e) ... a publicidade invadiu as revistas... 
11 - ( FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Área Judiciária ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
9 
 
 
O texto abona o seguinte comentário: 
a) (linha 7) Na frase Nem sempre fatais, são bastante debilitantes, em que se apresenta o perfil das doenças 
negligenciadas, indicam-se dois relevantes traços possíveis de sua constituição. 
b) (linha 10) A frase A maioria desses distúrbios [...] conta com tratamentos efetivos é passível de ser transposta para a 
voz passiva 
c) (linha 9) Infere-se corretamente que o desafio do Brasil é enfrentar tanto a prevenção, quanto a cura de quatro das 
doenças negligenciadas, visto que não há ocorrências das demais em solo brasileiro. 
d) (linha 10) O comentário pelo menos para a fase aguda constitui uma restrição, assim como é restritiva a expressão A 
maioria desses distúrbios, mas, no contexto, esses limites estão associados a avanços, ainda que nem sempre 
garantidos. 
e) (linha 10) A correlação entre pode ser prevenida e conta com tratamentos efetivos evidencia, por meio das formas 
verbais, a incoerência, respectivamente, entre as possibilidades técnicas e as ações levadas a efeito 
 
 
12 - ( FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro); Flexão verbal de 
modo (indicativo, subjuntivo, imperativo); ) 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão. 
 
Vitalino 
 
A mãe de Vitalino era louceira. E foi vendo-a moldar os tourinhos de cachaço crivado de furos para neles se espetarem 
os palitos de dentes, que Vitalino sentiu aos seis anos vontade de plasmar* aqueles outros bichos, como os via no 
terreiro da casa – galos, cachorros, calangos. Depois feras – onças, jacarés. Depois gente ... 
Também a arte de Vitalino veio se complicando. Já não se limita ele aos simples bichinhos de plástica* tão 
ingenuamente pura. Atira-se a composições de grupos, com meio metro de comprido e uns vinte centímetros de altura. 
Cenas da terra: casamentos, confissões na igreja, o soldado pegando o ladrão de galinhas ou o bêbado, a moenda, a 
casa de farinha etc. 
Aliás, nesse delicioso ainda que humilde gênero de escultura, Vitalino não está sozinho, não. Outras cidadezinhas do 
interior de Pernambuco (em todo o Nordeste, creio eu, não sou entendido no assunto, esta crônica devia ter sido 
encomendada à mestra Cecília Meireles) têm o seu Vitalino. Por exemplo, Sirinhaém tem o seu Severino. Naturalmente, 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
10 
 
quando se trata de saber quem entre os dois é o tal, os colecionadores se dividem. E, naturalmente, também os 
[irmãos] Condé torcem para o Vitalino, que é de Caruaru. 
Já tive muitas dessas figurinhas em minha casa. Não sei se alguma era de Vitalino ou de Severino. Sei que eram 
realmente obras de arte, especialmente certo papagaiozinho naquela atitude jururu de quem (quem papagaio) está 
bolando para acertar uma digna do anedotário da espécie. Acabei dando o meu papagaio. Sempre acabo dando os 
meus calungas de barro. Não há coisa quese dê com mais prazer. 
Mesmo porque, quando não se dá, elas se quebram. Se quebram com a maior facilidade. E isso, na minha idade, é de 
uma melancolia que me põe doente. Não quero mais saber de coisas efêmeras*. Deus me livre de ganhar afeição a 
passarinho: eles morrem à toa. Flor mesmo dei para só gostar de ver onde nasceu, a rosa na roseira etc. Uma flor que 
murcha num vaso está acima de minhas forças. 
 
*plasmar = moldar, modelar 
*plástica = arte de plasmar; forma do corpo 
*efêmero = que dura um dia; passageiro, temporário, transitório 
(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. único, 1993, p. 479-
481) 
 
A mãe de Vitalino era louceira. 
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o sublinhado acima está em: 
a) ... como os via no terreiro da casa ... 
b) ... que se dê com mais prazer. 
c) ... onde nasceu, a rosa na roseira etc. 
d) ... que me põe doente ... 
e) ... Vitalino não está sozinho, não. 
 
 
13 - ( FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Direito Constitucional, Administrativo e Eleitoral ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
11 
 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
12 
 
Considerada a norma-padrão da língua, tem consistência o seguinte comentário: 
a) (linha 32) assim como decisivo está grafado em conformidade com as normas da gramática, o estão as palavras 
"proesa" e "deslise". 
b) (linha 2) a forma preocuparam-se exemplifica a existência de verbo que aceita um pronome oblíquo átono do mesmo 
número e pessoa do sujeito, o chamado verbo pronominal. 
c) (linhas 4 e 5) em que explicasse a sua origem, a palavra destacada remete a todos os seres, não se admitindo a 
possibilidade de superposição de elementos retomados pelo pronome. 
d) (linha 7) no segmento de Tales a Anaxímenes,as preposições demarcam aqueles que integram um grupo, sem 
contemplar a categoria temporal. 
e) (linhas 20 e 21) se, em lugar de o ponto de vista, se tratasse de distintos pontos, a formulação "os distintos pontos de 
vista reflexivos-críticos" estaria em concordância com as normas gramaticais. 
 
 
14 - ( FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Direito Tributário, Financeiro e Cidadania ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
13 
 
 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
14 
 
 
 
 
 
Considerada a norma-padrão da língua, tem consistência o seguinte comentário: 
a) (linha 2) a forma preocuparam-se exemplifica a existência de verbo que aceita um pronome oblíquo átono do mesmo 
número e pessoa do sujeito, o chamado verbo pronominal. 
b) (linhas 4 e 5) em que explicasse a sua origem, a palavra destacada remete a todos os seres, não se admitindo a 
possibilidade de superposição de elementos retomados pelo pronome. 
c) (linha 7) no segmento de Tales a Anaxímenes, as preposições demarcam aqueles que integram um grupo, sem 
contemplar a categoria temporal. 
d) (linhas 20 e 21) se, em lugar de o ponto de vista, se tratasse de distintos pontos, a formulação "os distin- tos pontos 
de vista reflexivos-críticos" estaria em concordância com as normas gramaticais. 
e) (linha 32) assim como decisivo está grafado em conformidade com as normas da gramática, o estão as palavras 
"proesa" e "deslise". 
 
 
15 - ( FCC - 2014 - AL-PE - Analista Legislativo - Sistemas ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
15 
 
 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
16 
 
Está correta a seguinte flexão para o plura; 
a) Trata-se de um vocábulo: Tratam-se de vocábulos. 
b) o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder: os meios digitais privilegiam as mensagens 
diretas e não tem tempo a perder. 
c) é casca-grossa por natureza: são casca-grossas por natureza 
d) o substantivo [...] existe acima de qualquer dúvida: os substantivos existem acima de qualquer dúvidas. 
e) se extraiu o substantivo: se extraíram os substantivos. 
 
 
16 - ( FCC - 2014 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior - Administração de Empresas ) 
Delicadezas colhidas com mão leve 
 
 Era sábado e estávamos os dois na redação vazia da revista. Esparramado na cadeira, Guilherme roía o que lhe 
restava das unhas, levantava-se, andava de um lado para outro, folheava um jornal velho, suspirava. Aí me veio com 
esta: 
 - Meu texto é melhor que eu. 
 A frase me fez rir, devolveu a alegria a meu amigo e poderia render uma discussão sobre quem era melhor, 
Guilherme Cunha Pinto ou o texto do Guilherme Cunha Pinto. Os que foram apenas leitores desse jornalista tão 
especial, morto já faz tempo, não teriam problema em escolher as matérias que ele assinava, que me enchiam de uma 
inveja benigna. 
 Inveja, por exemplo, da mão leve com que ele ia buscar e punha em palavras as coisas mais incorpóreas e 
delicadas. Não era com ele, definitivamente, a simplificação grosseira que o jornalismo tantas vezes se concede, com a 
desculpa dos espaços e horários curtos, e que acaba fazendo do mundo algo chapado, previsível, sem graça. 
Guilherme não aceitava ser um mero recolhedor de aspas, nas entrevistas, nem sair à rua para ajustar os fatos a uma 
pauta. Tinha a capacidade infelizmente rara de se deixar tocar pelas coisas e pessoas sobre as quais ia escrever, sem 
ideias prontas nem pé atrás. Pois gostava de coisas e de pessoas, e permitia que elas o surpreendessem. Olhava-as 
com amorosa curiosidade - donde os detalhes que faziam o singular encanto de suas matérias. O personagem mais 
batido se desdobrava em ângulos inéditos quando o repórter era ele. Com suavidade descia ao fundo da alma de seus 
entrevistados, sem jamais pendurá-los no pau de arara do jornalismo inquisitorial. Deu forma a textos memoráveis e 
produziu um título desde então citado e recitado nas redações paulistanas: “Picasso morreu, se é que Picasso morre”. 
 
(Adaptado de: WERNECK Humberto. Esse inferno vai acabar. 
Porto Alegre: Arquipélago, 2001. p.45 e 46) 
 
Na frase Caso os leitores ...... (vir) a ler o jornal com maior rigor, certamente ...... (poder) perceber os 
estereótipos que ...... (predominam) nas reportagens de hoje, as lacunas serão corretamente preenchidas, na 
ordem dada, por: 
a) vierem - poderiam - predominariam 
b) virem - poderão - predominam 
c) viessem - poderão - predominassem 
d) vierem - podem - predominem 
e) viessem - poderiam - predominam 
 
 
17 - ( FCC - 2014 - METRÔ-SP - Analista Desenvolvimento Gestão Júnior - Administração de Empresas ) 
Considerado o contexto e transpondo-se para a voz passiva o segmento sem jamais pendurá-los no pau de arara, a 
forma resultante será : 
a) sem que jamais fossem pendurados no pau de arara. 
b) sem que no pau de arara jamais se os pendurasse. 
c) sem que jamais tivessem sido pendurados no pau de arara. 
d) sem que o pau de arara jamais os pendurasse. 
e) sem que jamais se pendurassem no pau de arara. 
 
 
18 - ( FCC - 2014 - METRÔ-SP - Técnico Sistemas Metroviários ) 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
 
 Não há melhor representante da boemia paulistana do que o compositor e cientista Paulo Vanzolini. Por mais incrível 
que possa parecer, ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, pesquisador e zoólogo famoso. 
 A obra do zoólogo-compositor retrata as contradições da metrópole. São Paulo, nos anos 1960, já era um estado que 
reunia parte significativa do PIB brasileiro. No meio da multidão de migrantes, imigrantes e paulistanos, Vanzolini usava 
a mesma lupa de suas pesquisas para observar as peculiaridades do dia a dia urbano: uma briga de bar, a habilidade 
de um batedor de carteira e, em Capoeira do Arnaldo, os fortes laços que unem campo e cidade. 
 Em 1967, Paulo Vanzolini lança o primeiro LP. A história desse disco é curiosa. Foi o primeiro trabalho feito pelo selo 
Marcus Pereira. A música Volta por cima estava fazendo muito sucesso. Só que o já lendário Vanzolini ainda não tinha 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
17 
 
disco autoral e andava irritado com as gravadoras por ter sido preterido pelo americano Ray Charles na escolha da 
confecção de um LP. Aos poucos, Marcus Pereira ganhou a confiança do compositor, que acabou cedendo ao 
lançamento do LP Onze sambas e uma capoeira, com arranjos de Toquinho e Portinho e participação de Chico 
Buarque, Adauto Santos, Luiz Carlos Paraná, entre outros. As músicas eram todas de Vanzolini: Praça Clóvis, Samba 
erudito, Chorava no meio da rua. 
 Vanzolini não era um compositor de muitos parceiros.Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho 
Nogueira. Só mesmo a pena elegante do crítico da cultura Antonio Candido para sintetizar a obra de Vanzolini: “Como 
autor de letra e música ele é de certo modo o oposto da loquacidade, porque não espalha, concentra; não esbanja, 
economiza - trabalhando sempre com o mínimo para atingir o máximo”. 
 
(Adaptado de DINIZ, André. Almanaquedo samba. Rio de Janeiro, Zahar, 2012, formato ebook). 
 
... ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, pesquisador e zoólogo famoso. 
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima se encontra em: 
a) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho Nogueira. 
b) As músicas eram todas de Vanzolini. 
c) Por mais incrível que possa parecer... 
d) ... os fortes laços que unem campo e cidade. 
e) ... porque não espalha... 
 
 
19 - ( FCC - 2014 - METRÔ-SP - Assistente Administrativo Júnior ) 
Atenção: Leia o texto abaixo para responder à questão. 
 
 O criador da mais conhecida e celebrada canção sertaneja, Tristeza do Jeca (1918), não era, como se poderia 
esperar, um sofredor habitante do campo, mas o dentista, escrivão de polícia e dono de loja Angelino Oliveira. Gravada 
por “caipiras” e “sertanejos”, nos “bons tempos do cururu autêntico”, assim como nos “tempos modernos da música 
‘americanizada’ dos rodeios”, Tristeza do Jeca é o grande exemplo da notável, embora pouco conhecida, fluidez que 
marca a transição entre os meios rural e urbano, pelo menos em termos de música brasileira. 
 
 Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz grave, o Jeca surge humilde e sem vergonha alguma da 
sua “falta de masculinidade”, choroso, melancólico, lamentando não poder voltar ao passado e, assim, “cada toada 
representa uma saudade”. O Jeca de Oliveira não se interessa pelo meio rural da miséria, das catástrofes naturais, mas 
pelo íntimo e sentimental, e foi nesse seu tom que a música, caipira ou sertaneja, ganhou forma. 
 
 “A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. Moderna, sofisticada e citadina, essa música foi e é 
igualmente roceira, matuta, acanhada, rústica e sem trato com a área urbana, de tal forma que, em todas essas 
composições, haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se faz ouvir para registrar uma situação de 
desenraizamento, de dependência e falta”, analisa a cientista política Heloísa Starling. 
 
 Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira: “foi entre 1902 e 1960 que a música sertaneja surgiu como um 
campo específico no interior da MPB. Mas, se num período inicial, até 1930, ‘sertanejo’ indicava indistintamente as 
músicas produzidas no interior do país, tendo como referência o Nordeste, a partir dos anos de 1930, 'sertanejo' passou 
a significar o caipira do Centro-Sul. E, pouco mais tarde, de São Paulo. Assim, se Jararaca e Ratinho, ícones da 
passagem do 
sertanejo nordestino para o ‘caipira’, trabalhavam no Rio, as duplas dos anos 1940, como Tonico e Tinoco, trabalhariam 
em São Paulo”. 
 
 (Adaptado de: HAAG, Carlos. “Saudades do Jeca no século XXI”. 
In: Revista Fapesp, outubro de 2009, p. 80-5.) 
 
 
...'sertanejo' indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país... (último parágrafo) 
 
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: 
a) vinham indicadas. 
b) era indicado. 
c) eram indicadas. 
d) tinha indicado 
e) foi indicada. 
 
 
20 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Administrativa ) 
Questão de gosto 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
18 
 
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando alguém apela para a tal da “questão de 
gosto”, é como se dissesse: “chega de conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou 
mesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de colégio.” Questão de gosto. 
Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da 
reflexão, afirmando despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso, e pronto, estamos 
conversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. 
Afinal, gosto não se discute. 
Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência vale a presença - tudo se 
relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão 
ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa análise estética. O autoritarismo do 
gosto, tomado em sentido absoluto, apaga as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste 
das fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas contradições. 
 
(Emiliano Barreira, inédito) 
Na passagem da voz ativa para a passiva, NÃO houve a devida correspondência quanto ao tempo verbal na seguinte 
construção: 
a) Será que ele apreciará tais formas ditatoriais? = Será que tais fórmulas ditatoriais serão apreciadas por ele? 
b) Haveremos de enfrentar esse e outros desafios = Esse e outros desafios haverão de ser enfrentados por nós. 
c) A questão de gosto dispensaria as razões = As razões teriam sido dispensadas pela questão de gosto. 
d) O autoritarismo apagava as diferenças reais = As diferenças reais eram apagadas pelo autoritarismo. 
e) Os acomodados têm proclamado a servidão ao capricho = A servidão ao capricho tem sido proclamada pelos 
acomodados. 
 
21 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Administrativa ) 
Questão de gosto 
 
A expressão parece ter sido criada para encerrar uma discussão. Quando alguém apela para a tal da “questão de 
gosto”, é como se dissesse: “chega de conversa, inútil discutir”. A partir daí nenhuma polêmica parece necessária, ou 
mesmo possível. “Você gosta de Beethoven? Eu prefiro ouvir fanfarra de colégio.” Questão de gosto. 
Levada a sério, radicalizada, a “questão de gosto” dispensa razões e argumentos, estanca o discurso crítico, desiste da 
reflexão, afirmando despoticamente a instância definitiva da mais rasa subjetividade. Gosto disso, e pronto, estamos 
conversados. Ao interlocutor, para sempre desarmado, resta engolir em seco o gosto próprio, impedido de argumentar. 
Afinal, gosto não se discute. 
Mas se tudo é questão de gosto, a vida vale a morte, o silêncio vale a palavra, a ausência vale a presença - tudo se 
relativiza ao infinito. Num mundo sem valores a definir, em que tudo dependa do gosto, não há lugar para uma razão 
ética, uma definição de princípios, uma preocupação moral, um empenho numa análise estética. O autoritarismo do 
gosto, tomado em sentido absoluto, apaga as diferenças reais e proclama a servidão ao capricho. Mas há quem goste 
das fórmulas ditatoriais, em vez de enfrentar o desafio de ponderar as nossas contradições. 
 
(Emiliano Barreira, inédito) 
Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais em: 
a) Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”, dificilmente nós, reputados polemistas, haveremos de concordar. 
b) Seria necessário que todos gostassem das fórmulas ditatoriais do gosto para que se impeça um debate calcado em 
princípios argumentativos. 
c) Caso um de nós a tome em sentido absoluto, a questão de gosto acabará por impedir que debatamos com alguma 
seriedade. 
d) Caso sejam levadas a sério, suas ponderações teriam soterrado as tais razões de gosto que alegassem os seus 
interlocutores. 
e) Somente nos restaria engolir em seco, se admitirmos que a tal da questão de gosto tivesse alguma relevância. 
 
 
22 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Área Judiciária Formas nominais do verbo (particípio, 
gerúndio, infinitivo); ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
19Observadas as orientações da gramática normativa, é pertinente o seguinte comentário: 
a) (linha 18) No segmento submetidos aos tiranos, tem- se exemplo de emprego de particípio atribuindo à frase valor 
temporal. 
b) (linhas 16 a 21) Tanto em ele comenta, quanto em Por aí se vê, observa-se o emprego do tempo presente pelo 
pretérito (presente histórico), para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado. 
c) (linhas 4 e 5) Outra redação para independentemente dos benefícios concretos que a sua fruição pode trazer aos 
homens estará clara e correta se tiver a formulação "em nada dependendo dos benefícios concretos que podem 
advirem da sua fruição aos homens". 
d) (linhas 7 a 9) Em E, efetivamente, que valor teriam a descoberta da verdade (...) ou a realização da justiça, o valor 
da sequência implica uma vírgula obrigatória depois da conjunção “ou”. 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
20 
 
e) (linha 8) Se as normas preveem a possibilidade de ocorrer o verbo no singular no caso de haver uma sucessão de 
substantivos que indicam gradação de um mesmo fato, seria correto empregar "teria", em vez de teriam. 
 
 
23 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa ) 
 
 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
21 
 
 
É correta a seguinte informação: 
a) (linhas 23 e 24) Em gerando uma emulação com a qual a cultura teve muito a ganhar, a substituição do segmento 
destacado por "que" preserva a correção e o sentido originais. 
b) (linhas 16 e 17) Em Há 200 anos, os livros deixaram de ser privilégio das bibliotecas públicas ou particulares, o 
sentido da expressão destacada sinaliza, por uma questão de lógica, a presença de uma ideia não explícita na frase. 
c) (linhas 33 e 34) No contexto, o segmento nem mesmo a ração do gato revela que, para o autor, a Amazon teria de 
assumir gastos com esse item, ainda que não o fizesse com aluguel, escritório etc. 
d) (linha 33) Não havendo no texto a construção de algum sentido que justifique o emprego da expressão, a 
caracterização de funcionários - humanos -, com evidente redundância de informação, deve ser considerada 
inadequação de linguagem. 
e) (linhas 6 e 25-26) Nas frases A ameaça começa pela expressão "livros físicos" e Ela vende livros "físicos", nota-se 
distinta colocação das aspas, grafia que exigiria uniformização, pois não haveria prejuízo de matiz algum de sentido. 
 
 
24 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa ) 
A construção destacada que, devido ao tempo e modo verbais empregados, expressa fato iniciado no passado e que 
se prolonga até o momento em que se fala é: 
a) Com sorte, os livros continuarão "físicos". (último parágrafo) 
b) ...todos entendiam um objeto de peso e volume, composto de folhas encadernadas, protegidas por papelão ou couro. 
(3º parágrafo) 
c) Foi nelas que leitores e escritores aprenderam a se encontrar e trocar ideias. (4º parágrafo) 
d) ...leitores e escritores aprenderam a se encontrar. (4º parágrafo) 
e) Pelos últimos mil anos, dos manuscritos aos incunábulos e aos impressos a laser, os livros têm sido chamados de 
livros. (3º parágrafo) 
 
 
25 - ( FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa ) 
Observadas a regência e a flexão verbal, está correta a seguinte frase: 
a) Ressentiu-se, com razão, da oposição da prima, e pensou que, se expusesse com calma seus motivos, poderia 
obter sua concordância. 
b) A casa que, na época, nos instalamos era a que podíamos pagar, mas tínhamos um pacto: se todos se mantessem 
firmes em seus empregos, moraríamos melhor. 
c) Aborreceu-se de tanta conferência de abaixo-assinados e requis transferência para outro setor da administração. 
d) Dizem que é ele que obstroi a discussão, por isso, para defender-se, aludiu o nome do responsável pelo atraso. 
e) Medio, sim, seu encontro com esse advogado mais experiente, pois sei como você está temeroso pelo poder de 
argumentação do promotor 
 
 
26 - ( FCC - 2014 - Câmara Municipal de São Paulo - SP - Procurador Legislativo ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
22 
 
 
A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva é: 
a) A alma frágil fixa seu amor na terra natal. 
b) Percorreu muitos caminhos, no exílio, em busca de si mesmo. 
c) O exílio impõe ao apenado os mais terríveis infortúnios. 
d) Investiguei mais de perto o conceito de exílio. 
e) No artigo de Said dei com uma bela citação de um texto medieval. 
 
 
27 - ( FCC - 2014 - Câmara Municipal de São Paulo - SP - Procurador Legislativo ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
23 
 
 
Todas as formas verbais estão corretamente empregadas, grafadas e flexionadas na frase: 
a) O autor do texto parece considerar que já está para se proscrever a validade do livro convencional. 
b) Um direito que não se pustula, como o da alfabetização, é um direito que se fragiliza. 
c) Foi grande sua emoção quando, alfabetizado, sentiu-se capaz de destrinçar o sentido de um texto. 
d) O prazer da leitura é um direito que poucos assessam nos países mais pobres. 
e) Eles se absteram de votar porque achavam que encontrariam dificuldade na leitura das instruções. 
 
 
28 - ( FCC - 2014 - SABESP – Advogado ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
24 
 
 
É importante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura empresarial, por meio das ações e projetos 
de Educação Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos. 
 
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado na frase acima está em: 
a) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas... 
b) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes... 
c) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... 
d) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvimento humano. 
e) ... e reforce a identidade das comunidades. 
 
 
29 - ( FCC - 2014 - SABESP - Analista de Gestão – Administração ) 
Maias usavam sistema de água eficiente e sustentável 
 
 
 Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia da América Central tinha um método 
sustentável de gerenciamento da água. Esse sistema hidráulico, aperfeiçoado por mais de mil anos, foi pesquisado por 
uma equipe norte-americana. 
 As antigas civilizações têm muito a ensinar para as novas gerações. O caso do sistema de coleta e 
armazenamento de água dos maias é um exemplo disso. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma 
escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala. 
 Durante o estudo, coordenado por Vernon Scarborough, da Universidade de Cincinnati, em Ohio, e publicado na 
revista científica PNAS, foram descobertas a maior represa antiga da área maia, a construção de uma barragem 
ensecadeira para fazer a dragagem do maior reservatório de água em Tikal, a presença de uma antiga nascente ligada 
ao início da colonização da região, em torno de 600 a.C., e o uso de filtragem por areia para limpar a água dos 
reservatórios. 
 No sistema havia também uma estaçãoque desviava a água para diversos reservatórios. Assim, os maias supriam 
a necessidade de água da população, estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além das estimativas de mais 
cinco milhões de pessoas que viviam na região das planícies maias ao sul. 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
25 
 
 No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao seu colapso ainda são questionados e 
debatidos pelos pesquisadores. Para Scarborough é muito difícil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão pessoal é 
que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal modo nessa sociedade altamente bem-sucedida que 
agiram como uma ‘perfeita tempestade’. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão 
severamente”, disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. 
 Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade, uma vez que eles dependiam muito 
dos reservatórios que eram preenchidos pela chuva. É provável que a população tenha crescido muito além da 
capacidade do ambiente, levando em consideração as limitações tecnológicas da civilização. “É importante lembrar que 
os maias não estão mortos. A população agrícola que permitiu à civilização florescer ainda é muito viva na América 
Central”, lembra o pesquisador. 
 
 (Adaptado de Revista Dae, 21 de Junho de 2013, 
www.revistadae.com.br/novosite/noticias_interna.php?id=8413) 
 
Considerada a substituição do segmento grifado pelo que está entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que 
deverá permanecer no singular está em: 
a) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores) 
b) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima) 
c) No sistema havia também uma estação... (várias estações) 
d) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. (os povos que 
habitavam a América Central) 
e) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser 
publicado) 
 
 
30 - ( FCC - 2014 - SABESP - Técnico em Gestão - Informática ) 
Toda conversa sobre Graciliano Ramos esbarra no cineasta Nelson Pereira dos Santos. E o inverso é mais do que 
verdadeiro. 
 
Tem sido assim desde 1963, quando Pereira levou ao cinema um dos clássicos do autor, Vidas Secas (1938). Quebrou 
na ocasião uma lei antiga: a de que livro bom rende filme ruim. 
 
Vinte anos depois, repetiu a façanha, novamente com Ramos, ao adaptar o livro Memórias do Cárcere (1953). São os 
filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que lhes serviram de base, representam dois marcos da 
cultura brasileira no século 20. 
 
Além das transposições das duas obras de Graciliano para o cinema, Pereira adaptou escritores como Nelson 
Rodrigues e Guimarães Rosa. É o único cineasta a integrar a Academia Brasileira de Letras. 
 
Graciliano e Pereira tinham amigos em comum e frequentavam os mesmos ambientes, mas nunca chegaram a se falar. 
O cineasta viu o autor uma única vez, em 1952, num almoço em homenagem a Jorge Amado, mas ficou tão 
encabulado diante do ídolo que não teve coragem de puxar conversa. 
 
O contato mais intenso ocorreu por meio de carta. Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), de 
Graciliano. Queria autorização do autor para mudar o destino de Madalena, que se mata no fim do romance. Nelson 
ficara encantado com a personagem e imaginava um desfecho positivo 
para ela. Mas Graciliano não gostou da ideia. A relação artística começaria de fato uma década depois, com o escritor 
já morto. "Queria fazer um filme sobre a seca. Criei uma história original, mas era muito superficial. Então me lembrei 
de Vidas Secas". Durante as filmagens, o mais difícil, diz, foi lidar com os bichos: papagaio, gado e, especialmente, a 
cachorra que "interpretava" Baleia. A cena em que Baleia morre é um dos momentos mais impressionantes da literatura 
e do cinema nacional. 
 
(Adaptado de: ALMEIDA, Marco Rodrigo. Folha de S.Paulo, 26/06/2013) 
O segmento em que a forma verbal exprime acontecimento passado anterior a outro igualmente passado está em: 
a) Nelson ficara encantado com a personagem... (6
o
 parágrafo) 
b) Vinte anos depois, repetiu a façanha... (3
o
 parágrafo) qc 
c) Tem sido assim desde 1963... (2
o
 parágrafo) 
d) Queria autorização do autor para mudar o destino de Madalena... (6
o
 parágrafo) 
e) Quebrou na ocasião uma lei antiga... (2
o
 parágrafo) 
31 - ( FCC - 2014 - SABESP - Técnico em Gestão - Informática Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, 
futuro); Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo); ) 
Toda conversa sobre Graciliano Ramos esbarra no cineasta Nelson Pereira dos Santos. E o inverso é mais do que 
verdadeiro. 
 
Tem sido assim desde 1963, quando Pereira levou ao cinema um dos clássicos do autor, Vidas Secas (1938). Quebrou 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
26 
 
na ocasião uma lei antiga: a de que livro bom rende filme ruim. 
 
Vinte anos depois, repetiu a façanha, novamente com Ramos, ao adaptar o livro Memórias do Cárcere (1953). São os 
filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que lhes serviram de base, representam dois marcos da 
cultura brasileira no século 20. 
 
Além das transposições das duas obras de Graciliano para o cinema, Pereira adaptou escritores como Nelson 
Rodrigues e Guimarães Rosa. É o único cineasta a integrar aAcademia Brasileira de Letras. 
 
Graciliano e Pereira tinham amigos em comum e frequentavam os mesmos ambientes, mas nunca chegaram a se falar. 
O cineasta viu o autor uma única vez, em 1952, num almoço em homenagem a Jorge Amado, mas ficou tão 
encabulado diante do ídolo que não teve coragem de puxar conversa. 
 
O contato mais intenso ocorreu por meio de carta. Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), de 
Graciliano. Queria autorização do autor para mudar o destino de Madalena, que se mata no fim do romance. Nelson 
ficara encantado com a personagem e imaginava um desfecho positivo 
para ela. Mas Graciliano não gostou da ideia. A relação artística começaria de fato uma década depois, com o escritor 
já morto. "Queria fazer um filme sobre a seca. Criei uma história original, mas era muito superficial. Então me lembrei 
de Vidas Secas". Durante as filmagens, o mais difícil, diz, foi lidar com os bichos: papagaio, gado e, especialmente, a 
cachorra que "interpretava" Baleia. A cena em que Baleia morre é um dos momentos mais impressionantes da literatura 
e do cinema nacional. 
 
(Adaptado de: ALMEIDA, Marco Rodrigo. Folha de S.Paulo, 26/06/2013) 
Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), de Graciliano. (6
o
 parágrafo) 
 
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está empregado em: 
a) Criei uma história original... 
b) O cineasta viu o autor uma única vez... 
c) ... que se mata no fim do romance. qc 
d) A relação artística começaria de fato uma década depois... 
e) ... e imaginava um desfecho positivo para ela. 
 
 
32 - ( FCC - 2014 - SABESP - Técnico em Gestão - Informática ) 
Pondera Paulo Mendes Campos, na crônica O amor acaba, que “quando a alma se habitua às províncias empoeiradas 
da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar”. 
 
Sem que nenhuma outra alteração seja feita, a frase acima se manterá gramaticalmente correta caso o 
verbo habitua seja substituído por: 
a) cultiva 
b) adapta 
c) harmoniza 
d) equilibra 
e) encaixa 
 
 
33 - ( FCC - 2014- SABESP - Tecnólogo - Sistemas ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
27 
 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
28 
 
Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão severamente... 
 
A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado a forma verbal: 
a) poderiam ter vindo a derrubar. 
b) poderiam ter derrubado. 
c) poderia ter sido derrubado. 
d) poderiam ter sido derrubados. 
e) poderia terem sido derrubados. 
 
 
34 - ( FCC - 2014 - SABESP - Advogado ) 
Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão severamente... 
 
A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado a forma verbal: 
a) poderiam ter vindo a derrubar. 
b) poderiam ter derrubado. 
c) poderia ter sido derrubado. 
d) poderiam ter sido derrubados. 
e) poderia terem sido derrubados. 
 
 
35 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Informática ) 
Menino do mato 
 
Eu queria usar palavras de ave para escrever. 
Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem 
[ nomeação. 
Ali a gente brincava de brincar com palavras 
tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! 
A Mãe que ouvira a brincadeira falou: 
Já vem você com suas visões! 
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis 
e nem há pedras de sacristias por aqui. 
Isso é traquinagem da sua imaginação. 
O menino tinha no olhar um silêncio de chão 
e na sua voz uma candura de Fontes. 
O Pai achava que a gente queria desver o mundo 
para encontrar nas palavras novas coisas de ver 
assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do 
rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão 
de uma pedra. 
Eram novidades que os meninos criavam com as suas 
palavras. 
Assim Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi um 
sapo com olhar de árvore. 
Então era preciso desver o mundo para sair daquele 
lugar imensamente e sem lado. 
A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas 
pela inocência. 
O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias 
para a gente bem entender a voz das águas e 
dos caracóis. 
A gente gostava das palavras quando elas perturbavam 
o sentido normal das ideias. 
Porque a gente também sabia que só os absurdos 
enriquecem a poesia. 
 
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa, São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.) 
A frase que admite transposição para a voz passiva está em: 
a) Isso é traquinagem da sua imaginação. 
b) ... nem há pedras de sacristias por aqui. 
c) Já vem você com suas visões! 
d) ... para sair daquele lugar imensamente e sem lado. 
e) ... para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
29 
 
 
 
36 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Informática - Banco de Dados ) 
Menino do mato 
 
Eu queria usar palavras de ave para escrever. 
Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem 
[ nomeação. 
Ali a gente brincava de brincar com palavras 
tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! 
A Mãe que ouvira a brincadeira falou: 
Já vem você com suas visões! 
Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis 
e nem há pedras de sacristias por aqui. 
Isso é traquinagem da sua imaginação. 
O menino tinha no olhar um silêncio de chão 
e na sua voz uma candura de Fontes. 
O Pai achava que a gente queria desver o mundo 
para encontrar nas palavras novas coisas de ver 
assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do 
rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão 
de uma pedra. 
Eram novidades que os meninos criavam com as suas 
palavras. 
Assim Bernardo emendou nova criação: Eu hoje vi um 
sapo com olhar de árvore. 
Então era preciso desver o mundo para sair daquele 
lugar imensamente e sem lado. 
A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas 
pela inocência. 
O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias 
para a gente bem entender a voz das águas e 
dos caracóis. 
A gente gostava das palavras quando elas perturbavam 
o sentido normal das ideias. 
Porque a gente também sabia que só os absurdos 
enriquecem a poesia. 
 
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa, São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.) 
A frase que admite transposição para a voz passiva está em: 
a) ... para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. 
b) Isso é traquinagem da sua imaginação. 
c) ... nem há pedras de sacristias por aqui. 
d) Já vem você com suas visões! 
e) ... para sair daquele lugar imensamente e sem lado. qc 
 
 
37 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Civil ) 
Menino do mato 
 
Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem [nomeação. 
 
Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouvira 
a brincadeira falou: Já vem você com suas visões! Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis e nem há pedras de 
sacristias por aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação. O menino tinha no olhar um silêncio de chão e na sua voz 
uma candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver o mundo para encontrar nas palavras novas coisas 
de ver assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão de 
uma pedra. Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras. Assim Bernardo emendou nova criação: 
Eu hoje vi um sapo com olhar de árvore. Então era preciso desver o mundo para sair daquele lugar imensamente e 
sem lado. A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas pela inocência. O que a gente aprendia naquele lugar 
era só ignorâncias para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. A gente gostava das palavras quando 
elas perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que só os absurdos enriquecem a poesia. 
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa,São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.) 
 
Considere as frases abaixo. 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
30 
 
 
I. No verso O que a gente aprendia naquele lugar era só ignorâncias, o verbo destacado pode ser flexionado no plural, 
sem prejuízo para a correção e o sentido original. 
 
II. Em seguida ao termo voz, no verso e na sua voz uma candura de Fontes, pode-se acrescentar uma vírgula, sem 
prejuízo para a correção e o sentido original. 
 
III. Sem que nenhuma outra alteração seja feita, no verso e nem há pedras de sacristias por aqui, o verbo pode ser 
substituído por existe, mantendo-se a correção e o sentido original. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) II e III. 
b) I e III. 
c) II. 
d) III. 
e) I e II. 
 
 
38 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Civil ) 
Menino do mato 
 
Eu queria usar palavras de ave para escrever. Onde a gente morava era um lugar imensamente e sem [nomeação. 
 
Ali a gente brincava de brincar com palavras tipo assim: Hoje eu vi uma formiga ajoelhada na pedra! A Mãe que ouvira 
a brincadeira falou: Já vem você com suas visões! Porque formigas nem têm joelhos ajoelháveis e nem há pedras de 
sacristias por aqui. Isso é traquinagem da sua imaginação. O menino tinha no olhar um silênciode chão e na sua voz 
uma candura de Fontes. O Pai achava que a gente queria desver o mundo para encontrar nas palavras novas coisas 
de ver assim: eu via a manhã pousada sobre as margens do rio do mesmo modo que uma garça aberta na solidão de 
uma pedra. Eram novidades que os meninos criavam com as suas palavras. Assim Bernardo emendou nova criação: 
Eu hoje vi um sapo com olhar de árvore. Então era preciso desver o mundo para sair daquele lugar imensamente e 
sem lado. A gente queria encontrar imagens de aves abençoadas pela inocência. O que a gente aprendia naquele lugar 
era só ignorâncias para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. A gente gostava das palavras quando 
elas perturbavam o sentido normal das ideias. Porque a gente também sabia que só os absurdos enriquecem a 
poesia. 
(BARROS, Manoel de, Menino do Mato, em Poesia Completa,São Paulo, Leya, 2013, p. 417-8.) 
 
A frase que admite transposição para a voz passiva está em: 
a) Isso é traquinagem da sua imaginação. 
b) .. nem há pedras de sacristias por aqui. 
c) Já vem você com suas visões! 
d) ... para sair daquele lugar imensamente e sem lado. 
e) ... para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. 
 
 
39 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Contadoria ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
31 
 
 
A frase que admite transposição para a voz passiva está em: 
a) .. para a gente bem entender a voz das águas e dos caracóis. 
b) Isso é traquinagem da sua imaginação. 
c) ... nem há pedras de sacristias por aqui. 
d) Já vem você com suas visões! 
e) ... para sair daquele lugar imensamente e sem lado. 
 
 
40 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
32 
 
 
Tinham seus prediletos ... (4
o
 parágrafo). 
 
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: 
a) Dumas consentiu. 
b) ... levaram com eles a instituição do “lector”. 
c) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos... 
d) Despontava a nova capital mundial do Havana. 
e) .. que cedesse o nome de seu herói... 
41 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador / Flexão verbal de número 
(singular, plural); ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
33 
 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
34 
 
O verbo flexionado no plural que também estaria corretamente flexionado no singular, sem que nenhuma outra 
alteração fosse feita, encontra-se em: 
a) Não é à toa que partiram daqui várias manifestações culturais... 
b) Sempre me pareceram sem sentido as guerras... 
c) São Paulo são muitas cidades em uma. 
d) São Paulo não tem símbolos que dêem conta de... 
e) .. onde as informações diversas se misturam... 
 
 
42 - ( FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa ) 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
35 
 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
36 
 
Estão flexionados nos mesmos tempo e modo os verbos que se encontram em: 
a) ... os navios batiam nos recifes submersos da beira- mar... / ... a escolha diante do herói era clara... 
b) Quando chegou a hora... / As versões da fábula variam... 
c) ... que ele e seus homens não teriam firmeza... / ... que todos os tripulantes tapassem os ouvidos... 
d) ... e fez de tudo para... / ... até que estivessem longe da zona de perigo. 
e) Ulisses sabia que ele e seus homens... / O navio atravessou incólume a zona de perigo. 
 
 
43 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador ) 
 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
37 
 
 
A voz reflexiva está empregada em: 
a) ... fitava-me os bugalhos enormes... (último parágrafo) 
b) A desconhecida amiga exigia de mim um sacrifício... (2
o
 parágrafo) 
c) Uma voz chegou-me, fraca... (2
o
 parágrafo) 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
38 
 
d) Nunca me havia aparecido criatura mais simpática.(4
o
 parágrafo) 
e) ... achei-me ridículo e vazio...(último parágrafo) 
 
 
44 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Administrativa ) 
No texto abaixo, Graciliano Ramos narra seu encontro com Nise da Silveira. 
 
 Chamaram-me da porta: uma das mulheres recolhidas à sala 4 desejava falar comigo. Estranhei. Quem seria? E 
onde ficava a sala 4? Um sujeito conduziu-me ao fim da plataforma, subiu o corrimão e daí, com agilidade forte, galgou 
uma janela. Esteve alguns minutos conversando, gesticulando, pulou no chão e convidou-me a substituí-lo. Que? 
Trepar-me àquelas alturas, com tamancos? 
 
 Examinei a distância, receoso, descalcei-me, resolvi tentar a difícil acrobacia. A desconhecida amiga exigia de mim 
um sacrifício; a perna, estragada na operação, movia-se lenta e perra; se me desequilibrasse, iria esborrachar-me no 
pavimento inferior. Não houve desastre. Numa passada larga, atingi o vão da janela; agarrei-me aos varões de ferro, 
olhei o exterior, zonzo, sem perceber direito por que me achava ali. Uma voz chegou-me, fraca, mas no primeiro 
instante não atinei com a pessoa que falava. Enxerguei o pátio, o vestíbulo, a escada já vista no dia anterior. No 
patamar, abaixo de meu observatório, uma cortina de lona ocultava a Praça Vermelha. Junto, à direita, além de uma 
grade larga, distingui afinal uma senhora pálida e magra, de olhos fixos, arregalados. O rosto moço revelava fadiga, aos 
cabelos negros misturavam-se alguns fios grisalhos. 
 
Referiu-se a Maceió, apresentou-se: 
 
 - Nise da Silveira. 
 
 Noutro lugar o encontro me daria prazer. O que senti foi surpresa, lamentei ver minha conterrânea fora do mundo, 
longe da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos. Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me afirmara a 
grandeza moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se de tomar espaço. 
Nunca me havia aparecido criatura mais simpática. O marido, também médico, era meu velho conhecido Mário 
Magalhães. Pedi notícias dele: estava em liberdade. E calei-me, num vivo constrangimento. 
 
 De pijama, sem sapatos, seguro à verga preta, achei-me ridículo e vazio; certamente causava impressão muito 
infeliz. Nise, acanhada, tinha um sorriso doce, fitava-me os bugalhos enormes, e isto me agravava a perturbação, 
magnetizava-me. Balbuciou imprecisões, guardou silêncio, provavelmente se arrependeu de me haver convidado para 
deixar-me assim confuso. 
 
(RAMOS, Graciliano, Memórias do Cárcere, vol. 1. São Paulo, Record, 1996,p. 340 e 341) 
 
 
Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me afirmara a grandeza moral daquela pessoinha tímida... 
 
Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, mantém- se a correção gramatical substituindo-se os elementos 
grifados pelo que se encontra em: 
a) Saberia-a - tinha-me afirmado 
b) Tê-la-ia sabido - teria-me afirmado 
c) Sabê-la-ia - me afirmaria 
d) Saberia-a - ter-me-ia afirmada 
e) Sabê-la-ia - me teria afirmado 
 
 
45 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa ) 
Texto I 
 
 
Tudo é grandioso na Amazônia, o maior bloco remanescente de floresta tropical do planeta. Com pouco mais de 6,8 
milhões de quilômetros quadrados, espalha-se por nove países da América do Sul - a maior parte está no Brasil, que 
detém 69% da área coberta pela floresta. Estima-se ainda que ela abrigue quase 25% de todas as espécies de seres 
vivos da Terra, além de 35 milhões de pessoas (20 milhões somente no Brasil). A Amazônia tem também a maior bacia 
fluvial do mundo, fundamental para a drenagem de vários países e para a geração de chuvas. É o maior reservatório de 
água doce do planeta, com cerca de 20% de toda a água doce disponível. Por isso, é um dos reguladores do clima e do 
equilíbrio hídrico da Terra. 
Apesar de tanta grandiosidade, são as alterações em pequena escala, como a abertura de clareiras para a extração 
seletiva de madeira, que podem representar uma das principais ameaças à conservação do ecossistema, destaca o 
biólogo Helder Queiroz, diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. De modo geral, explica Queiroz, 
as principais ameaças à Amazônia estão hoje associadas às práticas que levam direta ou indiretamente à perda de 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
39 
 
hábitats e à redução de populações de plantas e de animais. "Muitas árvores com madeira de grande valor comercial 
são fundamentais para a alimentação de diversos animais", diz Queiroz. 
Hoje, a perda de ambientes naturais é maior numa região conhecida como Arco do Desmatamento, que se estende do 
sul ao leste da Amazônia Legal - uma área de 5 milhões de km
2
 que engloba oito estados. O Arco do Desmatamento, 
definido pela fronteira da expansão agropecuária - que converte grandes extensões de floresta em pastagens -, 
concentra cerca de 56% da população indígena do país. 
As regiões de várzea, em terrenos mais baixos, no interior da floresta amazônica, também têm atraído a atenção do 
poder público durante a elaboração de estratégias de conservação do ecossistema. Boa parte dessa região é inundada 
pelas chamadas águas brancas, de origem andina, ricas em sedimentos e nutrientes. Nesses trechos, a vegetação 
tende a ser mais abundante. Devido a essa riqueza em recursos naturais, as florestas de várzea sofrem mais com a 
constante ocupação humana. Todas as grandes cidades amazônicas, e boa parte das pequenas, estão localizadas 
nessas áreas. 
 
 
(Adaptado de: ANDRADE, Rodrigo de Oliveira, Pesquisa Fapesp, outubro de 2013. p. 58-60) 
 
 
Texto II 
 
 
Em 1985, depois de examinar com atenção a intensa urbanização da Amazônia, que nas últimas décadas do século XX 
acusou as maiores taxas do Brasil, a geógrafa política Bertha Koiffmann Becker (que morreu em julho de 2013) lançou 
a expressão "floresta urbanizada" para definir a região, valorizada até então apenas pelas matas. Ela preferia usar a 
expressão Arco do Povoamento Consolidado em vez da mais comum, Arco do Desmatamento, para designar as áreas 
de ocupação humana nas bordas da floresta, pela simples razão de que essa área está ocupada por muitas cidades 
grandes, estradas e plantações de soja, além de pecuária e mineração. 
Bertha Becker argumentava que era preciso pensar o desenvolvimento da floresta, não apenas sua preservação. Suas 
conferências, os debates com colegas acadêmicos e com homens do governo e os 19 livros que publicou ajudaram a 
enriquecer a visão sobre a Amazônia, hoje vista como um espaço complexo, resultante da interação de forças políticas 
e econômicas. Seu trabalho influenciou a elaboração de novas estratégias para a organização desse território. 
 
(Adaptado de: Pesquisa Fapesp, agosto de 2013. p. 56). 
 
 
 
 
- que converte grandes extensões de floresta em pastagens - (Texto I, 3º parágrafo) 
 
 
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passará a ser: 
a) tinham convertido. 
b) foi convertida. 
c) são convertidas. 
d) deveria converter. 
e) foram convertidos. 
 
 
46 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Administrativa ) 
No texto abaixo, Graciliano Ramos narra seu encontro com Nise da Silveira. 
 
 Chamaram-me da porta: uma das mulheres recolhidas à sala 4 desejava falar comigo. Estranhei. Quem seria? E 
onde ficava a sala 4? Um sujeito conduziu-me ao fim da plataforma, subiu o corrimão e daí, com agilidade forte, galgou 
uma janela. Esteve alguns minutos conversando, gesticulando, pulou no chão e convidou-me a substituí-lo. Que? 
Trepar-me àquelas alturas, com tamancos? 
 
 Examinei a distância, receoso, descalcei-me, resolvi tentar a difícil acrobacia. A desconhecida amiga exigia de mim 
um sacrifício; a perna, estragada na operação, movia-se lenta e perra; se me desequilibrasse, iria esborrachar-me no 
pavimento inferior. Não houve desastre. Numa passada larga, atingi o vão da janela; agarrei-me aos varões de ferro, 
olhei o exterior, zonzo, sem perceber direito por que me achava ali. Uma voz chegou-me, fraca, mas no primeiro 
instante não atinei com a pessoa que falava. Enxerguei o pátio, o vestíbulo, a escada já vista no dia anterior. No 
patamar, abaixo de meu observatório, uma cortina de lona ocultava a Praça Vermelha. Junto, à direita, além de uma 
grade larga, distingui afinal uma senhora pálida e magra, de olhos fixos, arregalados. O rosto moço revelava fadiga, aos 
cabelos negros misturavam-se alguns fios grisalhos. 
 
Referiu-se a Maceió, apresentou-se: 
Aluízio Costa – Curso preparatório online para concursos públicos - http://professoraluiziocosta.com.br 
 
 
Dúvidas? Acesse nosso site, clique aqui - http://professoraluiziocosta.com.br 
40 
 
 
 - Nise da Silveira. 
 
 Noutro lugar o encontro me daria prazer. O que senti foi surpresa, lamentei ver minha conterrânea fora do mundo, 
longe da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos. Sabia-a culta e boa, Rachel de Queiroz me afirmara a 
grandeza moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se de tomar espaço. 
Nunca me havia aparecido criatura mais simpática. O marido, também médico, era meu velho conhecido Mário 
Magalhães. Pedi notícias dele: estava em liberdade. E calei-me, num vivo constrangimento. 
 
 De pijama, sem sapatos, seguro à verga preta, achei-me ridículo e vazio; certamente causava impressão muito 
infeliz. Nise, acanhada, tinha um sorriso doce, fitava-me os bugalhos enormes, e isto me agravava a perturbação, 
magnetizava-me. Balbuciou imprecisões, guardou silêncio, provavelmente se arrependeu de me haver convidado para 
deixar-me assim confuso. 
 
(RAMOS, Graciliano, Memórias do Cárcere, vol. 1. São Paulo, Record, 1996, p. 340 e 341) 
 
 
A voz reflexiva está empregada em: 
a) ... fitava-me os bugalhos enormes... (último parágrafo) 
b) A desconhecida amiga exigia de mim um sacrifício... (2
o
 parágrafo) 
c) Uma voz chegou-me, fraca... (2
o
 parágrafo) 
d) Nunca me havia aparecido criatura mais simpática. (4
o
 parágrafo) 
e) ... achei-me ridículo e vazio... (último parágrafo) 
 
 
47 - ( FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa / Flexão verbal de tempo (presente, 
pretérito,

Outros materiais