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Focus Concursos NOÇÕES DE DIREITO PENAL Crimes Contra a Pessoa

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FOCUSCONCURSOS.COM.BR
Direito Penal | Material de Apoio 
Professor Antonio Pequeno.
TÍTULO I – DOS CRIMES CONTRA A PESSOA (ART.121 ATÉ O ART.154-B DO C.P) 
CAPÍTULO I – DOS CRIMES CONTRA A VIDA (ART.121 ATÉ O ART.128 DO C.P) 
HOMICÍDIO (ART.121 DO C.P) 
HOMICÍDIO 
HOMICÍDIO 
SIMPLES 
(ART.121 
CAPUT) 
HOMICÍDIO 
PRIVILEGIADO 
(ART.121, §1º, 
C.P)
HOMICÍDIO 
QUALIFICADO 
(ART.121, §2º, 
C.P)
Art.121, §2-A, C.P – 
CIRCUNSTÂNCIAS 
PARA A OCORRÊNCIA 
DO FEMINICÍDIO. 
HOMICÍDIO 
CULPOSO 
(ART.121,§3º, 
C.P)
HOMICÍDIO 
C/AUMENTO DE 
PENA (ART.121, 
§4º, C.P)
PERDÃO 
JUDICIAL 
(ART.121, 
§5º, C.P)
HOMICÍDIO C/ 
AUMENTO DE 
PENA 
(ART.121, §6º, 
C.P)
HOMICÍDIO C/ 
AUMENTO DE 
PENA 
(ART.121,§7º, 
C.P)
1- HOMICÍDIO SIMPLES (ART.121 CAPUT)
Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
1.1-SUJEITO ATIVO- 
1.2-SUJEITO PASSIVO – 
1.3- BEM JURÍDICO TUTELADO- É a vida. 
1.4- OBJETO MATERIAL – a pessoa 
1.4- ELEMENTO SUBJETIVO- o dolo 
1.5-CONSUMAÇÃO- com a morte da pessoa. 
1.6- TENTATIVA – 
1.7- COMPETÊNCIA – TRIBUNAL DO JÚRI NO CASO DOS HOMICÍDIOS DOLOSOS, TANTO NA FORMA CONSUMADA 
COMO NA FORMA TENTADA. 
1.8 – AÇÃO PENAL – Pública incondicionada 
2- HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (ART.121, §1º, DO C.P)
Natureza jurídica: causa de diminuição de pena
Motivo de relevante valor moral (nobre):
Motivo de relevante valor social: 
Sob domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima. 
Requisitos: 
A) - existência de uma injusta provocação (não é injusta agressão, senão seria legítima defesa). Exemplo: adultério,
xingamento, traição. Não é necessário que a vítima tenha tido a intenção específica de provocar, bastando que o
agente se sinta provocado.
B) - que, em razão da provocação, o agente fique tomado por uma emoção extremamente forte. Emoção é um
estado súbito e passageiro de instabilidade psíquica.
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C) - reação imediata (logo em seguida...): não pode ficar evidenciada uma patente interrupção entre a provocação e 
a morte. Leva-se em conta o momento em que o sujeito ficou sabendo da provocação. 
 
3- HOMICÍDIO QUALIFICADO (ART.121,§2º, C.P) 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
Paga ou Promessa de recompensa – 
Motivo Torpe – 
II - por motivo futil; 
Motivo fútil - 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa 
resultar perigo comum; 
Com emprego de veneno - 
Emprego de fogo - 
Emprego de explosivo - 
 
Emprego de asfixia - 
 
Tortura: 
Emprego de qualquer meio do qual possa resultar perigo comum - Gera perigo a um número indeterminado de 
pessoas. Não é necessário que o caso concreto demonstre o perigo comum, basta que se comprove que o meio 
usado poderia causar dano a várias pessoas, ainda que não haja uma situação de risco específico. 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa 
do ofendido; 
À traição – 
Emboscada ou tocaia: 
Dissimulação: 
Qualquer outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima 
 V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
O inciso refere-se às qualificadoras por conexão, que podem ser: 
 
 Teleológica: 
Conseqüencial: Ocorre quando a morte visa garantir: 
Ocultação de outro crime: o agente quer evitar que alguém descubra que o crime foi praticado; 
Impunidade: evitar que alguém conheça o autor de um crime (exemplo: matar testemunha); 
 
Vantagem 
 Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema 
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu 
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 
13.142, de 2015) 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
4 - ART.121, §2-a, do C.P; 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 
13.104, de 2015) 
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
 
 
 
 
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5- HOMICÍDIO CULPOSO (ART.121, §3º, C.P) 
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
Pena - detenção, de um a três anos. 
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
Pena - detenção, de um a três anos. 
IMPORTANTE!!! Quando alguém na direção de veículo automotor, por culpa, matar outra pessoa não responderá 
pelo Código Penal e sim pelo Código de Trânsito Brasileiro (art.302 da Lei 9503/1997). 
 
6- HOMICÍDIO COM AUMENTO DE PENA (ART.121, §4º, C.P) 
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra 
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir 
as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é 
aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 
(sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 
7-HOMICÍDIO – PERDÃO JUDICIAL – (ART.121, §5º, C.P) 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração 
atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 
6.416, de 24.5.1977) 
 
8- HOMICÍDIO COM AUMENTO DE PENA (ART.121, §6º, C.P) 
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto 
de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) 
 
9- HOMICÍDIO COM AUMENTO DE PENA (ART.121, §7º, C.P) 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela 
Lei nº 13.104, de 2015) 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei 
nº 13.104, de 2015) 
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A VIDA 
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO 
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de 
suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. 
1- SUJEITO ATIVO- 
2- SUJEITO PASSIVO- 
3- BEM JURÍDICO- 
4-CONDUTAS: 
5-ELEMENTO SUBJETIVO- 
6-CONSUMAÇÃO- 
7-TENTATIVA- 
8- AUMENTO DE PENA (ART.122, PARÁGRAFO ÚNICO) 
 Parágrafo único - A pena é duplicada: 
 I - se o crime é praticado por motivo egoístico; 
Ex.: O agente instiga o pai a se suicidar para ficar com a herança deste. 
 II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 
10- DISSENSO PRESUMIDO 
 
11- ROLETA RUSSA, DUELO AMERICANO E PACTO DE MORTE 
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11- ROLETARUSSA, DUELO AMERICANO E PACTO DE MORTE 
 
ROLETA RUSSA – 
 
DUELO AMERICANO OU DUELO À AMERICANA– 
 
PACTO DE MORTE – 
 
12-COMPETÊNCIA – TRIBUNAL DO JÚRI 
 
13- TIPO DE AÇÃO PENAL: PÚBLICA INCONDICIONADA 
 
INFANTICÍDIO (123 DO C.P) 
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: 
Pena - detenção, de dois a seis anos 
1-SUJEITO ATIVO – 
 
2-SUJEITO PASSIVO – 
*** É possível o concurso de pessoas? 
 
3-BEM JURÍDICO – 
4-CONDUTA- 
Estado puerperal: alteração psíquica que acontece em grande número de mulheres em razão de alterações orgânicas 
decorrentes do fenômeno do parto. 
 
*** Deve ser provado o estado puerperal ou ele se presume? 
5-ELEMENTO SUBJETIVO- 
 
6-ELEMENTO TEMPORAL - Durante ou logo após o parto: este é o elemento temporal, ou seja, o crime só poderá ser 
praticado em um determinado momento. 
7--CONSUMAÇÃO E TENTATIVA- 
 
8-MORTE DO PRÓPRIO FILHO CAUSADA POR CULPA 
 
9-INFANTICÍDIO E ERRO SOBRE A PESSOA 
 
10- MORTE DE NASCENTE OU NEONATO COM ANENCEFALIA – O STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento da 
ADPF Nº 54. 
 
11-COMPETÊNCIA – TRIBUNAL DO JÚRI 
 
12- AÇÃO PENAL PÚBLICA- PÚBLICA INCONDICIONADA 
 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A VIDA 
ABORTO 
 
1-Aborto (art.124 do C.P) 
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: (Vide ADPF 54) 
Pena - detenção, de um a três anos. 
 
 
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Professor Antonio Pequeno.
1.1- SUJEITO ATIVO- 
 
1.2-SUEITO PASSIVO- 
 
1.3- BEM JURÍDICO TUTELADO – A vida 
 
1.4- ELEMENTO SUBJETIVO- 
 
1.5- CONDUTA – Provocar o aborto em si mesma (auto aborto) ou consentimento para que outrem lho provoque. 
Neste crime a gestante responderá pelo artigo 124 e o sujeito ativo que praticar o aborto com o consentimento dela, 
responderá pelo art.126 do Código Penal. Ocorrerá nesse caso a quebra da teoria monista. 
Abortamento – São as manobras abortivas para a prática do aborto. 
Aborto – É o resultado do abortamento. 
 
1.6- CONSUMAÇÃO E TENTATIVA- 
 
2- Aborto provocado por terceiro SEM O CONSENTIMENTO DA GESTANTEArt. 
125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de três a dez anos. 
2.1-SUJEITO ATIVO – 
2.2-SUJEITO PASSIVO – 
2.3-BEM JURÍDICO TUTELADO – 
2.4-ELEMENTO SUBJETIVO – 
2.5-CONSUMAÇÃO E TENTATIVA- . 
 
3- Aborto provocado por terceiro COM O CONSENTIMENTO DA GESTANTE 
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Vide ADPF 54) 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
3.1- SUJEITO ATIVO- 
3.2-SUJEITO PASSIVO- 
3.3-BEM JURÍDICO TUTELADO- 
3.4- ELEMENTO SUBJETIVO - 
3.5- CONSUMAÇÃO E TENTATIVA- 
3.6- DISSENSO PRESUMIDO 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou 
debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência . 
*** A gestante não sendo maior de 14 anos, caso tenha o consentimento dela este não será válido. O mesmo caso 
ocorre se a gestante é alienada ou débil mental. 
 
4- ABORTO MAJORADO OU COM AUMENTO DE PENA (ART.127 DO C.P) 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do 
aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são 
duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. 
5- ABORTO LEGAL (ART.128 DO C.P) 
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) 
 
Aborto necessário 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
IMPORTANTE!!! O aborto necessário ou terapêutico só pode ser praticado por médico e desde que não haja outro 
meio de salvar a vida da gestante. O médico agirá sobre a excludente de ilicitude, estado de necessidade. 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu 
representante legal. 
5
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IMPORTANTE!!! O aborto no caso de gravidez resultante de estupro ou humanitário ocorre quando a vítima do 
crime de estupro deseja abortar. Para que o aborto seja legítimo tem que ser praticado por médico e a gestante não 
precisa pedir autorização judicial, bastando o boletim de ocorrência. 
6- Aborto eugênico ou eugenésico: O direito brasileiro não contempla regra permissiva do aborto nas hipóteses em 
que a criança nascerá com graves deformidades físicas ou psíquicas (aborto eugênico ou eugenésico). O fundamento 
dessa opção é a tutela da vida humana no mais amplo sentido 
7- ABORTO EM CASO DE ANENCEFALIA- A palavra anencefalia significa ausência total ou parcial do encéfalo. 
Anencefalia é um defeito cogênito que se desenvolve bem no início da vida intrauterina. De acordo com o STF 
(Supremo Tribunal Federal) o aborto praticado de feto anencéfalo é fato atípico. 
 
8- ABORTO SOCIAL OU ECONÔMICO - O aborto praticado por problemas sociais ou econômicos é considerado 
crime, não podendo ser utilizado como justificativa para praticar aquele. 
 
9- COMPETÊNCIA – TRIBUNAL DO JÚRI 
10- TIPO DE AÇÃO PENAL – PÚBLICA INCONDICIONADA 
 
CAPÍTULO II 
DAS LESÕES CORPORAIS 
LESÃO CORPORAL 
• LESÃO CORPORAL LEVE (129, CAPUT, C.P); 
• LESÃO CORPORAL GRAVE (ART.129, §1º, C.P); 
• LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA (ART.129, §2º, C.P); 
• LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE (ART.129,§3º, C.P); 
• LESÃO CORPORAL C/DIMINUIÇÃO DE PENA (ART.129, §4ª, C.P); 
• LESÃO CORPORAL (SUBSTITUIÇÃO DE PENA) ART.129,§5º, C.P; 
• LESÃO CORPORAL CULPOSA (AR.129, §6º, C.P); 
• CAUSA DE AUMENTO DE PENA (ART.129,§7º, C.P); 
• PERDÃO JUDICIAL; 
• LESÃO CORPORAL DOMÉSTICA(ART.129, §9º, 10 E 11, C.P) 
 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem (LESÃO CORPORAL LEVE): 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
1- INTRODUÇÃO 
2- BEM JURÍDICO- INTEGRIDADE FÍSICA, FISIOLÓGICA E MENTAL 
3- OBJETO MATERIAL – 
4—NÚCLEO DO TIPO OU CONDUTA – 
5 - SUJEITO ATIVO- 
6- SUJEITO PASSIVO- 
7- CONSUMAÇÃO E TENTATIVA- 
8- COMPETÊNCIA – Juizado Especial Criminal 
9- AÇÃO PENAL - Condicionada a representação 
10- AUTOLESÃO – Princípio da Alteridade, exceto no caso do art.171, §2º, V, C.P. 
11-CIRURGIA DE MUDANÇA DE SEXO – O médico age em exercício regular de direito 
12- CIRURGIA DE ESTERILIZAÇÃO – O médico age em exercício regular de direito 
13- CONSENTIMENTO DO OFENDIDO - Caso o bem seja disponível (lesão leve), o consentimento sendo prévio, 
excluirá a ilicitude. 
 
14- LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE 
§ 1º Se resulta: 
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
6
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Professor Antonio Pequeno.
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 
CAPÍTULOII 
DAS LESÕES CORPORAIS (2ª PARTE) 
 
15-LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA 
§ 2° Se resulta: 
I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
II - enfermidade incurável; 
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
IV - deformidade permanente; 
V - aborto: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos 
16- LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE 
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de 
produzí-lo: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
17-CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA 
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de 
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 
18- SUBSTITUIÇÃO DE PENA 
 § 5° O juiz, não sendo gravesas lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis 
a dois contos de réis: 
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
II - se as lesões são recíprocas 
 
19- LESÃO CORPORAL CULPOSA 
§ 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 
20-CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
 § 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste 
Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 
 
21-PERDÃO JUDICIAL 
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990). SLIDE 3 
 
22-LESÃO CORPORAL DOMÉSTICA 
 § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem 
conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de 
hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
 
23-CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, 
aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) 
 
24-CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa 
portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) 
25-CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
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CAPÍTULO III 
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 
 
Abandono de incapaz 
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, 
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
Aumento de pena 
§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço: 
I - se o abandono ocorre em lugar ermo; 
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima. 
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
1- BEM JURÍDICO - Tutelam-se a vida, a saúde e a segurança da pessoa humana. 
 
2- SUJEITO ATIVO 
 
3- SUJEITO PASSIVO 
 
4-OBJETO MATERIAL 
 
5- CONDUTA OU NÚCLEO DO TIPO – “Abandonar” traduz a ideia de desamparar, descuidar. 
 
6- ELEMENTO SUBJETIVO - É o dolo de perigo, direto ou eventual. 
 
7-CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
 
Consumação 
Tentativa - É possível na modalidade comissiva, exclusivamente. 
 
8- FIGURAS QUALIFICADAS 
ART.133, § 1º , C.P- Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
ART.133, § 2º, C.P - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
9- CAUSAS DE AUMENTO DE PENA 
§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço: 
I - se o abandono ocorre em lugar ermo; 
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima. 
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 
10- TIPO DE AÇÃO PENAL - Pública Incondicionada 
 
Exposição ou abandono de recém-nascido 
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
§ 2º - Se resulta a morte: 
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Pena - detenção, de dois a seis anos. 
1- BEM JURÍDICO - Tutelam-se a vida e a saúde da pessoa humana. 
 
2- SUJEITO ATIVO – 
 
3- SUJEITO PASSIVO – 
 
4-OBJETO MATERIAL – É o recém-nascido atingido pela conduta criminosa. 
 
5- CONDUTA OU NÚCLEO DO TIPO – O tipo penal contém dois núcleos: “expor” e “abandonar”. Expor equivale a 
transferir a vítima para lugar diverso daquele em que lhe é prestada a assistência; abandonar significa desamparar a 
vítima no tocante aos cuidados necessários. 
 
6-ELEMENTO NORMATIVO – 
 
7- ELEMENTO SUBJETIVO – 
 
8-CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
CONSUMAÇÃO - Dá-se no momento em que a vítima é submetida ao perigo concreto. 
TENTATIVA - É possível, somente quando se tratar de crime comissivo. 
 
9- FIGURAS QUALIFICADAS 
ART.134, § 1º, C.P.- Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
ART.134,§ 2º, C.P. - Se resulta a morte: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
10- TIPO DE AÇÃO PENAL - PÚBLICA INCONDICIONADA 
 
Omissão de socorro 
 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, 
o socorro da autoridade pública: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e 
triplicada, se resulta a morte. 
 
1- BEM JURÍDICO - A lei penal protege imediatamente a vida e a saúde da pessoa humana. Também tutela, 
mediatamente, a solidariedade humana. 
 
2- SUJEITO ATIVO – 
 
3- SUJEITO PASSIVO – São elas: criança abandonada, criança extraviada, pessoa inválida e ao desamparo, pessoa 
ferida e ao desamparo, e pessoa em grave e iminente perigo. Vejamos: 
a) Criança abandonada: é a pessoa com idade inferior a 12 anos (Lei 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do 
Adolescente, art. 2º) que foi intencionalmente deixada em algum lugar por quem devia exercer sua vigilância, e por 
esse motivo não pode prover sua própria subsistência. 
b) Criança extraviada: é a pessoa com idade inferior a 12 anos que está perdida, isto é, não sabe retornar por conta 
própria ao local em que reside ou possa encontrar resguardo e proteção. 
c) Pessoa inválida e ao desamparo: invalidez é a característica inerente à pessoa que não pode, por conta própria, 
praticar os atos cotidianos de um ser humano. Pode advir de problema físico ou mental. Mas não basta a invalidez. 
Exige-se ainda esteja a pessoa ao desamparo, isto é, incapacitada para se livrar por si só da situação de perigo. 
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d) Pessoa ferida e ao desamparo: é aquela que sofreu lesão corporal, não necessariamente grave, acidentalmente ou 
provocada por terceira pessoa. É imprescindível que também se encontre ao desamparo, ou seja, impossibilitada de 
afastar o perigo por suas próprias forças. 
e) Pessoa em grave e iminente perigo: o perigo deve ser sério e fundado, apto a causar um mal relevante em curto 
espaço de tempo. Não é necessário seja a vítima inválida, nem que esteja ferida. 
 
4- OBJETO MATERIAL – 
 
5- CONDUTA OU NÚCLEO DO TIPO – 
 
6- ELEMENTO SUBJETIVO - É o dolo de perigo, direto ou eventual. Não se admite a modalidade culposa. 
 
7-CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
 
CONSUMAÇÃO - Consuma-se o crime no momento da omissão, daí advindo o perigo presumido ou concreto, 
conforme o caso. 
 
TENTATIVA 
 
8- Omissão médica 
 
9- Causa de aumento de pena: 
ART.135, Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, 
e triplicada, se resulta a morte. 
 
10- Omissão de socorro e Código de Trânsito Brasileiro: 
 
11- TIPO DE AÇÃO PENAL – PÚBLICA INCONDICIONADA 
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimentoprévio de 
formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei 
nº 12.653, de 2012). 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza 
grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
 
1- BEM JURÍDICO - Os bens jurídicos penalmente tutelados são a vida e a saúde da pessoa humana. 
 
2- SUJEITO ATIVO 
 
3- SUJEITO PASSIVO 
 
4-OBJETO MATERIAL – É o cheque-caução, a nota promissória, qualquer outra garantia ou os formulários 
administrativos. 
 
5- CONDUTA OU NÚCLEO DO TIPO 
 
6- ELEMENTO SUBJETIVO - É o dolo, direto ou eventual, acrescido de um especial fim de agir (elemento subjetivo 
específico), representado pela expressão “como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial”. 
 
7-CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
 
 
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CONSUMAÇÃO 
 
TENTATIVA 
 
8-Causa de aumento de pena: 
135-A, Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal 
de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
 
9 -Ação penal: É pública incondicionada. 
 
Maus-tratos 
 
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, 
ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a 
trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. 
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. (Incluído 
pela Lei nº 8.069, de 1990) 
1- BEM JURÍDICO - A vida e a saúde da pessoa humana. 
 
2- SUJEITO ATIVO 
 
3- SUJEITO PASSIVO 
 
4-OBJETO MATERIAL 
 
5- CONDUTA OU NÚCLEO DO TIPO – “Expor” significa colocar alguém em perigo. Cuida-se de crime de forma 
vinculada, pois a conduta de “expor a perigo a vida ou a saúde da pessoa” somente admite os modos de execução 
expressamente previstos em lei, quais sejam: 
a) Privação de alimentos ou cuidados indispensáveis: “Privar” equivale a destituir, retirar, tolher alguém de um bem 
ou objeto determinado. O crime, nessa hipótese, é omissivo próprio ou puro. Cuidados indispensáveis são os 
imprescindíveis à preservação da vida e da saúde de quem está sendo educado, tratado ou custodiado por alguém. 
b) Sujeição a trabalho excessivo ou inadequado: Trabalho excessivo é o capaz de prejudicar a vida ou a saúde de 
alguém, em razão de produzir anormal cansaço como decorrência do seu elevado volume. Deve ser aferido no caso 
concreto, levando-se em 
consideração os aspectos físicos da vítima. Trabalho inadequado é o impróprio para uma determinada pessoa, e por 
esse motivo apto a proporcionar perigo à vida ou à saúde de quem o realiza. 
c) Abuso dos meios de correção ou disciplina: Correção é o meio destinado a tornar certo o que está errado. 
Disciplina é o expediente utilizado para preservar a normalidade, isto é, manter certo aquilo que já está certo. Em 
ambas as situações o crime é comissivo. Surge o delito de maus-tratos, porém, quando o titular do direito de 
correção ou de disciplina dele abusa. Em outras palavras, o exercício do direito transmuda-se de regular para 
“irregular”. 
 
6- ELEMENTO SUBJETIVO 
 
7-CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
CONSUMAÇÃO – 
TENTATIVA - 
 
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8- FIGURAS QUALIFICADAS 
Art.136, § 1º, C.P.- Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
Art.136, § 2º, C.P. - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
9- CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. (Incluído 
pela Lei nº 8.069, de 1990). 
 
10- TIPO DE AÇÃO PENAL - PÚBLICA INCONDICIONADA 
 
CAPÍTULO IV 
DA RIXA 
Rixa 
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. 
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a 
pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
1-SUJEITO ATIVO 
 
2-SUJEITO PASSIVO 
 
3- CONDUTA 
 
4-ELEMENTO SUBJETIVO 
 
5-CONSUMAÇÃO E TENTATIVA- 
 
6 – FORMA QUALIFICADA 
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a 
pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
 
 
 
 
 
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1-BEM JURÍDICO TUTELADO - Honra objetiva e honra subjetiva. 
 
2-ELEMENTO SUBJETIVO ESPECIAL- 
 
3-CONSENTIMENTO DO OFENDIDO- 
 
4- CALÚNIA 
 
4.1-BEM JURÍDICO 
 
4.2-SUJEITO ATIVO 
 
4.3-SUJEITO PASSIVO 
 
4.4-CONDUTA - Caluniar 
 
4.5-CALÚNIA NAS MODALIDADES PROPALAR E DIVULGAR 
Propalar é relatar verbalmente. 
Divulgar é relatar por qualquer outro meio, exemplos: panfletos, outdoors, gestos, etc. 
 
4.6 - CALÚNIA CONTRA OS MORTOS 
 
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato 
definido como crime: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a 
imputação, a propala ou divulga. 
 
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos 
Exceção da verdade 
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: 
II - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o 
ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; 
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do 
art. 141; 
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi 
absolvido por sentença irrecorrível. 
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4.7-ELEMENTO SUBJETIVO 
 
4.8-CONSUMAÇÃO 
 
TENTATIVA 
 
4.9- EXCEÇÃO DA VERDADE 
 
5- DIFAMAÇÃO 
 
 
5.1-SUJEITO ATIVO- 
 
5.2-SUJEITO PASSIVO – 
 
5.3- CONDUTA – 
 
5.4-ELEMENTO SUBJETIVO – 
 
5.5-CONSUMAÇÃO E TENTATIVA- 
 
5.6- EXCEÇÃO DA VERDADE - 
 
CRIMES CONTRA HONRA (CONTINUAÇÃO) 
1-INJÚRIA 
 
ART.139 DO C.P 
Difamar alguém, 
imputando-lhe fato 
ofensivo à sua 
reputação: 
Pena - detenção, de 
três meses a um ano, 
e multa. 
 
Exceção da verdade 
• Parágrafo único - A 
exceção da verdade 
somente se admite 
se o ofendido é 
funcionário público 
e a ofensa é relativa 
ao exercício de suas 
funções. 
 
bem jurídico 
honra 
objetiva 
 
 
 
 
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1.1-BEM JURÍDICO 
 
1.2- SUJEITO ATIVO 
 
1.3-SUJEITO PASSIVO 
 
1.4-CONDUTA- 
 
1.5- ELEMENTO SUBJETIVO- 
 
1.6- CONSUMAÇÃO E TENTATIVA – 
 
1.7-EXCEÇÃO DA VERDADE – 
 
1.8-PERDÃO JUDICIAL - 
 
2-INJÚRIA REAL/ INJÚRIA QUALIFICADA 
 
Art.140, § 2º, C.P. - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, 
se considerem aviltantes: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. 
 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe 
a dignidade ou o decoro: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou 
multa§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
I - quando o ofendido, de forma 
reprovável, provocou diretamente a 
injúria; 
II - no caso de retorsão imediata, que 
consista em outra injúria. 
§ 2º - Se a injúria consiste em violência 
ou vias de fato, que, por sua natureza ou 
pelo meio empregado, se considerem 
aviltantes: 
Pena - detenção, de três meses a um 
ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência. 
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos 
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a 
condição de pessoa idosa ou portadora de 
deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela 
Lei nº 9.459, de 1997) 
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3 – INJÚRIA RACIAL/ INJÚRIA QUALIFICADA 
ART.140, § 3o, C.P.- Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a 
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997). 
 
OUTRAS DIFERENÇAS ENTRE A INJÚRIA RACIAL E O RACISMO 
Injúria racial Racismo 
Art.140, §3, do C.P Lei nº7716/1989 
 
 
 
 
 
 
4- Diposições comum 
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: 
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 
II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. 
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído pela 
Lei nº 10.741, de 2003) 
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. 
 
5-EXCLUSÃO DO CRIME 
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: 
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; 
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou 
difamar; 
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no 
cumprimento de dever do ofício. 
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação. 
 
6-RETRATAÇÃO 
 Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de 
pena. 
 
7- PEDIDO DE EXPLICAÇÕES 
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode 
pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela 
ofensa. 
 
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8- AÇÃO PENAL 
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 
140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. 
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 
deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 
3o do art. 140 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.033. de 2009). 
Crimes contra a liberdade Pessoal 
 
1- BEM JURÍDICO TUTELADO - 
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL: ART.5º, II, CF/88: II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei; 
 
 
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou 
grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por 
qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não 
fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não 
manda: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa 
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, 
quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três 
pessoas, ou há emprego de armas. 
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as 
correspondentes à violência. 
 
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: 
 
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o 
consentimento do paciente ou de seu representante 
legal, se justificada por iminente perigo de vida; 
II - a coação exercida para impedir suicídio. 
 
 
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2- SUJEITO ATIVO- 
 
3-SUJEITO PASSIVO- 
 
**CRIANÇA OU ADOLESCENTE (ART.232 DO ECA – L.8069/1990) 
Quem submeter criança ou adolescente a vexame ou constrangimento poderá responder nas condições do art. 232 
do ECA (Estatuto da Criança ou adolescente). 
**IDOSO (ART.107 DA LEI 10741/2003) 
A Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso, em seu art. 107, pune com reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, aquele que 
coage, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração. 
 
4-CONDUTA -. 
 
5- ELEMENTO SUBJETIVO – 
 
6- CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
CONSUMAÇÃO 
 
TENTATIVA 
 
7- FORMAS MAJORADA 
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três 
pessoas, ou há emprego de armas. 
 
8-CONCURSO MATERIAL OBRIGATÓRIO 
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência. 
 
9- EXCLUSÃO DO CRIME 
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: 
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada 
por iminente perigo de vida; 
II - a coação exercida para impedir suicídio. 
 
AMEAÇA 
 
 
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, 
escrito ou gesto, ou qualquer outro meio 
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou 
multa. 
Parágrafo único - Somente se procede mediante 
representação. 
 
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1- BEM JURÍDICO - 
 
2- SUJEITO ATIVO- 
 
3- SUJEITO PASSIVO - 
 
4- CONDUTA 
Espécies de ameaça: 
A) direta ou imediata – É aquela feita diretamente a pessoa do sujeito passivo. 
b) indireta ou mediata – 
c) expressa ou explícita 
d) tácita ou implícita - 
5- ELEMENTO SUBJETIVO - 
 
*”animus jocandi “– É a intenção de brincar. Não se configura o crime de ameaça. 
*Estado de ira – O estado de ira não exclui a conduta do agente. Por isso, responderá criminalmente. 
* Embriaguez –. 
 
6- CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
CONSUMAÇÃO – 
 
TENTATIVA – 
 
7- AÇÃO PENAL - É pública condicionada à representação. 
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. 
 
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO 
 
1- ESTRUTURA DO CRIME DE SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO 
SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO (ART.148, CAPUT, DO C.P); 
FORMAS QUALIFICADAS (ART.148, §1º E §2º, C.P). 
 
2- BEM JURÍDICO TUTELADO 
 
3- SUJEITO ATIVO 
 
4- SUJEITO PASSIVO – qualquer pessoa física 
PESSOA JURÍDICA – 
Dependendo do caso concreto poderá ser tipificada a conduta do agente no artigo .230 DO ECA: Privar a 
criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato 
infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente. 
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO 
5- CONDUTA - 
 
6- ELEMENTO SUBJETIVO 
 
7- CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
CONSUMAÇÃO 
 
TENTATIVA 
 
8- FORMAS QUALIFICADAS (ART.148,§ 1º E 2º, DO C.P) 
 
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 § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: 
 I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) 
anos; (Redaçãodada pela Lei nº 11.106, de 2005) 
 II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; 
 III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. 
Trata-se de crime a prazo, só se consuma quando ultrapassar os quinze dias. 
 IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005) 
 V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005). 
O agente poderá vir a responder em concurso com o crime de estupro (art.213 do C.P) 
 § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 
 
 
 
 
 
 
 
 
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