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Resumão de Penal II Concurso de Crimes ( Art. 69,70,71) É a hipótese em que o agente mediante uma ação ou omissão, ou, várias ações ou omissões, da causa a vários crimes. Sistema de aplicação de penas * Cúmulo material EX: Sujeito pratica três homicídios... soma-se a pena dos três homicídios > Concurso material homogêneo. * Exasperação Em crimes diferentes, aplica-se sempre o mais grave. * Concurso Material (Art. 69, CP) É uma pluralidade de condutas / Há uma pluralidade de condutas e de crimes. Quando os crimes forem idênticos, haverá concurso material homogêneo. Quando, diferentes, heterogêneo. * Concurso Formal (Art. 70, CP) O agente mediante uma só conduta pratica dois ou mais crimes idênticos ou não. O concurso formal pode ser perfeito ou imperfeito. No concurso formal imperfeito, haverá desígnio autônomo, em que o agente deseja a realização de vários crimes / Tem dolo para todos os crimes. Haverá uma só ação, mas será múltipla à vontade. Por isso, no concurso formal perfeito, a regra é a exasperação e no imperfeito a regra é o cúmulo material, diante da diversidade de intuitos do agente. * Crime Continuado (Art. 71, CP) Deve-se entender, uma ficção jurídica criada por razões de política criminal, que considera os crimes subsequentes como continuação do primeiro, estabelecendo um tratamento unitário a uma pluralidade de crimes que foram praticados de forma semelhante. Requisitos do Crime Continuado - Pluralidade de condutas - Crimes da mesma espécie (aquele previstono mesmo tipo penal) - Mesma circunstância de tempo - Tem que ter uma peridiocidade que traga uma uniformidade de condutas. - Mesmo lugar (contexto) - Modo de execução. Limite das Penas * Nos termos do Art. 75 do CP, em atenção à vedação Constitucional da prisão perpétua, o tempo máximo de cumprimento de pena privativa de liberdade é de 30 anos. Tal prazo apenas se refere ao tempo de cumprimento de pena não abrangendo possíveis benefícios durante a execução da pena. Dai porque possível estabelecer pena superior a 30 anos. Súmula 715. * Súmula 715 A PENA UNIFICADA PARA ATENDER AO LIMITE DE TRINTA ANOS DE CUMPRIMENTO, DETERMINADO PELO ART. 75 DO CÓDIGO PENAL, NÃO É CONSIDERADA PARA A CONCESSÃO DE OUTROS BENEFÍCIOS, COMO O LIVRAMENTO CONDICIONAL OU REGIME MAIS FAVORÁVEL DE EXECUÇÃO. * Teoria Geral da pena * Resposta que o Estado tem para quem pratica fato criminoso. * É a resposta estatal consistente na privação ou restrição de um bem jurídico ao autor de um fato punível não atingido por causa extintiva de punibilidade. * Três Teorias Teoria Retributiva * Olho por olho dente por dente / Pena serve para retribuir com o mal o mal que a pessoa fez. Teoria Preventiva * Desestímulo para ocorrência e reincidência do crime. Evitar ocorrência e reincidência. Teoria Mista * Duas finalidades > Retribuir + Prevenir No Brasil, a pena tem três finalidades... Preventiva Retributiva Ressocializadora Tipos de Pena no Brasil 1ª Fase > Pena em Abstrato *Finalidade Preventiva geral / Positiva / Reforça sua validade / Evitar a prática do crime 2ª Fase > Pena em Concreto * Finalidade Preventiva especial * Retributiva 3ª Fase > Pena em Execução (Art. 1º da Lei 7210/84) * Finalidade Preventiva especial / Retributiva / Ressocializadora Progressões de Regime * 1/6 da Pena e Bom comportamento * Art. 112 da Lei 7210/84 Crimes Hediondos > Lei 8.072/90 * Regime Integral Fechado O STF em 2006 declara a Lei de Crimes Hediondos inconstitucional e que é possível a progressão. Lei 11.464/07 2/5 para primário 3/5 para reincidente A progressão de penas antes de 2007 era de 1/6, e depois de 2007 passou para 2/5. Súmula 26 STF e 439 STJ * Súmula Vinculante 26 STF Para efeito de progressão de regime no cumprimento da pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º, da lei 8.072/90, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. * Súmula 439 STJ Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. Regimes de Cumprimento de Pena * Fechado (Art. 34, CP) * Semi-Aberto (Art.35, CP) * Aberto (Art.36,CP) * Art. 93 e 94, LEP 7210/84 – Casa do Albergado Princípios da Pena * Princípio da Reserva Legal e Princípio da Anterioridade Não há crime sem lei anteriorque o defina e nem pena sem prévia cominação legal. Art. 1º, CP * Princípio da personalidade da pena (Art. 5º, XLV, CF) A pena não passa da pessoa do condenado Predomina o entendimento de que este princípio é absoluto, uma vez que, confisco não é pena, é efeito da sentença. * Princípio da Individualização da pena (Art. 5º, XLVI, CF) A pena deve ser individualizada considerando o fato e seu agente. * Princípio da Proporcionalidade da pena A pena deve guardar uma proporção com a gravidade do crime. Quanto maior o crime, maior a pena. Ex: Art. 273, ss 1º, “b”, CP > Viola a proporcionalidade da pena Ex: Art. 319, “a”, CP * Princípio da Inevitabilidade da pena Inderrogável, tem que acontecer. A única exceção é o perdão judicial > Art. 120, CP * Princípio da humanidade das penas (Art. 5º, XLVII, XLIX, CF) Estão proibidas penas cruéis, degradantes e desumanas. Penas que o Brasil proíbe: 1º Pena de morte / Salvo em caso de guerra declarada 2º Penas perpétuas (Art. 75, CP) 3º Penas de trabalho forçado * A medida de segurança não deve ter caráter perpétuo. Penas que o Brasil admite: 1º Pena privativa de liberdade Duas espécies de pena: Reclusão (+ rigorosa) Art. 33, CP Detenção (Não pode iniciar no fechado) (Art. 33, CP) 2º Penas de multa Pena restritiva de direito ( Art. 43, CP) * Prestação pecuniária * Perda de bens e valores * Prestação de serviços a comunidade * Interdição temporária de direitos * Limitação de fim de semana Lei de Drogas* Advertência * Obrigação de comparecimento ao programa educativo * Só para usuários de drogas Aplicação da Pena Art. 68, CP > Forma de fixação da pena * Sistema trifásico de aplicação da pena ( 3 fases ) 1ª Fase – Pena base 2ª Fase – Pena intermediária 3ª Fase – Pena definitiva 1º Qualificadores x Causas de aumento x (Agravantes / ART.61,CP) * Qualificadores Determinados elementos que faz com que o crime tenha pena maior. EX: Roubo com arma 2º Privilégios x Causas de aumento x (Atenuantes / Art. 65, CP) * Privilégios Tem pena própria e diminuem a pena. * Toda vez que trouxcer pena própria é qualificadora e quando não tiver é somente causa de aumento. EX: Roubo não é qualificado é majorado. * Não se pode usar duas circunstâncias iguais para agravar o crime pois iria prejudicar o réu. 1ª FASE – PENA BASE * Fixar a pena de acordo com as circunstâncias do Art. 59, CP * Culpabilidade > maior reprovabilidade da conduta, postura do agente frente ao bem jurídico. * Antecedentes > É a vida pregressa do agente ( Súmula 444, STJ) * Maus antecedentes (Art. 64, CP) Só gera maus antecedentes, condenação pretérita incapaz de gerar reincidência. * Reincidência (Art. 63, CP) Condenado e cometer crime depois. Para efeito de reincidência ( ART. 64, CP) Se depois de 5 anos o agente não comete crime nenhum, deixa de ser reincidente e passa a ser mau antecedente. * Conduta social Conduta do réu no seu ambiente de trabalho, familiar,convívio de outras pessoas. * Personalidade do agente Retrato psíquico do agente * Motivo do crime Razão pela qual praticou o crime * Circunstância do crime Maior gravidade no modo de execução. * Consequências do crime São os efeitos decorrentes para as vítimas e seus familiares. * É a contribuição da vítima para ocorrência do crime (Comportamento da vítima) * Para cada circunstância a pena é aumentada mais ou menos 1/8 ou 1/6 > A lei não fixa. * Juiz não pode ultrapassaro máximo ( 30 anos ) * Se não tiver circunstância, a pena fixa no mínimo. 2 ª FASE – FASE DE APLICAÇÃO DE PENA / Pena Intermediária * 1 ª e 2ª Hipótese Quando não constituem ou qualificam o crime * 3ª Hipótese Hipótese em que apesar da existência da agravante, não haverá o aumento quando existir uma circunstância atenuante que prepondere. (Súmula 231, STJ) Súmula 231, STJ A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. 3ª FASE – PENA DEFINITIVA * O Juiz leva em conta as causas de aumento e diminuição de pena. * Aqui neste momento o Juiz não está mais vinculado ao máximo e ao mínimo. Penas Restritivas de Direito – Art. 43, CP Conceito É a pena imposta em substituição a pena privativa de liberdade. Consiste na diminuição de um ou mais direitos do indivíduo. * Pode ter caráter real ou pessoal * Caráter pessoal > Art. 43, IV, VI, CP Prestação de serviço à comunidade Limitação de fim de semana * Caráterreal > Art. 43, I, II, CP Prestação pecuniária Perda de bens e valores * Critérios para aplicação das penas restritivas de direitos (Art. 44, CP) * Autônoma * Substituivel Primeiro o Juiz fixa a pena privativa de liberdade para depois substituir pela restritiva de direitos. Princípio da suficiência da pena alternativa * Será analisado se a substituição é suficiente para atingir ao fim da pena. * Cumulativa – Tem que preencher os requisitos. * Aplicação das penas restritivas (Art. 44,ss 2º, CP) Conversão da pena restritiva de direito ( Art. 44, ss 4º, CP) * 1ª Hipótese – Descumprimento injustificado * 2ª Hipótese – Superveniência de condenação por outro crime (Art. 44, ss 5º, CP) Penas restritivas em Espécie * Prestação pecuniária – Art. 45, ss1º, CP (Famosa cesta básica) Diferença entre Prestação Pecuniária e Multa * Prestação Pecuniária Destinatário > Vítimas, dependentes, entidades públicas ou privadas. Fixada em salários mínimos. Pode ser obtida de eventual indenização civil. Pode ser convertida em privativa de liberdade. * Multa Destinatário > Estado Fixada em Dias Multas Não admite abatimento Não admite conversão * Perda de Bens e Valores ( Art. 45, ss 3º, CP) * Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas (Art. 46, CP) * Interdição temporária de direitos (Art. 47, CP) * Lei 12550 / 15 Dezembro 2011 Ação Penal Art. 100, CP * Estado – Juiz Direito de punir / Imparcialidade * MPProvoca o Estado Exerce o direito de ação Titular do direito de ação * Em regra a ação penal é pública * Excepcionalmente a ação penal é privada Ação penal pública * Incondicionada Não possui condições, o MP vai promover a ação de qualquer forma. * Condicionada Representação do ofendido ou de seu representante legal. Requisição do ministro da justiça Ação penal privada (6 meses para ser promovida) * Propriamente dita Pode ser oferecida pelo ofendido ou pelo representante legal * Personalíssima Só pode ser oferecido pela vítima * Subsidiária ao público * Ação penal pública Denúncia * Ação penal privada Queixa > Ação penal Suspensão Condicional da Pena ( Art. 77 ao 82, CP ) * É um instituto de política criminal que se destina a evitar o recolhimento à prisão do condenado submetendo-o a certos requisitos legais e condições estabelecidas pelo Juiz, perdurando estas durante um prazo, e após este, considera-se extinta a pena. Sistemas * Franco Belga ( Adotado por nós ) O réu é julgado , condenado e se não conseguir a substituição pela restritiva de direito a pena é suspensa. * Anglo Americano Não chega a ser condenado / o processo é suspenso * Em uma só hipótese admite-se a suspensão do processo no Brasil. Infrações de médio potencial ofensisvo. Lei 9.099/95 Art. 89 Predomina que o sistema Franco Belga, é um direito subjetivo do réu. Espécies de Surcis: 1º Surcis simples ( Art. 77c/c 78,§ 1º, CP ) * Cumprido os requisitesextingue-se a punibilidade 2º Surcis especial ( Art. 77 c/c 78 § 2º, CP ) 3º Surcis etário ( Art. 77, § 2º, CP ) 4º Surcis humanitário ( Art. 77, § 2º, parte final ) Razões de saúde Medida de Segurança ( Art. 96 ao 99, CP ) * Medida com que o Estado reage contra a violação da norma por agente não imputável. Art. 26, CP * Finalidade > Curativa / De tratamento * A pena olha para o passado / A medida de segurança olha para o futuro Princípios da Medida de Segurança * 1º Princípio da Legalidade * 2º Princípio da Proporcionalidade * A medida de segurança tem de ser proporcional ao grau de periculosidade do agente. * Quanto maior o grau de periculosidade, maior o tempo da medida de segurança. Pressupostos para Medida de Segurança: * Para aplicação da medida de segurança tem de haver: * Fato típico e ilícito * Periculosidade do agente > Personalidade de certos indivíduos possuidores de clara inclinação para o crime. Obs: Art. 319, CPP permite a internação provisória. Espécies de Medida de Segurança > Art. 96, CP 1º Internação > Medida de segurança detentiva 2º Tratamento Ambulatorial * De acordo com o Art. 96, CP, se o agente praticar um fato punido com reclusão, necessariamente a medida será de internação. * O problema é que o Art. 97, CP, não está preocupado com a periculosidade mas sim com o fato. Ocorre que quem tem de se preocupar com o fato é a pena. * Por isso, há vários precedentes dos tribunais superiores acolhendo apossibilidade de correção do erro legislativo, permitindo aplicação de tratamento ambulatorial a fato apenado com reclusão. * A internação é medida excepcional. * Questão controvertida diz respeito ao prazo máximo indeterminado da medida de segurança. A doutrina moderna entende que esse prazo máximo indeterminado não foi recepcionado pela Constituição, porque se assemelharia a prisão perpétua, ou seja, a medida de segurança deve estar limitada pelo Art. 75, CP. * Superveniência de doença mental na execução Depois de estar condenado, sobrevem doença mental, o réu se torna inimputável. ( Art. 183, LEP 7210/84 ) Extinção da punibilidade (A partir do 107, CP) exemplificativo * Limitação temporal > Há um prazo * Limitação Espacial > Só pode punir dentro do território * Limitação modal > Tem que respeitar o princípio da dignidade da pessoa humana. 1ª hipótese > Pela morte do agente Art.107, I, CP Certidão de óbito falsa * 1ª Corrente > A decisão já está coberta pelo manto da coisa julgada. Como no direito brasileiro é vedada a revisão criminal em favor da sociedade, só resta processar a pessoa pelo delito de falso documental. * Revisão criminal só em favor do réu * 2ª Corrente > Prevalece no supremo que atestado falso é inexistente fazendo da sentença um ato juridicamente inexistente, que por óbvio não vai sofrer pelos efeitos da coisa julgada. Obs: Morte da vítima em uma hipótese extingue a punibilidade do agente > Art. 236, CP 2ª hipótese >Pela anistia, graça ou indulto Art. 107, II, CP * Anistia é um ato do Congresso Nacional, ou seja, é uma lei em que o Estado “esquece”, por razões políticas o fato criminoso. * Graça e Indulto São benefícios concedidos pelo Presidente da República através de decretos presidenciais, atendendo a razões políticas. Diferenças entre Graça e Indulto Graça > Destinatário certo / Individual / Depende de provocação Indulto > Destinatário incerto / Coletivo / Não depende de provocação 3ª hipótese > Abolítio criminis / Retroatividade da Lei. Art. 107, III, CP 4ª Hipótese > Prescrição, Decadência, Perempção * Decadência > Art. 38, CPP e 103, CP É a perda de direito de ação pela consumação do prazo fixado em lei para o oferecimento da queixa ou da representação. * Perempção > Art. 60, CPP Só em ação penal privada / O autor abandona a queixa. 5ª hipótese > Renúncia do direito de queixa (Art.107, V, CP) * Art. 49 e 50 , CPP * Direito que ainda não foi exercido / não quer processar. Obs: Perdão > Art. 51, ao 59, CPPÉ um ato bilateral, ou seja, a pessoa que oferece o perdão deve ser perdoada. 6ª hipótese > Retratação (Art. 107, VI, CP) 7ª hipótese > Perdão judicial (Art. 107, IX, CP) * Art. 120, CP É um instituto pelo qual o Juiz apesar da prática de um crime por uma pessoa comprovadamente culpada, deixa de lhe aplicar nas hipóteses previstas em lei, a pena, considerando determinadas circunstâncias que concorre para o evento EX: Art. 121, § 5º, CP
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