Peça Seção 6

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EXCELENTISSÍMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Processo nº...
Geraldo Silva, brasileiro, solteiro, empresário, Cédula de Identidade nº..., expedia pela..., e CPF nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua...nº..., Bairro..., Cidade de Vitória da Conquista-BA, nos autos da ação que move em face de Inácio Guerra, brasileiro, casado, capaz com 17 anos de idade, empresário, Cédula de Identidade nº..., expedida pela..., e CPF nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua... nº... Bairro..., Cidade de Vitória da Conquista-BA, vem por meio de seu advogado, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 105,III, ‘a’ e ‘c’, da CF e 1029 e 1020 do CPC, inconformado com o acórdão de fls..., que negou provimento ao recurso de apelação formulado pelo recorrente, interpor Recurso Especial, cujas razões se encontram em anexo, requerendo que se digne de recebê-las, processá-las e remetê-las ao STJ, nos termos do artigo 1030 do CPC, estando em anexo as guias comprobatórias de recolhimento das custas processuais.
Nestes termos,
Pede deferimento,
Local e data,
Assinatura, nome e OAB.
RECORRENTE: Geraldo Silva, brasileiro, solteiro, empresário, Cédula de Identidade nº..., expedia pela..., e CPF nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua...nº..., Bairro..., Cidade de Vitória da Conquista-BA.
RECORRIDO: Inácio Guerra, brasileiro, casado, capaz com 17 anos de idade, empresário, Cédula de Identidade nº..., expedida pela..., e CPF nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado na Rua... nº... Bairro..., Cidade de Vitória da Conquista-BA.
TRIBUNAL DE ORIGEM: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA BAHIA
RECURO DE APELAÇÃO Nº....
EGRÉGIO TRIBUNAL.
DA TEMPESTIVIDADE
O advogado foi intimado do acórdão em 20/08/2018, pelo que o presente recurso é tempestivo, tendo vista ter sido interposto no prazo de 15 dias previstos no artigo 1003,§5º do CPC.
DA EXPOSIÇÃO DOS FATOS E DO DIREITO
As partes celebraram Promessa de Compra e Venda (anexo I) de maquina em que o recorrente constava como comprador, e pediu a resilição do contrato por conta de uma crise no setor em que trabalha que o impossibilitaria de pagar as prestações futuras.
O recorrido se negou a restituir a parcela paga na data da celebração do contrato, no valor de R$90.000,00 (noventa mil reais), e alegou que esta foi paga a titulo de arras, que deveria ser por ele retida, e requereu, a titulo de reconvenção, o pagamento de perdas e danos no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), pelo custo da manutenção da maquina, objeto da compra e venda.
A sentença indeferiu o pedido do recorrente e ainda determinou que este efetuasse o pagamento das perdas e danos de R$10.000,00 (dez mil reais), ao recorrido.
O recorrente interpôs um recurso de apelação, requerendo a reforma da decisão quanto ao pagamento de perdas e danos ao recorrido, tendo sido julgado improcedente.
Ocorre que a promessa de Compra e Venda prevê uma cláusula de arrependimento, permitindo ao recorrente desistir do negocio.
Deve-se observar o disposto do artigo 420 do CC:
Ressalta-se ainda que o STF reafirma este mesmo entendimento por meio da Súmula 412 que diz:
Deste modo, percebe-se que a lei civil e o STF determinam que a existência de cláusula de arrependimento impede o pagamento de valor suplementar a titulo de perdas e danos, pelo qual o pedido formulado pelo recorrente encontra fundamento legal e deve ser julgado procedente.
DA DEMONSTRAÇÃO DO CABIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO
O artigo 105,III, ‘a’ e ‘c’, dizem que:
Pelo que se vê do caso em analise, o acórdão proferido pelo Tribunal da Bahia, data vênia, contraria a lei federal.
Isso porque a Lei 10.406/2002 que institui o Código Civil prevê em seu artigo 420 que não haverá indenização suplementar nos casos em que o contrato prever cláusula de arrependimento, sem duvidas, neste caso, somente o pagamento a titulo de arras. Este mesmo entendimento está na Súmula 412 do STF.
Nestes termos, deve esta Corte das provimento ao presente recurso especial.
DAS RAZÕES DO PEDIDO DA REFORMA DA DECISÃO RECORRIDA 
Note-se que o recorrente foi condenado ao pagamento de perdas e danos ao recorrido, mesmo após ter comprovado que as perdas estabeleceram uma cláusula de arrependimento no contrato. Deste modo, conclui-se que a decisão do juízo a quo negou a vigência ao arigo 420 do CC, e contrariou o entendimento proferido pelo STF descrito na Súmula 412. 
Estes requisitos, admitem o recurso especial, afim de reformar a decisão recorrida.
DO PEDIDO
O recorrente requer sejam as razões expostas para o fim de reformar a decisão recorrida, indeferindo o pedido formulado pelo recorrido para pagamento de perdas e danos por parte do recorrente, condenando o recorrido ao pagamento das custas processuais e verbas de sucumbências.
Nestes termos, 
Pede deferimento,
Data e local,
Assinatura, nome, OAB.