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COMUNICAÇÃO E MÍDIAS DIGITAIS Aula 7 Prof. Jones Machado CONVERSAÇÃO EM REDE São conversações nascidas da interconexão de interagentes em sites de redes sociais que se espalham para outros grupos. (RECUERO, 2012) vetores suportes formação da rede Novas formas de conversação: • Coletivas • Assíncronas ou síncronas • Capazes de envolver muitos interagentes • Migram de uma rede para outra A introdução de interagentes numa rede da qual ele não fazia parte é o que caracteriza essa conversação em rede! CONVERSAÇÃO EM REDE São capazes de: CONVERSAÇÃO EM REDE - o problema do CONTEXTO Definir o contexto é uma necessidade para a conversação, já que ela é multimodal, negociada e construída em espaços apropriados pelos grupos. É preciso compreender o interlocutor, embora a percepção da audiência seja a de uma audiência imaginada, invisível e mutante. Um dos problemas mais comuns é a fronteira entre o público e o privado. Pode-se perder o controle ou prejudicar o principal intuito das redes sociais: a conversação CONVERSAÇÃO EM REDE - o problema do CONTEXTO O #twitter - Gerador de conversações guiadas por hashtags, tornando-se conversações “buscáveis” e aumentando o potencial de ser ampliada; - Com a hashtag é possível recuperar o contexto criado por um interagente ou um grupo de pessoas. O PROCESSO DE CONVERSAÇÃO EM REDE Perfis e Conexões Os perfis são elementos que delimitam os atores da rede e os participantes da conversação. São: - Formas de individualização - Uma representação do que realmente são - Identidades construídas - Construídas por imagens (avatares), apelidos (nicknames), elementos performáticos (linguagem, gostos, expressões, etc.) As conexões constituem e são constituídas de conversações. Apresentam-se de distintas formas: - Aceite de participação: expectativa de - Share/Retweet/Reply/Like de informação - Associação a conteúdo ou a grupo (negociação de capital social) - Deletar ou adicionar participantes O PROCESSO DE CONVERSAÇÃO EM REDE Perfis e Conexões As redes são metáforas para os grupos humanos As redes pautaram o conceito de internet, que possibilitou a conexão de milhares de computadores em estado de igualdade em termos hierárquicos inaugurando a era das redes distribuídas. Segundo Ugarte (2008, p. 24), isso permite passar de um mundo de poder descentralizado a outro mundo de poder distribuído. CENTRALIZADA DESCENTRALIZADA DISTRIBUÍDA (A) (B) (C) Tipos de redes (PAUL BARAN, 1964) link Nó: unidade de conexão da rede - ex.: os perfis Hub: nó que possui grande quantidade de links conectados Cluster: grupo de nós altamente conectados Conexões: relações sociais que formam laços LAÇOS SOCIAIS São as conexões estabelecidas entre interagentes que resultam em construções relacionais que envolvem valores, como confiança e intimidade. Por conta disso, há diferentes gradações de laços. Essencialmente, dividem-se em fortes e fracos: LAÇOS FORTES LAÇOS FRACOS Intimidade Confiança Intensidade Tempo Interesses Ideias Laços relacionais: construídos através da interação, caracterizam-se pela reciprocidade e geração de valor Laços associativos: construídos pelo mero pertencimento ou afiliação, também geram valor e influenciam nas redes sociais Laços fortes Laços fracos (RECUERO, 2010) A POLIDEZ NAS REDES SOCIAIS Essencial para o funcionamento das conversações, auxiliando na organização e normatização. • Laços fortes: conversações informais • Laços fracos: conversações mais formais e polidas A polidez depende de: cooperação, histórico, intimidade, confiança, conforto. - Os sites de rede social possibilitam que as redes sociais ali expressas sejam mantidas de forma artificial, possibilitando a construção de redes sociais de centenas de ”amigos”. - Ao contrário das conexões sociais offline, não se desgastam com o tempo e com a falta de interações. - Fazem com que essas conexões estejam permanentemente abertas, não apenas conectando interagentes, mas funcionando como vias de informação. Influenciadores Influenciadores • Análise individual do perfil digital do interagente • Qualidade x Quantidade • Análise qualitativa: manual e feeling • Análise quantitativa: manual e softwares • Os blogueiros • Os formadores de opinião • Área de influência QUEM SÃO? CAPITAL SOCIAL - a nova “moeda” que movimenta as relações sociais Refere-se ao histórico de realizações notórias efetivadas no passado e que tiveram um grau de confiabilidade adquirida e reconhecida. Diz respeito à reputação que interagentes ou organizações tem sobre determinado assunto, o grau de influência que exercem sobre as redes em que participam. É construído de acordo com a qualidade da interação, da relevância do conteúdo que é compartilhado. Menor poder de concentração no processo de comunicação, mais conversação e circulação das informações, com mais velocidade e visibilidade. Maior capacidade de mobilização. Nesse sentido, há uma disputa pela visibilidade. E só ser ouvido ou visto já não e suficiente. É preciso conversar para ser percebido! Um dos principais fatores que potencializam a criação de comunidades virtuais é a dispersão geográfica dos membros Comunidades virtuais Caracteriza-se pela aglutinação de um grupo de pessoas com interesses comuns que trocam experiências e informações no ambiente virtual Um dos principais fatores que potencializam a criação de comunidades virtuais é a dispersão geográfica dos membros Comunidade é um conceito que se enriqueceu com a internet, mas que não é exclusivo dela. A rede pode capacitar e facilitar a ação. Comunidades virtuais A expressão comunidade virtual foi cunhada por Howard Rheingold (1993 – The Virtual Community): Pessoas conectadas online com interesse em comum, atividade constante, discutindo temas capazes de atrair mais pessoas. A comunicação baseada em computadores era capaz de criar uma nova forma de sociabilidade denominada de comunidades virtuais. Comunidades virtuais • cultura comum; • objetivos comuns; • identidade natural e espontânea; • consciência de suas singularidades identificativas; • sentimento de pertencimento; • participação ativa de seus membros na vida da comunidade; • ‘lugar’ específico; • linguagem comum. Comunidades virtuais Nestes ambientes, embora o propósito inicial fosse pessoal, as marcas, produtos e serviços acabaram por resvalar no universo dos membros, uma vez que tais contextos funcionam como um reflexo da vida off-line (TERRA, 2010). Em função da presença (indesejada) das organizações nesses ambientes, os profissionais de comunicação se viram obrigados a explorá-los. Comunidades virtuais • crescente envolvimento dos internautas; • impacto sobre a percepção da marca; • capacidade de gerar novas ideias para a comunicação mercadológica; • capacidade de reunir advogados da marca bem como detratores dela; • possibilidade de detectar problemas antes que eles espalhem para os canais tradicionais de comunicação. Comunidades virtuais A maior comunidade do orkut – mais de 6 milhões de membros 1929 - Frigyes Karinthy Com a internet... 6 graus 4 graus Trolls Interagentes que se valem dos espaços da internet para desestabilizareminterações, gerando conflitos e crises. PRÓXIMA AULA – DIA 21/05 Bate-papo com três convidadas DIA 28/05 Visita ao DSM – ir direto lá HOJE: Palestra com Carla Arend Presença vale 1 ponto ATIVIDADE EM GRUPOS Interagente 1 “Mesmo com tanta corrupção no governo? Interagente 2 “A governante mais competente dos últimos 20 anos” Interagente 3 “Campanha eleitoral antecipada!” ANDERSON, Chris. A Cauda Longa. Rio de Janeiro: Elsevier: 2006. 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