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Apostila Mecanismos de solucao de conflitos
ESTÁCIO
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ordenamento brasileiro ...................................................................... 88 Arbitragem e inconstitucionalidade ............................................................................. 90 Limites objetivos e subjetivos para o uso da arbitragem ........................................ 92 Arbitragem envolvendo entidades de direito público .............................................. 92 Relação arbitragem e pessoa ........................................................................................ 93 Princípios da arbitragem ................................................................................................ 94 Convenção de arbitragem ............................................................................................. 95 Compromisso arbitral ..................................................................................................... 98 Lei nº 9.307/96 .................................................................................................................. 98 4 MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 4 Prolação da sentença .................................................................................................... 101 Nulidade da sentença ................................................................................................... 103 Medidas urgentes........................................................................................................... 104 Atividade proposta ........................................................................................................ 105 Referências......................................................................................................................... 107 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 108 Chaves de resposta ................................................................................................................... 111 Aula 6 ................................................................................................................................... 111 Exercícios de fixação ..................................................................................................... 111 Conteudista ............................................................................................................................... 113 5 MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 5 Esta disciplina visa apresentar as principais modalidades dos mecanismos alternativos de solução de conflitos. Vamos falar sobre a negociação, conciliação, mediação e arbitragem. Além dos princípios e regras básicas de cada instituto, vamos estudar as iniciativas legislativas, bem como os dispositivos do CPC que tratam do tema. Sendo assim, essa disciplina tem como objetivos: 1. Apresentar aos alunos uma visão geral dos mecanismos alternativos de solução de conflitos; 2. Enfocar algumas das questões mais relevantes desses instrumentos, sobretudo da mediação e da arbitragem; 3. Capacitar o aluno a se preparar para a mudança legislativa a partir do exame das novas tendências doutrinárias e jurisprudenciais. 6 MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 6 Introdução Nesta aula vamos apresentar o panorama geral da matéria, enfocando a evolução histórica dos meios alternativos e as principais semelhanças e diferenças entre eles. Falaremos um pouco sobre a negociação, conciliação, mediação e arbitragem, demonstrando suas características e peculiaridades. Objetivo: 1. Apresentar uma visão geral dos mecanismos alternativos de solução de conflitos no direito brasileiro; 2. Examinar as principais ferramentas a partir de um exame comparativo entre elas. 7 MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 7 Conteúdo Solução de conflitos Um conflito pode ser solucionado pela via estatal (jurisdição) ou pelas vias chamadas alternativas. Classificamos as vias alternativas em puras e híbridas. Chamamos puras aquelas em que a solução do conflito se dá sem qualquer interferência jurisdicional; ao passo que nas híbridas, em algum momento, mesmo que para efeitos de mera homologação, há a participação do Estado- Juiz. São formas puras a negociação, a mediação e a arbitragem. São meios híbridos, no direito brasileiro: a conciliação, obtida em audiência ou no curso de um processo já instaurado; a transação penal; a remissão prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente e o termo de ajustamento de conduta celebrado em uma ação civil pública. Atenção Com efeito, é cada vez mais comum o uso dos meios alternativos durante o processo judicial. Como veremos nas aulas seguintes, tanto o novo CPC como a Lei n° 13.140/15 tratam das figuras da conciliação e da mediação judicial e preveem regras específicas para o seu uso. No intuito de registrar as principais diferenças entre os meios puros de solução alternativa, apresentamos, a seguir, alguns conceitos básicos. 8 MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 8 Conceitos básicos em solução de conflitos Por negociação entende-se o processo pelo qual as partes envolvidas no litígio, diretamente e sem a interveniência de uma terceira pessoa, buscam chegar a uma solução consensual. A negociação envolve sempre o contato direto entre as partes ou entre seus representantes; não há aqui um terceiro, um neutro, um mediador, um árbitro ou um juiz. Por meio de processos de conversação as partes procuram fazer concessões recíprocas, reduzindo suas diferenças, e através delas chegam à solução pacificadora. Obviamente, em razão do comprometimento emocional e, muitas vezes, da falta de habilidade dessas partes para chegar a uma solução, a negociação acaba se frustrando, razão pela qual se passa à segunda modalidade de solução alternativa: a mediação. Na mediação insere-se a figura de um terceiro, o qual, de alguma maneira, vai atuar no relacionamento entre as partes envolvidas de forma a tentar obter a pacificação do seu conflito. A forma e os limites que vão pautar a atuação desse terceiro vão indicar a modalidade da intermediação. Hoje, entende-se que essa intermediação pode ser passiva ou ativa. Trata-se apenas de uma diferença de método, mas com um mesmo fim: o acordo. Na primeira modalidade, passiva, aquele terceiro vai apenas ouvir as versões das partes e funcionar como um agente facilitador, procurando aparar as arestas sem, entretanto, em hipótese alguma, introduzir o seu ponto de vista, apresentar as suas soluções ou, ainda, fazer propostas ou contrapropostas às partes. Sua ação será, portanto, a de um expectador/facilitador. Função típica de um mediador. 9 MECANISMOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 9 Numa segunda postura, encontramos o intermediador ativo que no direito brasileiro, recebe o nome de conciliador. Por conta da tênue diferença de método para se chegar ao acordo é que há, muitas vezes, a discussão terminológica entre mediação e conciliação. A conciliação ocorre, portanto, quando o intermediador adota uma postura mais ativa: ele vai não apenas facilitar o entendimento entre as partes, mas, principalmente, interagir com elas, apresentar soluções, buscar caminhos não pensados antes por elas, fazer propostas, admoestá-las de que determinada proposta está muito elevada ou de que uma outra proposta está muito baixa; enfim, ele vai ter uma postura verdadeiramente