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Resumão de Farmacologia

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FARMACOLOGIA - AV1
VIAS DE ADMINISTRAÇÕES:
Introdução:
Farmacologia: é o estudo de substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos químicos, especialmente por ligações a moléculas reguladoras e ativação e inibição de processos corporais normais.
Toxologia: é o estudo dos efeitos adversos (indesejáveis) dos fármacos.
Podemos definir um fármaco como uma substância que altera a função biológica por meio de suas ações químicas. Na maioria das vezes um fármaco interage como um agonista (ativador) ou um antagonista (inibidor) com uma molécula específica no sistema bilógico que desempenha o papel regulador. Essa molécula alvo é chamada de receptor. 
Os fármacos podem ser sintetizados dentro do corpo, como por exemplo, os hormônios ou ser produtos químicos (não sintetizados no corpo) como, por exemplo, os xenobióticos. 
Os venenos são os fármacos com efeitos quase que exclusivamente maléficos. Dizemos que “a dose faz o veneno” quando qualquer substância se torna maléfica ao organismo quando tomada em dosagem errada.
 Já as toxinas, costumamos dizer que são venenos de origem biológica, ou seja, sintetizados por plantas ou animais.
No passado os primeiros medicamentos eram feitos a partir de plantas e consistiam no uso de folhas, cascas secas, raízes, sementes. Com a compreensão de que nem todos os componentes eram necessários em que algumas vezes alguns poderiam ser até prejudiciais. Pesquisadores procuraram isolar e intensificar os componentes verdadeiramente ativos dai que saiu o conceito de principio ativo (muitos deles atualmente são produzidos sinteticamente). 
Componentes de origem vegetal:
- Alcalóides : Ex: cafeína – nicotina - atropina – quinino – estriquinina – morfina – ácido acetilsalicílico – cocaina – pilocarpina 
- Glicosídeos: Ex: Oubaína, giditoxina, digoxina
- Flavonóides: Ex: Resveratrol 
- Óleos voláteis: Ex: Menta, cravo, rícino
- Fitoesteróis: Ex: óleo de milho 
Componentes de origem animal:
- PROTEÍNAS
Hormônios: insulina – calcitonina - PTH
Enzimas: pancreatina – pepsina
- ÓLEOS E GORDURAS: óleo de fígado de bacalhau, ômega 3
 Componentes de origem mineral: 
Inclui produtos inorgânicos metálicos e não metálicos.
Ex.: ferro – iodo – cloreto de sódio – cálcio – fosfato – zinco - magnésio, etc. 
-> Estado físico no qual se apresenta um medicamento com a finalidade de facilitar: fracionamento, posologia, absorção, administração, conservação.
- Principio ativo: é a substância que deverá exercer efeito farmacológico. 
- Medicamento: é o produto farmacêutico acabado, constituído por um ou mais princípios ativos, sendo comercializado em diferentes formas farmacêuticas. 
- As vantagens das formulações: permite administrar quantidades exatas, adotar medidas de proteção, mascarar odor e sabor, ajustar o tempo de ação, facilita a produção e administração.
- Dose: representa a quantidade de medicamento, no local de ação (biofase), necessária para produzir o efeito desejado;
- Posologia: descreve a quantidade de um medicamento, que deve ser administrado de uma só vez ou de modo fracionado num intervalo de tempo determinado (em geral por dia) para que a dose seja alcançada.
Nome químico: é um nome cientifico que descreve a estrutura atômica e molecular;
Medicamento genérico: forma simples de identificar o medicamento através do seu principio ativo;
Nome comercial: nome da marca ou fantasia, é selecionado pelo fabricante e seguido do símbolo ® - que indica que o nome pretence ao fabricante.
* Após 10 anos de carência, o produto é liberado e qualquer fabricante pode produzí-lo com um nome fantasia.
“Para que o objetivo do uso de um medicamento seja alcançado, doses adequadas do fármaco devem alcançar os tecidos-alvo de modo a serem atingidos níveis terapêuticos, não-tóxicos.”
- Uso dos medicamentos:
- Reposição: Fornecimento de elementos carentes ao organismo. Ex: Vitaminas, Sais Minerais, Proteínas, Hormônios.
- Profilaxia: prevenção e doença ou infecção. Ex: Soros e Vacinas;
- Combate à infecções: Infecções bacterianas, fúngicas. Ex: Antibióticos, Anfúngicos, Antiparasitários;
- Bloqueio temporário de uma função normal: Ex: Anestésicos gerais e locais, Anticoncepcionais;
- Correção de uma função orgânica desregulada: Ex: Cardiotônicos na insuficiência cardíaca congestiva, Hidrocortisona na insuficiência de supra-renal, Insulina no diabetes;
- Agentes auxiliares no diagnostico: Ex: Radiofármacos
* Para um uso adequado é necessário: diagnóstico correto, droga correta, dose certa, vias de administração adequada, horário mais apropriado (se necessário podemos ajustar a dose, combinar ou adicionar uma nova droga).
* Uso inadequado: cerca de 2/3 das prescrições é desnecessárias, 30% das prescrições são de idosos, 60% das prescrições antibióticas são desnecessárias.
** Resumindo então, devemos conhecer a doença a ser tratada, o paciente a ser tratado e os medicamentos a serem administrados. **
- Estado físico de um fármaco:
- Vias de administrações: 
- VIA ORAL:
Vantagens: baixo custo, fácil aceitação, indolor, formulações de liberação programada, maior estabilidade, reversão de superdosagem.
Desvantagens: pacientes incapazes de deglutir (coma), êmese, metabolismo de primeira passagem, início de ação um pouco tardio, lipossolubilidade, influência de alimentos, pode ser irritantes à mucosa do TGI.
- VIA SUBLINGUAL:
Vantagens: rápida absorção, baixa infecção, não sofre metabolismo de primeira passagem, não sofre influência do TGI.
Desvantagens: pequenas doses a serem administradas devido a pequena superfície de absorção, peso molecular e solubilidade do fármaco. 
- VIA INTRANASAL:
Vantagens: ação direta no local da aplicação, não sofre metabolismo de primeira passagem quando uso sistêmico. 
Desvantagens: poucos fármacos sucessíveis ao uso por essa via, controle do Ph.
- VIA INTRAVENOSA:
Vantagens: Início de ação quase imediato, ajuste correto da dose devido a disponibilidade de 100%, fármacos que não são elegíveis para o uso oral, não sofre metabolismo de primeira passagem
Desvantagens: contaminação sistêmica por microorganismos, uso de material estéril, pessoa capacitada para a administração, pouca segurança em superdosagens, irritação durante infusão, custo mais elevado, dolorosa
- VIA INTRAMUSCULAR:
Vantagens: absorção mais rápida que via oral, não necessita da colaboração do paciente, formulação de depósito.
Desvantagens: manutenção de um pH adequado, absorção necessita do fluxo sanguíneo e dilatação da região, risco de infecção, pessoa capacitada para aplicação, dolorosa
- VIA SUBCUTÂNEA:
Vantagens: pode ser administrada pelo próprio paciente, formulações inadequadas por via oral, sem metabolismo de primeira passagem.
Desvantagens: pequeno volume a ser administrada, irritabilidade no local da injeção, absorção mais lenta que outras vias parenterais.
- VIA INALATÓRIA:
Vantagens: efeito local, efeito sistêmico rápido e sem metabolismo de primeira passagem, indolor, grande superfície de absorção.
Desvantagens: pequeno tamanho molecular, irritação das vias aéreas.
- VIA RETAL: 
Vantagens: não necessita da cooperação do paciente, indolor, não sofre totalmente metabolismo de primeira passagem.
Desvantagens: formulação necessita estar adequada, irritação da mucosa retal, absorção errática (50% do fármaco absorvido sofre metabolismo de primeira passagem).
- Fatores que influenciam na absorção dos fármacos: 
- pH do TGI: 
Medicamentos ácidos estão na forma não ionizada em condições ácidas e, por isso, são preferencialmente absorvidos na parte superior do duodeno;
 Medicamentos básicos são não-ionizados em condições alcalinas e preferencialmente absorvido no intestino delgado.
- Superfície de contato: O trato gastrointestinal e o intestino delgado em particular, tem uma superfície ampla, adaptado paraabsorção. Devido a isso, e apesar dos efeitos do pH, a maioria dos fármacos são predominantemente absorvidos no
intestino delgado 
- Tempo de esvaziamento gástrico e do TGI: 
Fármacos administrados com uma refeição demoram mais para ser absorvido; isto pode ser necessário para fármacos que são principalmente absorvidos no estômago ou para aqueles que irritam a mucosa intestinal;
Alguns fármacos muito lipossolúveis são melhores absorvidos com uma comida gordurosa, já outros medicamentos podem atrasar o esvaziamento gástrico ou aumentar / diminuir tempo de trânsito intestinal;
A diarreia prejudica a absorção de medicamentos devido à aceleração do trânsito intestinal.
- Fluxo sanguíneo: o intestino tem um bom fluxo sanguíneo que cria uma gradiente de concentração, tal como o fármaco é constantemente removido de seu local de absorção.
- Ligação às proteínas plasmáticas: muitos fármacos estão ligados às proteínas plasmáticas e isso ajuda a manter a gradiente de concentração.
- Mecanismos de transporte ativo: alguns fármacos relacionados a nutrientes são mais rapidamente absorvidos por mecanismos de transporte ativo.
- Formulações: alguns medicamentos podem ser feitos para serem rapidamente dissolvidos e terem um efeito rápido, outros podem ter um revestimento entérico para proteger o revestimento do estômago e proteger o principio ativo do ácido do estômago.
- pKa: 	- quanto mais ácido o pKa, mais esse fármaco estará na forma não ionizada em pH ácidos
- quanto mais básico o pKa, mais esse fármaco estará na forma não ionizada em pH básicos
- para a absorção de bases, o ph deve se situar entre 5 e 11
- Distribuição: 
Volume de distribuição: Volume corporal em que a droga aparenta estar distribuída;
Vd = Q / Cp
Q= quantidade total da droga no corpo – dose 	Cp = concentração da droga no plasma
O volume de distribuição pode ser definido como o volume em que se deve dissolver toda a droga contida no corpo para que ela apresente na concentração que se apresenta no plasma, ou ainda, o volume de líquido necessário para conter a quantidade total do fármaco no corpo na mesma concentração presente no plasma.
Fármacos que se ligam fortemente a proteínas plasmáticas permanecem principalmente nos compartimentos plasmáticos apresentando um volume de distribuição pequeno, já para fármacos que se acumulam fora do compartimento plasmático, no tecido adiposo ou em outro tecido, o volume de distribuição pode ultrapassar o volume corporal total.
Provável relação existente entre Vd e local distribuição no organismo
Os fatores que podem influenciar a distribuição dos medicamentos são:
	- Fluxo sanguíneo: quanto maior o fluxo sanguíneo para diferentes regiões e órgãos, maior será o volume de distribuição do fármaco nessas regiões (rins e fígado);
- Ligação às proteínas plasmáticas: quanto maior a ligação as proteínas plasmáticas menor será o volume de distribuição, uma vez que esse fármaco ao estar ligado a uma proteína não está distribuído entre os diferentes compartimentos do organismo;
- Lipossolubilidade: quanto maior a lipossolubilidade de um fármaco, maior a penetrabilidade dente nos diferentes tecidos. Uma lipossolubilidade muito alta pode ser prejudicial, fazendo com que o fármaco fique restrito ao tecido adiposo (ex: barbitúricos);
- Armazenamento em sítios celulares: alguns fármacos podem se armazenar em sítios específicos, reduzindo suas concentrações plasmáticas (ex: cloroquina);
- Redistribuição: ocorre quando um tecido, principalmente o adiposo, serve como reservatório que aos poucos vai liberando um fármaco na corrente sanguínea. Assim, o fármaco tem um alto volume de distribuição e seu efeito prolongado, já que possui um “reservatório de estocagem”. As proteínas plasmáticas também podem funcionar como um reservatório (ex: heparina) 
- BHE: para atravessar a barreira hematoencefalica, o fármaco necessita ter grande lipossolubilidade, já que a BHE é extremamente fechada por “thigh junctions” e não permitem a passagem de moléculas sem ser através da membrana.
- Cinética de Primeira Ordem: 
A cinética de primeira ordem implica que a velocidade na qual se produz um processo é proporcional à quantidade ou concentração do fármaco existente no compartimento no qual se desenvolve. 
A excreção urinária e a biotransformação contribuem na retirada do fármaco do organismo.
 
- Cinética de Segunda Ordem: 
A rápida queda inicial representa a distribuição do fármaco do compartimento central para o periférico, embora sua eliminação comece a ocorrer desde que é introduzido no organismo.
 
FARMACODINÂMICA 
As ações do fármaco no corpo são denominadas como processos farmacodinâmicos. A maioria dos fármacos precisa se ligar a um receptor para provocar um efeito. Porém, no nível celular, a ligação do fármaco é apenas a primeira etapa de uma sequência frequentemente complexa:
Definimos como receptor o componente de uma célula ou organismo que interage com um fármaco e inicia uma cadeia de eventos que leva aos efeitos desse fármaco. Os efeitos terapêuticos e tóxicos dos fármacos resultam em interações com moléculas do paciente.
O conceito de receptores tem consequências práticas importantes para o desenvolvimento de fármacos e para se chegar a decisões terapêuticas na prática clínica.
Essas consequências formam a base para a compreensão das ações e usos clínicos dos fármacos descritos em todas as classes terapêuticas.
- Considerações sobre os receptores: 
Os receptores determinam em grande parte as relações quantitativas entre dose ou concentração do fármaco e seus efeitos farmacológicos. A afinidade do receptor para ligar um fármaco determina a concentração necessária para formar um numero significativo de complexos fármaco-receptor, e o número total de receptores pode limitar o efeito máximo que um fármaco pode produzir.
Os receptores são responsáveis pela seletividade da ação do fármaco. O tamanho molecular, o formato e a carga elétrica de um fármaco determina se – e com que afinidade – ele se prenderá a um receptor especifico dentro da vasta coleção de sítios de ligação quimicamente diferentes disponíveis em uma célula, tecido ou paciente. Assim, mudanças na estrutura química de um fármaco podem aumentar ou diminuir drasticamente as afinidades de um novo fármaco para diferentes classes de receptores, com alterações resultantes em efeitos terapêuticos e tóxicos. 
Os receptores medeiam as ações de agonistas e antagonistas farmacológicos. Alguns fármacos e muitos ligantes naturais, como os hormônios e os neurotransmissores, regulam a função de macromoléculas receptoras como agonistas; isto é, eles ativam o receptor para sinalizar como resultado direto de sua ligação. Alguns agonistas ativam um só tipo de receptor para produzir todas as funções biológicas, enquanto, porém, promovem seletivamente uma função de receptor mais do que outra. Outros fármacos agem como antagonistas, isto é, se ligam a receptores, mas não ativam a geração de um sinal, consequentemente, interferem na capacidade de um agonista ativar o receptor. O efeito de um, antagonista “puro” em uma célula ou em uma paciente, depende inteiramente de que ele impeça a ligação de moléculas agonistas e bloqueie suas ações biológicas. Outros antagonistas, além de evitar a ligação do agonista, suprimem a atividade basal de sinalização dos receptores. Alguns dos fármacos mais úteis na medicina são antagonistas farmacológicos
- Natureza macromolecular dos receptores de fármacos: 
A maioria dos receptores são proteínas, isso porque as estruturas dos polipeptídeos fornecerem tanto a diversidade quanto a especificidade de forma e carga elétrica. Os receptores variam muito em estrutura e podem ser identificados de varias maneiras.
Os receptores de fármacos mais bem caracterizados são as proteínas reguladoras, que medeiam as ações de sinais químicos endógenos tais como: neurotransmissores, autacoides ehormônios. Essa classe de receptores medeia o efeito de muitos agentes terapêuticos mais úteis na Medicina. As enzimas também são receptores de fármacos. O efeito de um fármaco pode ser a produção da mesma resposta do ligante endógeno ou o impedimento da ação de um ligante endógeno (ou exógeno).
- AGONISTA: 
São substâncias que se ligam aos receptores ativando-os e desencadeando uma resposta. Geralmente possuem ações similares a de ligantes endógenos. EX. Fenilefrina tem efeitos similares aos da Noradrenalina nos receptores α1 .
Existem três tipos de agonistas: 
1. Full (Total, Completo ou pleno): Ativa totalmente o receptor para a resposta tecidual;
2. Parcial: Possuem eficácia maior que zero mas bem menores que os Full`s, ou seja, ativam do mesmo modo mas com resposta tecidual, menor sem importar quão alta seja a concentração;
3. Inverso: Diminui a afinidade do receptor pelo agonista (na verdade possui a função de um antagonista. 
A explicação para as diferentes respostas dos agonistas parciais e plenos mostra que não ocorre em razão dos parciais se ligarem a menos receptores, e sim a função de serem menos capazes de induzir uma resposta a partir dos receptores aos quais se ligam. Ou seja, eles são de fato menos potentes Diz-se então que possuem uma menor atividade intrínseca, ou menor eficácia. 
Eficácia: descreve a capacidade de um fármaco, de após se ligar com o receptor, ativas os mecanismos de transdução que produzem uma resposta.
- ANTAGONISTA	
São substâncias que se ligam aos receptores, mas não os ativam (reduz a ação de um agonista). A função de um antagonista é evitar que o agonista se ligue e ative o receptor desencadeando uma resposta. Também chamados de BLOQUEADORES
Alguns antagonistas (chamados de Agonistas Inversos) também reduzem a atividade do receptor para níveis abaixo dos basais, observado quando não há ligantes no receptor. 
Existem três tipos de antagonistas: 
1. Competitivo (mais importante): Aumentando-se a concentração de uma antagonista competitivo reversível, ele inibe progressivamente a resposta do agonista (ou seja, ele se liga ao receptor, impedindo a ligação de um agonista); em altas concentrações inibem completamente a resposta agonista. O Grau de inibição depende de sua concentração (quando aumentada a concentração de um agonista, eles competem eficientemente pelos sítios de ligação). Ligam-se no mesmo receptor que o agonista.
2. Não Competitivo: Se ligam a outros receptores e impedem a ação do agonista, ou seja, ele não bloqueia o receptor propriamente dito, mas bloqueia o processo de transdução do sinal iniciado pela ativação de receptores. Também chamados de moduladores alostéricos. ex: bloqueadores de canais de Ca+.
3. Irreversível: Se ligam ao receptor de maneira irreversível (pouco usados na clinica). Ele se liga por meio de ligações covalentes, reduzindo assim o número de receptores disponíveis para ligação. Com receptores insuficientes, o agonista não consegue recuperar sua resposta máxima a medida que sua concentração é aumentada. ex: Fenoxibenzamina ( Antagonista α ) em Feocromocitoma (Tumor da supra-renal ) .
- Antagonismo sem uso de receptores: 
1. Antagonismo Químico: associa-se a um fármaco (no plasma ou na luz intestinal) de modo a produzir um complexo insolúvel e inativo. (- Protamina ( Ptn + ) se liga inativando a Heparina (Ptn - ))
ex: Sal de fruta ENO
2. Antagonismo Fisiológico (ou Funcional): possui uma ação biológica oposta do agonista, reduzindo o efeito agonista por ação sobre um receptor distinto (onde ele é o próprio agonista).
- Glicocorticóides aumentam Glicose no Sangue com o uso de Insulina para neutralizar o efeito hiperglicemiante;
- Broncoconstricção causada pela Histamina em H1 contornada com adrenalina em β2 (Relaxamento da musculatura).
3. Antagonismo Farmacocinético: ele reduz a concentração livre de um fármaco em seu alvo, ou por meio de redução da absorção do fármaco, ou acelerando a eliminação renal/hepática. 
- Deslocamento do sitio de ligação das proteínas plasmáticas para aumentar a concentração plasmática.
- Força de ligação: 
- As ligações covalentes são muito fortes e, na maioria dos casos, são irreversíveis em condições biológicas.
- As ligações eletrostáticas são mais comuns que as covalentes nas interações entre fármacos e receptores. São ligações mais fracas que as covalentes.
- As ligações hidrofóbicas geralmente são muito fracas, e provavelmente são as mais importantes nas interações de fármacos com alta liposolubilidade e lipídeos das membranas celulares,
* Ka= constante do equilibrio de dissociação para a ligação do farmaco ao receptor e possui dimensões de concentração.*
- Efeito x Concentração:
As curvas são desenhadas pela ligação com o receptor, mas não traduzem a afinidade da droga pelo receptor. A Relação entre ocupação e resposta não é linear.
- Agonistas Parciais:
- Curva de efeito para metônios substituidos no músculo reto abdominal de rã. Os compostos são da série do Decametônio RMe2N+(CH2)10N+Me2R. A Resposta Máxima obtida cai (eficácia diminui) com o aumento da cadeia R substituida . Com R = nPr ou maior, o composto não tem mais efeito e passa a ser um antagonista. 
- Curva de Resposta – Agonista e Agonista Parcial: 
A Curva a produz máxima resposta com 20% de ocupação, enquanto a curva b produz somente uma resposta pequena mesmo com 100% de ocupação. 
- Ativação de receptor: 
- Concentração de Antagonista x ação do Agonista:
- Ação antagonista competitivo x antagonista não competitivo:
- Potência x Eficácia máxima:
Qual dos fármacos ao lado, você receitaria para um paciente e por que ?
Conceitos de Potência e Eficácia.
- Antagnismo reversível x irreversível:
- Ação antagonista x tempo:
- Tipos de Antagonismo: 
- Efeitos dos fármacos: 
- Canais iônicos: os receptores ligados aos canais iônicos localizam-se na membrana celular e sua resposta ocorre em milésimos de segundos. O canal constitui parte do receptor.
- Enzimas: esses receptores são proteínas transmembrana com uma volumosa porção extracelular que contem os sítios de união para ligantes e uma porção intracelular que possui atividade enzimática integral. 
- Transportadores: são proteínas transportadoras de membrana varia entre os especialistas, e possuem dois principais tipos: as bombas iônicas dependentes de ATP e os transportadores. Ambos são proteínas transmembrana. 
- Tipos de receptores: 
- Tipos de receptores – efetores: 
- Receptores de canais iônicos:
- Receptores de proteína G:
- Função da proteína G: 
A Função da Proteina G. A Ptn G consiste de 3 subunidades (α, β, γ), que se liga a membrana devido a fragmentos de lipídeos. O Acoplamento da subunidade α a um receptor ocupado por um agonista faz com que o GDP  troque por um  GTP intracelular, o complexo α-GTP, em seguida, se dissocia do receptor e do complexo βγ, e interage com uma proteína-alvo (target 1, que pode ser uma enzima, como a adenilato ciclase, ou um Canal Ionico). O complexo βγ pode também ativar uma proteína-alvo (target 2). A atividade GTPase da subunidade α é aumentada quando a proteína alvo é ligado, levando a hidrólise do GTP para GDP, ao que finalmente a subunidade α se reúne com βγ.
- Proteínas G’s:
- Receptores de Tirosinocinase: 
- Receptores de esteroides:
FARMACOCINÉTICA
 É importante saber como a concentração tecidual do fármaco se altera com o tempo, ou seja, entender os aspectos farmacocinéticos da ação dos fármacos. O tempo de ação de um fármaco normalmente acompanha a evolução de sua concentração no sitio-alvo (com exceção dos fármacos que se ligam irreversivelmente).
 Após sua absorção os fármacos são levados pela circulação sanguínea para os seus alvos e para os seus sítios deeliminação no organismo. Tecidos bem perfundidos como os pulmões e rins, podem entrar em equilíbrio rapidamente com a concentração plasmática, enquanto os tecidos mal perfundidos como o adiposo, irão captar (estocar) e liberar os fármacos lentamente. 
- Vias de administração e Formas farmacêuticas: 
Na prática, um fármaco deve ser capaz de alcançar seu local de ação após a administração por uma via conveniente. Na maioria dos casos a molécula do fármaco ativo é suficientemente lipossolúvel e estável para ser dada como tal.
Em poucas situações é possível aplicar um medicamento diretamente em seu tecido alvo (ex. aplicação tópica de um anti-inflamatório à pele ou mucosa inflamada). O mais comum é a administração do fármaco em um compartimento corporal, como intestino, do qual se move para seu sítio de ação, em outro compartimento, como o cérebro.
Isso requer que o fármaco seja absorvido no sangue a partir de seu sitio de administração e distribuído para seu sitio de ação, permeando varias barreiras que separam esses compartimentos.
 Para que um medicamento administrado oralmente produza seu efeito no SNC, deve permear os tecidos que compõe a parede do intestino, as paredes dos capilares que fazem a perfusão do órgão, e a barreira hematoencefálica, as paredes dos capilares que irrigam o cérebro. Só então, finalmente depois de provocar seu efeito, o fármaco deve ser eliminado a uma velocidade razoável por inativação metabólica, por excreção do corpo ou por uma combinação de processos. 
- Farmacocinética x Farmacodinâmica: 
Em resumo podemos dizer que:
		Farmacocinética: é o que o corpo faz com o fármaco;
		Farmacodinâmica: é o que o fármaco faz ao corpo.
- Farmacocinética – definições: 
Farmacocinética é o estudo quantitativo e a caracterização do curso temporal da absorção, distribuição, metabolismo e excreção. 
As informações farmacocinéticas são representações matemáticas, ou seja, aproximações, de processos fisiológicos complexos.
Essas informações farmacocinéticas estabelecem o curso temporal do fármaco no organismo e são úteis quando estão relacionadas aos efeitos dos fármacos (farmacodinâmica).
- Formas de administração: 
COMPRIMIDOS: 
	- Forma de administração mais usada;
	- Ótima absorção de fármacos ácidos;
	- Sofre efeito de 1ª passagem;
	- Incompativel com medicamentos de origem proteica como a insulina e interferon. 
SUPOSITÓRIOS:
	-Usado para efeito local;
	- Usado quando o medicamento oral provoca náuseas e vômitos;
	- Quando há algum tipo de impedimento de se tomar o medicamento pela boca;
	- Sofrem efeito de 1ª passagem de 50%.
COMPRIMIDOS SUBLINGUAIS: 
	- São administrados abaixo da língua;
	- Possuem resposta rápida;
	- É possível uma auto-medicação;
	- Não sofre o efeito de 1ª passagem;
	- Atingem a veia cava superior e circulação sistêmica;
	- Nitratos e Nitroglicerina;
 	- A base de Sorbitol.
TRANSDÉRMICA:
	- São absorvidos pela pele (creme, pomadas, sistemas transdérmicos); 
	- Cremes usados quando se quer um efeito sobre a pele (como por ex. na mordida de um mosquito ou em uma alergia);
	- O sistema transdérmico possui um reservatório do medicamento que é liberado lentamente;
 	- O medicamento passa da pele para a corrente sanguínea.
INALADORES E SPRAYS INTRANASAIS:
	- Passam rapidamente para a corrente sanguínea;
	- Não sofrem efeito de 1ª passagem;
	- anestésicos voláteis e medicamentos que atuam nos pulmões.
COLÍRIOS:
	- São usados para medicamentos com atuação nos olhos;
	- Casos de glaucoma ou infecções;
	- Não sofrem efeito de 1ª passagem.
INJETÁVEIS – INTRAVENOSOS IV:
	- De aplicação direta nas veias;
	- É a forma mais rápida e mais eficaz de administrar um fármaco;
	- Não sofre efeito de 1ª passagem;
	- Vai do coração e dai sim depois para todo o corpo;
	- Administrados de uma só vez ou lentamente através da perfusão.
INJETÁVEIS – INTRAMUSCULAR IM:
	- De aplicação direta na massa muscular;
	- O músculo possui uma elevada irrigação sanguínea;
	- É uma forma de administração bem mais rápida que a via oral;
	- A massagem ou a compressa quente torna a absorção ainda mais rápida;
	- Deve-se ter cuidado com os ossos e os nervos;
	- Pode ser doloroso. 
INJETÁVEIS INTRATECAL:
	- Aplicado direto no canal raquideano;
	- Usado para medicamentos de difícil acesso ao encéfalo.
 INJETÁVEIS SUBCUTÂNEA SC:
	- Tecido abaixo da pele;
	- Pouco doloroso, pois possui pouca inervação e irrigação;
	- Não sofre efeito de 1ª passagem;
	- Possui absorção lenta;
	- Interferon e insulina.
 
-Variáveis da farmacocinética:
ABSORÇÃO: é o processo pelo qual o fármaco migra do seu sítio de administração ao sítio corporal onde será quantificado.
Fator de biodisponibilidade (F): é a fração da dose administrada que chega inalterada à circulação sistêmica:
Fintravenosa: 100%
Foutra via: < 100%
BIODISPONIBILIDADE: termo utilizado particularmente para preparações orais e expressa a extensão de absorção de uma dose.
Biodisponibilidade: é a velocidade e extensão de absorção de um fármaco a partir de uma forma de administração;
Biodisponibilidade Relativa: comparação da biodisponibilidade de um fármaco a partir de diferentes formas de administração. 
- Transporte através de membranas: 
A membrana plasmática das células é uma barreira lipídica hidrofóbica e a passagem dos fármacos pode ocorrer por:
	- difusão direta através dos lipídios;
	- transporte mediado por transportadores;
	- difusão através de poros aquosos;
	- pinocitose.
* Os dois primeiros são os mais importantes, já que acredita-se que a pinocitose somente é importante para algumas moléculas grandes e os poros aquosos são muito pequenos para permitir a passagem de maior parte dos fármacos. *
DIFUSÃO ATRAVES DOS LIPIDEOS: 
A membrana celular consiste em uma camada dupla de lipídeos anfipáticos (moléculas que apresentam uma extremidade hidrofílica (denominada cabeça) e outra hidrofóbica (cauda apolar)). Sua parte hidrofílica está voltada para fora e a parte hidrofóbica voltada para dentro.
As substâncias não-polares dissolvem-se livremente em solventes não-polares, como os lipídeos, penetrando, portanto muito facilmente, as membranas celulares por difusão simples ou passiva seguindo um gradiente de concentração em virtude de sua solubilidade na camada lipídica. 
Essa transferência é diretamente proporcional à grandeza do gradiente de concentração através da membrana e ao coeficiente de partição lipídeo: água do fármaco. Quanto maior o coeficiente, maior a concentração do fármaco na membrana e mais rápida sua difusão. 
A concentração de um fármaco não-eletrolítico livre é igual em ambos os lados da membrana depois que se atinge um estado de equilíbrio. Há uma estreita relação entre a solubilidade em lipídios e a permeabilidade de membrana celular a diferentes substâncias. Por essa razão, a lipossolubilidade é um dos mais importantes fatores determinantes das características farmacocinéticas de um fármaco, podendo-se prever, com base no conhecimento da lipossolubilidade de um fármaco, muitas de suas propriedades, como a razão de absorção pelo TGI, a penetração no cérebro e outros tecidos e a duração de sua ação. No caso dos compostos iônicos, as concentrações de equilíbrio dependem de diferenças no pH através da membrana que podem influenciar o estado de ionização da molécula em cada lado da membrana e do gradiente eletroquímico do íon.
- Absorção:
Difusão Passiva Hidrossolúvel
Difusão Passiva Lipossolúvel
Transporte Ativo
Os fármacos podem ser administrados via tubo digestório (enteral) ou por
outras vias (parenteral).
- Efeito de primeira passagem e circulação êntero-hepática: 
- Fatores que afetam a absorção de fármacos: 
GRAU DE DISSOLUÇÃO E VEÍCULO:
	
EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM: é quando a droga sofre um metabolismono qual sua concentração é significativamente reduzida pelo fígado antes de atingir a circulação sistêmica. Após a drogas ser ingerida, ela é absorvida pelo sistema digestivo e entra no sistema porta hepático. Antes de atingir o resto do corpo, ela é carregada para o fígado onde é metabolizada. Com isso, uma pequena quantidade da droga ativa é lançada a partir do fígado em direção ao resto do sistema circulatório do corpo. Ou seja, o fígado diminui significativamente a biodisponibilidade da droga.
PH DO MEIO X PKA DO FARMACO 
Fármacos: ácidos ou bases fracas
Solução: forma ionizada + forma não ionizada
pKa = dissociação
Equação de Henderson-Hasselbalch:
GRAU DE IONIZAÇÃO
IONIZAÇÃO X PH
PKA’S
SUPERFÍCIE DE CONTATO:
INFLUÊNCIA DAS REFEIÇÕES:
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
- Oral: é a principal via, pois sua absorção direcionará o fármaco diretamente para o fígado, o principal local de biotransformação, pela circulação porta, o que pode acarretar substancialmente eliminação de primeira passagem. A absorção pode ser acelerada quando o fármaco passa mais rapidamente do estômago para o intestino. A formulação farmacêutica pode interferir na absorção. A rápida absorção de um comprimido depende de sua desintegração. A obstipação pode lentificar a absorção de um fármaco, enquanto uma diarreia pode impedir uma absorção completa. Alimentos podem retardar a absorção pela simples redução de concentração de um fármaco.
- Absorção e sistema nervoso autônomo: 
PARASSIMPÁTICO: estimula a rápida absorção e o rápido esvaziamento gástrico.
SIMPÁTICO: diminui o movimento peristáltico e com isso aumenta o tempo de absorção; exercícios físicos e emoções fortes e estressantes.
- Distribuição: 
	A maior parte dos fármacos que entram no organismo não se difunde rapidamente por toda a água do organismo para atingir uma concentração uniforme. As moléculas grandes (como a heparina) não podem entrar facilmente em espaços intersticiais e intracelulares ao contrário das moléculas pequenas e lipossolúveis. 
DISTRIBUIÇÃO: é o processo pelo qual o fármaco é transferido do local de absorção para o restante do organismo.
A distribuição depende de:
		- Lipossolubilidade;
		- Fluxo sanguíneo local (%DC);
		- Características do epitélio (estretificado, bombas, “zonulas de oclusão”)
		- Interações locais;
		- Relação pH e pKa.
Os fármacos lipossolúveis podem concentra-se no tecido adiposo, o que causa uma lenta liberação durante longos períodos. 
- Interações locais: 
LIGAÇÕES EM PROTEÍNAS PLASMÁTICAS: 
PROTEÍNAS CARREADORAS PLASMÁTICAS:
- Albumina: fármacos ácidos 
- α-Glicoproteina Ácida: fármacos básicos 
- Fração livre do fármaco no soro humano: 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL:
DIAZEPAM 1%
AMITRIPTILINA 4%
IMIPRAMINA 4%
CLORPROMAZINA 4%
NORTRIPTILINA 6%
FENITOÍNA 10%
TIOPENTAL 15%
DIURÉTICOS E URICOSÚRICOS: 
PROBENECIDA 1%
FUROSEMIDA 3%
CLOROTIAZIDA 5%
ÁCIDO ETACRÍNICO 10%
HIPOGLICEMIANES ORAIS:
TOLBUTAMIDA 5%
CLORPROPAMIDA 13%
- Competição e deslocamento: 
- Ligação plasmática:
- Eliminação: 
	 Quando um fármaco entra no organismo, ele está sujeito aos processos que foram desenvolvidos para lidar com as moléculas tóxicas estranhas – ele é biotransformado e eliminado. O fígado é o principal local de biotransformação e o rim o principal local de eliminação.
A eliminação de um fármaco corresponde ao seu desaparecimento na circulação sanguínea. Por exemplo, um fármaco pode ser eliminado por excreção ou por metabolização (biotransformação). 
BIOTRANSFORMAÇÃO: é a modificação da estrutura molecular de um fármaco por meio de reações metabólicas enzimáticas, gerando uma outra nova substancia química – o metabólito. 
A biotransformação envolve dois processos:
Primeiro: a molécula torna-se mais lipofóbica, com o objetivo de reduzir possibilidade de reabsorção pelos túbulos renais;
Segundo: a molécula é conjugada de tal forma a reduzir seus efeitos e para ajudar a eliminação. Para alguns fármacos, os metabólitos compartilham os efeitos do fármaco original (diazepam); para outros o metabólito pode ser responsavel por efeitos tóxicos (paracetamol)
- Locais:
- Fígado: sistema microssomal hepático e não microssomal;
-Pulmões, intestinos e sangue.
- Objetivos: 
		- Inativação da substância;
		- Aumentar a polaridade, hidrossolubilidade, facilitar a eliminação.
	
- Consequências:
		- Inativação = o produto perde a atividade;
		- Ativação = o metabólito é mais ativo que o medicamento;
		- Menos tóxico = depois da alteração da estrutura, o produto é menos tóxico do que o de origem;
		- Mais tóxico = o metabólito é mais tóxico que o medicamento de origem.
- Reações de fase I:
Funcionalizam grupos reativos para a reação de fase II
			Oxidação (95%)
			Redução
			Hidrólise
ENZIMAS DE FASE I:
 Citocromo P450
 Epóxido Hidrolase 
 Aldeído Desidrogenase 
 Álcool Desidrogenase 
 Monoamina Oxidase
 Flavina-monooxigenase 
 Prostaglandina H Sintase 
 Xantina Oxidase
 Carboxilesterase
ENZIMAS DE FASE II:
Uridina glucuronosil transferase 
 Glutationa S-transferase 
 N-acetil transferase 
 Metil transferase 
- Citrocromos P450 (CYP):
- Principais enzimas de biotransformação;
- Presente em todas as formas de vida estudadas até agora;
- Indutíveis por diversos compostos ambientais;
- Nome devido ao espectro peculiar com absorção máxima em 450 nm.
Nomenclatura baseada na semelhança entre sequências de aas.
Superfamília 	(10%)		CYP
Família	(40%)			CYP1
Subfamília	(70%)		CYP1A
Membros individuais		CYP1A1
- Inibidores enzimáticos:
- Circulação entero-hepática:
- Os fármacos eliminados na bile podem ser absorvidos do intestino para passar por ciclos de eliminação biliar: circulação êntero-hepática. Uma porção significativa de fármaco no organismo pode ser retida nesse pool entérico, que pode aumenta a meia vida do fármaco. Os fármacos passam do sangue para a bile por transporte ativo e pode ocorrer competição. Os transportadores diferem-se daqueles encontrados no fígado. 
EXCREÇÃO: é a eliminação de um fármaco sem modificação de sua estrutura molecular.
	- Vias de excreção:
- Filtração glomerular, secreção tubular (urina);
- Biliar (fezes);
- Glandular (suor e leite);
- Pulmonar (ar expirado).
- Filtração glomerular:
- Os poros dos glomérulos são suficientemente grandes paras permitir a passagem de todas as moléculas de drogas que não estão ligadas a proteínas plasmáticas para dentro dos túbulos renais (apenas a fração livre é filtrada). À medida que as moléculas de droga não conectadas são filtradas pelos glomérulos, mais e mais da fração ligada a proteínas plasmáticas se desconectará.
- Proteínas carreadoras (saturável), conhecidas como carreadoras de secreções, são encontradas no túbulo renal proximal.
Certas drogas podem inibir competitivamente essas carreadoras. Drogas que competem por sítios de ligação em carreadoras ácidas têm significância clínica muito maior do que aquelas que competem por carreadoras básicas. Além disso, para drogas que são secretadas ativamente, a filtração glomerular tem uma importância menor. 
- Eliminação: 
	O perfil de eliminação de um fármaco em humanos pode ser avaliado pelo seu tempo de meia-vida: (T ½).
O T ½ é o tempo necessário para a concentração plasmática do fármaco cair à metade.
- Eliminação de ZERO Ordem: Taxa de Eliminação NÃO DEPENDE do fármaco
- Eliminação de 1a Ordem: Taxa de Eliminação depende do fármaco 
ELIMINAÇÃO vs DISTRIBUIÇÃO
Em resumo;
- Em geral os fármacos são administrados em doses repetidas, usando um intervalo entres as doses. Uma vez que em sua maioria os fármacos são eliminados exponencialmente, quando a segunda dose do fármaco é administrada,uma parte da dose anterior ainda estará no organismo, e o novo pico de concentração atingido irá exceder o que ocorreu na primeira dose, isso é, ocorre um acúmulo. (efeito constante (?))
Dose Letal 50 (LD 50 “lethal dose”): DL50 é a dose que mata exatamente metade de uma população de animais, geralmente no período de 7 a 14 dias. 
Qual o significado da DL50?
Aspirina: DL50 = 1,5g/kg em camundongos e ratos por via oral.
* Um paciente individual é hiporreativo ou hiper-reativo a um fármaco quando a intensidade do efeito de uma dada dose do mesmo é diminuída ou aumentada em comparação com o efeito na maioria dos indivíduos. O termo hipersensibilidade em geral se refere a reações alergias ou respostas imunológicas a fármacos.*
AGONISTAS COLINÉRGICOS
- Neurônio colinérgico 
Colinérgico significa que é relacionado com Acetilcolina, assim um neurônio é colinérgico quando segrega acetilcolina.
A acetilcolina (ACh) é o transmissor na junção neuromuscular (JNM), nos gânglios autônomos, nas terminações nervosas parassimpáticas pós-ganglionares e em várias sinapses no sistema nervoso central (SNC). Ela é produzida nos neurônios e degradada pela acetilcolinerase. Há receptores nicotínicos e muscarínicos para ACh.
Estrutura: 
- Fibra pré-ganglionar da medula adrenal;
- Gânglios autonomos (Simpático e Parassimpáticos);
- Fibra pós-ganglionar Parassimpáticos;
- Neurônios Colinergicos dos músculos do sistema somatic;
- Neurnios Colinérgicos do SNC (Relacionados com Alzheimer).
- Sitio de ação da Acetilcolina: 
MUSCARÍNICOS:
- Membranas celulares dos tecidos inervados por fibras pós-ganglionares parassimpáticas;
- Membranas celulares dos tecidos inervados por fibras pós-ganglionares simpáticas colinérgicas (gl. sudoríparas e vasos musc. esquelética);
- Membrana pré-sináptica de terminações nervosas simpáticas e parassimpáticas.
NICOTÍNICOS: 
- Gânglios autonômicos;
- Placa motora; 
- Células da supra-renal.
- Neurotransmissão colinérgica: 
- Afinidades dos receptores: (muscarínicos e nicotínicos) 
- Receptores colinérgicos
Os receptores colinérgicos são classificados em muscarínicos (músculo cardíaco; musculatura lisa: trato Gi, bexiga, vagina, útero e glândulas secretoras) e nicotínicos (gânglios autônomos, células cromafins da medula adrenal e junção neuromuscular).
- Agonistas colinérgicos: 
AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA: Também chamados de Parassimpaticomiméticos; mimetizam os efeitos da Acetilcolina nos receptores colinérgicos; todos possuem ação mais prolongada que a Acetilcolina.
Acetilcolina:
	Amina quartenária;
	Não penetra nas membranas;
	Sem uso terapêutico;
	Rápida inativação pela Achase;
	Multiplicidade de ações;
- Ações: diminuição da frequência cardíaca, diminuição da pressão arterial, (receptorar M3 endoteliais – NO- Via Arginina) do músculo liso que cobre os vasos sanguíneos, maior secreção salivar, maior motilidade intestinal, maior tônus do músculo detrusor da bexiga causando a emissão da urina e miose (contração pupilar).
Betanecol: 
O Acetato é substituido pelo carbamato e a colina é metilada;
Não é hidrolisada pela Achase (Acido Carbâmico);
Hidrolisadas por outras colinesterases;
Sem ação nicotínica (pela metila);
Ação na musculatura lisa da bexiga;
Ação dura 1 hora.
- Ações: estimula diretamente os receptores muscarínicos, aumenta ao tônus do músculo detrusor da bexiga causando a emissão da urina, aumenta a motilidade intestinal. (é usado no tratamento urológico da bexiga atônica – retenção urinária após parto ou operatório).
Carbacol: 
Ação Nicotínica e Muscarínica;
Não é inativada pela AChase;
Biotransformada por outras esterases bem mais lentamente;
Ação dura 1 hora.
- Ações: causa uma miose muito pronunciada, libera adrenalina na medula adrenal por sua ação nicotínica. (tem pouco uso devido sua alta potencia, duração e ação longas e inespecificidade e seu uso é feito somente no glaucoma).
Pilocarpina:
Amina 3º Resistente a hidrólise da AChase;
Potência menor que ACh e seus derivados;
Por não possuir carga alcança o SNC;
Usada em Oftalmologia.
- Ações: é um potente estimulador de secreções (lágrima, suor e saliva), produz uma rápida miose. (usado para promover maior secreção da mucosa bucal, na síndrome de Sjogren (choro seco e boca seca), fármaco de escolha na redução da pressão intraocular (com duração de 8 horas)).
- Efeitos colinérgicos nos olhos: 
- Efeitos colaterais dos colinérgicos: diarreia, diaforese, miose, náusea, emergência urinária.
AGONISTAS COLINÉRGICOS DE AÇÃO INDIRETA (REVERSIVEIS):
A Acetilcolinesterase hidrolisa a ACh em colina e acetato acabando com a sua ação.
Localiza-se nos terminais nervosos.
Os inibidores da Achase indiretamente proporcionam ação colinérgica prolongando o tempo de ação.
Resulta em um acumulo de ACh na fenda sinaptica
Esses fármacos promovem uma resposta em todos os colinoceptores do organismo:
Receptores Muscarínicos
Receptores Nicotínicos
Junções Neuro-Musculares
SNC
Ambenônio;
Demecário;
Edrofônio:
 - Ações: duração de 10 – 20 segs, amina 4º, aplicação intravenosa leva a um aumento da força muscular, ação maior nos músculos esqueléticos. (usado no diagnóstico da miastenia grave).
Neostigmina: 
- Ações: duração de 30 segs – 2 horas, amina 4º, ação maior nos músculos esqueléticos. (aumenta o tônus da bexiga e do intestino; usado como antagonista da tubocurarina; tratamento sintomático de miasternia grave).
Fisostigmina: 
Ester nitrogenado do ácido carbâmico
Amina 3º
- Ações: duração de 2-4 horas, penetra no Sistema Nervoso Central. (aumenta o tônus da bexiga e do intestino, sendo usado em casos de atonia; usado no glaucoma e em superdosagem de bloqueadores colinégicos (atropina, fenotiazinicos e antidepressivos tricíclicos)). 
Piridostigmina;
 - Ações: duração de 3-6 horas, ação mais longa que a da neostigmina. (usada em tratamento crônico da miastenia grave).
Rivastigmina, Tacrina, Galantamina e Donepezila: 
- Ações: retardam o avanço do Alzheimer (que está ligado aos neurônios colinérgicos cerebrais – nicotínicos), mas não evitam a sua progressão. (usado no tratamento do Alzheimer).
AÇÃO INDIRETA (IRREVERSIVEIS) - Anticolinesterásicos Irreversíveis- :
Inúmeros compostos Organofosforados sintéticos se ligam de maneira irreversível a Achase;
O Resultado é o aumento de longa duração dos níveis de ACh em todos os lugares onde ela é liberada;
Extremamente Venenosos;
Desenvolvidos para fins militares ou Inseticidas.
Ecotiofato:
Organofosforado que se liga a Serina-OH por meio do seu grupo fosfato 
Quando isso ocorre a enzima é inativada permanentemente 
O Restabelecimento da atividade requer a sintese de novas enzimas 
A enzima fosforilada lentamente libera um dos seus grupos etila 
A perda desta etila (Processo chamado de Envelhecimento) torna impossivel a ação de reativadores químicos 
- Ações: paralisa a função motora, convulsões, intensa miose e estimulação colinérgica generalizada. (usado no tratamento de glaucoma crônico com colírios, efeito dura uma semana com uma única aplicação, não é um fármaco de primeira escolha e pode causar catarata).
REATIVIDADE DA ACETILCOLINESTERASE (ACHASE):
Pralidoxima (PAM):
A Pralidoxima pode reativar a Achase 
Mas não entra no SNC
Por ser amina 4º, se aproxima do grupamento anionico da enzima onde se encontra o fosfato ligado a Serina-OH
Ela desloca o grupamento fosfato regenerando com isso a enzima 
Somente se este processo ocorrer antes do Envelhecimento enzimático 
A Pralidoxima não é eficaz contra os novos organofosforados que causam o envelhecimento em segundos 
ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS
Os antagonistas colinérgicos são drogas que agem nos receptores colinérgicos, bloqueando seletivamente a atividade parassimpática (reduzindo ou bloqueandoa ação da acetilcolina), sendo estes antagonistas também chamados parassimpaticolíticos ou fármacos anticolinérgicos ou anticolinérgicos assim, diminuem, inibem ou bloqueiam a resposta colinérgica. Portanto, reduzem ou anulam o efeito de estimulação do sistema nervoso parassimpático (impede que a acetilcolina estimule os receptores colinérgicos), e, em determinadas situações (indiretamente) tem o efeito estimulante do sistema nervoso simpático.
- Locais de ação dos antagonistas colinérgicos:
- Efeitos adversos dos antagonistas colinérgicos: visão borrada, confusão, midríase, constipação, emergência urinária.
Agonistas Adrenérgicos
Os neurônios adrenérgicos (controlados pelo SNC e pelo SNA simpático) liberam como neurotransmissor primário a noradrenalina. No sistema simpático, a noradrenalina, portanto, é o neurotransmissor dos impulsos nervosos dos nervos autonômicos pós-ganglionares para os órgãos efetuadores.
Também chamados de simpaticomiméticos ou adrenomiméticos ou apenas adrenérgicos, constituem os fármacos que estimulam direta ou indiretamente os receptores adrenérgicos ou adrenoreceptores. 
O efeito de um fármaco agonista adrenérgico administrado em determinado tipo de célula efetora depende da seletividade desta droga pelos receptores, assim como, das características de resposta das células efetoras, e, do tipo predominante de receptor adrenérgico encontrado nas células. 
- Locais de ação dos agonistas adrenérgicos: 
- Neurotransmissão adrenérgica:
- Liberação da Noradrenalina:
- O potencial de ação inicia a entrada de Ca+2 para o interior do axoplasma;
- O aumento de Ca+2 causa a fusão das vesiculas com a membrana celular e liberação de seu conteúdo na fenda sinaptica (Bloqueada pela Guanetidina).
- Ligação ao receptor:
- A noradrenalina liberada se liga aos receptores pós-sinapticos no orgão efetor ou as receptores pré-sinapticos no terminal nervoso.
- Remoção da Noradrenalina:
A noradrenalina pode:
		- Sair da fenda e cair na corrente sanguinea
		- Ser metabolizada a derivados O-Metilados pela COMT (Catecol – O – Metil Tranferase )
 - Voltar para o Axoplasma (Sistema de transporte para o neuronio ) (Inibido por antidepressivos triciclicos ou pela Cocaina). Este é o mecanismo primário para acabar com os efeitos adrenérgicos.
- Possivel destinos da Noradrenalina Captada:
- A noradrenalina recaptura pode ir para a vesicula esperar um novo potêncial de ação em um pool protegido ou ser oxidada pela Monoamina Oxidase (MAO) presente na mitocondria neuronal.
- Receptores Adrenérgicos: 
- Alfa α: α1 e α2
- Beta β: β1, β2 e β3
- Receptores Alfa – α
- Fraca resposta ao adrenérgico sintético Isoproterenol;
- Forte resposta a adrenalina e noradrenalina;
- Ordem de potência: Adrenalina > Noradrenalina > Isoproterenol;
- Existem 2 tipos α1 e α2:
α 1 – Vasoconstrição ( Aumento da Pressão Arterial )Contração de Músculo liso
α 2 – Moduladores de liberação ( + Insulina )
- Receptores Beta β
- Intensa resposta ao Isoproterenol; 
- Isoproterenol>adrenalina>noradrenalina; 
β1 – Mesma afinidade Adrenalina = Noradrenalina 
β2 – Maior afinidade pela adrenalina 
- Características dos agonistas adrenérgicos:
Catecolaminas
Aninas biogênicas contendo o catecol;
As –OH em 3`e 4`no anel conferem potência a ação adrenérgica;
São inativadas rapidamente pela MAO intraneural e COMT pós-sinaptica;
São também biotransformadas em outros tecidos como a COMT e MAO no intestino , bem como no fígado. 
- Mecanismo de ação:
- Ação Direta: atuam diretamente nos receptores α ou β produzindo efeitos similares aos da estimulação simpática ou do hormônio Adrenalina da medula adrenal. Ex: Adrenalina, Noradrenalina, Isoproterenol e Fenilefrina. 
ADRENALINA:
Uma das 4 catecolaminas ( adrenalina, noradrenalina,dopamina e dobutamina);
Sintetizada a partir da Tirosina na medula adrenal e liberada na corrente sanguínea.
Interage com os receptores α e β.
- Ações: 
Cardiovascular:
Aumenta a contratibilidade do Miocardio (Efeito Ionotrópico positivo: Ação β1;
Aumenta a frequencia cardiaca (Efeito cronotropico positivo: Ação β1;
Com esses efeitos aumenta a demanda de oxigênio do Miocardio;
Contrai as vasos periféricos e aumenta a demanda para o coração ( Efeito α1 );
Respiratório:
Causa poderosa broncodilatação pela ação direta na musculatura lisa bronquial (Ação β2);
Essa ação reverte toda broncoconstricção alérgicas ou induzidas por histamina conhecidas;
No caso de choque anafilático isso pode salvar uma vida;
Evita a liberação de histamina pelos mastócitos.
Hiperglicemiante:
Efeito hiperglicemiante significativo;
Estimula a Glicogenolise no fígado (Ação β2);
Aumenta a liberação do Glucagon;
Diminui a liberação de Insulina ( Ação α2).
Lipólise:
Atua no receptor β3 no tecido adiposo;
Degrada Triacilglicerois em ácidos graxos livres e Glicerol.
- Usos Terapêuticos:
Broncoespasmos:
Farmaco de escolha em casos onde a Broncoconstricção compromete a ventilação; 
Asma Aguda;
Choque anafilático;
Atualmente se usa o Albuterol ( Seletivo β2 ) no tratamento crônico devido a longa duração e sem efeitos cardíacos.
Glaucoma:
Solução Oftalmica 2% para reduzir a pressão intraocular
Reduz o glaucoma por redução da produção do humor aquoso por vasoconstrição dos vasos sanguineos do corpo ciliar
Choque Anafilático:
Fármaco de escolha em casos de reação de hipersensibilidade do tipo I em resposta a Alergenos.
Parada Cardíaca:
Restaura o ritmo cardíaco em pacientes independente da causa
Anestésicos:
Entra em 1:100.000; Aumenta a duração da anestesia local, pois o local fica com vasoconstrição aumentando a permanência antes de ser absorvido ou biotransformado.
- Efeitos Adversos: 
Distúrbios no SNC:
Ansiedade, medo, tensão , cefaléias e tremores
Hemorragias Cerebrais:
Por aumentar a pressão nos capilares cerebrais
Arritmias Cardíacas:
Desencadeia Arritmias
Principalmente se o paciente estiver recebendo digitálicos
Edemas Pulmonares:
Pode levar a indução
- Interação Medicamentosa:
Hipertireoidismo:
Deve-se reduzir a dose em pacientes com Hipertireoidismo pois a ação são aumentadas.
A possivel explicação está no aumento de receptores nos vasos levando a respostas hipersensíveis.
Cocaina:
Na presença de Cocaina , a adrenalina produz respostas cardiovasculares exageradas.
Pelo fato da cocaina inibir a recaptação da adrenalina, os neurotransmissores permanecem nos receptores por mais tempo.
Diabete:
A Adrenalina libera as reservas endogenas de glucose;
Para a administração de adrenalina em pacientes diabéticos , a dose de insulina deve ser aumentada.
Bloqueadores β:
Estes farmacos impedem a ligação aos receptores β, deixando os receptores α sem competição e com isso leva ao aumento da pressão arterial.
Anestésicos Inalatórios:
Estes fármacos sensibilizam o coração aos efeitos da adrenalina, o que pode fazer com que ocorra Taquicardia.
NORADRENALINA:
- Ações:
Como sendo o neurotransmissor dos nervos adrenérgicos, deveria estimular todos os tipos de receptores.
Quando administrado em doses terapêuticas os receptores α são os que mais respondem.
Cardiovascular:
Vasoconstrictor
 		- Causa maior vasoconstricção que a adrenalina, por não causar vasodilatação compensatória característica da estimulação β2 dos vasos sanguíneos que suprem os músculos esqueléticos.
		- Também explica porque a noradrenalina não é usada em asma (Fraca atividade em β2).
- Usos Terapêuticos
Choque Anafilático:
Usada em tratamento de choque;
Mas Metaraminol é preferido, pois não reduz o fluxo sanguíneo para os rins como a Noradrenalina.
- Efeitos Adversos:
Possível necrose da pele ao longo da veia injetada devido a potente vasoconstricção.
ISOPROTERENOL:
- Ações:
Droga sintética que estimula predominantementeos receptores β1 e β2.
Pouco usado por sua falta de seletividade
Possui ação insignificante nos receptores α
Cardiovascular:
Aumenta a frequencia e a força de contração cardíaca
Pulmonar:
Produz uma broncodilatação rápida e intensa
-Usos Terapeuticos: 
Broncodilatador em asma
DOPAMINA:
- Ações:
Metabólito precursor da noradrenalina;
Em doses elevadas causa vasoconstricão;
Pode ativar os receptores α e β adrenérgicos;
Os receptores D2 encontrados nos neuronios adrenergicos inibem quando estimulados a liberação de noradrenalina.
Cardiovascular:
Efeitos Ionotropicos e cronotrópicos em β1.
Em doses altas estimula α1 causando vasoconstricão.
Renal e Visceral:
Ativa o fluxo sanguineo para os rins e outras visceras em receptores dopaminergicos específicos que não são bloqueados por Bloqueadores α ou β;
Útil no tratamento de choque em que uma intensa atividade adrenergica poderia comprometer a função renal.
- Usos Terapêuticos:
Usado em tratamento de choque
Reativa a pressão arterial via β1 no coração e α1 nos vasos sanguineos
O aumento de fluxo sanguineo renal reativa a filtração glomerular e causa diurese sódica
Nesse aspecto a Dopamina é muito superior a Noradrenalina que reduz o suprimento sanguineo renal e pode causar um colapso renal.
DOBUTAMINA:
- Ações:
Catecolamina sintética de ação em β1;
Aumenta a frequência e o debito cardíaco com poucos efeitos vasculares.
- Usos Terapêuticos: 
Usada para aumentar o débito cardíaco na insuficiência cardíaca congestiva;
Para causar efeito Inotrópico após cirurgia cardíaca;
Aumenta o débito com pouca alteração na frequência;
Não aumenta a demanda de O2 pelo miocárdio.
OXIMETAZOLINA
- Ações: 
Agonista sintético;
Seletivo para α1 e α2.
- Usos Terapêuticos:
Usado localmente nos olhos e nas narinas como vasoconstrictor;
Presente em vários descongestionantes nasais;
Bem como em colírios para aliviar a vermelhidão após a natação, resfriados ou lentes de contato;
Estimulação direta dos receptores α nos vasos sanguineos que irrigam a mucosa nasal e a conjuntiva reduzindo o fluxo de sangue e diminuindo a congestão.
FENILEFRINA:
- Ações: 
Adrenérgico sintético não catecólico;
Seletivo para α1 e α2.
- Usos Terapêuticos:
Presente em vários descongestionantes nasais;
Estimulação direta dos receptores α nos vasos sanguíneos que irrigam a mucosa nasal e a conjuntiva reduzindo o fluxo de sangue e diminuindo a congestão.
METOXAMINA:
- Ações:
Adrenérgico sintético não catecólico;
Seletivo para α1 e α2.
- Usos Terapêuticos:
Restaurar a hipotensão de Halotano durante cirurgias;
Não causa arritmia.
CLONIDINA:
- Ações:
Seletivo para α2
- Usos Terapêuticos:
Diminui a hipertensão pela sua ação no SNC;
Usado para minimizar os efeitos da retirada dos Opiáceos ou dos benzodiazepínicos.
METAPROTERENOL:
- Ações:
Similar quimicamente ao Isoproterenol
Não é Catecolamina
Resistente a metilação da COMT
Seletivo para β2 com pouco efeito no coração
-Usos Terapêuticos:
Dilatação dos bronquiolos e melhora das funções das vias aéreas
Broncodilatador no tratamento da asma
ALBUTEROL,PIRBUTEROL E TERBUTALINA:
- Ações:
Seletivo para β2 com pouco efeitos no coração
- Usos Terapêuticos:
Broncodilatadores no tratamento da asma
Usados em dispositivos inalatórios
SALMETEROL E FORMOTEROL:
- Ações:
Seletivo para β2 com pouco efeitos no coração
Longa duração ( 12 horas de efeito )
- Usos Terapêuticos:
Broncodilatadores no tratamento da asma
Usados em dispositivos inalatórios
Tratamento da asma noturna
- Ação Indireta: bloqueiam a recaptação de Noradrenalina (Bloqueio de captação) Ex. Cocaina e Anfetamina.
ANFETAMINA:
- Ações:
Estimulante do SNC;
Eleva a pressão arterial;
Ações em α e β;
Bloqueia a Captação da Noradrenalina;
Entra no axoplasma e desloca a noradrenalina armazenada;
Conhecido pelos caminhoneiros como “Rebite “.
TIRAMINA:
- Ações:
Não é um fármaco propriamente dito, mas é uma substância encontrada em alimentos fermentados como queijos e vinhos.
É um subproduto do metabolismo da Tirosina
Normalmente oxidada pela MAO no TGI
Caso o paciente esteja usando algum IMAO, pode ocorrer uma crise hipertensiva grave
Penetra no axoplasma e desloca a noradrenalina armazenada como a Anfetamina
COCAÍNA:
- Ações:
Exacerba as ações da Adrenalina e Noradrenalina;
Bloqueia a recaptação da Noradrenalina na fenda sináptica;
Aumenta a pressão arterial.
- Ação Mista: possuem a capacidade de atuar diretamente nos receptores e de liberar Noradrenalina do Neuronio Adrenérgico .Ex: Efedrina , Pseudoefedrina e Metaraminol.
EFEDRINA E PSEUDOEFEDRINA:
Alcalóides Vegetais;
Produzidos hoje sinteticamente;
Estimulam diretamente os receptores α e β;
Liberam a Noradrenalina armazenados nos terminais nervoso;
Menos potentes que a Adrenalina;
Não são catecolaminas por isso não se degradam pela COMT;
Longa duração;
Penetram no SNC.
Efedrina aumenta a PA sistólica e diastólica;
Produz broncodilatação menos potente que a adrenalina e isoproterenol; 
Melhora o desempenho atlético; 
Usada na asma e em descongestionantes nasais;
Usado para aumento da PA;
Substâncias proibidas em competições; 
Usadas como anorexigenos e seus derivados.
- Efeitos colaterais dos agonistas adrenérgicos: arritmia, cefaleia, hiperatividade, insônia, nauseas, e tremores.
ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
Os antagonistas adrenérgicos também são conhecidos como:
Bloqueadores Adrenérgicos
Simpaticolíticos
Fármacos Antiadrenérgicos
- Ligam-se aos receptores Adrenergicos, mas não causam os efeitos intracelulares mediados pelos receptores;
Os efeitos da inervação Simpática são interrompidos;
Existem 2 tipos de Bloqueadores:
α
β
- Efeitos adversos dos antagonistas adrenérgicos:
- BLOQUEADORES α – ADRENERGICOS: 
- Bloqueiam os adrenoreceptores α;
- Afetam profundamente a pressão arterial;
- O Bloqueio em α1 reduz a resistência vascular periférica e com isso produz vasodilatação. 
FENOXIBENZAMINA:
Liga-se covalentemente aos receptores α;
Promove bloqueio irreversível e não competitivo;
Único mecanismo para superar o bloqueio é a sintese de novos receptores que leva 1 dia ou mais;
Ação dura 24 h com dose única.
Efeitos Cardiovasculares
Impede a vasoconstrição periférica;
Provoca taquicardia reflexa;
Como bloqueia os receptores inibitórios α2 no coração produz o aumento do débito cardíaco pela ação da Noradrenalina o que leva ao aumento da PA.
- Uso Terapêutico:
Feocromocitoma ( Tumor da suprarenal);
Doença de Raynaurd ( Fluxo ruim de sangue nas extremidades das mãos).
FENTOLAMINA: 
Produz bloqueio competitivo em α1 e α2;
Dura 4 h com única administração;
Como a Fenoxibenzamina produz taquicardia reflexa;
Pode causar arritmias e dor anginosa;
Usado em tratamento de Feocromocitoma.
PRAZOSINA, TERAZOSINA, DOXAZOSINA E TANSULOSINA:
Bloqueadores seletivos α1;
Os melhores e mais potentes anti-hipertensivos que existem;
Diminuem a tensão vascular periférica e a pressão arterial;
Causam alterações mínimas do DC e no fluxo sanguineo renal e na velocidade da filtração glomerular.
- Estes fármacos não se tornam tolerantes com a PA alta;
- 1º Dose produz acentuada hipotensão;
- Aconselhável tomar ½ ou ¼ do comprimido na hora de dormir na 1º dose;
- Usados como uma opção a cirurgia na hiperplasia prostática benigna (Diminiu o tonus da musculatura e com isso o tamanho do tumor, melhora o tonus da bexiga e da prostata bem como melhora o fluxo urinário);
- Podem causar tontura, falta de energia, sonolencia, cefaléia e congestão nasal;
- Por reter liquido e sódio a Prazosina é usada com um diurético tornando-se uma ótima associação para tratamento da Hipertensão;
- Função sexual não é afetada por estes fármacos;
- Por bloquear os receptores α nos ductos ejaculatórios , tem sido relatado bloqueio da ejaculação ou ejaculação retrógrada;
- Diminuem LDL e aumentam HDL.
IOIMBINA:Bloqueador α2 seletivo e competitivo;
Extraido do cortex da planta Yohimbe;
Usado como estimulante sexual masculino no passado (mas nunca comprovado);
Atua no SNC aumentando o efluxo simpático para a periferia;
Usado na Doença de Reynaud;
Também é antagonista 5-HT.
BLOQUEADORES β – ADRENERGICOS
Bloqueiam os adrenoreceptores β;
Todos são antagonistas competitivos;
Os Bloqueadores β não seletivos bloqueiam β1 e β2;
Os cardiosseletivos bloqueiam somente β1;
Todos os Bloqueadores β reduzem a PA, mas sem hipotensão postural pois os receptores α continuam funcionais. Com isso o controle simpático dos vasos continua mantido;
Os β-Bloqueadores também são eficazes no tratamento da angina, arritmias, infarto, insuficiência cardíaca, hipertireoidismo e glaucoma, e são úteis na profilaxia da enxaqueca.
PROPANOLOL: 
Protótipo dos β-bloqueadores;
Bloqueia β1 e β2 não seletivamente;
Diminui o DC ( débito cardíaco ), trabalho e consumo de oxigênio do coração ao bloquear β1;
Esses efeitos são úteis na Angina;
A redução do DC leva a queda da PA;
No pulmão (β2) causa uma broncoconstrição o que poder precipitar uma crise respiratório em pacientes com asma ou DPOC;
Causa aumento da retenção de Na+. O Organismo tenta restabelecer a PA . Nestes casos a administração concomitante com um diurético resolve o problema;
O Bloqueio β também impede a produção de Renina contribuindo para a retenção de Na+;
O Bloqueio β diminui a glicogenólise e a secreção do Glucagon;
Perigoso para um diabético tipo I ( pode precipitar crise de Hipoglicemia ).
Reduz o humor aquoso no glaucoma;
Diminui a ampla estimulação simpática que ocorre no Hipertireoidismo ( arritmias );
Diminiu o O2 exigido pelo coração e por isso é eficaz na dor torácica;
Coadjuvante em crises de enxaqueca crônicas;
Previne um 2º infarte após o 1º (Uso profilático);
Ação estabilizante de menbranas;
Drogas dos artistas (antes do palco);
Pode ser fatal para um asmático;
Aumentam o efeito: Cimetidina e Fluoxetina;
Diminuem o efeito: Barbituricos, fenitoina e rifampicina.
TIMOLOL E NADOLOL:
Bloqueia β1 e β2 não seletivamente;
Mais potentes que o Propanolol;
Timolol usado em Glaucoma pois reduz o humor aquoso. Profilaxia da Enxaqueca;
Nadolol possui longa ação ( 24 h ), usado em angina e em hipertensão.
ACEBUTOLOL, ATENELOL, METOPROLOL E ESMOLOL:
Bloqueia β1 Seletivamente;
Não possuem o indesejado efeito Broncoconstritor em β2 que o propanolol possui; 
Chamados de β- Cardiosseletivos ;
Reduzem a PA;
Aumentam a tolerancia ao exercicio na angina;
Drogas de escolha para Diabéticos hipertensos.
PINDOLOL E ACEBUTOLOL:
Antagonistas com atividade agonista parcial;
Estimulam fracamente os receptores β1 e β2;
São os que menos alteram o metabolismo de carboidratos;
Uso terapeutico somente na hipertensão;
Excelentes para Diabéticos; 
BLOQUEADORES α e β – ADRENERGICOS
LABETALOL E CARVEDILOL:
Bloqueiam α1 ,β1 e β2;
Não alteram niveis séricos de lipídios ou de glicose;
O Carvedilol melhora a insuficiencia cardiaca;
Labetalol é usado em pacientes Negros ou Indios ( A hipertensão em negros não é bem controla com β- Bloqueadores );
Labetalol pode ser usado no lugar da metildopa para controle de hipertensão em grávidas;
Labetalol é muito usado em emergências hipertensivas pois abaixa a pressão rapidamente;
Possuem efeito de hipotensão ortostática.
FARMACOS QUE AFETAM A LIBERAÇÃO OU CAPTAÇÃO DO NEUROTRANSMISSOR:
RESERPINA: 
Alcaloide vegetal;
Inibe o transporte de aminas biogênicas do citoplasma para as vesiculas sinapticas ( Noradrenalina,adrenalina, dopamina, serotonina) dos terminais adrenérgicos de todos os tecidos corporais; 
Causa a depleção das aminas;
A Função simpática é bloqueada devido a baixa concentração de neurotransmissores.
COCAÍNA: Inibe a captação da Noradrenalina

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