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AD1 Matrizes Hispanicas

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Hugo Araújo de Souza 
Matrícula: 14213120212
 
 O indigenismo, a partir de Mariátagui, nasceu da necessidade de se repensar o lugar dos povos originários no universo cultural hispano-americano, não era só uma preocupação sobre os direitos às terras, mas também um resgate da cultura. E esse ponto de vista, permititiu a observação, tanto dos conflitos étnicos, quanto dos conflitos de classe na América Hispânica, pois toda ela passou por um processo de colonização semelhante. 
 Assim como o indigenismo, o conceito de transculturação atinge toda a América Hispânica, através da antropologia e da crítica literária. Em sua narrativa, a transculturação apresenta uma produção literária que faz uma elaboração artístitca do espanhol local, que acrescenta elementos das vanguardas, como a oralidade (principal manifestação da cultura indígena), e que entende a cosmovisão, especialmente o mito e o arquétipo, como categorias válidas para interpretar a América Latina. 
 O conceito de heterogeneidade questiona determinadas visões sobre a identidade e a literatura latinoamericana. Conejo Polar entende que a nossa literatura é essencialmente heterogênea, que surgiu dos conflitos culturais entre três diferentes matrizes, onde não é possível fazer nenhuma sínstese, mas é possível estabelecer relações conflitivas, entres diferentes matrizes.
 Dentro do conceito da diferença, proposto por Conejo Polar, podemos inserir o pensamento desconstrutivo de Canclini, que propõe o foco dos estudos sobre os encontros das matrizes seja principalmente os processos que levam à hibridização e não a hibridez por si só, o que levaria consequentemente não só a questionar a pureza da cultura e da identidade latino-americana. A perspectiva de Canclini desconstrói antigos binarismo e representações hegemônicas, atentando para os processos de fusão cultural, permitindo que percebamos tudo que fica excluído da fusão desses encontros culturais.

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