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UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS AMARILDO VARELA FÁBIO TOLOTTI MEZZOMO LUIZ HENRIQUE SMANIOTTO REPRESENTAÇÃO COMERCIAL: Desenvolvimento de estratégias empresariais visando a captação de novas representadas para a empresa Representações Top Foz Regional Ltda. Foz do Iguaçu - PR 2008 AMARILDO VARELA FÁBIO TOLOTTI MEZZOMO LUIZ HENRIQUE SMANIOTTO REPRESENTAÇÃO COMERCIAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao programa de Graduação em Administração de Empresas da União Dinâmica de Faculdades Cataratas, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração de Empresas. Orientador: Prof. Sinvales Roberto Souza, Ms. Foz do Iguaçu - PR 2008 TERMO DE APROVAÇÃO AMARILDO VARELA FÁBIO TOLOTTI MEZZOMO LUIZ HENRIQUE SMANIOTTO REPRESENTAÇÃO COMERCIAL Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade União Dinâmica das Cataratas, curso de Administração de empresas, para obtenção do grau de Bacharel em Administração, aprovado pela banca examinadora formada por: ________________________________________ Orientador: Profº. ________________________________________ Profº. ________________________________________ Profº. Foz do Iguaçu, 10 de dezembro de 2008. A Deus, Por estar presente em todos os momentos de nossas vidas. A nossos professores, Que contribuíram em nossa formação acadêmica e sempre acreditaram em nosso potencial. Às nossas famílias, Pelo apoio nos momentos difíceis e pela motivação durante nossa jornada acadêmica. Ao nosso orientador, Por solucionar nossas dúvidas e pelo incentivo. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus por estar presente em todos os momentos de nossas vidas. Ao professor Sinvales que orientou com determinação o desenvolvimento do trabalho. “A única coisa que se coloca entre um homem e o que ele quer na vida é normalmente meramente a vontade de tentar e a fé para acreditar que aquilo é possível.” Richard M. Devos RESUMO O presente estudo teve como objetivo desenvolver e propor estratégias empresariais para que a empresa Representações Top Foz Regional Ltda. consiga captar novas representadas. Após identificar a oportunidade de atender um mercado em crescimento, em que há carência de oferta e excesso de demanda, foi realizado uma pesquisa envolvendo aspectos bibliográficos na definição dos principais departamentos de atuação das empresas de representação comercial e estratégias empresariais, com o intuito de criar um diferencial para que a empresa torne-se referência no ramo de representação comercial em Foz do Iguaçu. Apresentam-se noções e conceitos sobre o tema, tais como marketing, composto de marketing, tipos de estratégias, alianças e parcerias, noções de micro e macro ambiente e o campo de atuação das empresas de representação comercial. Segue então a metodologia da pesquisa onde são abordadas pesquisas de natureza quantitativa, qualitativa e exploratória, definindo uma amostragem com empresas que buscam por representantes em Foz do Iguaçu e com o CORE-PR, a fim de identificar o perfil ideal de uma empresa de representação comercial. Constatou-se então a viabilidade da aplicação das estratégias propostas e tendo como proposição de melhorias a estruturação da empresa para que torne tangível a qualidade de seus serviços e consiga captar um maior número de representadas, aumentando sua participação no mercado. Palavras chaves: Representação Comercial; Estratégias; Marketing. ABSTRACT This study aimed to develop and propose business strategies for the company Representações Top Foz Regional Ltda., can attract new represented. After identifying the opportunity to meet a growing market, where there is shortage of supply and excess demand, which was carried out a search bibliographic aspects involved in defining the role of major departments of companies to represent commercial and business strategies in order to create a differential for the firm to become a reference in the industry and trade representation in Foz do Iguaçu. They are notions and concepts on the subject, such as marketing, composed of marketing, types of strategies, alliances and partnerships, concepts of micro and macro environment and the field of performance of enterprises in trade representation. Then follows the methodology of the research where research approach of both quantitative, qualitative and exploratory, defining a sampling with companies that seek representatives in Foz do Iguaçu and the CORE-PR, to identify the ideal profile of a company of trade representation . It was then the feasibility of implementing the proposed strategies and to propose improvements in the structuring of the company that makes equipment for the quality of their services and can attract a greater number of representations, increasing its market share. Key words: Commercial Representation; Strategies; Marketing. LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Classificação de empresas quanto ao porte ........................................... 23 Quadro 2 - Gestão por Representação Comercial .................................................... 26 Quadro 3 - Diferenças entre empregado e representante autônomo ....................... 27 Quadro 4 - Diferenças entre subordinação e trabalho independente ....................... 28 Quadro 5 - Fases do ciclo de vida dos produtos ....................................................... 43 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Política de Vendas da Empresa .............................................................. 96 Gráfico 2 - Porte da empresa .................................................................................... 97 Gráfico 3 - Requisitos para formação do quadro de vendas ..................................... 97 Gráfico 4 - Relevâncias quanto às características das representações .................... 98 Gráfico 5 – Representações – Fontes de Busca ....................................................... 99 Gráfico 6 - Preferências – Quadro de vendas ......................................................... 100 Gráfico 7 - Potencial Mercadológico – Foz do Iguaçu ............................................. 101 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Organograma proposto ........................................................................... 106 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas CLT – Consolidação das Leis do Trabalho CORE-PR – Conselho Regional dos Representantes Comerciais INSS – Instituto Nacional do Seguro Social SINCORE – Sindicato dos Representantes Comerciais GLOSSÁRIO REPRESENTANTE COMERCIAL: pessoa física ou jurídica, sem relação de emprego, que desempenha em caráter não eventual, a mediação.Contratado para encontrar compradores para os produtos do proponente, agenciar propostas ou pedidos e transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados à execução do negócio. REPRESENTADA: companhia que contrata representantes comerciais para as relações de compra e venda dos produtos agenciados. EMPREGADO: toda pessoa física que presta serviço de natureza não eventual ao empregador, sob as dependências deste e mediante salário. SUB-REPRESENTANTE OU PREPOSTO: é o representante autônomo da empresa de representação comercial. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 18 1.1 TEMA .................................................................................................................. 19 1.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................... 19 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 20 1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................. 20 1.3.2 Objetivos específicos .................................................................................... 20 1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 21 1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .............................................................................. 21 1.5.1 Estrutura do trabalho de conclusão de curso ............................................. 21 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 23 2.1 EMPRESA OU ORGANIZAÇÃO ......................................................................... 23 2.1.1 Tipos de empresa ........................................................................................... 24 2.1.1.1 Empresas industriais ..................................................................................... 24 2.1.1.2 Empresas comerciais .................................................................................... 24 2.1.1.3 Empresas prestadoras de serviços ............................................................... 25 2.2 EMPRESAS DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL ........................................... 25 2.2.1 Vantagens para a empresa contratante ....................................................... 25 2.2.2 Diferenças entre vendedor no regime CLT e representante comercial ..... 26 2.3 ATACADO ........................................................................................................... 28 2.4 VAREJO .............................................................................................................. 30 2.4.1 Tipos de varejo ............................................................................................... 32 2.5 MARKETING ....................................................................................................... 32 2.5.1 Definição de marketing .................................................................................. 33 2.5.2 Administração de marketing ......................................................................... 34 2.5.3 Planejamento de marketing ........................................................................... 34 2.5.4 Pesquisa de marketing .................................................................................. 34 2.5.5 Posicionamento de mercado ........................................................................ 36 2.5.6 Segmentação .................................................................................................. 37 2.5.7 Marketing Adaptado ....................................................................................... 39 2.6 MIX DE MARKETING .......................................................................................... 39 2.6.1 Atrativos da integração da distribuição para o mercado ........................... 40 2.6.2 Produtos e serviços ....................................................................................... 41 2.6.2.1 O produto e o seu ciclo de vida ..................................................................... 41 2.6.2.2 Serviço .......................................................................................................... 44 2.6.3 Preço ............................................................................................................... 45 2.6.4 Comunicação e promoção ............................................................................ 45 2.6.4.1 Marketing direto ............................................................................................. 46 2.6.4.2 Promoção de vendas .................................................................................... 47 2.6.4.3 Relações públicas ......................................................................................... 47 2.6.4.4 Venda pessoal .............................................................................................. 48 2.6.4.5 Propaganda ................................................................................................... 49 2.6.5 Objetivos da promoção.................................................................................. 49 2.6.6 Técnicas promocionais ................................................................................. 50 2.7 ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES .......................................................... 51 2.7.1 Relações de agenciamento ........................................................................... 52 2.7.2 Vendedores ou representantes ..................................................................... 52 2.8 ESTRATÉGIA DE TERCEIRIZAÇÃO ................................................................. 52 2.8.1 Competindo por meio de redes e alianças estratégicas ............................ 53 2.8.2 Alianças e parcerias ....................................................................................... 54 2.8.3 Competindo por meio de alianças estratégicas .......................................... 55 2.9 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS ....................................................................... 56 2.9.1 Definição de estratégia .................................................................................. 56 2.9.2 Tipos de estratégia ......................................................................................... 59 2.9.2.1 Estratégia de sobrevivência .......................................................................... 59 2.9.2.2 Estratégia de manutenção ou estabilidade ................................................... 59 2.9.2.3 Estratégia de crescimento ............................................................................. 60 2.9.2.4 Estratégia de desenvolvimento ..................................................................... 60 2.9.2.5 Estratégias competitivas ............................................................................... 60 2.9.2.6 Estratégia de diversificação .......................................................................... 61 2.9.3 Estratégia corporativa e estratégias vinculadas ao marketing mix ........... 61 2.9.4 Planejamento estratégico .............................................................................. 62 2.9.5 Formulação estratégica ................................................................................. 63 2.9.6 Posicionamento estratégico ......................................................................... 64 2.9.7 Estratégias competitivas em serviços ......................................................... 65 2.10 ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS ....................................................................... 65 3PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 67 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .................................................................. 67 3.1.1 Tipos de pesquisa .......................................................................................... 68 3.1.1.1 Pesquisa exploratória .................................................................................... 68 3.1.1.2 Pesquisa quantitativa .................................................................................... 69 3.1.1.3 Pesquisa qualitativa ...................................................................................... 69 3.1.1.4 Pesquisa bibliográfica e documental ............................................................. 70 3.1.2 Propósito......................................................................................................... 71 3.2 DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO E AMOSTRA ..................................................... 71 3.2.1 Amostragem ................................................................................................... 72 3.2.1.1 Amostragem probabilística ............................................................................ 72 3.2.1.2 Amostragem não-probabilística ..................................................................... 73 3.2.1.3 Amostragem por conveniência ...................................................................... 73 3.3 COLETA DOS DADOS ....................................................................................... 73 3.3.1 Dados primários ............................................................................................. 74 3.3.2 Dados secundários ........................................................................................ 75 3.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ............................................................................. 75 4 ANÁLISE DO AMBIENTE ORGANIZACIONAL ................................................... 76 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ................................................................... 76 4.2 HISTÓRICO ........................................................................................................ 76 4.3 MISSÃO .............................................................................................................. 77 4.4 VISÃO ................................................................................................................. 78 4.5 OBJETIVOS ........................................................................................................ 78 4.6 O NEGÓCIO DA EMPRESA ............................................................................... 78 4.7 CLIENTES ........................................................................................................... 79 4.8 MICROAMBIENTE DO MARKETING ................................................................. 79 4.8.1 Fornecedores.................................................................................................. 80 4.8.2 Concorrentes .................................................................................................. 81 4.8.3 Intermediários................................................................................................. 81 4.8.4 Órgãos regulamentadores ............................................................................. 82 4.8.5 Vendas ............................................................................................................ 82 4.8.5.1 Preço de venda do serviço ............................................................................ 83 4.8.6 Promoção ........................................................................................................ 83 4.8.7 Localização ..................................................................................................... 83 4.8.8 Procedimentos de Produção ......................................................................... 83 4.9 MACROAMBIENTE DO MARKETING ................................................................ 84 4.9.1 Ambiente demográfico ................................................................................... 84 4.9.2 Ambiente social .............................................................................................. 85 4.9.3 Ambiente econômico ..................................................................................... 86 4.9.4 Ambiente político ........................................................................................... 87 4.9.5 Ambiente tecnológico .................................................................................... 87 4.9.6 Ambiente natural ............................................................................................ 88 4.10 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ................................................................... 89 4.10.1 Legislação e tributação ............................................................................... 89 4.10.2 Custos ........................................................................................................... 89 4.10.3 Roteirização .................................................................................................. 90 4.11 ANÁLISE DO AMBIENTE ................................................................................. 90 4.11.1 Pontos Fortes ............................................................................................... 91 4.11.2 Pontos fracos ............................................................................................... 92 4.11.3 Ameaças ........................................................................................................ 92 4.11.4 Oportunidades .............................................................................................. 93 5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ...................................................... 94 5.1 ANÁLISE DA ENTREVISTA REALIZADA COM O CORE-PR (ANEXO A) ......... 94 5.2 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO REALIZADO COM AS REPRESENTADAS (ANEXO B) ................................................................................................................ 96 6 PROPOSIÇÕES DE MELHORIA ........................................................................ 103 6.1 DESENVOLVER CANAIS DE COMUNICAÇÃO COM AS REPRESENTADAS103 6.2 ESTRUTURAR A EMPRESA FISICAMENTE ................................................... 104 6.3 ELABORAR UM BOOK (CATÁLOGO) COM AS APTIDÕES DA EMPRESA ... 104 6.4 DESENVOLVER MEIOS DE ANÁLISE DA VIABILIDADE NA CAPTAÇÃO DE NOVAS REPRESENTADAS ................................................................................... 104 6.5 CRIAÇÃO DE FERRAMENTAS QUE IDENTIFIQUEM A EMPRESA ............... 105 6.6 ORGANOGRAMA DA EMPRESA ..................................................................... 105 7 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 107 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 108 ANEXO A – ENTREVISTA COM O CORE-PR ....................................................... 112 ANEXO B – QUESTIONÁRIO COM AS REPRESENTADAS ................................. 114 18 1 INTRODUÇÃO O sistema capitalista que impera em torno das organizações está obrigando as mesmas a passar por um processo de mutação, pois a globalização traz avanços tecnológicos em níveis exponenciais, ocasionando uma mudança no comportamento do consumidor, forçando as empresas a buscarem por melhoria continua de desempenho, maior variedade na oferta de produtos e serviços e políticas de redução de custos. Para aumentar o nível de distribuição de seus produtos e serviços, as organizações estão voltando suas competênciaspara o que sabem fazer de melhor, e terceirizando outras funções menos estratégicas para a mesma. Para tanto, como na atualidade, as empresas fabricantes de produtos, investem cada vez menos em estruturas físicas de atendimento ao atacado e varejo, cada vez mais, profissionais são contratados por essas empresas, representando-as e vendendo seus produtos. Isso facilita o trabalho dessas organizações, que conseguem abranger várias cidades, sem necessariamente ter estruturas físicas na mesma, onde seus produtos são vendidos por representantes comerciais, e não por vendedores contratados e com vínculos empregatícios, podendo a distribuição ser por sua conta e risco, ou terceirizada. O mercado de representação comercial é um setor do comércio que está em grande expansão devido aos grandes benefícios gerados para as empresas que buscam, ou que já utilizam este serviço para a propagação da venda de seus produtos e serviços. A Top Foz, empresa atuante no mercado de representação comercial, possui uma participação insignificante neste amplo mercado, então se percebe a necessidade da implantação de modificações em sua estrutura, para que então possua a capacidade de obter uma diferenciação na prestação destes serviços tornando-se referência em sua região atuante. O grande número de empresas e organizações existentes no território nacional possibilitou a identificação de um mercado potencial para representações comerciais, pois devido às dificuldades e custos de uma equipe de vendas que 19 abranja todo este território, as indústrias, as distribuidoras e os atacados ficam limitados em seus mercados regionais, deixando de atender uma gama gigantesca de consumidores. Captou-se então, uma oportunidade para ampliar a fatia de mercado da Top Foz, que representaria estas empresas das mais diversas regiões do Brasil, em Foz do Iguaçu - PR, sendo que com o desenvolvimento de sua estrutura organizacional e ferramentas estratégicas de atuação no mercado, as expectativas destas empresas poderiam ser atendidas. A necessidade de uma pesquisa de mercado, para melhor identificação das necessidades das empresas que buscam por representantes, torna-se essencial para a proposta de melhorias, tendo em vista que as determinações de pontos a serem incrementados na estrutura e nas estratégias de atuação da empresa possibilitam o suprimento da demanda pelos serviços oferecidos. A necessidade de um posicionamento estratégico torna-se também necessário para que a empresa possa tornar extremamente visível, para seus possíveis futuros clientes, a diferenciação e a qualidade de serviços prestados, atendendo diversas empresas que procurem por representação comercial com comprometimento e qualidade. 1.1 TEMA Desenvolvimento de Estratégias Empresariais visando à captação de novas representadas para a empresa Representações Top Foz Regional Ltda. 1.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA A empresa, que atualmente representa uma única distribuidora, pretende expandir seus negócios, prestando serviços para várias empresas, através de funcionários treinados e capacitados para tal, sendo assim, tem a seguinte 20 problemática: Como desenvolver estratégias empresariais para a empresa Representações Top Foz Regional Ltda. captar novas representadas? 1.3 OBJETIVOS Ter uma base que possibilite identificar e programar estratégias úteis que norteiem as ações da empresa, levando-a a cumprir com sua missão e visão. 1.3.1 Objetivo geral Propor estratégias empresariais para a empresa, Representações Top Foz Regional Ltda., a fim de desenvolver parcerias comerciais. 1.3.2 Objetivos específicos a) identificar quais aspectos ou requisitos são relevantes para as empresas que buscam por representação comercial; b) identificar qual o meio de busca por representação comercial mais utilizado; c) apontar estratégias empresariais de acordo com as exigências do mercado; d) detectar as vantagens e desvantagens de se contratar uma empresa de representação comercial. 21 1.4 JUSTIFICATIVA O presente estudo foi motivado pela ocasião de um dos sócios da empresa (Amarildo Varela) estar trabalhando no ramo de representação comercial, aliado a necessidade da pesquisa acadêmica para a conclusão do curso de Administração e Marketing. O campo de representações comerciais engloba diversas áreas estudadas no curso de administração, onde percebeu-se as vantagens da utilização destas teorias na prática, com intuito de desenvolver o conhecimento acadêmico no campo profissional e agregar vantagens competitivas para a empresa Top Foz. 1.5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO A presente proposta se delimitará no desenvolvimento de estratégias empresariais para a empresa Representações Top Foz Regional Ltda. analisando- se o potencial do mercado local na área de Representação Comercial, visando captar novas parceiras comerciais. As oportunidades de mercado serão previamente analisadas e discutidas, para que se descubra qual a melhor estratégia, analisando-se sempre cada caso separadamente, de acordo com suas peculiaridades específicas. 1.5.1 Estrutura do trabalho de conclusão de curso Este trabalho de conclusão de curso é composto por 7 (sete) capítulos, a seguir uma breve análise de cada um dos capítulos. No primeiro capítulo, estão descritos o tema de pesquisa, que define o objetivo maior deste projeto, desenvolvimento de estratégias empresariais visando à captação de novas representadas para a empresa Representações Top Foz 22 Regional Ltda., a apresentação do problema, que após analisado, fornecerá um referencial para definição dos objetivos específicos, objetivos estes que delimitarão o estudo teórico deste projeto. O segundo capítulo trata-se do referencial teórico, uma base necessária para o alcance dos objetivos do projeto, onde serão abordados conceitos de empresas e os tipos de empresa, empresas de representação comercial, atacado, varejo, marketing, estratégias de terceirização de serviços e estratégias empresariais, com sub-tópicos que abrangem o conhecimento geral sobre os conceitos anteriormente citados. O terceiro capítulo apresentada a metodologia da pesquisa, que define e conceitua os vários tipos de pesquisa utilizados, os propósitos da pesquisa definem a população e a amostragem, na qual será realizada a coleta de dados, que tipos de dados serão colhidos e as limitações encontradas na pesquisa. O quarto capítulo deste trabalho está relacionado à análise e a coleta dos dados, buscou-se através de pesquisa quantitativa, qualitativa e exploratória identificar qual seria o perfil ideal de uma empresa de representação comercial, de acordo com o que as representadas buscam atualmente neste ramo. No quinto capítulo, que trata da análise do ambiente organizacional, é demonstrada a caracterização da empresa, sua missão, visão, objetivos, assim como são definidos os componentes do macro e micro-ambientes de marketing da empresa, seus clientes e a estrutura organizacional. Ainda nesse capítulo, é demonstrada a análise ambiental da empresa, ou seja, seus pontos fortes e fracos, assim como as oportunidades e ameaças que podem ter relação direta ou indireta com a empresa. O sexto capítulo trata das proposições de melhoria do projeto, que abordarão adaptações específicas no modo de ser e de atuar da empresa, melhorias estas, que são necessárias para um melhor funcionamento da mesma. Já o sétimo e último capítulo, traz as considerações finais, que abordarão os conhecimentos adquiridos de acordo com os objetivos do projeto, sendo de grande valia para a administração da empresa. 23 2 REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo, busca-se a compreensão teórica e burocrática da área de representação comercial, bem como as definiçõesde estratégias empresariais e de marketing para a empresa “Representações Top-Foz Regional Ltda.”, podendo assim tomar decisões importantes em situações que podem definir o futuro imediato ou a longo-prazo da organização. 2.1 EMPRESA OU ORGANIZAÇÃO Para Chiavenato (2004, p. 40), “Uma empresa é o conjunto de pessoas que trabalham juntas no sentido de alcançar objetivos por meio da gestão de recursos humanos, materiais e financeiros”. Geralmente são compostas por várias pessoas, porém existem empresas individuais, formadas por somente uma pessoa. De acordo com Lacombe (2003, p. 13), organização é um grupo de pessoas que se constitui de forma organizada para atingir objetivos comuns, podendo ser empresas, universidades, hospitais, escolas, sindicatos, clubes, cooperativas, corporações militares, entre outros. Quanto ao porte das empresas, Chiavenato (2004) classifica em grandes, médias e pequenas, de acordo com critérios universalmente aceitos. Ele especifica que a classificação do SEBRAE (Serviço brasileiro de apoio às micro e pequenas empresas) é baseada pelo número de empregados, segue abaixo o Quadro 1 com a classificação das empresas quanto ao seu porte. Classificação (porte) Número de empregados Indústria Comércio e Serviços Pequena empresa 20 a 99 10 a 49 Média empresa 100 a 499 50 a 99 Grande empresa 500 ou mais 100 ou mais Quadro 1 - Classificação de empresas quanto ao porte Fonte: CHIAVENATO (2004, p. 46). 24 2.1.1 Tipos de empresa Segundo Chiavenato (2004, p. 45), “É importante definir qual é o tipo de empresa que você quer iniciar”. As empresas existem para servir à sociedade com produtos ou serviços. Existem vários tipos de empresas, dependendo do seu ramo de atividade. As empresas podem ser classificadas como: empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviços. 2.1.1.1 Empresas industriais De acordo com Chiavenato (2004, p. 43), são as empresas que produzem bens de produção ou bens de consumo através da transformação de matérias- primas em produtos acabados ou mercadorias, sendo que as indústrias que produzem bens de consumo oferecem ao consumidor final, enquanto as que produzem bens de produção, geralmente são fornecedoras de outras indústrias ou empresas comerciais.. 2.1.1.2 Empresas comerciais Segundo Chiavenato (2004, p. 44), são empresas que vendem mercadorias diretamente ao consumidor (comércio varejista), ou compram do produtor para vender ao varejista (comércio atacadista). 25 2.1.1.3 Empresas prestadoras de serviços Para Chiavenato (2004, p. 44), “São empresas que oferecem trabalhos especializados, como transporte, educação, saúde, comunicação, lazer, serviços de manutenção, etc. Não produzem mercadorias, mas atividades profissionais”. As representações comerciais são um exemplo de empresas prestadoras de serviços. 2.2 EMPRESAS DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL Segundo o Instituto Denver (2003), as empresas que procuram representantes preferem usar uma empresa de representação comercial que possua escritório montado, boa estrutura de atendimento e com equipe de vendedores próprios ao invés de representantes autônomos. 2.2.1 Vantagens para a empresa contratante Conforme o Instituto Denver (2003), diversas vantagens podem ser citadas e utilizadas como argumentos para a concessão de uma representação comercial: a) aumentar as vendas; b) menores despesas de vendas: nenhum salário direto, benefícios médicos, seguros, despesas de viagem, bônus, feriados, impostos, telefone, entre outras; c) estabilidade, um representante bem estabelecido terá um relacionamento muito duradouro e estável, reduzindo rotatividade de pessoal; d) força de vendas agressiva e muito experiente. Representantes comerciais, normalmente, são mais experientes, pois se trata de vendedores bem sucedidos, provenientes de grandes empresas; 26 e) requer tempo menor de gerenciamento, f) variação da despesa de vendas com as vendas; g) acesso imediato ao mercado ou a um território, uma vez que o representante, normalmente, já possui carteira de clientes e conhece bem um determinado território; h) menor custo administrativo. Abaixo o Quadro 2, Gestão por Representação Comercial, mostra as vantagens e desvantagens de se optar por esse modelo de gestão. GESTÃO POR REPRESENTAÇÃO COMERCIAL Vantagens Desvantagens • Redução de custos trabalhistas em relação ao vendedor em regime CLT*; • Facilidade de expansão com vendas em outros estados; • Aumento da força de vendas, praticamente sem custo adicional. • O nível de controle jamais será o mesmo que o controle exercido sobre um vendedor em regime CLT*; • Dificuldade em treinamento e motivação devido à distância e falta de obrigatoriedade. Quadro 2 - Gestão por Representação Comercial Fonte: FRAZÃO (2007, p. 18). * CLT – Consolidação das leis do trabalho. 2.2.2 Diferenças entre vendedor no regime CLT e representante comercial Na execução desse trabalho percebeu-se a necessidade de diferenciar o vendedor empregado do representante comercial, pois haverá situações em que as representadas poderão optar por qual espécie será o executor das intermediações com os clientes, até porque dependendo do grau de envolvimento pode ser uma exigência da contratante que esse executor seja um vendedor empregado, onde se pode obter um acompanhamento maior de suas ações, algo que condiz com uma desvantagem em relação a optar por um sub-representante (preposto) quando o nível de controle exercido é menor. Para tanto segue suas diferenciações: ao diferenciar vendedor e empregado 27 do representante, Piva (artigo extraído do site http://www.iejers.com.br/artigo_vendedor_empregado.pdf) trouxe a definição que consta no artigo 30 da consolidação das leis do trabalho (CLT), que “considera empregado toda pessoa física de natureza não eventual ao empregador, sob a dependência deste mediante salário.” A distinção deste para o representante comercial está calcada nas referências da Lei N°. 4 886, de 9 de Dezembro de 1965, que regulamenta tal atividade. Art. 1°. Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais empresas, a mediação para realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios. Fazendo um comparativo mais simplificado desta distinção, Bueno (2006) demonstra no Quadro 3, as principais diferenças: Requisito Necessário Empregado ( arts. 2º e 3º da CLT) Representante Autônomo (art. 1º, Lei n. 4.886 / 65, e art. 710, do CC / 02) 1. Pessoalidade Sim Não é obrigatória, embora possam ocorrer contratos personalíssimos. 2. Pessoa natural (física) Sim Sim 3. Onerosidade Salário (por estar à disposição) Comissão (caracterizando contrato de resultado, sendo devida somente quando do pagamento pelo cliente. Quadro 3 - Diferenças entre empregado e representante autônomo Fonte: BUENO (2006, p. 77). Já no Quadro 4, Bueno (2006) esclarece as diferenças entre subordinação e trabalho independente, ou seja, um subordinado pode ser um empregado ou um representante autônomo que aceite tais subordinações, já no trabalho independente, o trabalhador toma as próprias decisões sobre os métodos utilizados para executar suas funções: 28 SUBORDINAÇÃO (SUBMISSÃO OU SUBSERVIÊNCIA DA ATIVIDADE DO PRESTADOR) 1. Organização do trabalho (controle de horário, visitas, itinerário, etc.); 2. Fiscalização (controle de produtividade, etc.); 3. Aplicação de sanções disciplinares (inclui a advertência verbal,também conhecida como “bronca”). EMPREGADO RELACIONAMENTO: REPRESENTADA – REPRESENTANTE COORDENAÇÃO DAS ATIVIDADES NEGOCIAIS (EMPRESARIEDADE, LIBERDADE DE AÇÃO) 1. A coordenação das atividades pela representada está direcionada ao atendimento das necessidades do cliente (não há ingerência no modo de operação do representante). 2. Não ocorre o poder de mando do tomador (impor, ordenar). O autônomo tem discricionariedade para auto governar-se. 3. A atividade empresarial do representante é configurada, não apenas por critérios formais, mas também, com a assunção de riscos e estrutura própria de trabalho. AUTÔNOMO Quadro 4 - Diferenças entre subordinação e trabalho independente Fonte: BUENO (2006, p. 80). 2.3 ATACADO American Marketing Association apud Cobra (1997) define atacadista como uma unidade de negócio que compra e revende mercadorias para consumidores industriais e/ou para varejistas e outros distribuidores, institucionais, porém, que não vendem ao consumidor final. Segundo Cobra (1997, p. 330), atacadistas vendem basicamente a varejistas, compram em grandes quantidades, conseguindo assim menores preços em função deste tipo de negócio, dando oportunidades para os varejistas comprarem em pequenas quantidades, operam em grandes armazéns para depósito de mercadorias e atuam em uma ampla área geográfica. De acordo com Kotler (2000, p. 553), “O atacado inclui todas as atividades relacionadas com a venda de bens ou serviços para àqueles que compram para revenda ou uso comercial”. O autor destaca ainda, algumas funções e características dos atacadistas: 29 a) vendas e promoção: os atacadistas dispõem de uma força de vendas que ajudam os fabricantes a atingir pequenos clientes comerciais a um custo relativamente baixo; b) compras e formação de sortimento: os atacadistas são capazes de selecionar produtos e formar o sortimento de que seus clientes precisam; c) quebra de lotes de compra: os atacadistas conseguem reduzir custo para seus clientes por meio da compra de grandes lotes e de sua posterior divisão em lotes menores; d) armazenagem: os atacadistas mantêm estoques que reduzem riscos e custos de estoque para clientes e fornecedores; e) transporte: oferecem uma entrega mais rápida aos clientes devido à proximidade com os mesmos; f) financiamento: os atacadistas financiam aos clientes, concedendo-lhes crédito, bem como os fornecedores, fazendo pedidos antecipadamente e pagando suas faturas no prazo; g) administração de riscos: absorvem parte do risco ao assumir a posse dos produtos e arcar com custos de roubo, danos, avarias e obsolescência; h) informações de mercado: fornecem informações aos fornecedores e clientes com relação as atividades de seus concorrentes, novos produtos e alterações de preços; i) serviços de gerenciamento e consultoria: ajudam varejistas com treinamento de vendas, com o layout e exposição da mercadoria, entre outros serviços visando melhorar suas operações. Podem também ajudar clientes empresariais oferecendo serviços técnicos e treinamentos. Conforme Las Casas (2004, p. 264), entre as opções de canais encontra-se o atacado, que são intermediários que vendem seus produtos a varejistas ou outros atacadistas. O que difere de um varejista é o fato de não vender ao consumidor final e na maioria das vezes, somente em grandes quantidades. Eles basicamente se dividem em dois tipos de atacadistas: a) comerciante: é aquele que compra para revender e pode ser dividido em 30 dois grandes tipos: de funções completas (que presta todo tipo de serviço de atacadistas para seus clientes) e atacadistas de funções limitadas (presta alguns serviços de atacadistas), que possui outras variáveis como: pague e leve, atacadistas de caminhão e Drop Shipper (atacadista que não mantêm estoques, e não se preocupa com armazenamento); b) agente: é caracterizado como aquele que não tem posse das mercadorias e também estão subdivididos em dois tipos: representante comercial, que é uma extensão da representada, com contrato assinado, mas sem vínculo empregatício e na maioria das vezes de forma exclusiva, e os corretores que não têm compromisso com apenas uma organização, primeiro realiza a venda depois ganha uma comissão do produtor. Moreira (2004, p. 197), aborda a vantagem competitiva desse canal que está relacionada ao poder de barganha, pois o mesmo possui um alto poder de compra, permitindo negociações de preço e prazo. Ele ressalta que a empresa que trabalha com o atacadista é que arca com parte de risco de distribuição. O atacado pode atuar de diferentes formas: com equipe própria de vendedores, com equipe especializada em serviços ou produtos ou ainda com múltiplos produtos de vários fornecedores. 2.4 VAREJO Ao definir o varejo, Bertaglia (2003, p. 134), explana que “é uma combinação de atividades destinadas a vender produtos e serviços diretamente ao consumidor, para uso pessoal ou doméstico”. O varejo desempenha o papel de ligação entre a produção e o consumo, uma vez que este segmento é característico de atendimento de satisfação do cliente, enquanto as expectativas são de competência dos fabricantes. Entre os vários tipos de varejo destacam-se: 31 a) supermercados – estão focados principalmente nas necessidades dos consumidores, no que se refere ao lar e a alimentação, em geral são redes de auto-serviço projetadas a vendas de altos volumes, preço e margem baixa. Direcionando o foco para se trabalhar a cadeia de abastecimento com custos competitivos; b) hipermercados – correspondem a uma evolução dos supermercados, tendo como, diferencial a venda de vestuário, eletrodomésticos e informática, concorrendo com lojas de departamentos e as especializadas. Como esse diferenciamento exige uma adaptação, se faz necessária, a contratação de vendedores treinados e capacitados, o que difere do auto-serviço com os produtos nas gôndolas; c) lojas de departamentos – são lojas que se caracterizam por oferecer mercadorias divididas por departamentos; d) lojas de conveniência. American Marketing Association apud Cobra (1997, p. 335), define varejo como uma unidade de negócio que compra mercadorias de atacadistas, fabricantes e outros distribuidores, vendendo diretamente aos consumidores finais e, eventualmente a outros tipos de consumidores. Segundo Cobra (1997, p. 335), o varejista é a fonte de energia de seus fornecedores e o agente de compra para seus clientes, representando os interesses dos fornecedores que vêem na sua atividade a maneira adequada de escoar suas produções e/ou estoques, e buscam satisfazer as necessidades e desejos de seus clientes. As características mais relevantes dos varejistas são: a) vendem mercadorias e serviços ao consumidor final para uso próprio; b) o varejo tem um sentido de urgência, as pessoas desejam comprar e usar as mercadorias imediatamente; c) a venda é efetuada geralmente em pequenas quantidades; d) o varejista tem, normalmente, uma localização fixa, precisando atrair compradores; e) a venda do varejo é tipicamente uma venda de balcão, em que o vendedor fica aguardando a visita do consumidor. 32 O varejo inclui todas as atividades relativas à venda de produtos ou serviços diretamente aos consumidores finais, para uso pessoal e não-comercial. Um varejista ou uma loja de varejo é qualquer empreendimento comercial cujo faturamento provenha principalmente da venda de pequenos lotes no varejo. (KOTLER, 2000, p. 540) 2.4.1 Tipos de varejo De acordo com Kotler (2000, p. 540), os varejistas podem se posicionar para oferecer os seguintes tipos de varejo: a) auto serviço: é a base de todas as operações de desconto, onde muitos clientes procuram, comparam e selecionamprodutos com o intuito de poupar dinheiro; b) seleção: os próprios clientes encontram os produtos que desejam comprar, concluindo suas transações pagando ao vendedor pelo produto; c) serviço limitado: são expostas maior quantidades de mercadorias à venda, fornecem informações, ajuda e serviços de crédito aos clientes; d) serviço completo: os vendedores estão prontos para auxiliar o cliente nos processos de procura, comparação e seleção. É um varejo de alto custo devido ao grande número de produtos, serviços e vendedores. 2.5 MARKETING O marketing, assim como todas as outras ciências, vem evoluindo ao longo dos tempos e seu significado também. Uma das primeiras definições utilizadas foi a de que marketing era um conjunto de instrumentos que contribuíam para aumentar a produtividade e a rentabilidade das empresas. Mas hoje possui um espectro mais 33 amplo de atuação, buscando a realização de trocas no meio ambiente visando aos objetivos da organização e a conquistar e manter clientes, conciliando suas necessidades com as da empresa. Segundo a American Marketing Association, “marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”. 2.5.1 Definição de marketing De acordo com Cobra (2002), o marketing está ligado em como agradar o cliente e não somente à obtenção de lucro, com isso as empresas estão cada vez mais preocupadas em conhecer seus clientes em potencial e até mesmo os futuros, através de pesquisas realizadas constantemente, ou seja, através dos resultados destas pesquisas, criam estratégias para conhecer e conquistar o mercado externo. Marketing, palavra que deriva de market (mercado), surgiu nos Estados Unidos, chegando ao Brasil em 1954 sob o nome inicial de mercadologia ou mercadização. Os fatores que impulsionaram sua utilização no Brasil foram, principalmente, a substituição das importações pela industrialização local e a divulgação do conceito através das instituições de ensino, da mídia e das agências de publicidade. (MOREIRA, 2004 p. 28) Segundo Kotler (2004), a meta é reconhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou serviço se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí, basta tornar o produto ou o serviço disponível. Segundo Cobra (1992, p. 35), o marketing tem o papel de ”identificar necessidades não satisfeitas, e colocar no mercado produtos ou serviços que satisfaçam os consumidores gerando resultados auspiciosos e ajudando a melhorar a qualidade de vida das pessoas e da comunidade em geral”. Kotler (1992) conceitua o marketing como sendo “a análise, o planejamento, a programação e o controle de projetos e programas formulados para propiciar 34 trocas voluntárias de valores com mercado-alvo”, tendo como propósito atingir objetivos concretos. 2.5.2 Administração de marketing É o processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço (pricing), a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. (KOTLER, 2004 p. 34) 2.5.3 Planejamento de marketing Conjunto de ações táticas que devem estar atreladas ao planejamento estratégico da empresa. O plano deve ser especifico por produto, mercado e região e deve prever quem fará o que, onde, como e quando, a fim de atingir as metas da maneira mais abrangente. O planejamento estratégico definido para a empresa dá as diretrizes para o planejamento de marketing, que, por sua vez, é a base do plano de vendas e de decisões de marketing, como quais são política de preço e a forma de comunicação mais adequada; como devera ser efetuada a venda; como será realizada a distribuição do produto desde o fornecedor até o consumidor final e que tipos de pesquisas de marketing devem ser realizados para garantir o sucesso do produto no mercado. (MOREIRA, 2004 p. 131) 2.5.4 Pesquisa de marketing Para Moreira (2004), antes de se tomar uma decisão em marketing é preciso conhecer intimamente o consumidor. 35 A pesquisa de Marketing é um levantamento de dados que define tendências, direções para os negócios, podendo ser um dos fatores fundamentais para o sucesso da empresa. Baseando-se no fato de que a escolha de um tipo de pesquisa depende basicamente do objetivo e do tipo de análise que se pretende fazer, as pesquisas de marketing podem ser divididas em: a) pesquisa exploratória: Coleta de dados preliminares para definir com maior precisão o problema e a hipótese a serem estudados; utiliza-se principalmente de dados secundários, como conversas informais com profissionais da área e grupos de discussão, é uma forma de pesquisa informal, flexível e criativa; b) pesquisa conclusiva descrita: definida de maneira a identificar e solucionar o problema, é a forma mais usual no levantamento e busca de informações de marketing; c) pesquisa conclusiva causal: tentando estabelecer uma relação direta entre causa e efeito, é utilizada principalmente para prever possíveis efeitos sobre as ações de reposicionamento de preço, definição do nome de um produto e tipo de embalagem a ser utilizada; d) pesquisa quantitativa: quando pretendem mensurar os fenômenos de marketing quantitativamente (resultados são apresentados em formato numérico); e) pesquisa qualitativa: quando buscam informações como sensações, percepção do produto para o cliente, imagem da empresa e dos concorrentes que são traduzidas em conceitos. A pesquisa de marketing envolve coleta, análise, apresentação e utilização de dados a respeito de atitudes, produtos, características, comportamentos, hábitos, motivações, necessidades, opiniões ou sentimentos de indivíduos, grupos, órgãos ou instituições relevantes para compreender um determinado problema de marketing. (MOREIRA, 2004 p. 62) Etapas de uma pesquisa de marketing: definição do problema e objetivos da pesquisa; desenvolvimento do plano de pesquisa; coleta dos dados necessários; 36 analise dos dados; apresentação; utilização dos dados. 2.5.5 Posicionamento de mercado Segundo (Lima, 2005), “Identificação das vantagens diferenciais consiste em identificar os fatores tangíveis e intangíveis que possibilitem conquistar uma posição melhor que a dos concorrentes perante os clientes-alvo”. Deve-se identificar qual o posicionamento específico da oferta, em termos de características ou benefícios, podendo-se utilizar também a abordagem de liderança em algum aspecto relativo ao produto. Por exemplo: a) a melhor – qualidade; b) o melhor – desempenho; c) a maior – confiabilidade; d) a maior – durabilidade; e) a maior – segurança; f) a maior – velocidade; g) o melhor – valor pelo preço pago; h) o menor – preço; i) o maior – prestígio; j) o melhor – estilo ou projeto; k) a maior – facilidade de uso; l) a maior – conveniência. Após definir a posição característica, é preciso determinar o posicionamento de nível de valor relativo da oferta. Os clientes pensam em termos de valor pelo seu dinheiro: o que adquirem pelo que pagam. Uma organização precisa ocupar uma posição em relação aos concorrentes em função do valor percebido pelo cliente. A partir de informações como essas, é possível desenvolver planos estratégicos e táticos de marketing, compostos de marketing e outros tipos de planejamento. 37 A palavra posicionamento foi popularizada por dois executivos da área da propaganda, Al Ries e Jack Trout apud Kotler (2000, p. 321), vêem o posicionamento como um “exercício criativo feito com um produto existente”, que começa com um produto,uma mercadoria, um serviço, uma empresa, uma instituição ou até mesmo uma pessoa. Mas o posicionamento é o que você faz com a mente do cliente potencial, ou seja, você posiciona o produto na mente do cliente potencial. 2.5.6 Segmentação Segundo Lima, (2005) cada organização deve estudar o mercado e escolher os segmentos a que pode atender, com lucro, melhor que os concorrentes. Para tanto é necessário estimar o tamanho atual do mercado, identificar os concorrentes e respectivas participações, bem como o potencial de crescimento desse mercado. Em seguida é preciso separar os clientes em grupos, de tal forma que a necessidade genérica a ser atendida tenha características específicas, semelhantes para os membros de um mesmo grupo e diferentes para os demais. Essa divisão pode obedecer a critérios geográficos, demográficos, psicológicos ou comportamentais. Os segmentos resultantes dessa divisão devem ser avaliados segundo o tamanho, o potencial de crescimento e a atratividade em relação aos objetivos e recursos da organização. Finalmente, são escolhidos um ou mais segmentos a serem atendidos (o mercado-alvo ou target), os quais serão objetos de estudos, planos e ações de marketing, envolvendo o posicionamento da oferta na mente do cliente em relação aos concorrentes. Cada segmento é analisado em suas atitudes, comportamentos, características demográficas e psicológicas, hábitos de mídia, entre outros, associando-se ao mesmo um nome representativo. É o processo de dividir um grupo heterogêneo de clientes em grupos homogêneos entre si, formando segmentos com as mesmas características, comportamentos e necessidades. Isso pode ser realizado de varias 38 maneiras: intuitivamente ou por meio de processos extremamente sofisticados, que se utilizam dos mais modernos softwares e de especialistas com conhecimentos avançados de estatística, matemática ou psicologia para agrupar os consumidores. (MOREIRA, 2004, p. 45) Moreira (2004, p. 45), afirma ainda que a segmentação de mercado possibilita que a empresa identifique características, reunindo clientes com necessidades, comportamentos e características semelhantes, tendo assim um foco maior nos clientes, concentrando seus esforços, facilitando a avaliação dos resultados, selecionando os segmentos mais atrativos, permitindo ações de marketing e de vendas especificas para cada segmento, abordando os clientes de forma diferenciada e diluindo os principais riscos. Cada tipo de problema que se deseje estudar, existe um tipo de segmentação mais adequada; porém, dois profissionais podem combinar diferentemente as variáveis e obter diferentes segmentações. Não existe uma regra básica que define exatamente se a segmentação está certa ou errada. Ela estará correta sempre que responder às perguntas elaboradas no início do processo. (MOREIRA, 2004, p. 47) As informações utilizadas nos processos de segmentação podem ser agrupadas de acordo com vários critérios: a) geográficas: continentes, países, estados, cidades ou regiões importantes para o negocio, clima; b) demográficas / socioeconômicas: idade, sexo, renda, estado civil, classe social, nacionalidade, raça, educação, ocupação, ciclo familiar, religião; c) psicográficas: personalidade, estilo de vida, atitudes, percepção; d) comportamentais: influência na compra, hábitos de compra, intenção de compra; e) aspectos do produto: uso do produto, sensibilidade ao preço, lealdade, benefícios; f) canal de distribuição: impessoal, auto-serviço, pessoal, personalizado, virtual. 39 2.5.7 Marketing Adaptado Para Moreira (2004), o composto de marketing precisa ser alterado ao longo do tempo, pela possibilidade de ser copiado pelas empresas concorrentes, o composto de marketing deve ser adaptado estrategicamente a cada tipo de mercado-alvo, esses ajustes podem ser de grande ou pequeno impacto para a empresa, fazendo com que a mesma necessite rever as estratégias de marketing. Composto de marketing adaptado: para cada proposta estratégica determinada pela empresa, é necessário elaborar um composto de marketing compatível com o produto e estimar as prováveis vendas que seriam atingidas com cada uma delas. 2.6 MIX DE MARKETING Cobra (1997, p. 44), através de um composto promocional contido de propaganda, publicidade, promoção de vendas, merchandising e relações públicas, pode-se surgir um impacto significativo sobre as vendas, e assim pode-se perceber e entender a eficácia persuasiva da propaganda nos negócios, o ciclo de vida de um produto perante a ação do composto, expor a importância do merchandising e como entender a influência dos fatores dos elementos do composto. Para se entender melhor o composto promocional, deve-se saber as definições de: a) propaganda: é toda e qualquer forma paga de apresentação não pessoal de idéias, produtos ou serviços através de uma identificação do patrocinador. b) publicidade: entende-se como sendo estímulos não pessoais para criar a demanda de um produto ou unidade de negócios através de meios de comunicação como rádio, televisão e outros veículos, teoricamente com materiais não pagos pelo patrocinador. c) publicidade e propaganda: é um processo de informação, de 40 conhecimento e de educação, com fim social e utilizando-se para tanto de técnicas a fim de conseguir a boa vontade e a cooperação de pessoas com as quais uma entidade trata ou das quais depende. d) merchandising: visa colocar no mercado o produto ou serviço certo, na qualidade certa, no preço e tempo correto, com o impacto visual adequado e na exposição correta, fazendo assim um conjunto de operações táticas, no ponto de venda, ou seja, é explorar da melhor maneira possível o espaço físico disponível. Na visão de Lima, (2005) “trata-se de um conjunto de instrumentos de marketing que a organização utiliza para atingir seus objetivos no mercado-alvo.” O composto de marketing (mix de marketing) é composto por quatro ferramentas de marketing, que são: produto, preço, distribuição e promoção. Também conhecido como composto mercadológico ou marketing mix, é o conjunto de estratégias usadas, desde a concepção do produto até sua colocação no mercado, para criar valor para o cliente e atingir os objetivos de marketing da organização Os quatro elementos básicos do composto de marketing são: produto, preço, praça (distribuição) e promoção. Cada um deles tem a sua responsabilidade e importância e cabe ao profissional de marketing escolher qual deles enfatizar. (MOREIRA, 2004 p. 32) 2.6.1 Atrativos da integração da distribuição para o mercado Bertaglia (2003), afirma que para uma organização programar seu próprio canal de distribuição, a mesma deve considerar que os custos sejam inferiores ao optar por distribuidores independentes. Já que estes podem representar características positivas não apenas diante da proximidade dos consumidores, como permitir a diferenciação do produto e o posicionamento, tirando assim o foco do preço com a concorrência. 41 2.6.2 Produtos e serviços Como a empresa está envolvida com a venda de mercadorias de suas representadas, prestando serviços de gerenciamento e agenciamento, busca-se uma compreensão do produto e o seu ciclo de vida, e dos serviços, para que essas ferramentas possam se apresentar como diferenciais da Top Foz. 2.6.2.1 O produto e o seu ciclo de vida Para Kotler (2000, p. 416), “produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer um desejo ou uma necessidade”. Segundo Engel (1994) apud Dias (2006), a definição de produto deve ser “tudo aquilo que atende a um conjunto de necessidades ou desejos”. De acordo com Cobra (1997, p. 28), um produto é dito certo ao consumo quando atende as necessidades e desejos deseus consumidores alvos. Este produto dito certo deve apresentar as seguintes características: a) qualidade e padronização: em termos de características, desempenhos e acabamentos; b) modelos e tamanhos que atendam as expectativas e necessidades dos clientes; c) configuração: a apresentação do produto em termos de apresentação física, embalagem, marca e serviço. Dias (2006, p. 81), define produto como “tudo aquilo que resolve um problema de alguém”, ou seja, eles existem para suprir necessidades ou problemas dos consumidores. O valor real de um produto deriva de sua capacidade de beneficiar a situação do cliente. Cobra (1997, p. 157), afirma que os produtos apresentam fases distintas de vida que são denominadas como introdução ou fase pioneira, desenvolvimento ou expansão, maturidade ou estabilização e declínio, abaixo, uma breve descrição 42 destes estágios: a) estágio de introdução: de acordo com SandHusen (2003, p. 290), neste estágio o principal objetivo é estabelecer vendas para o produto, freqüentemente à custo dos lucros. Embora a concorrência seja pequena ou inexistente as margens de lucro são pequenas, pois o mercado inicial não é suficientemente grande para gerar volume de vendas e economias de escala requeridas para operações lucrativas. Já para Cobra (1997, p. 157), esta fase é o desenvolvimento de um novo produto, onde existem poucas empresas concorrentes no mercado, porém as empresas costumam adotar políticas de preço de penetração, objetivando assegurar uma rápida participação de mercado, acarretando uma baixa lucratividade nesta fase; b) estágio de crescimento: Sandhusen (2003, p. 290) diz que nesta fase o principal objetivo é ampliar a distribuição, a demanda aumenta rapidamente, os lucros unitários aumentam devido aos membros de um mercado em expansão estarem dispostos a pagar preços mais altos por uma quantidade ainda limitada de produtos disponíveis. Preços variados são oferecidos e a promoção de massa se torna persuasiva, voltando-se para características e benefícios competitivos. De acordo com Cobra (1997, p. 158), esta fase inicia-se quando a demanda do produto começa a crescer rapidamente, com isso há um estímulo ao crescimento do número de concorrentes do produto, forçando os preços praticados para baixo. Nesta fase surge a economia de escala de produção, reduzindo custo de produção e aumentando os lucros; c) fase de maturidade: de acordo com Cobra (1997, p. 159), esta fase caracteriza-se pela estabilização do número de consumidores e o volume de compras devido a grande concorrência. Os preços caem para o produto se manter no mercado, diminuindo os lucros. Sandhusen (2003, p. 291) caracteriza essa fase pela intensa concorrência e estabilidade das vendas. O principal objetivo nesta fase é manter a vantagem comparativa e os lucros associados a essa vantagem, agregando mais modelos e características de produtos. 43 d) fase de declínio: segundo Sandhusen (2003, p. 291), a demanda se reduz durante essa fase devido a diminuição dos clientes e a atratividade de outros produtos, tendo como alternativas: a redução dos programas de marketing, número de produtos comercializados, os distribuidores e promoções utilizadas; reavivar o produto por meio do reposicionamento, com nova apresentação; ou acabar com o produto. Cobra (1997, p. 159) caracteriza esta fase como uma fase de preços declinantes e gastos elevados em promoções. O Quadro 5 relaciona as ameaças, oportunidades e respostas típicas que caracterizam cada fase do ciclo de vida do produto, desde a introdução, passando pelo crescimento e a maturidade, até finalmente chegar á fase de declínio. Características Introdução Crescimento Maturidade Declínio Objetivos de marketing Atrair inovadores e opinião de líderes para um novo produto Ampliar a distribuição e a linha de produtos Manter vantagem e diferencial (A) Reduzir (B) Reavivar (C) Desinvestir Vendas do setor Aumentando Aumentando rapidamente Estável Reduzindo Concorrência Nenhuma ou pequena Alguma Muita Pouca Lucros do setor Negativo Aumentando Diminuindo Diminuindo Clientes Inovadores Mercado de massa afluente Mercado de massa Retardatários Composto do produto Um modelo básico Expansão da linha Linha completa do produto Os mais vendidos Distribuição Depende do produto Expansão do número de lojas Expansão do número de lojas Diminuição do número de lojas Precificação Depende do produto Maior variedade de preços Linha completa de preços Preços especiais Promoção Informativa Persuasiva Competitiva Informativa Quadro 5 - Fases do ciclo de vida dos produtos Fonte: SANDHUSEN (2003, p. 288). 44 2.6.2.2 Serviço Associação Americana de Marketing apud Las Casas (2000, p. 15), define serviços como atividades, vantagens ou satisfações que são oferecidas à venda, ou que são proporcionadas juntamente com a venda de mercadorias. De acordo com Kotler (2000, p. 448), serviço é qualquer desempenho ou ato, essencialmente intangível, que uma das partes pode oferecer à outra e que não resulta na propriedade de coisa alguma, sendo que a execução de um serviço pode estar ligada ou não, a um produto concreto. Quanto às características principais dos serviços, são apresentadas quatro características principais: a) intangibilidade: os serviços são intangíveis, não podem ser vistos, sentidos, ouvidos, cheirados ou provados antes de serem adquiridos. A qualidade dos serviços será deduzida pelos compradores com base nas instalações, nas pessoas, nos equipamentos, no material de comunicação, nos símbolos e nos preços percebidos; b) inseparabilidade: os serviços, de modo geral, são produzidos e consumidos simultaneamente. Como a pessoa encarregada de prestar o serviço e o cliente está presente enquanto o serviço é executado, a boa interação entre ambos é uma característica fundamental para bons resultados; c) variabilidade: os serviços são altamente variáveis devido dependerem de quem os fornecem, além de onde e quando são fornecidos. Os compradores de serviço freqüentemente se informam com outros compradores antes de decidirem por um prestador de serviços justamente por conhecerem essa variabilidade; d) perecibilidade: serviços não podem ser estocados. Quando a demanda é estável a perecibilidade não é considerada um problema. 45 2.6.3 Preço Segundo Lima, (2005), “O preço tornou-se uma das variáveis de marketing mais relevantes”. Apesar da crescente importância dos demais fatores no processo de marketing, o preço tem impacto no nível de vendas, na margem de contribuição propiciada pelo produto e, principalmente, na posição estratégica desse produto no mercado. A principal questão a ser levada em conta na decisão sobre preços é o fato de que os clientes buscam benefícios e, para adquiri-los, admitem pagar um determinado preço. O desafio para as organizações consiste em oferecer um pacote de benefícios, tangíveis e intangíveis, que seja atraente para o cliente e ao mesmo tempo estabelecerem um preço que possibilite atingir o equilíbrio entre as necessidades do cliente, as alternativas concorrentes disponíveis e as metas de lucratividade da organização. 2.6.4 Comunicação e promoção Promoções de vendas é um esforço para que as vendas aconteçam, sua função é favorecer o ato de venda. Promoções abrem possibilidades de negócios e estão mais próximas da caixa registradora (descontos) do que das comunicações em si. É a técnica, arte e ciência de fazer alguma coisa acontecer, diligenciando para a efetiva realização das vendas de um bem, idéiaou serviço. Constitui- se em todo o esforço feito para levar o produto ao comprador, diferenciando- se da propaganda, que faz esforço contrário: levar o comprador ao produto. (DIAS, 2003, p. 348) Para Lima, (2005), “O composto de comunicação e promoção consiste em atividades que visam comunicar os atributos e benefícios do produto e persuadir os clientes-alvo a adquiri-lo e consumi-lo”. Propaganda, promoção de vendas, relações públicas, venda pessoal, e 46 marketing direto desempenham papéis importantes na criação de valor para os clientes. Essas ferramentas criam valor na medida em que fornecem aos clientes informações para a tomada de decisões e de compra e reduzem os custos em termos de dinheiro, tempo e esforço. O composto de comunicação e promoção combina cinco elementos diferentes para criar a estratégia geral de comunicações de marketing: propaganda; venda pessoal; promoção de vendas; relações públicas; marketing direto. 2.6.4.1 Marketing direto Atualmente o marketing direto é largamente utilizado nos mercados de consumo, mercados empresariais e para contribuições de caridade, Segundo Kotler (2000, p. 668) “O marketing direto é um sistema de marketing interativo que usa um ou mais meios de propaganda para obter uma resposta mensurável e/ou uma transação em qualquer local”. Segundo Kotler (2000, p. 691), uma das mais valiosas ferramentas do marketing direto é o banco de dados de clientes, um conjunto organizado de dados sobre clientes atuais e potenciais, este banco de dados tem como finalidade identificar clientes potenciais, com intuito de decidir quais clientes devem receber uma oferta especifica, para aprofundar a fidelidade do cliente e para reativar compras. Marketing Direto é a atividade que abre um dialogo direto entre as empresas e o consumidor final, [...] São comunicações em que se estabelece contato direto entre a empresa e seus clientes, nas quais as informações são utilizadas de maneira sistemática para alcançar objetivos quantificáveis de marketing. (PALMER, 2006, p. 414) 47 2.6.4.2 Promoção de vendas De acordo com Boone e Kurtz (1998 p. 428), a promoção de vendas pode ser definida como atividades de marketing que não são venda pessoal, propaganda ou publicidade, e que incrementam a compra pelo consumidor e a eficácia do distribuidor. Segundo Cobra (1997, p. 449), a promoção de vendas são atividades concernentes a promover vendas, que não seja do tipo face a face, mas que freqüentemente inclua também a propaganda. Promoção de vendas consiste em um conjunto diversificado de ferramentas de incentivo, a maioria de curto prazo, projetadas para estimular a compra mais rápida ou em maior quantidade de produtos ou serviços específicos, pelo consumidor ou pelo comércio. (KOTLER, 2000, p. 616) Segundo Kotler (2000, p. 616) a promoção de vendas é um ingrediente chave em campanhas de marketing, oferecendo um incentivo a compra e possui diversas ferramentas como: a) promoção de consumo: amostras, cupons, reembolso, descontos, brindes, prêmios, recompensas, testes gratuitos, garantias, promoções combinadas, promoções cruzadas, displays de ponto de venda e demonstrações; b) promoções de comércio: descontos, concessões de propaganda, bonificações de exposição e amostras grátis; c) promoção setorial e para equipe de vendas: feiras comerciais e convenções, concursos para vendedores e propaganda dirigida. 2.6.4.3 Relações públicas Boone e Kurtz (1998, p. 433), definem relações públicas sendo as 48 comunicações e relacionamentos da empresa com seus diversos públicos, incluindo consumidores, empregados, fornecedores, acionistas, órgãos governamentais e a sociedade na qual ela opera, e tem como objetivo fundamental construir uma boa imagem corporativa entre a empresa e seus diversos públicos. Segundo Kotler (2000, p. 624), a empresa deve relacionar-se positivamente com seus consumidores, fornecedores e revendedores, mas também tem de se relacionar com um grande número de públicos interessados, ele define público sendo: Um público é qualquer grupo que tenha interesse real ou potencial, ou que possa ter impacto na capacidade de uma empresa para atingir seus objetivos. Relações públicas envolvem uma variedade de programas desenvolvidos para promover ou proteger a imagem de uma empresa ou de seus produtos em particular. (KOTLER, 2000, p. 624) Kotler (2000) define o papel das relações públicas sendo: a) apoio no lançamento de novos produtos; b) apoio no reposicionamento de um produto maduro; c) construção de uma imagem corporativa que se reflita favoravelmente nos produtos; d) captação do interesse por uma categoria de produtos; e) influência sobre grupos alvo específicos; f) defesa de produtos que enfrentaram problemas públicos. 2.6.4.4 Venda pessoal Boone e Kurtz (1998, p. 440), definem venda pessoal como um processo de influência interpessoal, envolvendo apresentações promocionais de um vendedor, conduzidas pessoalmente junto ao comprador. A venda pessoal é fundamental em diversas situações como: quando os consumidores estão concentrados geograficamente; quando os pedidos são grandes; quando os bens ou serviços da companhia são caros ou complexos; quando os canais são pouco extensos; e 49 quando o numero de clientes potenciais é relativamente pequeno. 2.6.4.5 Propaganda De acordo com Kotler (2000, p. 596), propaganda é qualquer forma remunerada de apresentação não-pessoal e promocional de bens, idéias ou serviços por um patrocinador identificado. Para inicializar um programa, os gerentes de marketing devem identificar o mercado-alvo e os motivos de compra, logo após, devem desenvolver uma campanha publicitária definindo quais são os objetivos da propaganda, quanto gastar, a mensagem a ser transmitida, os meios de mídia a serem utilizados e como serão avaliados os resultados. Os objetivos da propaganda devem resultar de decisões anteriores sobre o mercado-alvo, a posição no mercado e o mix de marketing, podendo ser classificados de acordo com o propósito de informar, persuadir ou lembrar. Propaganda é uma forma de comunicação não-pessoal, paga, feita por indivíduos, empresas comerciais ou organizações sem fins lucrativos, que são identificados em suas mensagens e que desejam informar ou persuadir integrantes de uma audiência específica. (BOONE E KURTZ, 1998, p. 414) “Propaganda é toda e qualquer forma paga de apresentação não pessoal de produtos, idéias ou serviços através de uma identificação do patrocinador”. (COBRA, 1997, p. 444) 2.6.5 Objetivos da promoção Para estabelecer um objetivo das estratégias promocionais, devem-se levar em contas diversos fatores e observar os objetivos gerais e metas de marketing da organização. Para Kurtz (1998), os objetivos de vendas podem variar entre os cinco 50 itens abaixo: a) fornecer informações: é a função tradicional da promoção, informar o mercado sobre a disponibilidade de determinado produto ou serviço, mas principalmente em fornecer informações sobre o produto aos consumidores potenciais; b) aumentar a demanda: um dos objetivos da maioria das promoções é aumentar a demanda por bens ou serviços, sendo essa demanda primária (desejo por uma categoria especifica) ou sendo demanda seletiva (procurar aumentar o desejo por uma marca específica); c) diferenciar um produto: um dos objetivos dos esforços promocionais é a diferenciação do produto; d) acentuar o valor de um produto: a promoção pode explicar aos consumidores a melhor utilização de determinado produto, agregando valor ao produto, assim justificando um preço mais alto no mercado; e) equilibrar as vendas: como as vendas de uma empresa normalmente não são uniformes duranteo ano todo, as variações podem ser cíclicas, irregulares ou sazonais, então um dos objetivos das promoções freqüentemente é equilibrar essas variações. 2.6.6 Técnicas promocionais Para Dias (2003), existem diversas técnicas promocionais, que podem ser aplicadas desde aos consumidores finais até ao canal de distribuição e vendas, enfim, a todo público que precisa ser motivado a consumir ou agir em função de um bem, uma idéia ou um serviço. Segue abaixo algumas das principais técnicas utilizadas atualmente: a) premiações por meio de concursos, sorteios e operações semelhantes; b) premiações por meio de ações de marketing de incentivo (motivar por meio de recompensas, os profissionais que se esforçam para atingir um determinado objetivo); 51 c) ofertas, descontos, liquidações, vendas condicionadas; d) premium (algum produto oferecido ao consumidor devido à compra); e) eventos em geral, convenções, reuniões, feiras, exposições, festividades, patrocínios, acontecimentos. 2.7 ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES Os clientes de hoje são mais difíceis de agradar, são mais inteligentes, são mais conscientes em relação aos preços, mais exigentes, perdoam menos e são abordados por mais concorrentes com ofertas iguais ou melhores. O desafio, segundo Gitomer (2005, p. 48), é fidelizar os clientes e deixá-los satisfeitos. A tarefa seguinte verifica quais dos clientes possíveis são efetivamente clientes potenciais, e isso é realizado a partir de entrevistas, de verificação de sua situação financeira e assim por diante. Os clientes potenciais podem ser classificados como quentes frios e mornos, a força de venda entra em contato com os clientes potenciais quentes e trabalha para convertê-los, o que envolve a realização de apresentações, respostas a objeções e negociações. A chave da retenção de clientes é a satisfação de clientes. Um cliente altamente satisfeito: a) permanece fiel por mais tempo; b) compra mais à medida que a empresa lança novos produtos ou aperfeiçoa produtos existentes; c) fala favoravelmente da empresa e de seus produtos; d) dá menos atenção às marcas e propagandas concorrentes e é menos sensível a preços; e) oferece idéias sobre produtos de serviço à empresa; f) custa menos para ser atendido do que novos clientes, uma vez que as transações são rotinizadas. 52 2.7.1 Relações de agenciamento Conforme Frazão (2007), um agenciamento consiste num relacionamento onde uma parte, o agente, representa outra parte, o principal, na contratação com uma terceira pessoa. Existem vários tipos de agentes que também se diferem no âmbito de suas respectivas autoridades. Ex: O gerente de uma filial possui uma ampla autoridade perante suas ações, caso diferenciado e o do agente imobiliário em particular. Quem estiver incumbido de designar o agente está diretamente responsabilizado pelas ações do mesmo perante a terceira parte, ou seja, quaisquer atos fraudulentos, negligentes ou errôneos o agenciador deve arcar com as conseqüências. O agente deve aceitar as normas e diretrizes de quem o designou e será responsabilizado se exceder à autoridade estipulada, quando causar dano à terceira parte, fato que se anula quando o agenciador valida a ação, que passa a ser o responsável. 2.7.2 Vendedores ou representantes Frazão (2007) mostra que embora o sistema de representante apresente algumas vantagens em relação à contratação de um vendedor em regime de CLT, a opção correta irá depender da empresa, pois cada uma possui suas particularidades, objetivos e cultura organizacional. 2.8 ESTRATÉGIA DE TERCEIRIZAÇÃO Bertaglia (2003) explica que tal estratégia, se baseia em deslocar alguma função da organização a terceiros, obtendo assim vantagens como um fornecimento com um custo inferior e especializado, além de a organização reduzir o tempo dos ciclos e aumentar a velocidade na tomada de decisões e concentrar a essência do 53 negócio. A terceirização pode estar direcionada aos setores de serviços ou produtos, sendo independe do porte da empresa, fazendo parte da estratégia, permitindo que a mesma possa focar esforços em suas principais atividades, reduzindo custos, obtendo maior velocidade e reduzir ou aumentar a distância que a separa da concorrência. Como as organizações estão cada vez mais focando naquilo que fazem de melhor, as organizações de vendas especializam-se em vender, as de produção em produzir, as de distribuição em distribuir, mantendo uma estrutura paralela mínima. Tal verificação terá sentido se os custos forem competitivos. “Não faz sentido, empresas de alimentos ou automóveis terem o seu próprio contingente de vigilantes, já que terão de se preocupar com treinamento e atualização constante do pessoal”. (BERTAGLIA, 2003, p. 131) 2.8.1 Competindo por meio de redes e alianças estratégicas Uma alternativa muito preciosa para essas novas condições competitivas e de mercado é a emergência de estratégias de colaboração e de parceria com outras organizações, sendo essas estratégias: parcerias de marketing, alianças e estratégias e redes de marketing. As realidades competitivas da sobrevivência e da prosperidade em rápida mudança encorajam trabalhar em parceria com outras empresas. Os relacionamentos estratégicos cooperativos entre empresas independentes são cada vez mais importantes. (GRAVENS apud HOOLEY, 2005, p. 309) Hooley (2005, p. 310), afirma que o surgimento de redes colaborativas ligadas por diversas formas de alianças e empreendimentos conjuntos tem se tornado uma estratégia dominante de desenvolvimento de diversos setores e o reconhecimento de que, a construção de relacionamentos com outras empresas é fundamental para superar os desafios existentes como rápidas mudanças nos 54 mercados, escassez de habilidades e recursos, clientes mais exigentes, uma gama complexa de tecnologias, entre outros fatores existentes nas economias mundiais. Alguns dos tipos de relacionamentos inter-organizacionais mais relevantes na construção de estratégias de marketing são: relacionamentos verticais nos canais e colaboração entre fornecedores e fabricantes, e relacionamentos horizontais através de alianças estratégicas e joint ventures, resultando em diversas formas novas de estrutura organizacional classificadas como redes. O paradigma da rede pode se tornar a forma dominante de organização do século XXI. A rede é uma forma mais achatada de organização, substituindo a interação das funções em múltiplos níveis hierárquicos dentro da organização por interação entre parceiros da rede. Os relacionamentos dentro de uma rede entre as empresas podem incluir os contratos transacionais simples entre comprador e vendedor, acordos colaborativos entre fornecedores e produtores, alianças estratégicas, consórcios de empresas, franquias, joint ventures ou integração vertical, ele cita ainda que os riscos e a complexidade são características dos mercados atuais, e as redes são uma ótima alternativa para se lidar com tal complexidade e reduzir os custos. 2.8.2 Alianças e parcerias Para Hooley (2005, p. 318), o relacionamento entre os parceiros de rede, vai além daqueles definidos por acordos entre comprador-vendedor no canal de distribuição. A atratividade potencial para desenvolver uma estratégia de marketing está na análise das parcerias. As alianças estratégicas devem ser usadas com base na capacidade de administrar a colaboração com outras organizações. As alianças são segmentadas em: a) terceirização: relacionamento limitado, em que podemos, simplesmente, comprar os bens e serviços fora da empresa como alternativa à produção interna, esse relacionamento também pode descrever a forma como compramos bens para revender ou como administramos o relacionamento com nossos distribuidores;55 b) parcerias: envolve um relacionamento mais próximo entre as organizações. As parcerias variam em grau e tipo de integração, tendo foco no curto prazo e envolvem coordenação limitada; tendem focar em um prazo mais longo e vão além da coordenação, chegando á integração de atividades; vistas como permanentes, vendo cada parte como uma extensão de sua própria empresa; c) joint ventures: são alianças em que a propriedade de um determinado projeto ou operação é compartilhada entre as partes em questão; d) integração vertical: a atividade pertence totalmente à organização central, embora o relacionamento ainda possa ser visto como uma aliança estratégica. É importante analisar os pontos fortes e fracos desses níveis e tipos diferentes de parcerias para o desenvolvimento de estratégias apropriadas a cada aliança e parceria, e reconhecimento que, na prática, as redes podem conter uma mistura de diferentes estilos de parcerias. Deve-se destacar também a importância de reconhecer que as alianças estratégicas em determinados mercados criam força competitiva, pois a concorrência está cada vez mais baseada no relacionamento entre as redes. 2.8.3 Competindo por meio de alianças estratégicas Hooley (2005, p. 325), afirma que devem ser analisados diversos aspectos na variação das alianças como uma estratégia para atender o mercado. A parceria com outras organizações permite que cada uma foque suas principais qualidades e se beneficiem da especialização de outras organizações nas suas próprias áreas de domínio. Deve-se também destacar a importância da complementaridade e do grau de adequação entre os parceiros em potencial e a sinergia gerada através das alianças. Embora as alianças ofereçam para uma empresa a oportunidade de focar suas competências essenciais e explorá-las, elas raramente geram tais capacidades 56 para a empresa, pois depender de parceiros para execução de atividades chaves envolve riscos se a parceria fracassar ou se tiver um mau resultado, resultando na incapacidade de desenvolver novas competências. 2.9 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS De acordo com Oliveira (2005, p. 190), “a estratégia está relacionada à definição do conjunto produtos versus mercados proposto pela empresa em dado momento”. Ainda segundo Oliveira (2005), “o executivo deve saber que o momento propício aos movimentos estratégicos é tão importante quanto o movimento em si”, sendo que a função da estratégia é estabelecer os caminhos, os cursos e os programas de ação a serem seguidos pra que sejam alcançados os objetivos e as metas estabelecidos pela empresa. 2.9.1 Definição de estratégia Segundo Oliveira (2005, p. 78), estratégia é a ação ou o caminho mais adequado a ser executado por uma organização para que sejam alcançados o objetivo, o desafio e a meta da empresa. A existência de estratégias alternativas é muito importante para facilitar possíveis alterações de rumo ou para tomar ações de acordo com as necessidades. A partir da estratégia, devem-se desenvolver os planos de ações, que serão consolidados a partir de um conjunto de projetos. Estratégia é definida como um caminho, ou maneira, ou ação formulada e adequada para alcançar, preferencialmente, de maneira diferenciada, as metas, os desafios e objetivos estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante seu ambiente. (OLIVEIRA, 2005, p. 194) Chiavenato (2003) cita alguns motivos pelos quais é difícil conceituar 57 estratégia: a) a estratégia tem muito a ver com o comportamento sistêmico e holístico e pouco com o comportamento de cada uma de suas partes; b) a estratégia tem muito a ver com o futuro da organização e está orientada para o longo prazo; c) a estratégia tem a ver com o comportamento orientado para objetivos estratégico, mas nem por isso deixa de ser interessante a todos os públicos da organização; d) a estratégia significa o comportamento global da organização em relação ao ambiente que a circunda; e) a estratégia precisa ser formulada e entendida por todos os integrantes da organização; f) a estratégia precisa ser planejada, sendo que o planejamento estratégico é a maneira pela qual a estratégia é articulada e preparada; g) a estratégia precisa ser implementada e, esse é o principal desafio; h) a estratégia precisa ser avaliada quanto ao seu desempenho e resultados. Estratégia é, dentro de um determinado contexto ambiental (concorrentes e tendências), levando em consideração as características especificas de uma empresa (recursos, pontos fortes e fracos) e dados os objetivos que uma organização pretende atingir, a empresa direcionar (definir o uso e alocação) seus recursos para atingir seus objetivos. (SILVA, 2006, p. 80) A partir das considerações de Oliveira (2005), percebe-se que a estratégia se apresenta como um instrumento administrativo facilitador e otimizador dos fatores externos à empresa, além de ter forte influência sobre os fatores internos da mesma. De acordo com Dias (2006, p. 18), estratégia não é somente a concepção do negócio e a definição de seus rumos e objetivos, mas também o meio pelo qual é ligada a idéia aos objetivos. Um estrategista não deve somente conceber grandes idéias e objetivos, mas deve também ter a capacidade de colocá-los em prática, ou seja a implementação da estratégia. 58 Estratégia é o conjunto de ações praticado por uma organização visando adequá-la ao seu ambiente competitivo (presente e futuro) e para levá-la a alcançar suas maiores finalidades: sobreviver no longo prazo, gerar valor e alcançar vantagem competitiva sobre os concorrentes, a qual se evidencia por um desempenho organizacional efetiva e sustentadamente superior. (DIAS, 2006, p. 26) Wright, Kroll e Parnell apud Dias (2006, p. 20), definem estratégia sendo os planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização. Mintzberg apud Dias (2006, p. 21), associa à estratégia diferentes conotações, determinadas como os cinco P´s da estratégia que são definidas a seguir: a) plano: a estratégia trata de como os líderes tentam estabelecer orientações para as organizações, para direcioná-las em determinados modos de atuação; b) pretexto: a estratégia nos leva para o campo da concorrência direta, no qual as ameaças e estratagemas e uma séria de outras manobras são empregados para obter vantagem; c) padrão: a estratégia enfoca a ação, lembrando-nos de que o conceito é vazio se não levar em conta o comportamento consistente; d) posição: a estratégia nos encoraja visualizar as organizações em seu ambiente competitivo, como encontram suas posições e como se protegem a fim de enfrentar a concorrência; e) perspectiva: a estratégia levanta a questão de como as intenções se difundem por meio de um grupo de pessoas para se tornar compartilhada como norma e valores, e como padrões de comportamento se tornam integradas no grupo. 59 2.9.2 Tipos de estratégia Segundo Oliveira (2005, p. 197), “As estratégias podem ser estabelecidas de acordo com a situação da empresa; estar voltada à sobrevivência, manutenção, crescimento ou desenvolvimento, conforme postura estratégica da empresa”. 2.9.2.1 Estratégia de sobrevivência Para Oliveira (2005), a empresa deve adotar este tipo de estratégia quando inexiste outra alternativa, ou seja, apenas quando a empresa e o ambiente não estão em situação adequada ou apresentam perspectivas caóticas, “alto índice de pontos fracos internos e ameaças externas”. 2.9.2.2 Estratégia de manutenção ou estabilidade Valadares (2005) denomina a estratégia de estabilidade como estratégia de manutenção, sendo esta aplicada em um cenário não otimista. Para o autor, manter a estabilidade dosnegócios de uma organização está além de simplesmente preocupar-se com a sobrevivência da empresa, embora ainda seja uma atitude defensiva diante das ameaças existentes. Neste caso, a empresa identifica um ambiente com predominância de ameaças; entre tanto, ela possui uma série de pontos fortes (disponibilidade financeira, recursos humanos, tecnologia, etc.) acumulados ao longo do tempo, que possibilitam ao executivo, além de querer continuar sobrevivendo, também mantém sua posição conquistada até o momento. (OLIVEIRA, 2005, p. 198) 60 2.9.2.3 Estratégia de crescimento De acordo com Certo (1993), as estratégias de crescimento podem ser perseguidas através de recursos como a diversificação e a integração vertical, a primeira sendo utilizada quando a empresa adquirida é de uma linha de negócios totalmente diferente. Nesta situação, embora a empresa tenha predominância de pontos fracos, o ambiente está proporcionando situações favoráveis que podem transformar- se em oportunidades, quando, efetivamente, é usufruída a situação favorável pela empresa. Normalmente, o executivo procura, nesta situação, lançar novos produtos e serviços, aumentar o volume de vendas, etc. (OLIVEIRA, 2005, p. 200) 2.9.2.4 Estratégia de desenvolvimento De acordo com Oliveira (2005, p. 201), “Neste caso, a predominância é de pontos fortes e de oportunidades. Diante disso, o executivo deve procurar desenvolver sua empresa.” 2.9.2.5 Estratégias competitivas Para Costa (2004, p. 166), estratégia competitiva é aquilo que o fornecedor decide fazer para que na mente dos clientes ou consumidores, os produtos ou serviços que oferecem, tenham alguma distinção e mereçam a preferência deles. Chamam-se estratégias de inovação competitiva os esforços e direcionamentos sistemáticos e consistentes para criar, continuamente, novas soluções, novas aplicações de produtos existentes, novos produtos, 61 novos clientes, novas formas de vender, de comprar insumos, de distribuir os produtos ou serviços, de produzir, de formatar, enfim, tudo aquilo que, naquele mercado específico seja entendido como uma novidade. (COSTA, 2004, p. 166) Quando Longenecker (1997) explana estratégia competitiva, ele a divide em criação de vantagem de custo e de marketing: a) a vantagem de custo: é a estratégia que exige do empreendedor meios de baixar custos dentro do mercado. Onde as fontes dessa vantagem podem ser encontradas em mão de obra de baixo custo ou eficiência nas operações; b) vantagem de marketing: é a estratégia voltada para esforços de diferenciação de produtos ou serviços. “Uma ampla variedade de táticas de marketing leva a diferenciação do produtos/serviços.” Tal diferença pode ser real ou apenas percepção do consumidor. 2.9.2.6 Estratégia de diversificação De acordo com Costa (2004, p. 167), estratégia de diversificação é um processo de busca de novas oportunidades de atuação para a empresa ou entidade, partindo daquilo que ela faz bem hoje. Esta estratégia busca novas possibilidades de atuação de forma associada com aquilo que a empresa ou entidade está fazendo, buscando aproveitar algum tipo de sinergia com as áreas estratégicas atuais. 2.9.3 Estratégia corporativa e estratégias vinculadas ao marketing mix De acordo com Silva (2006), estratégias vinculadas ao marketing mix são direcionamentos específicos e vinculados a cada atividade de marketing da empresa, o autor cita alguns exemplos destas estratégias: 62 a) desenvolver novos produtos para completar o portfólio da empresa; b) melhorar o nível de relacionamento e a fidelização de clientes da empresa; c) reposicionar a marca da empresa em relação ao mercado; d) diferenciar produtos e serviços, melhorando sua qualidade; e) o conjunto de todas as estratégias vinculadas ao marketing dá forma e corpo à estratégia corporativa de uma organização. Silva (2006), cita ainda que estratégia corporativa é um direcionamento geral que irá envolver e dirigir todas as atividades da empresa. Conforme Pina (1994, p. 51), a estratégia corporativa é de natureza macro e genérica e define como será a empresa no futuro. O ajuste estratégico é específico e prepara a empresa para as mudanças sinalizadas no ambiente por concorrentes, política governamental, novas necessidades do consumidor, entre outras. Este ajuste estratégico, que em muitos casos é uma estratégia de marketing, adapta a empresa às situações ambientais, mantendo coerência com a estratégia corporativa. 2.9.4 Planejamento estratégico Para Chiavenato (2003, p. 39), planejamento estratégico consiste num processo de formulação de estratégias organizacionais onde se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que ela atua. Planejamento estratégico é o processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução dessas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas. (CHIAVENATO apud DRUCKER, 2003, p. 39) Conforme Oliveira (2007, p. 17), trata-se do processo administrativo responsável pela sustentação metodológica, estabelecendo a melhor direção a ser 63 seguida pela organização, objetivando uma interação entre os fatores externos (não controláveis), trabalhando de forma diferenciada e inovadora. O planejamento estratégico orientado para o mercado é o processo gerencial de desenvolver e manter um ajuste viável entre objetivos, habilidade e recursos de uma organização e as oportunidades de um mercado em continua mudança. O objetivo do planejamento estratégico é dar forma aos negócios e produtos de uma empresa, de modo que eles possibilitem os lucros e o crescimento almejados. (KOTLER, 2000, p. 86) 2.9.5 Formulação estratégica Segundo Silva (2006), formulação estratégica, no contexto empresarial, envolve as seguintes características: a) levantar pontos fortes e fracos referentes à empresa ou organização; b) levantar oportunidades e ameaças do meio ambiente onde a organização se encontra; c) cruzar pontos fortes e pontos fracos com ameaças e oportunidades, e a partir daí, desenhar um caminho para se atingir os objetivos organizacionais. Porter apud Silva (2006, p. 83), afirma que uma formulação estratégica deve conter três condições essenciais: a) a empresa deve desenvolver e implementar um conjunto de objetivos e políticas funcionais que definam sua posição de mercado, nesse caso a estratégia é vista como uma ferramenta de integração para diversas atividades dentro da empresa, incluindo marketing, produção, finanças e outros; b) esses objetivos e políticas devem estar alinhados a análise ambiental realizada, ou seja, com as oportunidades e ameaças, nesse contexto a estratégia é o ato de alinhar a empresa ao seu ambiente; 64 c) avaliando os recursos específicos existentes dentro da empresa, a estratégia deve estar concentrada na criação e exploração de competências distintas. 2.9.6 Posicionamento estratégico De acordo com Silva (2006), o posicionamento estratégico consiste em selecionar as vantagens competitivas que deverão ser realçadas para construir uma proposta única de valor a ser comunicada ao mercado-alvo, com intuito de obter preferência e até sua fidelidade. Estratégia é a criação de uma posição única de valor envolvendo um conjunto de atividades diferentes das dos seus concorrentes, ou das mesmas atividades dos concorrentes, só que realizadas de forma diferente. (PORTER apud SILVA, 2006, p. 96) Kotler apud Silva (2006, p. 97), determina algunsaspectos a serem considerados na construção de diferenciações: a) a percepção dos benefícios pelo público-alvo é mais importante do que os atributos do produto em si; b) a marca e o produto com seus benefícios vão interagir numa ligação estratégica, fixando as características e vantagens; c) para escolher o posicionamento mais adequado, geralmente o mesmo é construído a partir de análises estratégicas; d) cada marca deve buscar um benefício central e ser a número um nele; e) a empresa tem de criar uma posição que leve em consideração não apenas os pontos fortes e fracos da empresa, mas também dos concorrentes. 65 2.9.7 Estratégias competitivas em serviços De acordo com Porte apud Fitzsimmons (2000, p. 66), existem três estratégias competitivas: liderança global em custos, diferenciação e focalização. a) liderança global em custos: esta estratégia requer instalações com eficiência de escala, rígido controle sobre custos e despesas gerais e tecnologia inovadora. Possuir uma posição de baixo custo proporciona uma defesa contra a concorrência, pois competidores menos eficientes sofrerão primeiro com as pressões competitivas. A implantação desta estratégia requer fortes investimentos em equipamentos de última geração, preços agressivos e perdas iniciais para conquistar fatias do mercado. As empresas de serviços têm conseguido conquistar a liderança em baixos custos, utilizando métodos como procura por clientes de baixo custo, padronização de serviços personalizados, redução da interação no atendimento em serviços, redução dos custos de rede, e operações de serviços off-line; b) diferenciação: esta estratégia consiste na criação de um serviço que é percebido como sendo único. Sua característica principal é criar a lealdade do cliente; c) focalização: esta estratégia é constituída a partir da idéia de satisfazer um mercado-alvo particular tão bem quanto às necessidades específicas daqueles clientes. A estratégia de focalização é a aplicação da liderança global em custos e/ou da diferenciação de um segmento de mercado em particular. 2.10 ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS De acordo com Cobra (1994, p. 21), a administração de vendas é um processo gerencial das funções organizacionais da venda pessoal e inclui diversas 66 tarefas como: a) descrição das funções de venda pessoal; b) definição do papel estratégico da função de vendas; c) desenvolvimento da força de vendas ; d) direcionamento da força de vendas; e) determinação do modelo de avaliação de desempenho da força de vendas. Conforme a Associação Americana de Marketing apud Las Casas (2004), a administração de vendas consiste no planejamento, na direção e no controle de vendas pessoais, incluindo a fase de recrutamento, seleção e treinamento, fornecimento de recursos, delegação de poderes, determinação das rotas, supervisão dos vendedores, motivação e pagamentos, na medida em que estas tarefas se aplicam à força de vendas. 67 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este capítulo consiste na explicação da metodologia utilizada no decorrer do trabalho, as etapas, as fases e os passos da pesquisa, a classificação dos tipos de pesquisa adotada, os métodos de pesquisa citados por autores da área, os instrumentos de técnicas de coleta e análise dos dados utilizados para realização do projeto. O método é um instrumento do conhecimento que proporciona aos pesquisadores, em qualquer área de sua formação, orientação geral que facilita planejar uma pesquisa, formular hipóteses, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os resultados. (FACHIN, 2006, p. 29) Fachin (2006, p. 29) afirma que todo trabalho científico deve ser baseado em procedimentos metodológicos. O método científico é entendido como o conjunto de processos orientados por uma habilidade crítica e criadora voltada para a descoberta da verdade e para a construção da ciência, nessa busca constante que caracteriza a ciência hoje, a pesquisa constitui seu principal instrumento ou meio de acesso. É o que decorre da definição de pesquisa tida como a atividade que, partindo de problemas, busca soluções por meio do emprego do método científico. (CERVO, 2002, p.183) 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Segundo Cervo (2002, p. 186), a pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas, pretendendo trazer respostas a perguntas por meio de processos do método científico. A pesquisa é uma indagação minuciosa ou exame crítico e exaustivo na procura de fatos e princípios; uma diligente busca para averiguar algo. 68 Pesquisar não é apenas procurar a verdade; é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos. (WEBSTERS INTERNATIONAL DICTIONARY apud MARCONI, 1999, p. 17) 3.1.1 Tipos de pesquisa A seguir são definidos os principais tipos de pesquisa, por vários autores renomados da área. 3.1.1.1 Pesquisa exploratória Segundo Mattar (2001, p. 18), a pesquisa exploratória pode ser muito útil quando se tem uma noção muito vaga do problema de pesquisa, pois a pesquisa exploratória visa prover o pesquisador de maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva. A pesquisa exploratória pode ser útil também na classificação de conceitos e no estabelecimento de prioridades a pesquisar. Mattar (2001, p. 19) destaca os principais objetivos para o uso da pesquisa exploratória: a) familiarizar e elevar o conhecimento e compreensão de um problema de pesquisa em perspectiva; b) auxiliar a desenvolver a formulação mais precisa do problema de pesquisa; c) classificar conceitos; d) ajudar no delineamento do projeto final da pesquisa; e) estabelecer prioridades para futuras pesquisas; f) verificar se pesquisas semelhantes já foram realizadas, quais os métodos utilizados e quais resultados obtidos; g) ajudar no desenvolvimento ou criação de questões de pesquisa relevantes para o objetivo pretendido; 69 h) ajudar no desenvolvimento ou na criação de hipóteses explicativas de fatos a serem verificados numa pesquisa casual; i) auxiliar na determinação de variáveis relevantes a serem consideradas num problema de pesquisa. Segundo Sâmara e Barros (2002, p. 29), a pesquisa exploratória tem como principal característica a criatividade, a flexibilidade e a informalidade. A pesquisa exploratória pode ser o primeiro passo para se determinar uma situação de mercado a partir da obtenção de informações sobre a concorrência, produtos existentes, evolução e tendências de um segmento específico em que se pretende atuar. Foram coletados, através da pesquisa exploratória em diferentes tipos de materiais, conceitos que norteiam o projeto, sendo que a pesquisa exploratória é de relevância expressiva, pois grande parte do conteúdo é advém da mesma. 3.1.1.2 Pesquisa quantitativa Segundo Sâmara e Barros (2002, p. 30), a pesquisa quantitativa visa uma análise quantitativa das relações de consumo respondendo à questão em relação à quantidade, para cada objetivo que tenha adotado esta metodologia. Daí surge à necessidade destes estudos serem realizados a partir da elaboração de amostras da população, utilizando estatísticas, e por fim analisando e interpretando os resultados da pesquisa a partir de médias e percentuais das respostas obtidas. A pesquisa quantitativa foi utilizada no questionário, fornecendo dados estatísticos que focam nas informações e estratégias buscadas neste projeto. 3.1.1.3 Pesquisa qualitativa Conforme Sâmara e Barros (2002, p. 31), a pesquisa qualitativa é caracterizada principalmente por compreender as relações de consumo a fundo, 70 sendo-lhe imputada a análise qualitativa das informações obtidas. Esse estudo procura identificar as principaismotivações de consumo em um aspecto realista. Foi utilizada através de entrevista com o CORE-PR e com as empresas que utilizam os serviços do setor de Representação Comercial. 3.1.1.4 Pesquisa bibliográfica e documental De acordo com Cervo (2002, p. 66), a pesquisa bibliográfica é o meio de formação por excelência, constituindo o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio “do estado da arte sobre determinado tema”. Segundo Fachin (2006, p. 119) a pesquisa bibliográfica é uma fonte inesgotável de informações, pois contribui pra o conhecimento cultural em todas as formas do saber. Entende-se que a pesquisa bibliográfica, em termos genéricos, é um conjunto de conhecimentos reunidos em obras de toda natureza. Tem como finalidade conduzir o leitor à pesquisa de determinado assunto, proporcionando o saber. Ela se fundamenta em vários procedimentos metodológicos, desde a leitura até como selecionar, fichar, organizar, arquivar, resumir o texto; ela é a base para as demais pesquisas. (FACHIN, 2006, p. 120) Segundo Fachin (2006, p. 146), a pesquisa documental é toda a informação coletada de forma oral, escrita ou visualizada, compreendendo também as técnicas e os métodos que facilitam a sua busca e a sua identificação. Na pesquisa documental considera-se documento toda e qualquer informação sob a forma de textos, imagens, sons, sinais em papel / madeira / pedra, gravações, pinturas, incrustações, editoriais, leis, atas, relatórios, ofícios, ordem régia, documentos jurídicos oriundos de cartórios, entre outros. As pesquisas documental e bibliográfica, apresentam-se neste projeto como todo o referencial teórico, através de pesquisas em livros, artigos, sites e apostilas, 71 fornecendo uma base de conceitos necessários para a compreensão real tanto dos objetivos específicos do projeto, como do diagnóstico, chegando-se a uma conclusão clara sobre o problema da pesquisa. 3.1.2 Propósito De acordo com Dias (2006, p. 268), o propósito da pesquisa é uma das fases mais importantes do processo de pesquisa, pois a partir dele, é que serão desenvolvidas as atividades restantes, como por exemplo: a) elaborar projeto de expansão de atuação da empresa, já que atualmente a mesma presta serviços somente há uma única distribuidora; b) buscar tecnologias de treinamento e desenvolvimento para seus colaboradores; c) implantar sistemas de análise de vendas (por categorias); d) gerenciamento da remuneração, baseado a avaliação de desempenho; e) repassar informações periódicas às representadas, referentes ao andamento das vendas e do mercado em geral; f) explicitar o diferencial em atendimento especializado, redefinindo padrões. 3.2 DEFINIÇÃO DA POPULAÇÃO E AMOSTRA A partir da decisão sobre o tipo de pesquisa a ser utilizado, torna-se necessária a definição da população e da amostra, que será a principal fonte de coleta de dados. 72 3.2.1 Amostragem Segundo Aaker e Kumar (2004, p. 378), a amostragem pode ser adequada quando o tamanho da população for muito grande e o custo e o tempo apropriado na obtenção de informações de toda a população forem muito expressivos. Para McDaniel (2003, p. 364), amostra é um subconjunto da população, onde a informação é obtida deste subconjunto para fazer estimativas sobre as características da população total, sendo este um grupo representativo da população total. De acordo com os autores, Aaker e Kumar (2004) e McDaniel (2003), as amostragens podem ser classificadas em amostragem probabilística e amostragem não-probabilística. A população desta pesquisa constituiu-se a partir de propostas via CORE- PR de empresas que estavam à procura de representação comercial no período de 07/2007 (julho de 2007) à 09/2008 (setembro de 2008), formando uma população de 46 empresas, as quais foram contatadas via e-mail e telefone, sendo que a amostragem utilizada foi a não-probabilística por conveniência, pois foi composta apenas pelas empresas que responderam o questionário, tendo-se assim uma amostragem total de 12 empresas. 3.2.1.1 Amostragem probabilística Conforme Aaker e Kumar (2004), na amostragem probabilística todos os membros da população têm uma chance conhecida de serem selecionados para a amostra. A amostragem probabilística permite que o pesquisador demonstre a representatividade da amostra, tornando possível uma identificação mais clara de possíveis tendências. 73 3.2.1.2 Amostragem não-probabilística De acordo com McDaniel (2003, p.372), amostras não-probabilísticas são amostras que incluem elementos de uma população que são selecionados de maneira não aleatória. 3.2.1.3 Amostragem por conveniência De acordo com Mattar (2001), amostras por conveniência são selecionadas por alguma conveniência do pesquisador. é utilizado para testar idéias ou obter idéias sobre determinado assunto de interesse. Os elementos pesquisados neste tipo de amostragem não-probabilística são selecionados por estarem disponíveis no local e momento em que a pesquisa estava sendo realizada. 3.3 COLETA DOS DADOS Segundo Cervo (2002, p. 44), a coleta de dados é uma tarefa importante na pesquisa, envolvendo a determinação da população a ser estudada, a elaboração do instrumento de coleta, a programação da coleta e também os dados e a própria coleta. Os principais instrumentos de coleta são: a entrevista, o formulário e o questionário. a) entrevista: segundo Cervo (2002, p. 46), entrevista é a conversa orientada para um objetivo definido: recolher, por meio do interrogatório do informante, dados para a pesquisa; b) formulário: para Cervo (2002, p. 49), formulário é uma lista informal, catálogo ou inventário, destinado à coleta de dados resultantes de observações ou interrogações, cujo preenchimento é feito pelo próprio investigador. Após a coleta dos dados, passa-se à codificação e à 74 tabulação dos mesmos, sendo que em seguida estes dados serão analisados e interpretados em função das perguntas formuladas no início ou das hipóteses levantadas; c) questionário: segundo Cervo (2002, p. 48), é a forma mais utilizada para coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja. McDaniel (2003, p. 322), define Questionário como sendo um conjunto de perguntas destinadas a gerar dados necessários para atingir os objetivos de um projeto de pesquisa, tratando-se de um roteiro formalizado destinado à coleta de informações dos entrevistados. O questionário proporciona padronização e uniformidade no processo de coleta de dados para que seja possível ter uma base válida para comparar as respostas dos entrevistados e fazer uma tabulação dos dados. O papel primário de qualquer questionário é o de fornecer a informação pretendida para a tomada de decisões por parte da administração. Primeiramente iniciou-se a pesquisa através de e-mails, porém o resultado foi insatisfatório com apenas a resposta de um questionário, posteriormente a pesquisa foi realizada via telefone onde se obteve êxito na coleta de dados com outras onze empresas. Na coleta de dados, utilizou-se a entrevista, feita com CORE de Foz do Iguaçu – PR, buscando ter um conhecimento maior sobre o segmento de representação comercial na cidade. Também foi utilizado um questionário dirigido às empresas que utilizam os serviços de representação comercial, buscando-se um conhecimento detalhado referente ao perfil dos profissionais que às representam. 3.3.1 Dados primários Conforme Mattar (2001, p. 48), dados primários são os dados que não foram anteriormente coletados, estando ainda em poder dos pesquisadores, e que são coletados com o intuito de atender às necessidades específicas da pesquisa em 75 andamento. Para McDaniel (2003,p. 86), “Dados primários são dados de levantamento, observação ou experimento coletados para resolver um problema em particular sob investigação”. Os dados utilizados nesta pesquisa são todos primários, uma vez que o retorno que esses dados trazem, conferem um grau de confiabilidade maior se comparados aos dados secundários, que geralmente não são específicos no que diz respeito ao tema deste projeto. 3.3.2 Dados secundários De acordo com McDaniel (2003, p. 86), os dados secundários incluem informações que foram anteriormente coletadas, e que serão importantes somente na resolução do problema atual. Segundo Mattar (2001, p. 48), “Dados secundários são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, às vezes, até analisados e que estão catalogados à disposição dos interessados”. Os dados secundários não foram utilizados nesta pesquisa, para obter-se um resultado mais realístico do cenário atual. 3.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA A maior limitação está na distância geográfica da população da pesquisa, já que a cidade de Foz do Iguaçu não possui um parque industrial consolidado, grandes atacados e distribuidores. Outra dificuldade é o fato de o órgão dos representantes não disponibilizar o cadastro de todas as empresas que utilizam serviços de representação comercial, além de empresas que não respondem pesquisas imaginando ser concorrentes buscando identificar suas estratégias. 76 4 ANÁLISE DO AMBIENTE ORGANIZACIONAL Este instrumento de pesquisa visa demonstrar as particularidades da empresa Top Foz, objetivando diagnosticar seus ambientes: interno, macro e micro, e também suas forças, fraquezas e oportunidades. Ao demonstrar sua estrutura atual, buscou-se aliar as ferramentas teóricas de autores de área de administração com a prática vivenciada pela empresa. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA Nome da Empresa: Representações Top Foz Razão Social: Representações Top Foz Regional Ltda Natureza Jurídica: Empresa Ltda, Regime de Tributação Lucro Real Inscrição CNPJ: 08.802.745/0001-86 Endereço: Rua Rui Barbosa, 483, Sala 04 Telefone: (45) 3025-4988; (45) 8408-1318 Home-page: N/T* E-mail: amarildovarela@yahoo.com.br Ramo de Atividade: Representação Comercial Atividades Secundárias: N/T* * N/T = Não tem 4.2 HISTÓRICO A Representações Top Foz Regional Ltda., é uma empresa familiar que teve início de suas atividades em maio de 2007, com o propósito da legalização dos serviços prestados à Megamix Distribuidora Ltda., pois antes de sua constituição, o 77 proprietário já representava seu cliente de maneira informal. A empresa atua na cidade de Foz do Iguaçu, na área comercial. Sua constituição originou-se da sociedade da Sra. Elaine de Oliveira e de seu sócio-administrador Sr. Amarildo Varela, seu capital social é oriundo da economia familiar de ambos. Atualmente, como a empresa não possui uma equipe de vendas por representar somente um cliente, seu ponto de localização serve apenas para sua constituição jurídica, já que os serviços prestados são externos e a administração burocrática é concluída na residência do sócio-administrador. 4.3 MISSÃO De acordo com Oliveira (2005, p. 126), a missão consiste na razão de ser da organização, é onde se determina qual o negócio da empresa, o motivo da existência da mesma ou em que tipo de atividades ela deverá se concentrar no futuro. Assim, duas perguntas básicas devem ser respondidas: “Aonde se quer chegar com a empresa?”, e “Quais necessidades e expectativas do mercado que a empresa pretende atender?”. A missão é a tradução de um determinado sistema de valores e crenças, no que diz respeito à negócios e áreas básicas de atuação da organização, levando em conta a filosofia e as tradições da empresa. Para Dias (2006, p. 173), a missão é comumente usada para descrever o escopo de negócios da organização, sendo que normalmente, é explicitada em relatórios anuais da empresa, e exposta em quadros nas paredes dos escritórios e em materiais impressos. De acordo com Maximiano (2000, p. 186), missão é um tipo particular de objetivo, normalmente definida como objetivo geral, indicando a função ou papel que a organização deseja cumprir na sociedade e o tipo de negócio no qual pretende concentrar-se, tendo como finalidade orientar os funcionários e expor o propósito da organização para a sociedade. A missão da Representações Top Foz Regional Ltda., é desenvolver 78 parcerias estratégicas para representar de maneira eficaz indústrias, distribuidores e atacadistas atuantes ou que queiram atuar na cidade de Foz do Iguaçu. 4.4 VISÃO Segundo Dias (2006, p. 173), visão é a direção geral para qual a organização deve se mover no longo prazo, sendo que reflete as aspirações do líder ou do grupo de lideranças da empresa, demonstrando assim um panorama geral de “para aonde estamos indo”, além de detalhes específicos de planos futuros de negócios. Para Oliveira (2005, p. 88), “A visão representa o que a empresa quer ser”. A visão da “Representações Top Foz Regional Ltda.”, é ser reconhecida como referência no mercado como sendo geradora de lucros, oriundos de vendas, acima da médias das demais representações comerciais. 4.5 OBJETIVOS De acordo com Dias (2006, p. 186), os objetivos correspondem à identificação dos resultados que a empresa pretende atingir, sendo que objetivos específicos em relação à magnitude e período são chamados de metas. O objetivo principal da pesquisa foi identificar melhores estratégias para captação de novas representadas. 4.6 O NEGÓCIO DA EMPRESA De acordo com Chiavenato (2003, p. 58), para uma correta compreensão do negócio da empresa, é necessário o entendimento do produto ou do serviço total 79 que o cliente vai comprar evitando a armadilha de olhar apenas o que é palpável, esquecendo-se das outras questões que envolvem o processo. Conforme Ansoff apud Silva (2006, p. 80), a estratégia de negócios serve para orientar o comportamento de uma organização, sendo que estratégia de negócios é um conjunto de regras para o relacionamento da empresa com seu ambiente externo como: quais tecnologia e produtos serão desenvolvidos, para quem e onde os produtos serão vendidos e como a empresa poderá obter vantagens sobre seus concorrentes. O negócio da Top Foz, consiste em ser o elo entre a representada e o cliente de maneira confiável, duradoura e rentável. 4.7 CLIENTES Os clientes da Top Foz podem ser diferenciados em 2 grupos distintos sendo: a) as representadas: que subdividem-se em indústrias, atacados e distribuidoras; b) varejo: que esta subdividido em supermercados, mercados, mini- mercados, mercearias, armazéns, lojas de conveniências, bares, restaurantes e hotéis. Podendo ainda incluir algum atacado de menor porte, ou seja, aqueles de atuação regional. A carteira de clientes da empresa é constituída pelas empresas da cidade de Foz do Iguaçu. 4.8 MICROAMBIENTE DO MARKETING De acordo com Lacombe (2003, p. 21), microambiente corresponde a sistemas próximos à empresa e que interagem com ela de maneira forte e permanente. Estes sistemas que compõem o micro ambiente e influenciam 80 permanentemente a empresa são: a) consumidores: usuários dos produtos e serviços da organização; b) fornecedores: supridores de recursos como: capital, mão-de-obra, materiais, equipamentos, serviços e informações, entre outros; c) concorrentes: produzem bens ou serviços iguais, semelhantes ou sucedâneos, visando aos mesmos consumidores ou usuários, competem pelos mesmos recursos junto aos mesmos fornecedores; d) regulamentadores: entidades que impõem controles, limites e restrições à ação da organização como o governo, sindicatos, associações empresariais, meios de comunicaçãode massa, entre outros. Segundo Basta (2003, p. 23), “o microambiente de marketing é formado por concorrentes, intermediários, fornecedores, entidades privadas e públicas”. O microambiente da empresa Representações Top Foz Regional Ltda., é formado pelos fornecedores, que neste caso seriam a representadas, pelos concorrentes, que seriam as outras empresas de Representação Comercial, intermediários, sendo a própria empresa intermediária entre representadas e clientes, no caso o setor supermercadista, no atacado e varejo e os órgãos regulamentadores da empresa. 4.8.1 Fornecedores De acordo com Basta (2003, p. 24), os fornecedores estão diretamente relacionados ao marketing por interferirem na proposta de valor que a empresa pretende desenvolver para os seus clientes, seja nas atividades de custeio e na precificação de produtos, considerando diferentes níveis de serviços, seja do ponto de vista técnico, de produção e logística. Atualmente, a empresa tem como seu fornecedor, sua única contratante, a Megamix Distribuidora Ltda. 81 4.8.2 Concorrentes Basta (2003), afirma que os concorrentes influenciam na lucratividade da empresa, bem como na participação de mercado e até mesmo na viabilidade da organização, sendo que uma análise dos concorrentes se faz necessária para servir de base na formulação de estratégias. Essa análise deve englobar também a previsão de crescimento dos concorrentes, o possível surgimento de novos entrantes e a interferência do desempenho de produtos substitutos. Uma empresa de representação comercial que atue nesta mesma região, só será concorrente se explorar o mesmo segmento, pois se a mesma atuar, por exemplo, com autopeças, medicamentos ou materiais elétricos apenas estará no mesmo ramo comercial. Os concorrentes da Top Foz, podem concorrer duplamente neste mercado, sendo que a primeira fase está direcionada em ser o canal de distribuição da indústria ou produtor (esta disputa pode ser entre as representações comerciais que optaram por este segmento, entre os atacadistas e entre os distribuidores). E a segunda fase onde a disputa passa a ser pelo poder de compra do varejista e os concorrentes são as representações comerciais, os atacadistas, os distribuidores e os produtos substitutos. 4.8.3 Intermediários De acordo com Las Casas (2004, p. 253), quando um fabricante de produtos tecnologicamente complexos que depende de uma especialização para as vendas, detectar que existe um distribuidor independente, com as aptidões exigidas, dependendo de suas necessidades, ele poderá optar pelo intermediário ou então preferir fazê-lo diretamente. Representantes, agentes, concessionários, cooperativas, brokers, 82 corretores, loja de desconto, loja de departamentos, conveniência, franquia, o chamado marketing de rede, além de empresas que operam com marketing direto ou telemarketing, e até grupos voluntários (ou associações de varejistas que congregam funções de interesse comum). (RICHERS, 2.000 p. 252) Nesta situação, a Top Foz caracteriza-se como o intermediário do negócio, sendo a responsável pela intermediação entre representadas e a carteira de clientes. 4.8.4 Órgãos regulamentadores De acordo com Frazão (2007) e SEBRAE (2007), os seguintes órgãos, regulamentam a atividade de Representação comercial no Brasil. a) INSS (Instituto Nacional do Seguro Social); b) JUNTA COMERCIAL; c) CORPO DE BOMBEIROS; d) PREFEITURA; e) RECEITA FEDERAL; f) CORE (Conselho Regional dos Representantes Comerciais) do respectivo estado; g) SINCORE (Sindicato dos Representantes Comerciais) do respectivo estado. 4.8.5 Vendas Como a empresa possui apenas uma representada no momento é feito acompanhamento das metas e do realizado mês a mês. 83 4.8.5.1 Preço de venda do serviço A formação de preço do serviço não é fixa, pois de acordo com o volume de venda e valor agregado do produto é estipulado a comissão sobre a venda realizada. À medida que um produto possui uma dificuldade maior para vender, é cobrado um percentual maior de comissões. 4.8.6 Promoção A promoção da Top Foz pode ser realizada através de cadastramento em sites para representações e/ou, mala direta para potenciais de clientes. Atualmente não se desenvolve nenhum meio de promoção da mesma. 4.8.7 Localização A empresa subaluga uma sala comercial em uma imobiliária, segundo o proprietário os serviços prestados são externos. A sala serve como um ponto fixo para a constituição jurídica da mesma. 4.8.8 Procedimentos de Produção Após a familiarização com os produtos a serem ofertado, é dado início a análise do potencial da carteira de clientes varejistas, identificado qual a melhor abordagem e apresentação do produto, é feito um roteiro de modo a maximizar os recursos e encaixar nos horários dos clientes. A análise é baseada no conhecimento 84 tácito da relação existente com os mesmos. 4.9 MACROAMBIENTE DO MARKETING Para Basta (2003), todas as organizações precisam lidar com fatores os quais não se tem controle, sendo que tais fatores compõem o macroambiente, e mesmo analisando-os e estudando-os, não se tem a garantia da previsão de situações que a empresa possa enfrentar num futuro imediato ou a médio e longo- prazos. Porém, estes fatores devem ser analisados, pois são de grande utilidade no que diz respeito a: a) compreensão de mudanças externas; b) suporte e gerenciamento de estratégias; c) mudança de atitude. De acordo com Chiavenato, (2004, p. 81), o macroambiente é a situação dentro da qual uma empresa está inserida, envolvendo o ambiente externo que se relaciona com a empresa. Quanto a análise do ambiente externo, ela pode se dividir em vários enfoques. Abaixo, serão conceituados os ambientes constituintes do macroambiente e suas relações com a Top Foz. 4.9.1 Ambiente demográfico Kotler (2000, p. 162), afirma que a população é a primeira força que os profissionais de marketing monitoram devido os mercados serem compostos por pessoas. Os principais aspectos a serem analisados neste ambiente são: o tamanho e a taxa de crescimento da população, a distribuição das faixas etárias e sua composição étnica, os padrões e as características domiciliares e os movimentos regionais. Segundo Chiavenato (2004), demografia consiste no estudo estatístico da 85 população humana e de sua distribuição, sendo que os principais indicadores utilizados no processo informal do ambiente demográfico são: a) tamanho, densidade e distribuição geográfica populacional; b) taxa de mobilidade da população e processo migratório; c) taxa de crescimento e de envelhecimento da população; d) taxa de casamentos, natalidade e mortalidade; e) estrutura etária, familiar e residencial; f) nível de escolaridade; g) composição étnica e religiosa. A cidade está localizada no extremo oeste do Paraná, na divisa do Brasil com o Paraguai e a Argentina. Sua população estimada é de 319.189 habitantes. Integra uma área urbana com mais de 700 mil habitantes, constituída também por Ciudad Del Este, no Paraguai, e Puerto Iguazú na Argentina. Possui uma taxa de crescimento anual total de 2,77%. Com uma composição étnica muito variada Foz do Iguaçu é uma das cidades mais cosmopolitas do Brasil, abrigando diversas nacionalidades. 4.9.2 Ambiente social Basta (2003), afirma que o ambiente social é formado por questões relacionadas à demografia, aos valores sociais e aos estilos de vida, sendo que o estudo demográfico deve conter a análise de variáveis como tamanho da população, faixa etária, distribuição geográfica e outras, sendo que o que importa é estar atento à estrutura e mobilidade da população, os estilos de vida e valores sociais em constante mutação, e entendercomo tais fatores afetam a organização. Para Chiavenato (2004), é necessário se analisar no ambiente sociocultural, as tendências relativas às crenças básicas, valores, normas e costumes de uma determinada sociedade. Foz do Iguaçu é considerada uma das cidades mais multiculturais do Brasil, 86 onde mais de 72 grupos étnicos estão presentes na população, provenientes de diversas partes do mundo. Os principais grupos étnicos de Foz do Iguaçu são italianos, alemães, hispânicos (argentinos e paraguaios), chineses, ucranianos, japoneses, e libaneses, que possuem na cidade, a segunda maior comunidade libanesa do Brasil. 4.9.3 Ambiente econômico De acordo com Kotler (2000, p. 167), para que existam mercados é preciso que haja pessoas e poder de compra, este poder de compra depende da renda, dos preços, da poupança, do endividamento e disponibilidade de crédito. Segundo Basta (2003) para uma compreensão maior do impacto que os fatores econômicos geram na empresa, é necessário entender a diferença entre mudanças de ordem cíclica e estrutural. As mudanças de ordem cíclica são previsíveis, e dizem respeito à inflação, ao nível de emprego, a taxa de juros, a taxa cambial, o PIB, a balança comercial entre outros, sendo que as mudanças de ordem estrutural referem-se ao que acontece num determinado setor econômico, que pode envolver um ou mais setores da economia, ele cita ainda como exemplo de uma mudança de ordem estrutural, o interesse de organizações de energia elétrica, pelos mercados de telecomunicações e de gás natural. De acordo com Chiavenato (2004), neste ambiente, é feita á análise de tendências e variáveis que afetam a demanda e a oferta de produtos e serviços nos mercados. Tem como predomínio industrial os setores de produtos alimentícios, madeira, produtos minerais não metálicos, vestuário, calçados e tecidos, e como principais produtos agrosilvopastoris as safras normais de milho e soja e a produção de banana. As atividades econômicas da cidade distribuem-se em indústrias, comércio varejista, comércios atacadistas e de serviços. As principais fontes de renda de Foz do Iguaçu são o turismo e a geração de energia elétrica. É Conhecida 87 internacionalmente por suas atrações, que trazem visitantes do Brasil e do mundo. 4.9.4 Ambiente político Segundo Kotler (2000, p. 174), a sociedade molda nossas crenças, valores e normas. As pessoas absorvem a visão de mundo que define seu relacionamento consigo, com outras pessoas, com organizações, com a sociedade, com a natureza e com o universo. As organizações devem dar importância à persistência dos valores culturais centrais, a existência de sub-culturas e mudanças dos valores ao longo do tempo. Conforme Basta (2003), no contexto do ambiente político deve-se considerar a atuação dos partidos e dos grupos que eles representam, sendo que variáveis como privatizações, instituições jurídicas, legislação sindical, lei de patentes, impostos, código de defesa do consumidor e a legislação vigente, entre outras, são algumas das mais importantes no que diz respeito a esse ambiente. Para Chiavenato (2004), a aprovação do novo Código Civil Brasileiro e as discussões no plenário sobre reformas tributárias, previdenciárias entre outras, são fruto de uma ênfase na importância do desenho institucional e legal para o adequado funcionamento dos mercados e políticas públicas, surgidas nos últimos anos. No ambiente político, o setor de representações comerciais, não é diretamente afetado com relação à atuação de partidos políticos, sendo que as leis sindicais do CORE regem este tipo de empresa em todo o território nacional, com sub-sedes em todos os estados da federação. 4.9.5 Ambiente tecnológico Kotler (2000, p. 171) afirma que a tecnologia é uma das forças que mais afeta a vida das pessoas. As organizações devem acompanhar as seguintes 88 tendências em tecnologia: a aceleração do ritmo das mudanças tecnológicas, as oportunidades ilimitadas para inovação, as variações dos orçamentos de Pesquisa e Desenvolvimento (P & D) e a regulamentação mais rigorosa. De acordo com Basta (2003), a empresa deve refletir quanto à tecnologia do produto e da produção que podem afetar a economia do setor e a presença de produtos substitutos, sendo que esta analise ajuda na tomada de decisão quanto a investimentos em pesquisa e desenvolvimento e se é conveniente adotar novas tecnologias, adequando-se aos novos hábitos e padrões de consumo de indivíduos e organizações. Para Chiavenato (2004), no ambiente tecnológico, a empresa deve analisar as “tendências relativas ao conhecimento humano que possam influenciar o uso de matérias-primas e insumos ou a aplicação de processos operacionais ou gerenciais”. Os fatores tecnológicos da empresa em estudo estão associados ao desenvolvimento de capital intelectual, contingencial, uso de ferramentas como, palms, notebooks, meios de locomoção e comunicação, além de técnicas de benchmarking. 4.9.6 Ambiente natural Para Kotler (2000 p. 169), as organizações precisam estar conscientes das ameaças e oportunidades associadas às quatro tendências do ambiente natural: a escassez de matérias primas, o custo mais elevado da energia, os níveis mais altos de poluição e a mudança no papel dos governos. A empresa deve estar atenta ao possível aumento de preço de insumos utilizados em suas operações, assim como mudanças governamentais relacionadas à legislação referentes à área de representação comercial como o enquadramento da empresa (simples, normal, etc) e os direitos e deveres relacionados à rescisões contratuais. 89 4.10 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Atualmente, a estrutura da empresa é bastante simples, uma vez que é uma sociedade simples, onde somente uma pessoa atua juntamente com a parte contábil, que é terceirizada. Nas propostas de melhoria, o organograma é proposto de maneira que atenda a todas as funções necessárias para o desenvolvimento das atividades da empresa. 4.10.1 Legislação e tributação A empresa se reporta as diretrizes da Lei nº 4.886/65 e ao estatuto do representante comercial regido pelo CORE (Conselho Regional dos Representantes Comerciais), que estará anexo a este trabalho. A mesma se encaixa no regime normal que faz o recolhimento dos impostos de maneira tradicional, ou seja, cumprem todos os requisitos previstos em Lei para cada imposto existente. 4.10.2 Custos Os itens que serão listados abaixo formam o montante do custo operacional de uma empresa de representação comercial, lembrando que a TOP FOZ por ser domicílio tributário, não tem despesas com imóvel. a) água, telefone, energia elétrica; b) IPTU; c) alvará (de acordo com vistoria, atividade e tamanho do estabelecimento); d) aluguel; e) honorários do contador; f) pró-labore; g) manutenção dos equipamentos; 90 h) salários e encargos; i) material de limpeza; j) material de escritório; k) combustível; l) depreciação; m) sindicato dos representantes; n) CORE; o) corpo de bombeiros (cobrada de acordo com o tamanho do estabelecimento); p) contribuição ao INSS de 31% sobre o pró-labore, sendo 20% patronal e 11% para aposentadoria; q) impostos de 11,85% sobre o faturamento sendo: • 0,65% PIS → Contribuição para programas de integração social; • 3% Confins → Contribuição para financiamento da seguridade social; • 3% ISSQN → Imposto sobre serviços de qualquer natureza; • 2,8% CS → Contribuição Social (recolhida a cada 3 meses, usando-se o montante de faturamento neste período como base de cálculo); • 2,4% IR → Imposto de Renda (recolhido da mesma forma como é recolhida a contribuição social). 4.10.3 Roteirização É indispensável uma roteirização dos clientes para redução de gastos com recursos, comoo combustível, e a diminuição do tempo que se leva para o atendimento da carteira de clientes. Fato que não impossibilita uma visita extra a algum cliente. 4.11 ANÁLISE DO AMBIENTE O autor Richers (2000, p. 167), explica que o futuro de uma empresa, independentemente de seu tamanho, está ligado a evolução do ambiente, sendo 91 que as empresas não influenciam o mesmo, pelo contrário, são influenciadas. A empresa, para sobreviver, precisa adaptar-se às variáveis econômicas, políticas, sociais, culturais, tecnológicas e ecológicas. A análise do ambiente interno da empresa é de suma importância para que sejam identificados os fatores determinantes que poderão alterar os rumos da organização, tendo assim uma base para a tomada de decisões. 4.11.1 Pontos Fortes De acordo com Silva (2006, p. 46), os pontos fortes são os aspectos mais positivos da organização em relação ao seu produto, serviço ou unidade de negócios, sendo variáveis com boa possibilidade de controle pela organização. O autor cita alguns aspectos a serem analisados como pontos fortes: as competências essenciais da empresa, as competências em pesquisa e desenvolvimento, a competência da marca, a capacidade para inovações, competências em vendas, competências em logística e distribuição, participação no mercado, tendências de investimentos, competências operacionais, disponibilidade para crescer, entre outros. Os principais pontos fortes da Top Foz são: a) cumprimento das metas propostas mês a mês pela representada atual; b) bom relacionamento com a carteira de clientes; c) credibilidade; d) dedicação; e) comprometimento; f) conhecimento de mercado; g) eficácia em venda e relacionamento duradouro com os clientes. 92 4.11.2 Pontos fracos De acordo com Silva (2006, p. 46) os pontos fracos são os aspectos mais negativos da empresa em relação ao seu produto, serviço ou unidade de negocio. O autor cita alguns aspectos a serem analisados como pontos fracos: falta de domínio em competências essenciais, terceirização de pesquisa e desenvolvimento, dificuldades financeiras para novos projetos, resistência interna à inovação, tímida participação no mercado, equipe de vendas insuficiente, falhas em logística e distribuição, pouca flexibilidade operacional para crescer, custos operacionais elevados, gerencia despreparada, entre outros. Podem ser considerados como as fraquezas da empresa: a) não possuir uma equipe treinada e qualificada para atender as possíveis representadas a serem captadas; b) não possuir um canal de propagação da empresa direcionado as possíveis representadas; c) não possuir um espaço físico para a capacitação dos colaboradores em caso de expansão; d) falta de um escritório para organizar a empresa e recepcionar algum cliente. 4.11.3 Ameaças Segundo Oliveira (2005, p. 90), “Ameaças: são as variáveis externas e não controláveis pela empresa, que podem criar condições desfavoráveis para a mesma”. Para Dias (2006, p. 183), “As ameaças refletem as tendências ambientais que poderão comprometer o desempenho futuro de uma empresa”. Além dos concorrentes diretos e os produtos substitutos, existe ainda a crescente procura pela negociação eletrônica (internet), onde produtos que se 93 vendem por si só poderão ser comprados através de pregões realizados entre atacados e distribuidores. 4.11.4 Oportunidades Para Dias (2006, p. 183), “As oportunidades correspondem a possibilidade de mercado em que a empresa pode auferir resultados lucrativos”. Oportunidades: são as variáveis externas e não controláveis pela empresa, que podem criar condições favoráveis para a empresa, desde que a mesma tenha condições e/ou interesse de usufruí-las. (OLIVEIRA, 2005, p. 90) A consolidação da Top Foz em seu segmento, ocorre na medida em que as parcerias com as representadas começam a gerar lucratividade e aumento dos laços comerciais, sendo que a mesma poderá explorar outras regiões do país, prestando serviços para as mesmas representadas, porém necessita-se que sejam realizadas algumas pesquisas em relação ao perfil do mercado a ser explorado, já que cada região possui suas peculiaridades. Outra oportunidade é a exploração de outros segmentos na mesma cidade como por exemplo, o setor de auto-peças, medicamentos, calçados e tantos outros existentes. 94 5 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS Para melhor entendimento de como está o potencial mercadológico e o posicionamento das empresas de representação comercial de Foz do Iguaçu, foi realizada com o CORE-PR, uma entrevista a fim de disponibilizar mais uma ferramenta para o presente estudo. O segundo meio de coleta de dados, foi um questionário realizado com as possíveis representadas, com propósito identificar o enquadramento das possíveis representadas em relação ao porte, sua política de vendas, assim como exigências do profissional de vendas, o grau de importância de alguns itens específicos em uma empresa de representação comercial, como é formado quadro de vendas destas representadas, a principal fonte de busca por representações, o entendimento das vantagens ao optar por este sistema de terceirização, qual sistema de terceirização mais buscado, e qual é o maior atrativo da cidade de Foz do Iguaçu no que diz respeito ao seu potencial mercadológico. 5.1 ANÁLISE DA ENTREVISTA REALIZADA COM O CORE-PR (ANEXO A) Apurou-se através da entrevista, que no momento a cidade de Foz do Iguaçu possui 430 representações comerciais, sendo elas dividas em 250 autônomos e o restante jurídico, vale lembrar que esse montante está subdividido em diversos segmentos, uma vez que não poderá ser esmiuçada qual a quantidade de representações por segmento pelo motivo de cada uma poder se cadastrar e atuar em vários segmentos. O setor supermercadista de Foz do Iguaçu tem um potencial grande, visto que os segmentos alimentícios estão na liderança de procura por representantes. A demanda por representações comerciais do comércio local tem crescido consideravelmente, pois a maioria das empresas tem olhos voltados ao mercado externo, abrindo uma representada nesta cidade, tem se a idéia que abrir-se-iam as portas para abranger a área internacional devido a tríplice fronteira, visto que a área 95 da representação comercial é de suma importância para as empresas podendo ampliar em muito sua carteira de clientes, criando um processo produtivo de crescimento. Entrevistou-se o CORE-PR quanto os procedimentos que uma empresa deve realizar para buscar uma representação comercial, o órgão propôs que ideal seria ter em mente qual a área/região que a empresa trabalhará, deve-se decidir também os segmentos que serão representados. É preciso definir o perfil da representada e então os interessados podem entrar em contato com a mesma, salientou o órgão que disponibiliza de um serviço chamado de oportunidade de negócio, no site www.corepr.org.br. A partir de tal negociação é só juntar a documentação necessária para ser um representante legal habilitado e encaminhar- se até uma regional mais próxima para fazer seu registro. Assim como as empresas que buscam representantes analisam seu perfil histórico e idoneidade os representantes devem realizar o mesmo trabalho. Identificaram-se os segmentos que mais procuravam por representantes e constatou-se que os campeões são os produtos alimentícios, medicamentos, cosméticos e planos empresariais. Destas, algumas empresas querem representantes exclusivos, porém a grande maioria não faz esta exigência, pois sabem que o ramo de representação comercial é extenso, com uma vasta área de segmentos, não precisando assim, que as representadas destes sejam seus concorrentes diretos. É possível trabalhar com várias representadas sem interferirem nenhuma delas, ou diminuir suas vendas. Pelo fato de Foz do Iguaçu não possuir um parque industrial solidificado e tão pouco grandes atacados ou distribuidores, a incidência de empresas da cidade buscar por representantes é muito baixa, restringindo basicamente a empresas de produtos de limpeza e segmentos de telefonia móvel. Dessa forma a pesquisa propiciou conhecimentos auxiliares para o entendimento mercadológico da região de atuação da empresa. 96 5.2 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO REALIZADO COM AS REPRESENTADAS (ANEXO B) Os dados coletados da pesquisa quantitativa foram tabulados e serão apresentadas as perguntas com os seus respectivos resultados, serão abordadas também as questões qualitativas, com uma análise geral das respostas obtidas: 1 – Qual a política de vendas de sua empresa? Politica de Vendas da Empresa 42% 8% 42% 0% 8% Representantes Vendedores Registrados Mista Jurídicas com Sub- Representantes Jurídicas com equipe de vendas prórpia Gráfico 1 - Política de Vendas da Empresa Fonte: Os autores (2008). Quanto à política de vendas, constatou-se que de todas as empresas entrevistadas que procuraram por uma representação, 8% delas permaneciam com o seu quadro de vendas formado por vendedores registrados (CLT) e as demais fracionadas em 42% por representantes, 42% de forma mista (representantes e vendedores registrados) e 8% por empresas de Representação Comercial com equipe própria de vendas, sendo que não houve registros de empresas que atuem em parceria com empresas de Representação Comercial com sub-representantes. 97 2 – Qual o porte da sua empresa? Porte da Empresa 0% 25% 25% 50% Microempresa Pequena Média Grande Gráfico 2 - Porte da empresa Fonte: Os autores (2008). Em relação as empresas que buscaram por representação comercial metade delas são de grande porte e a outra metade dividida igualmente entre pequenas e médias, sendo que não houve registro de microempresas nesta setor. 3 – Qual o principal requisito para formação do quadro de vendas de sua empresa? Requisitos - Quadro de Vendas 8% 8% 17% 25% 42% Responsabilidade Confiabilidade Empatia Especialização na área Experiência Gráfico 3 - Requisitos para formação do quadro de vendas Fonte: Os autores (2008). Pode-se citar que os requisitos para formação do quadro de vendas das 98 empresas, foi o item que embora quase metade 42% das possíveis representadas opinassem pela experiência, é o item que mais dividiu opiniões, pois as organizações são diferentes umas das outras e cada uma tem suas peculiaridades e necessidades. 4 – Em relação às características do seu representante comercial, destaque o grau de importância de cada um dos itens abaixo com notas de 1 a 5, sendo 1 para menor importância, até 5 para extrema importância: Relevância - Características das Representações 4,3 3,2 4,7 3,6 4,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 Carteira de clientes Empresas que atendem uma região maior Histórico da empresa Empresas que atendam atacado, varejo, e micro-varejo Segmento dos produtos Gráfico 4 - Relevâncias quanto às características das representações Fonte: Os autores (2008). Para identificar qual a relevância de aspectos de uma empresa de representação comercial foram mencionados cinco itens característicos que podem ser ofertados pelas mesmas. A pontuação variou de 1 a 5, sendo a pontuação de 1 quando fosse de menor relevância e 5 quando de maior relevância. Diagnosticou-se o histórico da empresa no seu raio de atuação é de extrema importância, pois reflete a idoneidade e responsabilidade da organização, destacando-o com a maior média de 4,7, o segmento dos produtos vendidos pela representação comercial teve uma média de 4,5, pois a mesma não pode representar produtos concorrentes entres si, seguida pela carteira de clientes com a média de 4,3 que pode ser uma vantagem competitiva quando a representação possui um bom relacionamento com os membros da carteira de compradores. Os tipos de clientes atendidos como os segmentos de atacado, varejo e micro-varejo ficaram com 3,6 de média devido ao 99 tipo de distribuição exigida por cada produto e o aspecto menos relevante para as representadas com 3,2 de média está para o atendimento de regiões maiores, devido à necessidade de melhor exploração de áreas menores, dado assim um maior foco na prestação de serviços. 5 – Qual o principal meio que sua empresa utiliza para recrutar seus representantes? Representações - Fontes de Busca 8% 8% 42% 42% 0% Anúncios de jornais e revistas Internet e anúncios em sites Informações no comércio local de destino No CORE mais próximo do destino No próprio site da empresa (anunciando) Gráfico 5 – Representações – Fontes de Busca Fonte: Os autores (2008). Com o intuito de saber a melhor forma de propagar e direcionar a Top Foz às possíveis representadas questionou-se quais os meios que estas representadas buscariam por empresas de representação. Percebeu-se então que nenhuma das entrevistadas anuncia em seus próprios sites e que destas, 42% buscam informações no comércio local do destino sobre a disponibilidade de representações, assim como o mesmo percentual busca informações através do CORE-PR, uma fatia de 8% busca em anúncios de jornais e revistas e as restantes em anúncios de sites especializados de representantes. 100 6 – Sua empresa prefere que seu prestador de serviços de vendas seja: Preferências - Quadro de Vendas 17% 8% 8% 59% 8% Representante autônomo / Pessoa física Representação com equipe de vendas (empregados) Representação com equipe de vendas (sub- representantes) Representante exclusivo Representante com outras representadas não concorrentes Gráfico 6 - Preferências – Quadro de vendas Fonte: Os autores (2008). O próximo quesito investigado relaciona-se com as preferências na formação do quadro de vendas dessas empresas, mesmo quando na pratica não seja esta a constituição da equipe de vendas. Concluiu-se então que 59% das representadas preferem um representante exclusivo para seus produtos, 17% preferem um representante autônomo / pessoa física 8% representantes com outras representadas não concorrentes, 8% representações com equipe de vendas empregada, assim como equipes de vendas com sub-representantes. 7 – Sua empresa sabe quais são as vantagens em se ter uma empresa de representação comercial em seu quadro de vendas, ao invés de um vendedor contratado? Se sim, quais? Quanto às vantagens em se ter uma empresa de representação comercial no quadro de vendas das empresas ao invés de um vendedor no regime CLT, são claramente perceptíveis aos entrevistados, todos respondendo estarem cientes e dando maior relevância nas vantagens de redução de custos, devido a remuneração ser diretamente por comissões dos resultados das vendas, o que proporciona motivação e incentivo próprio do representante, o fato de o representante não gerar vínculo empregatício, teve participação significativa nas respostas, frisando a menor burocracia e isenção da carga tributária aplicada a funcionários. A experiência dos 101 representantes na área de vendas e o relacionamento que se cria entre as empresas são fatores considerados vantajosos por parte dos entrevistados. 8 – Qual o perfil exato que um Representante Comercial necessita para atender a sua empresa? De acordo com as empresas entrevistadas, que traçaram um perfil desejado de representantes comercias, a experiência foi a qualidade mais procurada, seguidode fatores de boa apresentação (boa dicção, boa aparência, educação, empatia. postura e hábitos saudáveis). Pode-se traçar um perfil desejado, sendo representantes experientes e com boa apresentação, que possuam uma carteira de clientes e uma estrutura física (carro ou moto) para atendê-la e que possua comprometimento notável com o serviço prestado. Assim como de uma forma geral, boas referências e histórico pessoal e profissional, também se tornam relevantes no complemento do perfil desejado. 9 – Qual dos motivos abaixo levou ou levaria sua empresa a explorar o potencial mercadológico da cidade de Foz do Iguaçu? Potencial Mercadológico - Foz do Iguaçu 58%25% 0% 17% 0% Potencial econômico Região de fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina) Constante tráfego de turistas Demografia da cidade Baixa concorrência Gráfico 7 – Potencial Mercadológico – Foz do Iguaçu Fonte: Os autores (2008). Com a intenção de detectar qual o fator mercadológico da cidade de Foz do Iguaçu – PR se destaca como atrativo para ser explorado pelas representadas, identificou-se nas respostas que 58% consideram o potencial econômico, 25% 102 consideram região de fronteira e 17% consideram demografia municipal, sendo que não houve registros de empresas que optaram pela baixa concorrência e pelo tráfego constante de turistas. 103 6 PROPOSIÇÕES DE MELHORIA Através da pesquisa e do diagnóstico do projeto, são propostas as seguintes adaptações de melhorias: a) desenvolver canais de comunicação com as representadas; b) estruturar a empresa fisicamente; c) elaborar um book (catálogo) com as aptidões da empresa; d) desenvolver meios de análise da viabilidade na captação de novas representadas; e) criação de ferramentas que identifiquem a empresa; f) organograma da empresa. 6.1 DESENVOLVER CANAIS DE COMUNICAÇÃO COM AS REPRESENTADAS Envolverá o desenvolvimento de canais de comunicação da empresas com suas representadas e sua carteira de clientes, como site da empresa, que conterá todas as informações necessárias sobre a empresa, telefone e outros meios de comunicação que se propaguem em todo território de atuação, para que a empresa seja vista, e que todos os seus possíveis futuros parceiros, saibam da existência da mesma, aumentando as chances de contatos que poderão render novas parcerias entre a Top Foz com uma representada. Um destes canais deverá ligar diretamente a Top Foz com representadas potenciais, não dependendo do CORE como intermediador da oferta e demanda por representação comercial. Sendo esta ferramenta, definida como a principal estratégia para o crescimento da empresa. 104 6.2 ESTRUTURAR A EMPRESA FISICAMENTE A empresa deverá se estruturar fisicamente, ter um espaço para a realização dos treinamentos, capacitação e apoio aos profissionais que estarão inter-relacionados com o universo da empresa, assim como adquirir os recursos materiais e humanos necessários, ou seja, a contratação dos profissionais da área administrativa (financeiro, supervisores e marketing) e de vendas, assim como a aquisição de computadores, programas de computador e materiais de escritório em geral. O espaço utilizado pela empresa deverá ser alugado ou financiado, uma vez que para a aquisição de um espaço, seria necessário um investimento fora dos padrões atuais da empresa. 6.3 ELABORAR UM BOOK (CATÁLOGO) COM AS APTIDÕES DA EMPRESA Consiste numa ferramenta que destacará as especialidades da Top Foz, demonstrando o tipo de negócio da empresa e os seus pontos fortes, poderá ser divulgado através da internet e outros meios de comunicação, para que as representadas conheçam a empresa, e percebam o diferencial da mesma. 6.4 DESENVOLVER MEIOS DE ANÁLISE DA VIABILIDADE NA CAPTAÇÃO DE NOVAS REPRESENTADAS Trata-se do desenvolvimento de ferramentas capazes de estabelecer normas e padrões, que definirão quais tipos de empresas poderão ser representadas pela Top Foz, analisando suas principais características. Os próprios gestores da empresa deverão utilizar esses meios, devendo respeitar as particularidades de cada representada, para que não se generalizem 105 aspectos que podem ser decisivos na tomada de decisão quanto a realizar a parceria ou não. Como uma empresa de representação comercial não pode representar produtos concorrentes entre si (do mesmo segmento), deve-se então, avaliar se mix de produtos de uma representada não irá impossibilitar a captação de outra com potencial de ganho maior. 6.5 CRIAÇÃO DE FERRAMENTAS QUE IDENTIFIQUEM A EMPRESA Criação do slogan, logomarca que irão identificar a empresa perante seu público, a logomarca por exemplo, deverá ser criada por um profissional da área, devendo passar uma imagem marcante, que seja de fácil identificação, já o slogan deverá ser uma frase curta e que demonstre de preferência a principal aptidão da empresa, tanto a logomarca quanto slogan, devem despertar a curiosidade e a atenção de que está os vendo, para que a empresa seja lembrada com mais facilidade. 6.6 ORGANOGRAMA DA EMPRESA É proposto um organograma que englobe todas as funções necessárias para o atendimento das expectativas dos representantes, representadas e carteira de clientes, assim como a terceirização da área jurídica e contábil. Os vendedores, sub-representantes ou promotores, serão supervisionados e treinados por um Supervisor de Vendas, que seria o responsável por este setor, fornecendo relatórios e planilhas de análise do mercado e de vendas de cada vendedor, por representada. O setor de marketing atuará na divulgação da empresa, na descoberta e análise de ameaças e oportunidades, no planejamento e na formulação de estratégias que antecipem ameaças e possibilitem o aproveitamento das 106 oportunidades. Já o setor financeiro, realizaria os pagamentos e controlaria todo o fluxo de caixa da empresa, assim como serviços de cobrança e fornecimento de relatórios específicos que demonstrem os resultados da empresa em termos de lucratividade. A seguir, o organograma proposto: Figura 1 - Organograma proposto Fonte: Os autores (2008). DIRETOR FINANCEIRO SUP. VENDAS MARKETING VENDEDORES SUB-REPRESENTANTES PROMOTORES JURÍDICO CONTABIL 107 7 CONCLUSÃO A Representações Top Foz Regional Ltda., possui um leque de oportunidades muito amplo, porém cabe a mesma, adequar-se as exigências do mercado e atender as expectativas das empresas que buscam por representações. Já que este nicho é composto em sua grande maioria de organizações de médio e grande porte, o que conseqüentemente pode indicar estas empresas como detentoras de produtos de fácil aceitação no mercado e resultar em lucros para ambas as partes envolvidas no negócio. Entre as estratégias para a captação destas empresas estão a identificação da política de vendas das mesmas, o que elas esperam de quem as irá representá- las. Assim como mensurar o grau de importância dos dados e dos aspectos característicos das empresas de representação comercial. Conforme a análise dos dados comprovou, a empresa deverá ser constituída por representantes com vasta experiência na área e que tenham boa apresentação, carteira de clientes e uma estrutura física para atendê-la. Tendo demonstrado também que a vantagem mais perceptível do ponto de vistas das representadas é a redução dos custos aliado a facilidade de distribuição de seus produtos em maiores áreas de atuação. Entende-se ainda que, embora haja meios de comunicação que possa ligar as representadas com as representações, estes meios trazem poucos resultados, pois a maioria das organizações tem de buscar em mais de um meio de informações, para encontrarquem lhes sirva a contento. Portanto já que a pesquisa demonstrou que a cidade de Foz do Iguaçu-PR transmite a estas empresas ter um potencial econômico favorável a elas, cabe ao gestor da Top Foz analisar as propostas sugeridas, avaliado assim, a viabilidade ou não da nova parceria comercial. 108 REFERÊNCIAS AAKER, David A; KUMAR, V; DAY, George S. Pesquisa de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004. BASTA, Darci. Fundamentos de Marketing. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. BOONE, Louis E; KURTZ, David L. et al. Marketing contemporâneo. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998. BUENO, Hamilton; MARTINS, Sandro G. Representação comercial e distribuição: 40 anos da Lei n. 4.886 / 65 e as novidades do CC/02 (arts. 710 a 721).EC 45/04: estudos em homenagem ao prof. Rubens Requião. São Paulo: Saraiva, 2006. CERTO, Samuel C. Administração estratégica: planejamento e implantação da estratégia. 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Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005. 112 ANEXO A – ENTREVISTA COM O CORE-PR Entrevista realizada com o CORE-PR (2008): 1 – Qual o perfil das representações comerciais da cidade de Foz do Iguaçu – PR? 2 – Quantas representações e representantes comerciais existem em Foz do Iguaçu (pessoas físicas e jurídicas)? 3 – Qual o potencial de mercado do setor supermercadista de Foz do Iguaçu? 4 – Qual a média do tempo de duração de uma empresa de representação comercial? 5 – A demanda por representações comerciais em Foz do Iguaçu, cresce, diminui ou está estagnada nos últimos 5 anos? 6 – Qual o índice de demanda por representações comerciais em Foz do Iguaçu? 7 – Quais os procedimentos que uma empresa deve realizar para buscar uma representação comercial? 8 – Quais os melhores procedimentos que uma representação deve fazer para atrair novas representadas? 9 – Quais os fatores devem ser examinados para decidir qual a melhor representada a representar? 10 – Quais os segmentos de maior procura por representação comercial? 11 – Existem empresas em Foz do Iguaçu que procuram por representação 113 comercial em Foz do Iguaçu? Quais são? 12 – Qual o porte das empresas que mais procuram representação comercial, pequeno, médio ou grande? 13 - As representadas em geral procuram representações exclusivas ou não fazem exigências quanto a esse aspecto? 114 ANEXO B – QUESTIONÁRIO COM AS REPRESENTADAS Questionário destinado às Representadas: Nome da empresa: Data do questionário: Em relação às questões abaixo, favor negritar a opção escolhida: 1 – Qual a política de vendas de sua empresa? a) Representantes b) Vendedores registrados c) Mista (representantes e vendedores registrados) d) Empresas de representação com sub-representantes e) Empresas de representação com equipe de vendas própria 2 – Qual o porte da sua empresa? a) Microempresa b) Pequena c) Média d)Grande 3 – Qual o principal requisito para formação do quadro de vendas de sua empresa? a) Responsabilidade b) Confiabilidade c) Empatia d) Especialização na área e) Experiência 115 4 – Em relação às características do seu representante comercial, destaque o grau de importância de cada um dos itens abaixo com notas de 1 a 5, sendo 1 para menos importância, até 5 para extrema importância: ( ) Carteira de clientes ( ) Empresas que atendem uma região maior ( ) O histórico da empresa ( ) Empresas que atendam atacado, varejo e micro-varejo ( ) O segmento dos produtos vendidos pela empresa 5 – Qual o principal meio que sua empresa utiliza para recrutar seus representantes? a) Anúncios de jornais e revistas b) Internet e anúncios em sites (Boletim de Representações) c) Informações no comercio local de destino d) No CORE (Conselho Regional de Representação Comercial) mais próximo do destino de atuação e) No próprio site da empresa (anunciando) 6 – Sua empresa prefere que seu prestador de serviços de vendas seja: a) Representante autônomo / pessoa física b) Representação com equipe de vendas (empregados) c) Representação com equipe de vendas (sub-representantes) d) Representante exclusivo e) Representante com outras representadas não concorrentes 7 – Sua empresa sabe quais são as vantagens em se ter uma empresa de representação comercial em seu quadro de vendas, ao invés de um vendedor contratado? Se sim, quais? 116 8 – Qual o perfil exato que um Representante Comercial necessita para atender a sua empresa? 9 – Qual dos motivos abaixo levou ou levaria sua empresa a explorar o potencial mercadológico da cidade de Foz do Iguaçu? a) Potencial econômico b) Região de Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina) c) Constante tráfego de turistas d) Demografia da cidade e) Baixa concorrência