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Código de Defesa do Consumidor - Art 49

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DO CENTRO OESTE
GESTÃO DO CURSO DE DIREITO
J.S.P
3º Semestre - Noturno
Disciplina: Direito do Consumidor
Professor: Marcelo de Andrade Nobis
Referências: biblioteca virtual – Manual de Direito do consumidor – direito material e Processual ( 1ª parte.Direito Material.TARTUCE. Flávio, p. 258 a 262) – link direito: http://online.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-309-4153-6/pages/53489860
RESENHA
 Direito de Arrependimento nos Contratos de Consumo – Art. 49 da Lei 8.078/90
Enuncia o caput do Art. 49 da Lei 8.078/1990:
“O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 07 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio”.
Esse Direito de arrependimento se mostra claro em seu próprio enunciado, mas temos ainda assim que interpretá-lo em nossa realidade. Tal direito tem uma ideia de esse prazo de 07 dias seria o tempo necessário para uma reflexão em relação ao produto ou serviço solicitado, podendo assim, dentro do prazo, cancelar tal relação de consumo sem necessária justificação. Sendo que ainda temos que nos atentar, referente ao Artigo em questão, seu ato contínuo:
Parágrafo único. “Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.”
Caso haja arrependimento por parte do consumidor, o valor pago ao produto ou serviço deverá ser devolvido de imediato.
Levando em consideração a descrição da Lei e o ano de sua elaboração, vemos que ainda não existia a atual evolução a respeito das vendas pela internet ou outros meios de comunicação semelhantes, essa Lei engloba, apesar de deixar visíveis os casos de telefonia ou a domicílio, toda relação de consumo fora do estabelecimento físico, portanto a conclusão da jurisprudência nacional deixa compreensivo que apesar de citado somente o fornecimento de produtos por telefonia ou a domicilio, há a presença da palavra “especialmente”, mudando assim a interpretação onde essas serviriam como exemplos desse fornecimento de produtos fora de estabelecimento físico podendo incluir assim as vendas pela internet e outros meios.
Há como um impasse referente a compras de passagens aéreas pela internet, já que algumas decisões afastam a incidência da norma, uma vez que o consumidor tem consciência do que está adquirindo, enquanto outras tantas ementas aplicam o art. 49 alegando que o fim social da norma é justamente de abranger a hipótese de compra e venda contemporânea.
Não podemos deixar de mencionar na boa fé objetiva, sendo que esta deve estar presente na conduta do consumidor no exercício desse direito de arrependimento, para que “se evitar abusos é que o prazo de reflexão é exíguo, de apenas sete dias”, em outras palavras “não pode o consumidor agir no exercício deste direito em abuso, desrespeitando a boa-fé́ e a função social do negócio”, tendo como exemplo desse caso a hipótese de alguém que utiliza um serviço prestado pela internet e sempre se arrepende, de forma continuada, para nunca pagar pelo consumo. Por obviedade a norma está sendo aplicada em desrespeito ao seu escopo principal, não podendo a conduta do consumidor ser premiada.

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