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TRAUMA PEDIÁTRICO Rayssa Duarte – 6º 2018-2 É a principal causa de óbito entre 1 a 15 anos Diversos mecanismos: Traumas fechados Queimaduras Afogamentos Maus tratos DIFERENÇAS DA CRIANÇA EM RELAÇÃO AO ADULTO CARACTERÍSTICA EFEITO PÓS TRAUMA Menor massa corpórea Maior energia transmitida – maiores lesões Maior superfície corpórea/peso Perda mais rápida de calor Esqueleto mais flexível Maior energia para causar fraturas Estado psicológico Maior estresse, menor colaboração, dificuldade de comunicação Menor volume sanguíneo Menor tolerância a hipovolemia. Maior exigência metabólica Resposta metabólica ao trauma exacerbada Fases de crescimento Possibilidade de lesões interferirem no crescimento Propensão a aerofagia Maior risco de aspiração e distensão gástrica Menor diâmetro de via aérea Maior risco de obstrução, maior dificuldade de intubação Sistema imune imaturo Maior risco de infecção pós esplenectomia Suturas cranianas incompletas Resposta diferente nos TCE graves SINAIS VITAIS NO PACIENTE PEDIÁTRICO IDADE Peso (kg) FC (bpm) PA (mm/Hg) FR (irm) Débito urinário (ml/kg/m) 0 a 6 meses 3 a 6 180 a 160 60 a 80 60 2 Lactente 12 160 80 40 1,5 Pré-escolar 16 120 90 30 1 Adolescente 35 100 100 20 0,5 ESPECIFICIDADES NO ATENDIMENTO A – VIAS AÉREAS Perimetro cefálico maior em relação a superfície corpórea, a tendência é ficar em flexão. Fazer instalação de conchim no ombro para realinhas via aérea é muito utilizada. Laringe mais alta e anterior: cuidado na intubação. Traqueia menor: cuidado para não introduzir o tubo à fundo. Posição de “cheirar”: retificar com o conchim. Aspirar, retirar corpos estranhos e posicionar Oxigênio suplementar Cânula de guedel: não pode colocar em criança acordada por causa do reflexo do vômito, há pouca tolerância. Não se faz a rotação para colocar a canula orofaríngea. Precisa colocar abaixar de língua e já introduzir a cânula, evita machucar o palato mole. Via aérea definitiva Anel cricóide = estreitamento – tubo fica preso na traqueia, então dispensa cuff Tamanho da cânula Atropina 0,1 a 0,5 mg em menores de 1 anos – evita que faça bradicardia na hora da intubação. Succinilcolina 2mg /kg crianças <10 kg 1 mg/kg peso superior para crianças >10kg Relaxamento muscular de curta duração, é despolarizantes. Etomidado 0,1 mg/kg ou Midazolam 0,1 mg/kg – Hipovolemia Etomidato 0,3 mg/kg (normovolêmico) Intubação orotraqueal: recomendada. Intubação nasotraqueal: é CONTRAINDICADA em idade inferior a 12 anos – risco de lesão de partes moles. Cricotireoidostomia: é CONTRAINDICADA em menores de 12 anos – risco de estenose. Só se faz por PUNÇÃO!!!!! B – VENTILAÇÃO Levar em consideração o trauma torácico na criança. Hipoventilação é uma das maiores causas de óbitos, sendo que em 10% dos traumas há comprometimento do tórax. A maioria é em trauma fechado. Se necessidade de drenagem, usar drenos de menor diâmetro. C – CIRCULAÇÃO Reserva fisiológica aumentada – sinais vitais mantidos mesmo sem gravidade. Sinais de choque após 25% de perda. Reposição volêmica com cristaloide (verificar necessidade de usar sangue) por punção periférica. A punção femoral (controvérsia) pode causar trombose, pode ser contraindicada. Opção: fazer infusão intraóssea (menos de 6 anos), 2cm abaixo da protuberância tibial. PERDA VOLÊMICA <25% 25 a 40% >45% Cardíaco Pulso fraco, filiforme, taquicardia Taquicardia Hipotensão, taquicardia ou bradicardia Sist. Nervoso central Letárgico, irritável, confuso Mudança no nível de consciência, fraca resposta a dor. Comatosa Pele Fria e úmida Cianose, enchimento capilar, lento, pele fria. Pálida, muito fria Rins Redução mínima do débito urinário Diminuição acentuada do débito urinário Ausência de débito urinário Reposição volêmica Volume sanguíneo – 80ml0kg Reposição inicial – cristaloide em bolus – 20 ml/kg Repetição em 3 vezes – 60mg/kg Concentrado de hemácias – 10ml/kg. Débito urinário – 1ml/kg – Maiores de 1 ano 2ml/kg – menores de 1 ano Trauma abdominal na criança – cuidado – as lesões parenquimatosas estáveis são passiveis de controle clínico e conduta conservadora. D – ESTADO NEUROLÓGICO. RESPOSTA VERBAL PEDIÁTRICA 5 Palavras apropriadas ou sorriso social; fixa e segura objetos 4 Chora, mas é consolável 3 Choro persistente e irritável 2 Inquieto e agitado 1 Sem resposta Glasgow abaixo de 8 = TCE grave Aumento da pressão intracraniana. Trauma de crânio Convulsões – são comuns e a maioria autolimitada Menor tendência a lesões focais Hipertensão intracraniana com menor frequência em crianças muito pequenas Lactentes – a sutura aberta pode comportar volume. Se sangramento, choque. Tolera mais lesões expansivas. Lesão raquimedular Ligamentos mais flexíveis – comum ter pseudoluxações Pseudoluxação abaixo de 7 anos – C2-C3 Exposição e prevenção da hiportermia – difícil Fraturas – diagnóstico mais difícil. Fratura em “galho verde”. Termorregulação – maior superfície. Manter a criança aquecida. SÍNDROME DA CRIANÇA ESPANCADA (SÍNDROME DE CAFFEY)
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