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19/10/2016 1 JOELHO Márcio Candido A articulação do joelho é particularmente suscetível à lesão traumática, por estar localizada nas extremidades de alavanca longas, da tíbia e do fêmur. Além disso está articulação conecta um osso longo “assentado” sobre outro osso longo, sua força e estabilidade dependem dos ligamentos e dos músculos circundantes. 19/10/2016 2 Como essa articulação depende enormemente de seus ligamentos, é primordial que eles sejam testados no exame do joelho. Devido seu arranjo anatômico o joelho é uma área cuja avaliação é difícil, e o examinador deve despender tempo para assegurar-se que todas as estruturas sejam testadas. 19/10/2016 3 A articulação do joelho possui um eixo e um grau de liberdade em flexão e extensão. O Joelho trabalha essencialmente em compressão, sob a ação da gravidade. Movimento acessório de rotação sobre o eixo longitudinal da perna, só aparece quando o joelho está fletido. 19/10/2016 4 Estabilidade em extensão Mobilidade em flexão . Flexão – instabilidade, exposiçào às lesões meniscais e ligamentares. Extensão – fraturas e rupturas ligamentares. Eixo latero-lateral (plano sagital) – Flexo-extensão. Eixo longitudinal – rotação Eixo antero-posterior (em flexão) – movimento de lateralidade. ADM: - Flexão: 135° - Extensão: 0° 19/10/2016 5 Genu varo Genu valgo Genu recurvatum 19/10/2016 6 Função da patela: Aumenta a eficácia do quadríceps, levando para frente a sua força de tração. Flexão: ◦M. Semimembranoso, m. semitendinoso, m. bíceps femoral, ◦m. sartório e m. grácil (flexores e rotadores internos do joelho). Extensão: ◦M. quadríceps femoral (m. vasto medial, m. vasto lateral, m. vasto intermédio e m. reto anterior) 19/10/2016 7 São meios de união elásticos transmissores das forças de compressão. Cada um dos meniscos se fixa no platô tibial. Menisco Interno/Medial ◦ Formato de meia lua (C) ◦A margem interna esta fixa pelas fibras do LCM ◦A margem posterior está fixa pelo tendão do m. semimembranoso. Menisco Externo/Lateral ◦Anel quase completo (O) ◦O LCP se fixa na face posterior do menisco externo. 19/10/2016 8 Os meniscos são avasculares nos dois terços internos cartilaginosos e parcialmente vascularizados e fibrosos no canto externo. Servem a várias funções do joelho, ajudam na lubrificação e na nutrição da articulação e atuam na diminuição de impactos, distribuindo o estresse sobre a cartilagem articular e evitando seu desgaste. 19/10/2016 9 Tornam as superfícies articulares mais congruentes, ou seja, melhoram a distribuição de peso, aumentando a área de contato dos côndilos. Reduzem o atrito durante o movimento e ajudam os ligamentos e a cápsula na prevenção da hiperextensão. Acredita se que o menisco possui uma inervação mínima, de modo que a dor é mínima ou ausente no início da lesão. Porém quando levado ao stress, gera dor ao paciente, principalmente em estágios avançado da lesão. O menisco lateral não está firmemente fixado à tíbia como o menisco medial, devido a isso apresenta menor propensão à lesão. 19/10/2016 10 Quando os meniscos não seguem os deslocamentos dos côndilos, são surpreendidos em posição anormal e terminam “esmagados”. Extensão brusca do joelho: ruptura transversal da face anterior do menisco do joelho que se dobra como o canto de um cartão de visita. (Ex.: Chute no ar) Torção + rotação externa: Lesão de menisco medial. Ocorre uma compressão do menisco medial. Formando uma lesão em “alça de balde”. Fissura longitudinal do menisco. Desinserção total. Fissura complexa. Ex.: Girar o corpo sobre o pé parado; queda sobre perna dobrada (jogadores). Ex.: Girar o corpo sobre o pé parado; queda sobre perna dobrada (jogadores). 19/10/2016 11 Ligamento Colateral Medial - LCM Ligamento Colateral Lateral – LCL Ligamento Cruzado Anterior - LCA Ligamento Cruzado Posterior - LCP 19/10/2016 12 Mantêm a estabilidade transversal do joelho em extensão. Extensão: ◦ Tensos Flexão: ◦ Distendidos/frouxos 19/10/2016 13 Traumatismo face externa do joelho – abertura da interlinha medial (Força em Valgo): ◦ Fratura platô tibial externo da tíbia (com ou sem separação e afundamento) Traumatismo face interna – abertura da interlinha lateral (Força em Varo): ◦ Fratura completa do platô tibial medial ◦ Ruptura do ligamento colateral lateral. *Quanto o ligamento se rompe primeiro, não há fratura do platô. 19/10/2016 14 Mantêm a estabilidade ântero-posterior do joelho Situados no centro da articulação. LCA: mais vertical; LCP: mais horizontal. 19/10/2016 15 LCA – freio da hiperextensão ◦ tenso LCP ◦ frouxo 19/10/2016 16 Limitada pelos músculos flexores: principalmente pelos músculos (m. sartório, m. grácil, m. semitendinoso) e bíceps femoral. LCA ◦ frouxo LCP ◦ tenso “O anterior está em pé, enquanto o posterior está sentado”. 19/10/2016 17 Os ligamentos cruzados impedem a rotação interna do joelho estendido. Os ligamentos colaterais impedem a rotação externa. Rotação Interna: LCA - tenso LCP - frouxo Rotação Externa: LCA - frouxo LCP - tenso 19/10/2016 18 O LCA durante a flexão é responsávelo pelo deslocamento do côndilo para anterior enquanto rola para trás. O LCP durante a extensão o LCP é responsável pelo deslocamento para trás enquanto rola frente. Movimentos de gaveta são movimentos anormais de deslocamento ântero- posterior da tíbia em relação ao fêmur. Gaveta posterior deslocamento da tíbia sobre o fêmur para trás por ruptura do LCP. Gaveta anterior deslocamento da tíbia sobre o fêmur para frente por ruptura do LCA. 19/10/2016 19 Como o acidente ocorreu ou qual foi o mecanismo da lesão? O pct já lesou o joelho anteriormente ou sente fraqueza nessa articulação? O pct realiza funções normais do joelho? Apresenta dificuldade para correr, frear, rodar, subir ou descer escadas? O joelho falseia? A marcha é normal? Que tipo de calçado usa? 19/10/2016 20 19/10/2016 21 Testes especiais De Joelho 19/10/2016 22 Testa ruptura do LCA Decúbito dorsal + joelhos fletidos a 90º + pés aplanados. Envolver o joelho com ambas as mãos. Tração anterior. (+) Gaveta anterior 19/10/2016 23 Testa LCP Empurrar a tíbia p/ posterior. (+) lesão do LCP. Lesão do LCA é mais comum do que LCP. 19/10/2016 45 19/10/2016 24 ◦ Paciente em decúbito dorsal. Segure o tornozelo com uma das mãos e coloque a outra mão em torno dos joelhos de modo que a sua eminência tenar fique de encontro à cabeça da fíbula do paciente. Exerça um esforço em valgo para abrir a face medial da articulação do joelho. Palpe a linha articular medial procurando por alguma lacuna. * mais lesado, causa maior instabilidade no joelho. 19/10/2016 47 ◦ Mesmo posicionamento do paciente que o teste anterior. Reverta a posição de suas mãos. Empurre o joelho lateralmente e o tornozelo medialmente, tentando abrir a face lateral da articulação do joelho (esforçoem varo). Novamente, procure uma falha de enchimento, ou lacuna. ◦ *A abertura poderá ser visível e/ou palpável. 19/10/2016 25 Pcte. decúbito ventral. Flexão de joelho 90º. Fixe a face posterior da coxa do paciente apoiando seu joelho sobre esta. Realize uma compressão e rode a tibia medialmente e lateralmente (visando comprimir os meniscos lateral e medial entre a tíbia e o fêmur). Se a manobra provocar dor, provavelmente há lesão de menisco. Solicite ao paciente que localize a dor com precisão. Dor à rotação medial indica lesão em menisco medial. Dor à rotação lateral indica lesão em menisco lateral. (+) Dor localizada. Teste de Apley – Ruptura de menisco 19/10/2016 26 Determinar o estado das superfícies articulares da patela e do sulco troclear do fêmur. Condromalácea. Defeitos osteocondrais ou alterações degenerativas. Paciente decúbito dorsal, pernas relaxadas em posição neutra. Empurre a patela distalmente no interior do sulco troclear. Peça ao paciente para contrair o quadríceps, enquanto o examinador impõe resistência à patela. O deslizamento uniforme, indica nenhum comprometimento das superfícies (-). Se houver alteração nas superfícies articulares, esta manobra provocará atrito e crepitação nas superfícies articulares. O paciente se queixará de dor e desconforto. (+) Teste de Compressão Patelar 19/10/2016 27 Para determinar se há grande derrame articular. Paciente decúbito dorsal. Estenda a perna do paciente cautelosamente, peça para relaxar o quadríceps. Em seguida empurre a patela para o interior do sulco troclear e solte-a rapidamente. Teste Patela Flutuante (+) Havendo grande quantidade de líquido no interior da articulação, a patela ficará sob esse líquido, mediante a compressão, a patela será forçada inicialmente a se deslocar para as laterais da articulação, e em seguida, retornará a posição inicial. A este fenômeno é dado o nome de patela flutuante. Teste Patela Flutuante 19/10/2016 28 Teste Patela Flutuante Perimetria
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