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02 FRATURAS – Complicações e tto

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FRATURAS: COMPLICAÇÕES E TRATAMENTOS
Prof. Anielly Cristina de Oliveira
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FRATURAS - COMPLICAÇÕES
Imediatas – precoce:
Exposição óssea;
Choque hipovolêmico;
O choque se manifesta quando se tem perda de 30% do volume sanguíneo circulante normal, aproximadamente 1 ½ litro. 
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FRATURAS - COMPLICAÇÕES
Embolia gordurosa;
Sua incidência maior em pacientes obesos, politraumatizados e principalmente em pacientes que apresentem fraturas de ossos longos (tíbia, fêmur, úmero) geralmente são pacientes idosos (50 a 80), em fraturas que se localizam ao nível do quadril que frequentemente levam o indivíduo a fazer uma embolia gordurosa que se não fizer uma conduta imediata leva o paciente a morte.
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FRATURAS - COMPLICAÇÕES
Lesão vascular;
Se localizam ao nível da artéria braquial, da artéria poplítea, artéria femural ou artéria tibial. Decorrente de traumatismo ou através de projétil de arma de fogo ou ainda a devido a uma espícula óssea seccionando a artéria.
- Pesquisar sempre o pulso radial e ulnar.
- Pesquisar pulso poplíteo e art. tibial se a lesão for no joelho.
- No 1/3 proximal do fêmur, pesquisando pulso da artéria femural.
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FRATURAS - COMPLICAÇÕES
Lesão nervosa.
A classificação das lesões nervosas proposta por SEDDON, (1943) mereceu uma aceitação generalizada, porém só é usada raramente. Ele dividiu essas lesões nos três seguintes grupos.
Neuropraxia, designado uma pequena contusão ou compressão de um nervo periférico com preservação do cilindro eixo porém possivelmente com um pouco de edema ou desintegração  de um segmento localizado da bainha de mielina. Assim sendo, a transmissão dos impulsos é interrompido fisiologicamente por um certo tempo. Sua recuperação ocorrerá em poucos dias ou semanas.
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Axoniotmese, designando uma lesão mais significativa com desintegração do axônio e degeneração Walleriana distal porém, com preservação da célula de Schwann e dos tubos endoneurais. Pode-se esperar a regeneração espontânea com a boa recuperação funcional.
Neurotmese, designando uma lesão mais grave com secção anatômica completa do nervo ou lesão extensa por avulsão ou esmagamento. O axônio e os tubos e com células de Schwann sofrem ruptura completa O perineuro e epineuro também sofrem ruptura em graus variáveis. Segmentos dos dois elementos podem formar pontes sobre a lacuna quando a secção completa não é evidente. Nesse grupo, não é possível esperar uma recuperação espontânea significativa.
Principalmente as que se localizam ao nível do cotovelo, ao nível do ombro e ao nível do côncavo poplíteo.
 Observar a sensibilidade táctil, dolorosa e térmica no local da fratura logo que ocorra o traumatismo.
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As 3 lesões anátomo patológica:
Neuropraxia  
Axonotmesis   
Neurotmesis
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Síndrome Compartimental 
A síndrome compartimental é definida pelo aumento da pressão de um compartimento osseofascial que pode ocorrer nos MMII ou MMSS.
A SCA acontece geralmente devido a trauma direto na região, causando dor, edema e de acordo com o estágio, o paciente já apresenta déficits sensoriais nas extremidades devido ao aumento da pressão, podendo já estar associado ao sofrimento tecidual e redução do fluxo sanguíneo, em alguns casos ocorre a interrupção desse fluxo. 
Por todas essas características, torna-se uma emergência médica e o tratamento é cirúrgico através do procedimento chamado fasciotomia.
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FRATURAS - COMPLICAÇÕES
Tardias, na evolução:
Retardo na consolidação;
A não união das fraturas é devido a não execução da técnica, do que aos osteoblastos. Consideramos um retardo de consolidação de um osso, principalmente o osso longo, média de evolução de cicatrização por 3 a 4 meses.
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FRATURAS - COMPLICAÇÕES
Consolidação viciosa;
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FRATURAS - COMPLICAÇÕES
Pseudoartrose;
Rigidez articular.
São fraturas que não consolidaram no tempo hábil de cicatrização ou união óssea.
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FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DAS FRATURAS
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A fisioterapia irá restabelecer a função do paciente, com o objetivo de fazer com que ele retorne as suas atividades do dia a dia o mais rápido possível. 
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FISIOTERAPIA
DOR
EDEMA
ADM
CICATRIZ
FORÇA MUSCULAR
FLEXIBILIDADE
FUNCIONALIDADE
MOBILIZAÇÃO ARTICULAR
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Logo, o tratamento fisioterapêutico promoverá a melhora da qualidade de vida do paciente.
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FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO DAS FRATURAS
Depende:
Terapia aplicada pelo médico;
Consolidação da fratura;
Fase de reabilitação;
Complicações.
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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: FRATURAS
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FRATURAS
Redução
Alinhamento
Imobilização
TRATAMENTO MÉDICO
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IMOBILIZAÇÃO
ENFRAQUECIMENTO DO TECIDO CONECTIVO
DEGENERAÇÃO DA CARTILAGEM ARTICULAR
ATROFIA MUSCULAR
DESENVOLVIMENTO DE CONTRATURAS
DIMINUIÇÃO DA CIRCULAÇÃO
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FRATURAS: (EXISTÊNCIA) Lesão dos tecidos moles com sangramento e formação de cicatriz.
Se for necessário repouso no leito: exercícios gerais para as partes não envolvidas minimizam as alterações fisiológicas sistêmicas.
Se for fratura de MMII, deve ensinar ao paciente maneiras alternativas de deambulação se ele puder sair do leito.
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FRATURAS
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TTO DURANTE O PERÍODO DE IMOBILIZAÇÃO:
Resumo dos problemas /comprometimento:
Inicialmente, inflamação e edema;
Na área imobilizada, atrofia muscular progressiva, formação de contratura, degeneração de cartilagem e diminuição da circulação;
Possibilidade de enfraquecimento geral do corpo se tiver em repouso no leito;
Limitações funcionais impostas pelo local da fratura e método de imobilização utilizado.
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FRATURAS
OBJETIVOS GERAIS:
↓ os efeitos da inflamação durante o período agudo;
↓ os efeitos da imobilização;
Se o paciente estiver confinado ao leito, manter a força e ADM nos grupos musculares principais;
Ensinar adaptações funcionais.
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FRATURAS
TTO FISIOTERAPÊUTICO:
Gelo, elevação;
Contrações isométricas intermitentes, ADM ativa para a articulação acima e abaixo da região imobilizada;
ADM resistida nos grupos musculares principais não imobilizados, especialmente na preparação para deambulação futura;
Uso de aparelhos para assistência ou suporte na deambulação ou mobilidade no leito.
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ADM ativa
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FRATURAS
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS APÓS O PERÍODO DE IMOBILIZAÇÃO:
Haverá ↓ na ADM, atrofia muscular e dor articular nas estruturas que foram imobilizadas. As atividades devem ser iniciadas cuidadosamente para não traumatizar as estruturas enfraquecidas.
Inicialmente o paciente terá dor no início do movimento, que deve diminuir progressivamente à medida que melhorar o movimento articular, força muscular e ADM.
Se ocorrer lesão de tecido mole durante a fratura, irá formar-se uma cicatriz inelástica, levando a uma ↓ da ADM ou dor durante o alongamento da cicatriz. O tecido cicatricial deverá ser mobilizado para obter um movimento sem dor.
Tenha cuidado todas as vezes que houver sobrecarga na parte distal ao local da fratura, até que o local da fratura esteja radiologicamente cicatrizado. Quando isso ocorrer, o osso terá integridade estrutural normal e pode suportar a sobrecarga normal.
Avalie para determinar o grau e a amplitude da mobilidade perdida, a força disponível, e os tecidos que apresentam disfunção. 
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FRATURAS
CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA O TTO TERAPÊUTICO PRÉ-OPERATÓRIO:
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Determine os comprometimentos primários como a quantidade e tipo de dor articular, derrame ou crepitação que o paciente está experimentando.
Meça a ADM ativa e passiva da articulação ou membro envolvido.
Verifique a ADM de todas as outras articulações.
Gradue a força do membro afetado.
Estime a força das articulações ou membros não afetados como base para a deambulação, transferências e AVD pós-operatória.
Determine o nível de independência funcional que o paciente tem no pré-operatórioe o nível que ele espera no pós-operatório.
Avalie as características da marcha, tipos de aparelhos de assistência, e grau de peso que é sustentado durante a deambulação. Observe desigualdades no comprimento das pernas.
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FRATURAS
ORIENTAÇÃO INICIAL DO PACIENTE:
Explique o plano de tto que o paciente pode esperar durante o período pós-operatório.
Alerte o paciente sobre quaisquer precauções ou contra-indicações para movimentos ou sustentação de peso que devem ser seguidas no pós-operatório.
Ensine ao paciente os exercícios que serão iniciados no período pós-operatório imediato. Estes incluem:
Exercícios de respiração profunda;
Exercícios ativos de tornozelo, se possível, para prevenir estase venosa;
Exercícios leves de contração muscular isométrica nas articulações imobilizadas.
Ensine ao paciente a movimentação básica no leito.
Ensine ao paciente como usar aparelhos de assistência, como muletas ou bengalas, que poderá precisar após a cirurgia.
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FRATURAS
METAS PÓS-OPERATÓRIAS E ORIENTAÇÕES DE EXERCÍCIOS:
RESUMO DOS PROBLEMAS/COMPROMETIMENTOS:
Dor pós-operatória devido à incisão nos tecidos mole;
Edema pós-operatório;
Complicações circulatórias e pulmonares pós-operatórias;
Rigidez articular ou limitação no movimento devido à lesão em tecido mole e imobilização pós-operatória necessária;
Atrofia muscular devido à imobilização;
Perda de força para atividades funcionais;
Limitação na sustentação de peso;
Probabilidade de perda de força e mobilidade em articulações não operadas.
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FRATURAS
OBJETIVOS GERAIS – FASE DE PROTEÇÃO MÁXIMA (pós-operatório):
↓ a dor pós-operatória, proteção muscular ou espasmo;
↓ ou minimizar o edema;
Prevenir complicações circulatórias e respiratórias como tromboflebite, embolia pulmonar ou pneumonia;
Prevenir rigidez articular residual desnecessária ou contraturas em tecidos moles;
↓ a atrofia muscular ao longo das articulações imobilizadas;
Manter a mobilidade e a força em áreas acima e abaixo do local operado.
Manter a mobilidade funcional enquanto protege o local operado.
Orientar o paciente.
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FRATURAS
TTO FISIOTERAPÊUTICO – FASE DE PROTEÇÃO MÁXIMA (pós-operatório):
Exercícios de relaxamento; uso de TENS, frio ou calor; mobilização passiva contínua (MPC) durante o período pós-operatório inicial.
Elevação do membro operado, exercícios ativos de bombeamento nas articulações distais; massagem.
Exercícios ativos para a musculatura distal; exercícios de respiração profunda.
Contrações isométricas leves iniciadas imediatamente após a cirurgia.
Exercícios ativos e resistidos na ADM em áreas não operadas.
Treino de marcha com aparelhos de assistência apropriados.
Instrução sobre posições e movimentos a serem evitados nas AVDs.
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FRATURAS
OBJETIVOS GERAIS – FASE DE PROTEÇÃO MODERADA (pós-operatório):
Restaurar gradualmente a mobilidade do tecido mole e articulação;
Fortalecer os tecidos envolvidos e melhorar a estabilidade articular;
Continuar a manter a integridade funcional das áreas não operadas;
Orientar o paciente.
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FRATURAS
TTO FISIOTERAPÊUTICO – FASE DE PROTEÇÃO MODERADA (pós-operatório):
Exercícios de ADM ativo-assistidos e ativos dentro dos limites da dor.
Isométricos em múltiplos ângulos usando-se resistência progressiva crescente.
Fortalecimento progressivo de áreas não operadas usando-se exercícios resistidos em cadeia cinética aberta ou fechada.
Ensinar ao paciente monitorar os efeitos do programa de exercícios e fazer ajustes caso aumente a dor ou edema.
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FRATURAS
OBJETIVOS GERAIS – FASE DE PROTEÇÃO MÍNIMA / RETORNO À FUNÇÃO(pós-operatório):
↓ dor devido a sobrecarga em contraturas ou adesões.
↑ a mobilidade de tecido mole.
Fortalecer músculos de suporte, desenvolver equilíbrio biomecânico entre os grupos musculares.
Desenvolver resistência muscular à fadiga nos músculos movimentadores primários e estabilizadores.
Progredir na independência funcional.
Orientar o paciente.
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FRATURAS
TTO FISIOTERAPÊUTICO – FASE DE PROTEÇÃO MÍNIMA / RETORNO À FUNÇÃO (pós-operatório):
Alongamento seletivo para as estruturas limitantes: alongamento passivo, massagem, mobilização articular. 
Progressão: de resistência submáxima para máxima.
Especificidade do exercício usando concêntricos, excêntricos, cadeia fechada e aberta; de plano único para múltiplos; de movimentos simples para complexos; estabilidade proximal controlada, mobilidade distal sobreposta.
Progressão na velocidade e tempo.
Continuar exercícios de fortalecimento e propriocepção, iniciar o desmame dos aparelhos de suporte. 
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PRECAUÇÕES GERAIS
Evite certos movimentos articulares ou sustentação de peso de acordo com o procedimento cirúrgico.
Progrida os exercícios gradualmente durante o período pós-operatório imediato. Os tecidos moles manipulados durante a cirurgia estarão inflamados. Permita um tempo adequado para que haja cicatrização.
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Evite qualquer exercício vigoroso ou de alta intensidade de alongamento ou resistência em músculos ou tendões em que tenha havido incisão e reinserção durante a cirurgia por aproximadamente 6 semanas, para assegurar cicatrização e estabilidade adequadas.
Observe continuamente o nível do derrame, dor e drenagem na incisão. Se for notado um aumento acentuado, avise imediatamente e pare o exercício naquela área até segunda ordem.
PRECAUÇÕES GERAIS
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Modifique ou evite quaisquer atividades recreativas, ocupacionais ou pessoais que possam contribuir para uma eventual falha no reparo ou reconstrução cirúrgica. 
PRECAUÇÕES GERAIS
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