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SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento
DERAL - Departamento de Economia Rural
PECUÁRIA DE CORTE 
MARÇO 2014
BRASIL
 Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil no ano de 
2012 abateu 31,1 milhões de cabeças, com uma produção de carne de 7.350.924 
toneladas. Em 2011, o país abateu 28,8 milhões de cabeças, com uma produção de 
6.783.537 toneladas, demonstrando crescimento em produtividade. De acordo com a 
citada instituição o país em 2011, apresentou um rebanho de 212 milhões de cabeças. As 
taxas de desfrute do Brasil nos últimos anos tem variado entre 16 a 18%. 
De janeiro a setembro de 2013 o país abateu 25.577.483 cabeças, com crescimento de 
11,5% em relação a igual período do ano anterior. 
Estatísticas do Setor
TABELA 01 - BRASIL – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CABEÇAS BOVINAS ABATIDAS - 
ANO 2012 E 2013 (*jan a set)
Brasil – Número de Cabeças Abatidas
Ano 2012 (jan-set.) Ano 2013 (jan-set.) Variação %
22.931.174 25.577.483 11,5
Fonte: IBGE – Pesquisa Trimestral do Abate
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
TABELA 02- BRASIL – EVOLUÇÃO NA PRODUÇÃO DE CARNE – ANO 2012 E 2013 
(*jan a set)
Brasil – Peso Total das Carcaças (T)
Ano 2012 (jan-set.) Ano 2013 (jan-set.) Variação %
5.400.638 6.042.357 11,8
Fonte: IBGE – Pesquisa Trimestral do Abate
 Como podemos observar nas tabelas acima, estão sendo confirmadas as expectativas 
de crescimento no número de animais abatidos e produção de carne, previstas pelo IBGE 
e USDA no ano passado. Estas estatísticas, geram a expectativa que o Brasil sustente 
este aumento na oferta de animais este ano, embora exista a dependência de alguns 
fatores para que isto ocorra, como o comportamento do clima e o comportamento do 
mercado externo. Outro ponto a ser observado é o custo com o insumo das rações, o que 
pode interferir na oferta de animais prontos para abate. No ano passado os custos com o 
milho caíram devido a baixa nas cotações do produto, entretanto se elevaram devido a 
necessidade de suplementação devido a escassez de pastagens maltratadas pelo clima 
atípico, os custos com a soja mantiveram-se praticamente iguais a 2012, sem falar no alto 
custo do sal mineral, componente da dieta que pesa nas despesas do pecuarista. 
 Com o aumento da oferta, se torna essencial a recuperação dos mercados externos, 
visando o crescimento das exportações, para que seja evitado o inchaço de oferta interna 
e depressão dos preços, com consequente retomada de um ciclo de baixa. 
BRASIL – EVOLUÇÃO DO REBANHO BOVINO
 Nas tabelas a seguir podemos observar a evolução do rebanho bovino brasileiro. Entre 
os anos de 2010 a 2013, o crescimento foi de 0,82%. A região centro-oeste, em todos os 
anos avaliados manteve-se em primeiro lugar, agregando o maior rebanho bovino 
brasileiro. Esta região é tradicional em pecuária de corte, possui grandes propriedades 
com grande potencial natural para esta finalidade. A situação de clima, solo, relevo e 
pastagens favorecem a atividade. Fora isto, a pecuária do centro-oeste brasileiro conta 
com profissionais cada vez mais capacitados e comprometidos com o aumento da 
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
produtividade.
 Outro aspecto que favorece o centro-oeste é a logística. Nesta região, estão situadas 
grandes plantas de empresas frigoríficas, que demandam grande volume diário de 
animais e possuem grande capilaridade de captação. 
TABELA 03 - Brasil - Efetivo dos rebanhos - Ranking descendente
Variável = Efetivo dos rebanhos (Cabeças)
Tipo de rebanho = Bovino
Ano = 2010
“ranking” Brasil e Grande Região
Brasil 209.541.109
1 Centro-Oeste 72.559.996
2 Norte 42.100.695
3 Sudeste 38.251.950
4 Nordeste 28.762.119
5 Sul 27.866.349
Nota: 1 - Os municípios sem informação para pelo menos um efetivo de rebanho não aparecem nas listas. 2 - Efetivos 
dos rebanhos em 31/12. 
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal 
TABELA 04 - Brasil - Efetivo dos rebanhos - Ranking descendente
Variável = Efetivo dos rebanhos (Cabeças)
Tipo de rebanho = Bovino
Ano = 2011
“ranking” Brasil e Grande Região
Brasil 212.815.311
1 Centro-Oeste 72.662.219
2 Norte 43.238.310
3 Sudeste 39.335.644
4 Nordeste 29.585.933
5 Sul 27.993.205
Nota: 1 - Os municípios sem informação para pelo menos um efetivo de rebanho não aparecem nas listas. 2 - Efetivos 
dos rebanhos em 31/12. 
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal 
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
TABELA 05 – Brasil - Efetivo dos rebanhos - Ranking descendente
Variável = Efetivo dos rebanhos (Cabeças)
Tipo de rebanho = Bovino
Ano = 2012
“ranking” Brasil e Grande Região
Brasil 211.279.082
1 Centro-Oeste 72.385.029
2 Norte 43.815.346
3 Sudeste 39.206.257
4 Nordeste 28.244.899
5 Sul 27.627.551
Nota: 1 - Os municípios sem informação para pelo menos um efetivo de rebanho não aparecem nas listas. 2 - Efetivos 
dos rebanhos em 31/12. 
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal 
 A nova realidade conjuntural que o Brasil atravessa na pecuária de corte, realmente 
está mudando a regionalização da atividade, que está migrando cada vez mais para o 
norte do país, o que podemos confirmar nas tabelas anteriores. A boa rentabilidade de 
produtos agrícolas como o milho, soja, cana-de-açucar e em menor escala os florestais 
(principalmente o pinus e eucalipto), aliado aos altos custos de produção da pecuária e a 
baixa rentabilidade que a atividade atravessou nos últimos anos, impulsionaram os 
produtores a mudar de atividade, transformando suas pastagens em lavouras e abatendo 
suas matrizes. 
 Este cenário foi observado em regiões nobres do país, como no centro-oeste, no sul e 
sudeste, aonde a produtividade de grãos é viável e rentável na maior parte das 
propriedades bem administradas. Sendo assim, muitos pecuaristas mudaram seus 
investimentos no setor pecuário para a região norte, atraídos pelos baixos preços das 
terras, pelas boas condições para a criação de bovinos (bom regime de chuvas, boas 
pastagens), incentivo do governo local e acesso facilitado a linhas de crédito para 
investimentos, aspectos que contribuem para a redução dos custos e viabilidade da 
atividade. 
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
TABELA 06 - Efetivo dos rebanhos - Ranking descendente
Variável = Efetivo dos rebanhos (Cabeças)
Tipo de rebanho = Bovino
Ano = 2012
“ranking” Brasil e Unidade da Federação
Brasil 211.279.082
1 Mato Grosso 28.740.802
2 Minas Gerais 23.965.914
3 Goiás 22.045.776
4 Mato Grosso do Sul 21.498.382
5 Pará 18.605.051
6 Rio Grande do Sul 14.140.654
7 Rondônia 12.218.437
8 São Paulo 10.757.383
9 Bahia 10.250.975
10 Paraná 9.413.937
11 Tocantins 8.082.336
12 Maranhão 7.490.942
13 Santa Catarina 4.072.960
14 Ceará 2.714.713
15 Acre 2.634.467
16 Espírito Santo 2.285.345
17 Rio de Janeiro 2.197.615
18 Pernambuco 1.895.642
19 Piauí 1.689.926
20 Amazonas 1.445.739
21 Alagoas 1.221.266
22 Sergipe 1.156.157
23 Paraíba 967.067
24 Rio Grande do Norte 858.211
25 Roraima 686.491
26 Amapá 142.825
27 Distrito Federal 100.069
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipio
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
EXPORTAÇÕES - MERCADO EXTERNO
 Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA/Agrostat Brasil, a 
partir de dados da SECEX/MDIC), o Brasil no ano de 2013, enviou ao exterior 1.504.317 
toneladas de carne bovina (“in natura” e industrializada), resultado 21% superiora 2012, 
quando enviou 1.242.492 T aos mercados externos. A receita em 2013 foi 16% superior 
ao ano anterior. 
 TABELA 07 - BRASIL - EXPORTAÇÕES DE CARNES BOVINA (2006 A 2013*)
Ano Volume (T) Valor (US$ FOB)
Carne Bovina
2013 1.504.317 6.660.011.367
2012 1.242.492 5.744.134.848
2011 1.095.601 5.348.496.552
2010 1.230.570 4.795.356.990
2009 1.245.139 4.118.482.028
2008 1.383.865 5.325.479.529
2007 1.615.041 4.424.544.092
2006 1.523.244 3.923.410.713
Fonte: Agostat Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC
Nota: carne bovina(miudezas, “in natura” e industrializada); 
 Em 2014 as exportações iniciaram o ano indicando bons resultados. Segundo o MAPA, 
no primeiro bimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, as 
exportações deram um salto. Em valores o acréscimo foi de 30% e em volume foi de 25%. 
TABELA 08 - BRASIL - EXPORTAÇÕES DE CARNES BOVINA /JANEIRO e FEVEREIRO 
(2013 E 2014)
Ano Volume (T) Valor (US$ FOB)
2013 216.620 964.178.750
2014 270.867 1.166.272.789
Variação (%) 25 30
Fonte: Agostat Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC
Nota: carne bovina(miudezas, “in natura” e industrializada); 
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
PARANÁ
 O Estado do Paraná encontra-se na 10ª colocação no cenário nacional, com 9,4 
milhões de cabeças bovinas. Participando com 4,4% do rebanho nacional. De acordo com 
os dados do SINDICARNE (PR), o estado no ano de 2013 abateu 1.041.927 cabeças 
gerando uma produção de aproximadamente 234.434 toneladas de carne, somente em 
estabelecimentos com Inspeção Federal (SIF). No ano de 2012, de acordo com a mesma 
instituição, o Paraná, abateu 994.169 cabeças bovinas, com uma produção de carne de 
223.689 toneladas, apresentando um crescimento de 4,8% no número de cabeças 
abatidas e produção de carne. 
 No Paraná a grande maioria dos abates são realizados por estabelecimentos que 
possuem SIF (73,8%) do total abatido. 
 
 TABELA 09 - PARANÁ – Abates de Bovinos e Produção de Carne (SIF)
Ano N° de cabeças Kg
Bovinos
2013 1.041.927 234.433.575
2012 994.169 223.688.025
2011 939.521 211.392.225
2010 1.188.315 267.370.875
2009 985.587 221.757.075
2008 1.030.913 231.955.425
2007 1.140.382 256.585.950
2006 1.270.880 285.948.000
Fonte:SINDICARNE (bovinos) /Nota: Kg(Equivalente Carcaça) -Bovinos: 225 Kg por animal.
TABELA 10 - “Ranking” do abate de bovinos (Paraná x Brasil) - Ano base: 2012
Espécie Estados Produtores
Bovinos 1º- MT, 2º- SP, 3º- GO, 4º- MS, 5º- MG, 6º- PA, 7º- RO, 8º- BA, 9º- PR
Fonte: IBGE - Pesquisa Trimestral do Abate / Ano 2012
 No “ranking” de animais abatidos o Paraná encontra-se na 9ª posição, devido ao fato já 
citado de ser um estado de predominância agrícola. Nesta lista o Mato Grosso ocupa o 1º 
lugar. 
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
MERCADO PARANAENSE
 O ano de 2013, apresentou períodos realmente críticos para a pecuária de corte, 
principalmente no que diz respeito a manutenção das pastagens e alimentação do gado. 
O excesso de chuvas em algumas regiões, as fortes geadas, frio intenso e por fim a 
estiagem atrapalharam o implante e desenvolvimento das pastagens, com consequentes 
alterações no ciclo de engorda dos bovinos. 
 Diante deste cenário e com os animais ainda com baixo peso para o abate, os 
produtores optaram por segurar as vendas, a espera da recuperação dos pastos e ganho 
de peso dos bovinos o que elevou as cotações.
 Outra alternativa que vêm sendo utilizada por pecuaristas que possuem caixa para tal 
prática é a suplementação alimentar, utilizando resíduos de lavouras, silagens e o milho, 
aproveitando a queda dos preços do cereal.
 Devido a esta conjuntura é que uma maior oferta de animais prontos para o abate ainda 
está sendo restrita, pois o clima atípico de 2013 e a estiagem aliada as altas temperaturas 
atípicas observadas no primeiro bimestre de 2014, atrasaram toda a estrutura de manejo 
das pastagens e a maior parte dos animais destinados ao corte ainda estão em período 
de engorda.
 Este cenário reflete em cotações ainda altas no varejo, o que também é em parte 
causado pelo acréscimo nos preços da arroba paga aos produtores.
TABELA 11 – VARIAÇÃO DOS PREÇOS DA ARROBA E DO BOI MAGRO RECEBIDOS 
PELOS PRODUTORES 
Produto Fevereiro 2013 Fevereiro 2014 Variação (%)
Boi gordo (arroba) 96,59 113,12 17,11
Boi magro p/engorda (cab.) 1.055,33 1.206,38 14,31
Fonte: SEAB/DERAL
 As cotações da arroba do boi gordo tem se elevado no Estado do Paraná. O ano de 
2013 já vinha apresentando altas na arroba, que em setembro foi cotada a R$ 100,56 
elevando-se mensalmente até fechar fevereiro de 2014 a R$ 113,12, valor 17,11% 
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
superior ao mesmo mês de 2013. No dia 12/03 do corrente ano a arroba do boi foi cotada 
a R$ 118,46 e da vaca R$ 108,29 confirmando o movimento de alta.
 No mesmo período avaliado, a cotação do boi magro elevou-se em 14,31%.
 Atualmente os preços do bezerro desmama (7 a 8 meses) no Estado, tem variado em 
média entre R$ 850,00 para animais comuns a R$ 1.200,00 os bezerros especiais, 
provenientes de cruzamento industrial. 
 O cenário de alta já foi desenhado em 2013, aonde observamos deficiência em 
pastagens devido ao clima atípico, com estiagem, frio intenso, geadas, atraso no 
desenvolvimento das pastagens de inverno e posteriormente de verão.
 A expectativa era que no último bimestre do ano (2013) e início de 2014, as chuvas 
recuperassem as pastagens aumentando o fornecimento de forragens aos animais, com 
consequente aumento de oferta de bois gordos.
 Entretanto, na retomada e melhoria da brota das pastagens em janeiro de 2014, as 
mesmas foram castigadas pelo calor intenso, coincidindo com uma estiagem de quase 30 
dias entre meados de janeiro a meados de fevereiro. 
 Devido a esta situação climática, o ano de 2014 vêm apresentando elevação nas 
cotações da arroba. Atrelado a este fato, está o alto índice no abate de matrizes 
observado a aproximadamente 10 anos, o que ocasiona na atualidade, um alto preço nas 
categorias de reposição, como bezerros e bois magros. Aliado a isso cabe destacar ainda 
o aquecimento das exportações que cresce com a abertura de novos mercados e, 
também, a estiagem em importantes estados produtores, o que faz diminuir a oferta de 
animais que poderiam reforçar a oferta de carnes dentro de nosso estado.
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
TABELA 12 - PARANÁ – VARIAÇÃO DOS PREÇOS MÉDIOS NO VAREJO – ANO SAFRA 
2013/14 (fevereiro) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: 
SEAB/DERAL
 Logicamente o cenário de alta na arroba, acarreta em alta no mercado varejista. Dos 11 
cortes avaliados pelo DERAL, todos apresentaram alta no mês de fevereiro, em relação 
ao mesmo mês no ano de 2013. O que mostrou maior alta foi o contra-filé, que no período 
analisado subiu 14,3%. 
 A tendência é que os preços da arroba mantenham-se em patamares elevados, podendo 
ocorrer uma pequena queda nos meses de pico de safra (abril-maio), aonde os 
produtores necessitam vender seus animais antes da chegada do período de entressafra 
(inverno). Entretanto, fatores como a falta de oferta de animais devido a redução do 
rebanho de matrizes, o aquecimento das exportações e a menor oferta que é comum no 
período de entressafra, devem manter os preços em alta. 
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato:fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
Produto Unidade fev/2013 fev/2014 Variação %
CARNES 
kg
9,01 9,91
9,9
kg
21,56 23,39
8,4
kg
14,97 17,12
14,3
kg
9,16 10,09
10,1
kg 17,07 18,24 6,8
kg
32,05 33,33
3,9
kg 14,83 16,39 10,5
kg 9,16 9,56 4,3
kg
9,98 10,60
6,2
kg
15,52 17,09
10,1
kg
7,97 8,40
5,3
Car bov 
acem 
(s/osso)
Car bov 
alcatra 
(s/osso)
Car bov 
contra-file 
(c/osso)
Car bov 
costela 
(c/osso)
Car bov 
coxao mole
Car bov 
mignon 
(s/osso)
Car bov 
moida 1a.
Car bov 
moida 2a.
Car bov 
paleta 
(c/osso)
Car bov 
patinho 
(s/osso)
Car bov peito 
(c/osso)
EXPORTAÇÕES PARANAENSES 
TABELA 13 - PARANÁ - Exportações de carne bovina (2006 a 2013) 
Ano Volume (T) Valor (US$ FOB)
Carne Bovina
2013 22.169 74.594.303
2012 18.453 61.886.538
2011 13.556 52.515.295
2010 22.185 72.483.100
2009 18.131 53.835.562
2008 26.216 91.847.922
2007 10.416 20.778.942
2006 12.384 23.874.357
Fonte: Agrostat 1Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC Elaboração: SEAB/DERAL
Nota: carne bovina (miudezas, in natura e industrializada); carne suína (“in natura”, miudezas e industrializada); carne 
de frango (in natura e industrializada). Jan-dez
 Como podemos avaliar na tabela anterior as exportações cresceram no ano de 2013, 
apresentando-se superiores 20,1% em volume e 20,5% em receita, em relação ao ano de 
2012.
TABELA 14 - PARANÁ - Exportações de carne bovina, jan. e fev. (2013 e 2014) 
Ano Janeiro e Fevereiro
Carne Bovina Volume (T) Valor (US$ FOB)
2013 4.087 12.702.177
2014 3.833 13.149.256
Fonte: SEAB/DERAL
 
 O Estado do Paraná após anos de embargos e sem exportar carne bovina, está 
voltando ao mercado exportador, devido aos esforços realizados pela Associação 
Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), Sindicarnes, a ADAPAR, SEAB e a 
Superintendência do Mapa no Estado visando a habilitação de novas plantas de 
frigoríficos exportadores. 
 Devido ao sucesso nas negociações, o estado voltou a exportar carne bovina para 
o Egito, um dos dez maiores importadores do produto e recentemente foi habilitado a 
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
exportar para a União Aduaneira, formada pelos mercados da Rússia, Bielorrússia e 
Cazaquistão, o segundo maior comprador do produto brasileiro.
Segundo o Presidente Executivo da ABRAFRIGO, Péricles Salazar “A retomada 
das exportações deverá beneficiar toda a cadeia produtiva da carne bovina e está dando 
um novo alento à atividade no Paraná”. Segundo ele, o rebanho local é de 
aproximadamente 10 milhões de cabeças e o próximo alvo das empresas do estado é o 
mercado iraniano, que está prestes a se abrir.
 No Estado do Paraná, foram habilitadas plantas como a do Frigorífico Astra, de 
Cruzeiro do Oeste, no Noroeste do Estado, que já está enviando cerca de 2 mil quilos 
mensais de carne congelada para a Rússia e o frigorífico VPR, de Colorado que foi 
habilitado no mês de fevereiro. 
 Com a abertura das exportações os frigoríficos investem em mão-de-obra, contratando 
funcionários modernizando as instalações, o que favorece o desenvolvimento social 
destas regiões. 
“O trabalho da área internacional da ABRAFRIGO de habilitação de novas plantas 
exportadoras está sendo realizado em todo o país, num momento em que o mercado 
internacional está aumentando suas compras de carne bovina brasileira e há intensa 
procura por novas fontes de fornecimento do produto”, informa Péricles Salazar.
PERSPECTIVAS
 A pecuária de corte no Brasil está em expansão embora nos últimos anos tenha 
sofrido forte pressão das principais culturas agrícolas. O Brasil é um dos únicos países 
que ainda possui potencial de crescimento da pecuária, uma vez que tradicionais 
fornecedores, estão com restrição em sua capacidade de produção por limitações 
climáticas e econômicas. Entretanto, devido às novas exigências ambientais, os 
produtores precisam aprender a produzir de maneira sustentável, causando o menor 
impacto possível ao meio-ambiente e, nesta área é que se necessita de evolução, 
desenvolvendo e difundindo técnicas que elevem a produção de forma ambientalmente 
correta, maximizando a produção nas áreas já exploradas. 
 O estado do Paraná, é de tradição agrícola e perdeu espaço na pecuária nos 
últimos anos. O Estado, dificilmente se tornará o maior produtor brasileiro de carnes em 
Responsável: Fábio P. Mezzadri
Contato: fmezzadri@seab.pr.gov.br ; (41) 3313-4102
volume. Entretanto deve explorar seu potencial na produção de animais de genética de 
ponta e carne bovina de qualidade superior. Este processo, já iniciou em muitas regiões e 
vêm se intensificando a cada ano, através de iniciativa de grupos e associações de 
produtores, muitas vezes contando com o apoio do governo através da assistência 
técnica. 
 Para que estas perspectivas se tornem uma realidade futura é necessário que 
todos os elos da cadeia façam sua parte. Dentro da porteira é fundamental a gestão do 
empreendimento (capacitação/organização para produção e comercialização do produto). 
Os produtores precisam ter uma visão geral do negócio carne bovina (demanda, 
exigências e comportamento do mercado), adesão quando possível a sistemas e 
mercados diferenciados da carne, estarem atentos a estrutura e funcionamento da cadeia 
produtiva, assim como a formação de preços (oferta, demanda, ciclos). 
 Ao frigorífico cabe, buscar parcerias com o produtor buscando a remuneração justa 
e bonificando produtos de melhor qualidade, os quais serão repassados também a preços 
diferenciados.
 Ao mercado varejista, cabe repassar aos consumidores produtos de qualidade e 
com preços condizentes à remuneração da arroba ao produtor. Este elo da cadeia, 
também se beneficia com a venda de produtos diferenciados e ganha um nicho de 
mercado formado por consumidores mais exigentes que por sua vez pagam a mais por 
uma carne de qualidade superior. Fechando um sistema em que todos se beneficiam com 
um produto de qualidade.
 Além dos aspectos já citados, entendemos que a pecuária de corte deverá se 
especializar cada vez mais nos anos seguintes, uma vez que os produtores que não 
apresentarem eficiência na produção e maximização do uso da terra, não terão uma 
atividade competitiva às culturas agrícolas. 
 Os produtores estão cada vez mais atentos as tendências do mercado, buscando 
produzir o que os consumidores desejam.
Espera-se que com a manutenção das cotações da arroba em alta, os produtores 
voltem a investir na atividade e que o abate de matrizes daqui para frente se reduza. Além 
destes aspectos, se prevê um aumento das áreas de utilização de integração lavoura-
pecuária e de sistemas silvipastoris.
 Enfim, deverá ocorrer uma maior sintonia entre os elos que compõe a cadeia, frigorífico, 
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produtores e varejo buscando oferecer o mercado consumidor carnes de qualidade 
superior e com valor agregado. 
 
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