Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TERAPIA NUTRICIONAL POR SONDAS PROFESSORA :DANIELLE SORAGI A NUTRIÇÃO ENTERAL (NE) A Nutrição Enteral (NE) é a ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou completar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. (RCD nº 63, 2000). NUTRIÇÃOENTERAL(NE) Consiste na administração de alimentos liquidificados ou de soluções nutricionalmente completas, com fórmulas quimicamente definidas, por infusão direta no estômago ou no intestino delgado, por meio de cateteres Utilizada em pacientes que apresentam trato digestório íntegro ou parcialmente funcionante A NE deverá constar na prescrição médica, bem como o tipo de dieta e fluxo de infusão A NUTRIÇÃO ENTERAL (NE) A ingestão dos alimentos pode ser feita por meio de uma sonda (passagem naso/orogástrica) posicionada ou implantada no estômago e no intestino delgado. Nesse caso, os alimentos estão na forma líquida ou em pó e têm o mesmo valor nutricional que você obteria pelo consumo de alimentos, e também são digeridos da mesma maneira, contendo tudo que você necessita diariamente, incluindo carboidratos, proteínas, gordura, vitaminas, minerais e água. TIPOS DE SONDAS ➢ Sonda nasogástrica (SNG) ➢ Pelo nariz, descendo até o estômago. TIPOS DE SONDAS ➢ Sonda nasoenteral (SNE) ➢ Pelo nariz, descendo até o intestino (jejuno ou primeira porção do duodeno). ➢ O procedimento é simples e indolor. SONDA OROGÁSTRICA É a sonda introduzida na cavidade oral (boca)até o estômago INDICAÇÃO ALIMENTAÇÃO POR SONDA NASOGÁSTRICA E OROGÁSTRICA ➢ trato gastrointestinal funcionante, mas com impossibilidade ou insuficiência de alimentação por VO (distúrbio de deglutição, redução do nível de consciência, anorexia). ➢ Em paciente com pouca aceitação alimentar VO, os que não conseguem atingir as metas nutricionais, está indicado o uso de sonda para complementação INDICAÇÃO ALIMENTAÇÃO POR SONDA NASOENTERAL Risco importante de aspiração pulmonar, retardo do esvaziamento gástrico, refluxo gastroesofágico grave; vômitos excessivos por outras causas. Nestes casos a sonda deve ser posicionada em jejuno, pois nas primeiras porções do duodeno ocorre frequente refluxo duodeno- gástrico, não protegendo do risco de aspiração. Não é recomendável o uso de sonda duodenal, pois perde a função pilórica de controle do esvaziamento gástrico, sem atingir o objetivo da progressão da sonda além do estômago. OBSERVAÇÃO DA SONDA OROGÁSTRICA Em pacientes com suspeita de TCE, é recomendado a sondagem oral gástrica; Indicado para recém nascidos; Em pacientes com suspeita de Trauma raquimedular, não elevar o decúbito; Durante a passagem da sonda, o paciente pode sentir náuseas por estimulação do nervo vago. Caso isso ocorra, interromper o procedimento temporariamente. Ocorrendo vômito, retirar a sonda e atender o paciente, retomando o procedimento mediante avaliação EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E UTENSÍLIOS NECESSÁRIOS ➢Sonda: tubo fino (sonda gástrica ou entérica) e flexível, de material tipo poliuretano ou silicone que permite ao alimento chegar ao estômago ou intestino ➢Frasco Plástico: (para dietas de sistema aberto). Recipiente de plástico, graduado, com capacidade para 300 ou 500 ml, para acondicionamento da dieta enteral. ➢Equipo: tubo de PVC que permite o transporte da dieta do frasco à sonda do paciente. ➢Seringa de 50 ml: para higienização da sonda. ➢Esparadrapo hipoalergênico: para fixação da sonda ➢bomba de infusão: (se solicitado pela equipe que atenderá ao paciente) Equipamento que controla o volume de dieta enteral a ser infundido no paciente ➢água filtrada e/ou fervida: em temperatura ambiente TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO DA DIETA ➢Gravitacional: ➢ Gravitacional: Administração da dieta por gotejamento, suspenso em suporte . Permite uma utilização mais lenta, melhor tolerada. ➢ Procedimento: conectar o equipo ao frasco plástico descartável ou diretamente no frasco da dieta (se for o sistema fechado). A pinça do equipo deve estar fechada. Suspender o frasco pelo menos 60 cm acima da cabeça do paciente. Abrir a pinça para permitir que o Líquido escorra até outro extremo do equipo, fechar a pinça, conectar o extremo do euipo na sonda e regular a velocidade de administração com o equipo. BOMBA INFUSORA Consiste na administração das fórmulas enterais por meio de bombas de infusão, preferencialmente quando a sonda está posicionada no intestino ou no estômago de pacientes críticos. Dessa forma, é possível evitar a diarreia osmótica, pois o fluxo pode ser mais lento e constante, e a administração de medicamentos não interrompe o fluxo da infusão. Esta técnica pode ser utilizada com sistema aberto ou fechado, em bolsas ou frascos. DIETA POR BOLLUS BOLUS: Administração da dieta enteral com auxílio de uma seringa de 50 ml. Método que deve ser utilizado com muito rigor para evitar transtornos digestivos devido a uma administração rápida demais. Procedimento: aspirar a dieta com a seringa; conectar a seringa na sonda. Lentamente empurrar o êmbolo da seringa , para que aos poucos a dieta seja infundida. Não ultrapassar 20 ml por minuto. Após administração de cada dieta, aspirar 20 ml de água com a seringa e injetar na sonda para lavá-la. CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DAS DIETAS POR SONDAS ➢ Manter a cabeceira do paciente sempre elevada durante a administração da dieta e até 30 minutos após; ➢ Verificar e certificar-se que a sonda encontra-se bem posicionada no paciente; ➢ Administrar a dieta no tempo determinado pela nutricionista evitando que o paciente tenha diarréia ou desconforto gástrico; ➢ Certificar-se da temperatura da dieta antes de ser administrada, evitando com isso intercorrencias estomacais e/ou intestinais; ➢ Manter sempre as dietas armazenadas em local adequado conforme a orientação da nutricionista; • Realizar a higiene da cavidade oral e adiministrar agua filtrada entre 30 a 50ml ➢ Manter a sonda sempre limpa após a administração das dietas e/ou medicações por sondas; ➢ Seguir atentamente as prescrições nutricionais quanto aos intervalos nas administrações, produtos utilizados, e tempo de administração; ➢ Estipular as trocas das sondas de alimentação e realizar quando necessário (pelo enfermeiro); ATENÇÃO ANTES DA ALIMENTAÇÃO CUIDADOS COM O PACIENTE ➢ O paciente com alimentação enteral por sonda deve ter os seguintes cuidados de higiene pessoal: ➢ Rosto: é importante manter o rosto do paciente limpo para que a oleosidade da pele não descole a fita que prende a sonda na posição coreta. Esta higiene deve ser feita com sabão, água, gaze e algodão ➢ Narinas as narinas também devem ser limpas com frequência com auxílio de um cotonete. ➢ Boca: os dentes e a língua devem ser escovados 3 vezes ao dia . Se necessário , pode-se utilizar uma espátula envolvida com gaze ou algodão na ponta, embebida em solução antiséptica. ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO DAS DIETAS As dietas devem ser armazenadas fechadas em local seco, em temperatura ambiente e longe do calor. Mantenha fora do alcance das crianças. Uma vez envasadas no frasco plástico e prontas para uso, devem ser imediatamente utilizadas. Caso contrário , devem ir para a geladeira por um prazo máximo de até 24h após sair da embalagem original. Depois desse prazo a dieta líquida deve ser desprezada.COMPLICAÇÕES DA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL: ➢Erosão nasal e necrose, ]sinusite, otite, esofagite, ➢Faringite, ➢Obstrução da sonda, ➢Saída ou migração da sonda, ➢Risco de broncoaspiração ➢Pneumonia aspirativa ➢Sobrecarga hídrica ➢Vômitos ➢Perfuração órgão ➢Hiperglicemia ➢Diarréia ➢Posição incorreta da sonda ➢Superalimentação ➢Desequilíbrio hidroeletrolítico CHAME SEU MÉDICO, NUTRICIONISTA OU ENFERMEIRO, CASO: ➢ As náuseas, diarréia e dor abdominal não cessarem em 24h; ➢ O paciente tenha febre acima de 38°; ➢ Ocorra o rompimento ou saída da sonda da alimentação; ➢ Haja inchaço excessivo da face ou das pernas; ➢ Ocorra arroxeamento ou ferimento na região onde a sonda está instalada; ➢ Ocorra prisão de ventre por mais de 5 dias; ➢ Haja suspeita de bronco-aspiração BIBLIOGRAFIA COREN SP . Resolução COFEN N° 277-2003 Resolução COFEN Nº 453 - 16/01/2014 POTTER, P.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 8ªed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Taylor C; Lillis, C; Lemone, P . Fundamentos de enfermagem. A arte e a ciência do cuidado de enfermagem. 5ªed. Artmed, 2007.
Compartilhar