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Trabalho Luan A GESTÃO AMBIENTAL EM LATICÍNIO

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A GESTÃO AMBIENTAL EM LATICÍNIO: 
Aluno: Luan Matheus da Costa Reis 
Tutora: Eliana Sgarbi de Carvalho 
RESUMO: O presente trabalho objetiva uma análise das condições ambientais 
e do projeto de gestão ambiental de uma empresa do setor de laticínios, visando 
a redução do impacto ambiental por meio da implantação de sistemas de 
tratamento de efluentes, bem como o desenvolvimento de transferência de 
tecnologias para o aproveitamento de subprodutos. Na empresa estudada, 
dentre as inúmeras preocupações, observou-se que a questão ambiental e a 
qualidade são fatores extremamente importantes para a sobrevivência da 
empresa, bem como sua competitividade no mercado. 
PALAVRAS-CHAVE: Gestão de meio ambiente; tratamento de efluentes; 
laticínios. 
1. INTRODUÇÃO 
Nota-se uma exigência maior em relação à postura das organizações em 
degradar menos a natureza, respeitando os limites do meio ambiente em 
suportar as ações do homem (capacidade de suporte), e apresentando como 
consequência indireta uma posição competitiva no mercado. Por meio das 
mudanças de paradigma, novos padrões ambientais estão sendo instituídos, 
bem como as organizações estão passando por processos de inovação que 
trarão uma melhor utilização dos recursos e maior diminuição dos custos. 
Percebe-se o grande peso das organizações na nova construção social, pois 
através da transformação das empresas e consequentemente de seus 
exemplos, as pessoas podem se tornar cidadãos mais conscientes e proativos. 
Como objetivos específicos, busca-se analisar o ambiente organizacional da 
empresa em estudo, por meio da identificação de suas necessidades em relação 
ao: - fluxo de entrada: examinar de forma sistêmica a utilização dos materiais e 
da energia; - projeto, processo e fabricação: análise do projeto de gestão 
ambiental e acompanhamento do processo de fabricação de derivados de leite. 
- fluxo de saída: estudos dos aspectos ligados a marketing e aos resíduos e 
emissões. - recursos humanos: observar as condições de trabalho (segurança, 
barulho e iluminação), organização do trabalho e relações humanas. 
2. CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS 
Durante muito tempo, o meio ambiente foi considerado como um recurso em 
abundância e por isso era classificado na categoria de bens livres, ou seja, 
daqueles bens para os quais não há necessidade de trabalho para sua obtenção. 
Além do mais, dificultou de certa forma, que se criassem critérios normativos 
para sua utilização, acarretando assim graves problemas de poluição ambiental, 
passando a afetar a totalidade da população, por meio de uma apropriação 
indevida do ar, da água e do solo (Becker, 1995). 
A gestão ambiental tem recebido um enfoque especial do setor laticinista. As 
ações desenvolvidas têm visado à redução do consumo de água, planejamento 
da linha de produção para reduzir perdas, aproveitamento de resíduos, 
recuperação das soluções e higienização e água de enxágüe (Wasen, 1998). 
Um dos principais problemas na área de gestão ambiental refere-se ao destino 
aos subprodutos, como soro. É relativamente pequena a quantidade de soro que 
é industrializada no Brasil. A principal aplicação do soro tem sido a alimentação 
animaliza na forma “in natura”. Não se dispõe de dados estatísticos, mas estima-
se que a maior parte dos subprodutos são lançados em cursos d'água, sem 
tratamento adequado (Wasen, 1998). 
3. METODOLOGIA 
Na análise qualitativa, realizada na indústria de laticínio em estudo, utilizou-se 
de entrevista pessoal com o proprietário do estabelecimento, com o responsável 
pela produção e com os empregados. Realizou-se também, observações a partir 
de um roteiro pré-estabelecido, bem como análise de documentos e projetos da 
empresa. 
Na análise de documentos e projetos, visou-se identificar a existência de uma 
preocupação com as questões ambientais por meio de programas e 
procedimentos em iminência de se concretizarem. Essas ferramentas da gestão 
ambientais têm como objetivo o desenvolvimento de alternativas viáveis para a 
utilização do soro e tratamento de efluentes. O estudo dos documentos da 
empresa pesquisa também permitiu a comparação entre o Layout do laticínio e 
a distribuição ideal, embasada em normas técnicas. 
4. Politica Administrativa – Ambiental e Objetivos 
Os resultados foram discutidos de acordo com os objetivos sugeridos neste 
estudo, procurando-se ter uma visão holística do processo, como também dos 
inputs, outputs e recursos humanos da empresa pesquisada. 
4.1 Fluxos de entrada 
Notou-se que a estrutura física indústria de laticínio é subdividida em quatro 
grupos: unidade industrial, unidade administrativa, unidade piloto e unidades de 
apoio. 
A unidade industrial tem a finalidade de produzir derivados em escala comercial. 
Nessa unidade são testados e implementados todos os programas, 
representando o alicerce principal aos projetos de desenvolvimento, adaptação 
e transferência de conhecimentos e tecnologias para a indústria. Possibilita 
também os programas de extensão (cursos, treinamentos e visitas técnicas, 
etc.), permitindo a implantação dos programas e o desenvolvimento das 
pesquisas “in loco”, otimizando os resultados alcançados. 
Juntamente à unidade industrial, localiza-se a unidade piloto, onde futuramente 
serão realizados testes e pesquisas em escala piloto, e onde também serão 
ministradas aulas práticas para transferência de tecnologia de produção. 
Localizadas em um mesmo prédio, as unidades viabilizam a interação entre 
pesquisa e treinamento, em escala industrial e piloto. 
4.2 Projetos, processo e fabricação. 
Observou-se que os equipamentos são periodicamente ajustados por pessoal 
treinado e responsável pelo seu funcionamento, para assegurar um desempenho 
adequado e para se enquadrarem às normas ambientais. 
Nota-se a importância da verificação e conserto de todos os vazamentos nos 
equipamentos usados para circular ou armazenar gases e líquidos. Durante a 
visita de observação, foi percebido um vazamento da tubulação que conduzia o 
soro do queijo para a sala de fabricação da ricota. Isso acarretará, para a 
empresa, perdas na fabricação e aumento da poluição, já que será lançado 
juntamente com a água de limpeza no córrego. 
Em laticínios, de um modo geral, utiliza-se muita água. A proporção de uso desta 
matéria prima é de aproximadamente de 2 litros para cada quilo de leite 
produzido (Viotto, 1993). A intenção desta empresa é diminuir o consumo de 
água através da conscientização dos funcionários para o uso racional desse 
recurso escasso. 
Os funcionários que trabalham diretamente em ambientes com produção de 
ruídos (poluição ambiental), utilizam equipamentos (protetores auriculares) que 
amenizam esses barulhos. Houve na empresa, a visita de um técnico 
especializado em medição de ruídos, que diagnosticou que o laticínio ultrapassa 
ligeiramente o limite aceitável. 
Em relação às embalagens, evita-se o uso das que geram sobras. Caso isso 
venha a acontecer, é preciso que se tenha um local adequado para o descarte 
das mesmas. 
4.3 Fluxos de saída 
Na empresa existem fluxogramas que ilustram cada processo produtivo, 
permitindo uma análise sem enganos das etapas de produção. Neles estão 
contidos todas as matérias-primas, ingredientes, materiais, sequência de 
processamento, condições de tempo e temperatura, dados sobre 
armazenamento e distribuição. 
Existem programas relacionados à área ambiental que estão em discussão na 
empresa estudada, para o tratamento de resíduos e efluentes. 
Em relação ao despejo de soro em efluentes é importante salientar que 01 litro 
de soro corresponde à quantidade de efluentes gerados por cerca de 40-50 
pessoas. Novas áreas de aplicaçãodo soro e derivados estão criando um novo 
ramo industrial dentro do segmento industrial de laticínio. 
A empresa pesquisada possui a consciência do quanto o soro é poluente, e está 
à procura de alternativas. O soro oriundo da produção de queijo é utilizado na 
produção da ricota. Uma alternativa citada em entrevista foi à incorporação de 
sabor e aroma no soro hidrolisado da ricota, obtendo um produto altamente 
energético e fortificante. Esse produto não traria lucro para a empresa, deixando 
somente de ser um poluente. O grande empecilho desta ação é a sua aceitação 
junto ao mercado consumidor, já que existe uma mentalidade arcaica de que o 
soro seria um alimento para os suínos. 
4.4 Recursos Humanos 
Como o treinamento é impositivo, será colocado como pré-requisito para a 
ascensão profissional, sendo executado periodicamente ou quando for 
necessário. 
A indústria de laticínio pesquisada investe em recursos didáticos necessários ao 
treinamento dos seus empregados, e também em programas de extensão, 
disponibilizando a sua tecnologia rumo à qualidade para outros laticínios que 
estiverem interessados. 
5. CONCLUSÃO 
A tendência mundial refere-se à formação de grandes blocos econômicos, 
integrando mercados. Por meio desse processo, a Agroindústria Leiteira tem 
grandes chances de aumentar seus mercados consumidores e 
consequentemente maximizar seus lucros. Mas a realidade desse setor, no 
Brasil, precisa de mudanças gerais. 
Nota-se que uma queda dos preços dos derivados de leite e uma redução das 
variações do volume de leite industrializado, vem acarretando uma mudança 
substancial no modelo de atuação do Complexo Agroindustrial do Leite, onde os 
pequenos produtores conseguiam obter um lucro maior na entressafra. 
Em relação a ISO 14000 não basta o setor de lacticínios utilizar processos 
ambientalmente “brandos” no beneficiamento dos produtos. É preciso que os 
produtos tenham qualidade ambiental desde o planejamento estratégico até à 
sua comercialização. A matéria prima deve ser produzida com processos que 
não degradem e nem poluam o ambiente, e que o consumo não gere resíduos 
para o meio ambiente. 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BECKER, P. Gestão Ambiental: administração verde. Rio de Janeiro: Quality 
Mark, 1995. 252 p. BATEMAN, T.S.; SNELL, S.A. Administração: construindo a 
vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998. 539p. CALLENBACH, E.; 
CAPRA, F.; GOLDMAN, L.; LUTS, R.; MARBURG, S. Gerenciamento Ecológico 
– ecomanagement- Guia do Instituto Elmwood de Auditoria Ecológica e Negócios 
Sustentáveis. São Paulo: Cultrix, 1993, 203 p. DONAIRE, D. Gestão Ambiental 
na Empresa. São Paulo. Ed.Atlas, 1995 FONSECA FILHO, A. A. Protótipo de 
sistema multimídia para apoio ao gerenciamento da qualidade total em laticínios. 
Viçosa: UFV, 1998. 94p. GALLINA, D. A. Avaliação de tratamentos térmicos 
industriais sobre resíduos inibidores presentes no leite utilizando o teste de 
inibição de iogurte. Viçosa: UFV, 1997. 69p. KITAMURA, P. C. Os desafios 
ambientais da agricultura contemporânea e o papel da ciência e tecnologia. 
Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, v.53, n.304, p. 
293-300, 1998. LACERDA, T. H. M. Utilização do soro de queijo na digestão 
anaeróbica. Piracicaba, 1988. 85p. SCOTT, R. Fabricación de queso. Zaragoza: 
Editorial Acribia, 1991. 2ª edição.

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