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Síndromes do aparelho respiratório (resumo semiologia)


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SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS
- Síndrome Brônquica
- Síndrome Parenquimatosa
- Síndrome Pleural
1) Síndrome Brônquica:
- Ocorre redução do calibre dos brônquios em função do edema de mucosa e aumento do tônus broncomotor.
- SINAIS E SINTOMAS: dispneia (em função da diminuição do calibre dos brônquios), tosse seca, expectoração, sensação de aperto ou constrição, dor difusa.
- Fisiopatologia: secreção, inflamação, obstrução e ocorre comprometimento difuso ou localizado.
- Ruídos adventícios mais frequentes: ronco ou sibilo. Os sibilos são escutados mais na periferia (porque acomete mais os bronquíolos) enquanto o ronco é escutado mais na área central (causado pela secreção que está presente nos brônquios).
ASMA: é uma inflamação brônquica de origem alérgica.
- O brônquio fica com um lúmem pequeno, dificultando a passagem de ar, causando dispnéia.
- O ar entra e não consegue sair (pulmão fica hiperinsuflado), diminuindo sua expansibilidade.
- Características: hiperreatividade brônquica, ocorre em episódios recorrentes, opressão toráxica, dispnéia, sibilo.
- As crises de asma acontecem mais à noite, pois ocorre a queda do cortisol pelo ritmo circadiano. Sendo assim, a defesa do paciente está diminuída, tirando o processo normal de controle do organismo.
- A cor da tosse é límpida, mucoide. Se tornar esverdeada, significa que tem bactéria envolvida (tosse purulenta).
- No raio-x dá pra ver os arcos costais em cunha (quase retos). O parênquima pulmonar é um cinza bem fechado (hipertransparência).
BRONQUITE AGUDA: é uma resposta inflamatória anormal dos brônquios.
- Fisiopatologia: hipersecreção brônquica, edema de mucosa, broncoespasmo, redução do calibre dos brônquios.
- As crises de bronquite podem durar vários dias e geralmente não desaparece apenas com o uso de broncodilatadores.
- Tem dor retroesternal, porque não tem tempo do organismo adaptar.
- Ocorre tosse com secreção e chiado.
- Tratamento: antibióticos.
- Na bronquite aguda quando se trata com antibióticos o paciente pode não repetir o quadro, já na asma o quadro se repete mesmo com tratamento.
BRÔNQUITE CRÔNICA: 
- Na bronquite crônica temos destruição de unidade funcional. Vai ter um quadro de fibrose, dilatação e a secreção é mais espessa (chama de secreção sarconácia, que é aquela secreção grudenta).
- “Blue bloater”: inchados azuis
- Associado ao tabagismo, poluição ambiental, sinusopatia crônica. 
- Sinusopatia crônica é muito responsável pelo quadro de bronquite crônica, pois o paciente faz broncoaspiração de repetição.
 - Expansibilidade vai estar diminuída. O frêmito toracovocal também vai estar diminuído. Continuamos com a hipersonoridade e o murmúrio vesicular vai estar diminuído, principalmente se um quadro de enfisema estiver instalado. Se não tiver quadro de enfisema (quadro da bronquite aguda), o murmúrio vesicular vai estar NORMAL. 
- Não tem dor retroesternal, porque é um processo crônico, mais demorado e o organismo consegue se adaptar a ele.
BRONQUIECTASIA: dilatação irreversível dos brônquios.
- Fisiopatogenia: ocorre também a destruição das paredes dos brônquios. Edema e broncoconstrição ocorre pelo infiltrado inflamatório das vias de médio e pequeno calibre.
- CAUSAS: pode ser causada por infecções respiratórias graves ou repetidas, fibrose cística. Doenças hereditárias, imunodeficiência e doenças autoimunes.
- Inalação de substâncias tóxicas, vapores, fumaça, gases nocivos, poeira, etc.
- SINAIS: expansibilidade diminuída, FTV diminuído, murmúrio vesicular diminuído, roncos e sibilos, estertores brônquicos e alveolares.
- SINTOMAS: hemoptise (por causa da destruição das paredes dos brônquios), tosse produtiva crônica, febre sem causas aparentes.
2) Síndromes Parenquimatosas:
- ocorre alteração na densidade do parênquima, para MAIS ou para MENOS.
- São elas: Consolidação, atelectasia, hiperaeração, congestão pulmonar e escavação/caverna.
Substituição do parênquima para MAIS: Condensação ou consolidação
- ocorre a substituição do ar por exsudato inflamatório (pneumonia, tuberculose abcesso)
- transudato: ocorre em insuficiência cardíaca esquerda
- sangue: ocorre em caso de tromboembolismo pulmonar
- células neoplásicas
CONDENSAÇÃO / CONSOLIDAÇÃO
- Paciente tem taquipneia, tiragem, expansibilidade reduzida, FTV aumentado, murmúrio vesicular reduzido.
- Sintomas: febre, tosse produtiva (devido ao exsudato presente no parênquima), dispnéia, expectoração purulenta ou rósea.
ATELECTASIA
- Ocorre obstrução brônquica. 
- O surfactante deixa de ser produzido, pulmão murcha e aparece a atelectasia. Não vai haver troca gasosa.
- Mudanças do padrão de tosse ou expectoração, ruído respiratório fixo, expansão ou retração (vai estar localizada), tosse seca ou produtiva com hemoptóicos, dispneia e dor pleurítica, redução do espaço intercostal, tiragem (utilização da musculatura acessória). 
- Expansibilidade fica reduzida na área da lesão, percussão maciça ou submaciça, FTV diminuído, ausculta diminuída.
- Ocorre desvio para o lado doente (pois como ocorreu uma obstrução, fica pouco ar no pulmão doente. Sendo assim, o pulmão sadio empurra o pulmão doente para o lado).
HIPERAERAÇÃO / ENFISEMA
- Ocorreu aumento dos espaços aéreos distais no bronquíolo terminal, com modificações estruturais das paredes dos alvéolos.
- O pulmão doente fica inchado (com muito ar) e desvia o pulmão sadio para o lado.
CONGESTÃO PULMONAR
- causa pode ser por IVE (insuficiência ventricular esquerda).
ESCAVAÇÃO / CAVERNA
- tuberculose, bacilo de Koch, abcesso, neoplasia.
3) Síndromes Pleurais:
DERRAME PLEURAL: aumento da quantidade de líquido no espaço pleural.
- causa dispnéia, tosse seca, taquipneia, abaulamento homolateral, expansibilidade reduzida, FTV diminuído, macicez, murmúrio abolido.
Pulmão fica com muito líquido e aumenta de tamanho, desviando para o lado sadio.
PNEUMOTÓRAX: ar na cavidade pleural.
- Simples: pode ser pela ruptura de bolhas subpleurais
- Secundário: traumatismos, facadas...
Também desvia para o lado sadio
ESPESSAMENTO PLEURAL: Há um aumento da densidade da pleura, podendo até formar uma nova cavidade.
- Expansibilidade reduzida, FTV reduzido, macicez, murmúrio vesicular reduzido ou ausente, atrito pleural eventual.