Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pompage e Pontos-Gatilho Thiago Pereira Fisioterapeuta Fáscia – Membrana de tecido conjuntivo muito extensa, no qual tudo está ligado em continuidade, uma entidade funcional. Globalidade – O menor tensionamento (ativo ou passivo) repercute sobre todo o conjunto. Globalidade Globalidade é representada pela Fáscia; Cada gesto é constituído por um conjunto de ações que se complementam entre si para atingir o objetivo final, ex. Sistema cruzados. Tecido Conjuntivo • Formado por células conjuntivas: Blastos. Colágeno Elastina • Fator para secreção de colágeno: Tensionamento do tecido: • Tensão contínua e prolongada – As moléculas instalam-se em série, as fibras colagenosas e os feixes conjuntivos alongam- se; • Tensão curta e repetida – As moléculas instalam-se em paralelo, as fibras e os feixes conjuntivos multiplicam-se. • Tecido conjuntivo frouxo – forra a pele (fascia superficialis), as mucosas, insinua-se entre as vísceras (fáscia própria); • Tecido conjuntivo fibroso – diferencia-se pela quantidade de feixes colagenosos e elastina, assumindo papel importante de revestimento, manutenção e sustentação; • Aponeuroses – mais ou menos densas, possuem fibras dispostas em planos sobrepostos que se cruzam. Tecido Conjuntivo Funções da Fáscia • Agente mecânico de coordenação motora • Conter musculatura, vísceras (aponeurose) • Proteção • Mobilidade contínua dos tecidos • Nutrição tecidual • Alterações circulatórias – edemas, dores, estase, diminuição de movimentos; • Tensões anormais – dores pelo sistema músculo- aponeurótico; • Artrose – degeneração cartilagem articular; • Encurtamentos e retrações – conjunto músculo- aponeurótico, sistema muscular. Patologia da Fáscia Alteração Postural InflamaçãoTraumatismo FÁSCIA FATORES QUE ALTERAM A ELASTICIDADE FASCIAL Ossos Músculos Circulação Órgãos Pompage • Termo trazido do Francês • Manobra capaz de tensionar lenta, regular e progressivamente um segmento corporal • Procedimento que age em todo tecido conjuntivo de revestimento Pompage • Objetivos: • Liberar bloqueio circulatório; • Obter relaxamento muscular; • Combater degeneração cartilaginosa; • Devolver elasticidade fisiológica dos tecidos conjuntivos Pompage • Técnica – realizada em 3 tempos: 1) Tensionamento do segmento: Lento, regular e progressivo; 2) Manutenção da tensão: • Objetivo circulatório: Retém a fáscia durante alguns segundos • Objetivo muscular: Retém a fáscia durante alguns segundos • Objetivo articular: tempo de 15 a 20 segundos. 3) Tempo de Retorno: • Circulatório: O mais lento possível • Muscular: Lento – evita reflexo contrátil muscular • Articular: tempo é opcional. Prática das Pompages • Pompage Global: • Paciente em decúbito dorsal (DD), membros inferiores (MMII) alongados, mas não cruzados, braços relaxados ao longo do corpo, palmas das mãos para cima; • Terapeuta sentado a cabeceira do paciente, antebraços apoiados sobre a maca. Occipital repousa sobre as palmas do terapeuta. Polegares apoiam-se sobre as têmporas, os indicadores sobre as apófises mastoides, as pontas dos demais dedos sobre a linha occipital superior; • A pompage é realizada pelo tensionamento suave e simétrico das duas mãos. Prática das Pompages • Pompage Semi-espinhais da cabeça: • Paciente em DD; • Terapeuta a cabeceira; • Base do crânio na palma da mão, polegar sobre a mastoide, indicador e médio na outra mastoide. Outra mão apoia-se na torácica alta; • O tensionamento é obtido por uma tração da mão occipital. Prática das Pompages • Pompage dos Escalenos: • Paciente em DD; • Terapeuta a cabeceira; • Base do crânio na palma da mão, polegar sobre a mastoide, indicador e médio na outra mastoide. O polegar da outra mão apoia-se na face posterior da primeira costela. • O tensionamento é obtido por uma tração da mão occipital. Prática das Pompages • Pompage do Trapézio Superior: • Paciente em DD; • Terapeuta a cabeceira; • A mão do lado do trapézio a ser tratado prende a base do crânio. A outra mão com os antebraços se cruzando, apoia-se sobre o ombro do lado a ser tratado. • A tensão é obtido pelo afastamento das duas mãos. Prática das Pompages • Pompage do ECOM: • Paciente em DD; • Terapeuta a cabeceira; • Cabeça em rotação para o lado oposto do músculo a ser tratado. Mão do lado a ser tratado prende a base do crânio, a outra se apoia sobre o esterno. • A tensão é obtida por uma pressão para baixo da mão esternal, que acompanha a expiração do paciente; Prática das Pompages • Pompage Lombar: • Paciente em Decúbito ventral (DV); • Terapeuta em pé na altura da lombar; • Mão cefálica sobre a torácica baixa com dedos em direção cefálica, mão caudal sobre a base do sacro com dedos em direção caudal, antebraços são cruzados • A tensão é obtida pelo afastamento das mãos. Prática das Pompages • Pompage Tibiotársica: • Paciente em DD; • Terapeuta em pé ao lado; • Mão caudal apoia o calcanhar, planta do pé repousa sobre seu antebraço. Mão cefálica contorna o tornozelo sobre a face anterior da tíbia. • A tensão é obtida por uma pressão para baixo da mão cefálica. Prática das Pompages • Pompage do Joelho: • Paciente em DD na borda da maca do lado do joelho a ser tratado; • Terapeuta em pé diante do paciente, do mesmo lado a ser tratado; • Pé do paciente entre as coxas do terapeuta, palmas das mãos sobre as tuberosidade tibiais, indicadores dobrados sob o joelho, mantedo-0 em leve flexão; • A tensão é obtida por um leve recuo do corpo. Pontos-Gatilho (Trigger Points) Definição • “Local hiperirritável no músculo esquelético, associado a um nódulo hipersensível palpável e uma faixa tensa.” • Local doloroso a palpação; • Podem diminuir a flexibilidade muscular; • Podem produzir fraqueza muscular; • Podem alterar a propriocepção. Mecanismo da lesão Sintomas • Dor local; • Dor referida; • Distúrbios autônomos e proprioceptivos; • Distúrbios do sono; • Edema local; Classificação • Ponto-gatilho Ativo – produz dor sem compressão digital. Muito sensível palpação; • Ponto-gatilho Latente – assintomático (não causa dor espontânea). Sensível a palpação; • Ponto-gatilho Satélite – pode se desenvolver no mesmo músculo do ponto-gatilho primário ou em outros músculos relacionados; • Idade; • Postura; • Desequilíbrios musculares; • Anomalias ósseas; • Distúrbios metabólicos; • Deficiências vitamínicas; • Fatores psicológicos Fatores de Manutenção Contraindicações da Terapia • Feridas abertas; • Neoplasia (dependendo do local); • Arteriosclerose grave; • Aneurisma; • Hematoma subdural; • Tratamento anticoagulante • ECOM; • Escalenos; • Suboccipitais; • Trapézio superior; • Rombóides/ Parte média do trapézio; • Grande dorsal; • Peitoral maior; • Iliopsoas; • Glúteo máximo, glúteo médio, Piriforme. Técnicas de Tratamento • ECOM • Escalenos • Suboccipitais • Trapézio Superior • Rombóides • Trapézio médio • Grande dorsal • Peitoral maior • Iliopsoas • Glúteo máximo • Glúteo médio • Piriforme Bibliografia • Estudo e Tratamento do Esqueleto Fibroso – Fáscias e Pompage. Marcel Bienfat. Editora Summus. • Pontos-Gatilho Miofasciais. Dimitrios Kostopoulos, Konstantine Rizopoulos. Editora LAB.
Compartilhar