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Cardio Aula 10 Arteriopatia

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03/11/2016
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Bloqueio a passagem do
sangue, ocasionando
uma insuficiência
sanguínea tissular, com
perturbações do
metabolismo celular nos
territórios supridos pela
artéria ocluída.
Prognóstico  artéria ocluída, da intensidade da
isquemia, do tempo de evolução do quadro
isquêmico, e da presença de circulação colateral de
suplência.
Território comprometido e déficit circulatório 
risco de viabilidade do membro e até da vida do
paciente.
Diagnóstico mais precocemente possível
Embolia arterial
 Principal causa de isquemia aguda nos membros
 80 a 90 % dos casos de embolia são de origem cardíaca
 Origem não cardíacas (aneurismas, placas ulceradas,
prótese trombosada, pós-cateterismo arterial, etc.).
 Regiões mais acometidas: bifurcação femoral, a.
poplitea, território aorto-ilíaco, a. umeral
Tromboses
 Oclusões de artérias ateromatosa
Traumatismo vascular
 Lesão vascular camadas da parede arterial
Causas medicamentosas
Compressão extrínseca
 Ex: Cisto de Becker (a.poplitea), costela cervical (a.
subclávia), tumor
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Espasmo
 Secundário a processos agressivos a artéria (traumas,
processos, inflamatórios)
Oclusão de próteses vasculares
Estados de hipercoagulabilidade sangüínea
Arteriopatia não-arterioscleróticas
 periarterite nodosa, tromboangeite obliterante,
esclerodermia
A oclusão aguda produz dois fenômenos primários:
 Queda na produção energética por bloqueio da
fosforilação oxidativa.
 Supressão da função de limpeza celular, causando um
acúmulo de dejetos metabólicos e consequente
acidificação dos tecidos.
Célula:
 ↓ K
 Edema
 Aumento da concentração intracitoplasmática de Ca, em 
parte responsável pela ativação de enzimas 
proteolíticas.
Músculos esqueléticos:
 Resistem cerca de 6h a isquemia  pouca demanda 
energética ao repouso, e a suas importantes reservas 
metabólicas (ATP, glicogênio). 
Nervos periféricos
 Perdem sua função precocemente  resistem cerca de 
12 h.
Pele
 Resiste a uma isquemia severa durante cerca de 48h 
Parede do vaso
 Espasmo arterial que se estende inclusive a colaterais
periféricas que em conjunto com o bloqueio do vasa
vasorum (arterite isquêmica), determinam agravamento
da isquemia.
Pele pálida-cadavérica  com o evoluir da
isquemia que cessa o efeito do espasmo arterial
observamos o surgimento da cianose
Dor inicial aguda no ponto de oclusão da artéria,
 dor mais intensa em queimação (dor clássica da
isquemia)
Dificuldade de movimentação do membro 
impotência funcional paralítica consequência do
comprometimento neural da isquemia.
↓ temperatura abaixo da oclusão
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Ausência de pulsos abaixo da área provável da
oclusão Parestesias nas áreas isquêmicas
Diminuição da hidratação da pele
Colabamento das veias superficiais, e enchimento
capilar prolongada
Rigidez muscular
EXAMES COMPLEMENTARES
Exame de sangue:
 ↑ Hb e do hematócrito
 ↑ CPK e DHL (desidrogenase láctica)  relação com o 
aparecimento de necrose extensa)
 ↑ leucócitos
 acidose sistêmica
Doppler
EXAMES COMPLEMENTARES
Arteriografia
Emergência cirúrgica
Embolectomia: cateter
Angioplastia
Fibrinolíticos
Tromboaspiração
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Arteriopatia crônica  ↓ luz arterial 
insuficiência de fluxo sanguíneo arterial a
longo prazo;
↓ suprimento de nutrientes para os
tecidos e o retardo na retirada dos
metabólitos  incapacidade de manter as
funções normais teciduais.
Seu grau de severidade depende da
presença, ou não, da circulação colateral.
Clinicamente de forma variável, acometendo
qualquer segmento arterialMMII
É uma doença facilmente reconhecível devido à
riqueza e exatidão dos seus sinais e sintomas 
cladicação intermitente
400 novos casos por 1 milhão de habitantes por 
ano
90% requerem amputações menores
25% requerem amputações maiores
Proporção homem : mulher = 1,5:1
Dislipedemias
HAS
Diabetes
Tabagismo
Sedentarismo
Idade
Claudicação intermitente
 Sintoma patognomônico
 A localização da dor depende do local da obstrução
 Dor que surge após exercício físico e cessa com o
repouso;
 Quanto maior a isquemia menor a
distância percorrida (distância de
claudicação) e maior será o período
de recuperação da dor.
Claudicação intermitente
Estenose
Oclusão 
do fluxo ↓ O₂
Aporte de O₂ 
insuficiente
↑ Demanda 
metabólica
Situação clínica 
compensada pelos 
colaterais
Isquemia 
intensa DOR
Exercício Repouso
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Claudicação intermitente
Repouso
(sem dor)
Caminha (dor)
Repouso
(passa a dor)
Caminha 
(volta a dor)
Claudicação intermitente
Menor 
distância 
pecorrida
Maior 
tempo de 
recuperação
MAIOR
gravidade Maior 
distância 
pecorrida
Menor 
tempo de 
recuperação
MENOR 
gravidade
Isquemia Crítica
 Dor em repouso
 Dor isquêmica podálica difusa, principalmente localizada no
antepé ou pododáctilos.
 Piora com a elevação do membro, à noite e com o frio
 Melhora com o membro pendente
 NÃO é aliviada com analgésicos comuns.
 Lesão trófica-isquêmica (úlcera): extremamente
dolorosa, superficial, normalmente na face lateral da
perna ou pé não evolui para cicatrização espontânea.
Isquemia Crítica
Isquemia Crítica Dor Neuropática
 Decorrentes da isquemia dos nervos.
 Distúrbios sensitivos: parestesias, hipoestesia, anestesia,
 Distúrbios motores: paresia ou até mesmo paralisia.
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Claudicação intermitente / Dor em repouso
Distúrbios sensitivos
Hipotrofia muscular
Rarefação de pêlos e hipotrofia cutânea
Hipotermia e palidez cutânea
Diminuição ou Ausência de pulsos
Úlceras isquêmicas e Gangrena
Hiperemia reativa
(1) Elevação das extremidades: Eleva-se MMII, podendo
recomendar flexo-extensão dos dedos
 Normalmente os membros sofrem discreta palidez.
 Num indivíduo com arteriopatia crônica, o membro
acometido torna-se mais pálido do que o contralateral.
Hiperemia reativa
(1) Elevação das extremidades:
 Normalmente os membros sofrem discreta palidez.
 Em um indivíduo com arteriopatia crônica, o membro
acometido torna-se mais pálido do que o contralateral.
Hiperemia reativa
(2) Posição pendente:
 Após a elevação, coloca-se o membro em posição
pendente, causando hiperemia.
 Normalmente, a volta da
coloração é em torno de 10 seg.
 Na arteriopatia, esse retorno é
retardado, e a coloração retorna
mais intensa
Hiperemia reativa
(3) Tempo de enchimento venoso:
 Após o esvaziamento das veias durante o período de
elevação do membro, mede-se o tempo que ocorre
para o seu enchimento.
(4) Rubor pendente
 Após o enchimento venoso,
aparece o rubor pendente.
Índice Tornozelo-Braço (ITB)
PA tornozelo / PA braço
 < 1 ou 0.95: Isquemia
 0.5 – 0.95: claudicação
 0.35 – 0.50: dor em repouso
 < 0.35: isquemia crítica
Maior precisão: Tibial anterior
Tibial posterior
Pediosa
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Pulsos
 O pulso arterial é graduado em
 Normal (++++)
 Diminuído (+ ++ +++)
 Abolido ( )
 A artéria palpada deve ser comparada com a
contralateral.
 Pulsos MMII
 Pulsos MMSS
Pulsos
 O pulso arterial é graduado em
 Normal (++++)
 Diminuído (+ ++ +++)
 Abolido ( )
 A artéria palpada deve ser comparada com a
contralateral.
 Pulsos MMII
 Pulsos MMSS
Arterografia
Classificação de Fontaine
 I. Doença arterial oclusiva sem sintomas
 II. Claudicação intermitente
 III. Dor isquêmica de repouso
 IV. Ulceração ou gangrena
As consequências hemodinâmicas de lesões arteriais podem ser pioradas por 
insuficiência venosa crônica ou insuficiência cardíaca.
Aterosclerose
Deteriorização da 
macrocirculaçãoseguida da 
microcirculação
Alteração da pressão de 
perfusão do membro
Episódios súbitos de 
deteriorização causados por 
trombose sobreposta.
Isquemia crônica
Má distribuição da 
microcirculação da 
pele
Redução no fluxo 
sanguíneo total
Redução na pressão
parcial transcutânea
de Oxigênio.
Colapso de arteríolas pré-capilares;
Vasoespasmo arteriolar;
Microtromboses;
Colapso dos capilares pelo edema intersticial;
Oclusão capilar pelo edema endotelial;
Agregação plaquetária;
Adesão leucocitária ou das células sanguíneas 
e plaquetas.
Tabagismo
HAS
Sedentarismo
Hereditariedade
Dislipidemias
Obesidade
Diabetes Mellitus
Idade > 60 anos
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As metas terapêuticas  refletir o estado clínico 
do paciente
Tto ideal melhor tanto o estado funcional do 
membro, como a possibilidade de vida e estado 
funcional do doente
Deve priorizar o controle da doença sistêmica, dos 
fatores de risco, e a melhoria da perfusão distal
Nunca esquecer da tríade: benefício, risco e 
custo. 
Claudicação
 Intermitente tratamento conservador 
 Incapacitante  operar? 
Isquemia Crítica
 Operar sempre que possível 
 Amputação

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