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Centro Universitário do Distrito Federal – UDF Brasília-DF Patogênese viral e infecções emergentes e reemergentes Msc. Andreanne Gomes Vasconcelos O que abordaremos? • Quando os vírus causam doença? • Determinantes da doença viral • Passos básicos na doença viral • Citopatogênese • Imunopatologia • Transmissão viral • Infecções virais emergentes e reemergentes . Mecanismo de patogênese viral • Quando os vírus causam doença? Atravessam as barreiras de proteção natural do corpo; Escapam do controle imune; Matam as células de um tecido importante; Desencadeiam resposta imune inflamatória destruidora. Determinantes da doença viral Natureza do vírus Intensidade da doença Tecido-alvo Habilidade citopática do virus Porta de entrada do virus Estado immune Acesso do virus ao tecido-alvo Imunidade anterior ao virus Outras doenças que influenciam o estado imune Tropismo do virus Tamanho do inóculo viral Permissividade da célula à replicação viral Tempo decorrido antes da recuperação da infecção Cepa do patógeno Saúde geral da pessoa Nutrição Constituição genética da pessoa Idade Passos básicos na doença viral • Aquisição (entrada no organismo). • Início da infeção no sítio primário. • Ativação da imunidade inata. • Período de incubação, quando o vírus é amplificado e pode se disseminar para um sítio secundário. • Replicação no tecido-alvo, que causa os sinais característicos da doença. • Respostas imunes que limitam e contribuem (imunopatogênese) para a doença. • Produção do vírus em um tecido liberando-o para outras pessoas, ocorrendo o contágio. • Resolução ou infecção persistente/doença crônica. Passos básicos na doença viral Doença Período de incubação (dias) Influenza 1-2 Herpes simples 2-8 Dengue 5-8 Enterovirus 6-12 Sarampo 9-12 Varíola 12-14 Catapora 13-17 Mononucleose 30-50 Hepatite A 15-40 HIV 1-10 anos • Período de incubação dos vírus Citopatogênese • A infecção viral em uma célula pode apresentar três consequências em potencial: Falha da infecção (infecção abortiva); Morte da célula (infecção lítica); Replicação sem morte da célula (infecção persistente). Crônicas Latentes Recorrentes Transformação Citopatogênese Cowdry tipo A (intranuclear, Encefalite por sarampo Picnose (Encefalite por herpes) • Algumas infecções causam alterações características na aparência e nas propriedades da células-alvo: Corpos de inclusão e picnose. Corpos de Negri (intracitoplasmáticos, Raiva) Imunopatologia Imunopatogênese Mediadores imunes Exemplos Sintomas semelhenates aos da gripe Interferon, citocinas Virus respiratporios, arbovirus (virus que induzem viremia) Hipersensibilidade e inflamação do tipo tardia Células T, macrófagos e leucócitos PMN Virus envelopados Doença por imunocomplexos Anticorpos, complemento Vírus da hepatite B, rubéola Doença hemorrágica Células T, anticorpos, complemento Febre amarela, dengue, Ebola Citólise pós-infecção Células T Virus envelopados (ex. Encefalite pós sarampo) Imunossupressão -- HIV, citomegalovírus, sarampo, influenza. Transmissão viral • A via de transmissão depende da fonte do vírus, da habilidade dele sobreviver no meio ambiente e do corpo em seu caminho para o tecido-alvo. Contato direto, incluindo sexual; Injeção de fluidos ou sangue contaminado; Transplantes; Vias respiratórias; Fecal-oral. Infecções emergentes e reemergentes • Doença emergente = surgimento ou identificação de um novo problema de saúde ou um novo agente infeccioso ou microrganismos que só atingiam animais e agora afetam humanos; • Doença reemergente = indicam mudança no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam sido controladas, mas que voltaram a representar ameaça à saúde humana. Inclui-se aí a introdução de agentes já conhecidos em novas populações de hospedeiros suscetíveis. https://www.scielosp.org/article/csp/2001.v17suppl0/S209-S213/pt/ Infecções emergentes e reemergentes • Principais fatores: - modelos de desenvolvimento econômico determinando alterações ambientais, migrações, processos de urbanização sem adequada infraestrutura urbana, grande obras como hidrelétricas e rodovias; - fatores ambientais como desmatamento, mudanças climáticas (aquecimento global), secas e inundações; - aumento do intercâmbio internacional; - incorporação de novas tecnologias médicas, com uso disseminado de procedimentos invasivos; - ampliação do consumo de alimentos industrializados; - desestruturação/inadequação/desatualização dos serviços de saúde e das estratégias de controle de doenças; - aprimoramento das técnicas de diagnóstico; - processo de evolução de microrganismos: mutações virais, emergência de bactérias resistentes. http://www.boletimdasaude.rs.gov.br/conteudo/1441/doen%C3%A7as-emergentes-e-reemergentes-no-contexto-da-sa%C3%BAde-p%C3%BAblica- Bibliografia sugerida andreanne.vasconcelos@udf.edu.br • Básica PELCZAR JUNIOR, M. J.; CHAN, E. C. S.; KRIEG, N. R. Microbiologia: Conceitos e Aplicações. 2a ed. v. 2. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011. TORTORA, G. J.; CASE, C. L.; FUNKE, B. R. Microbiologia. 10a ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. TRABULSI, L. R.; ALTELTHUN, F. Microbiologia. 5a ed. São Paulo: Atheneu, 2008.. • Complementar BROOKS, G.F. et al. Microbiologia médica. 25a ed. Porto Alegre: AMGH ed., 2012. (e-book) CHAMBÔ FILHO, A.; CAMARGO; A.S.; BARBOSA, F.A.; LOPES, T.F.; RIBEIRO MOTT, Y.R. Estudo do perfil de resistência antimicrobiana das infecções urinárias em mulheres atendidas em hospital terciário. Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2013 abr-jun;11(2):102-7. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2013/v11n2/a3559.pdf MC PHERSON, R.A.; PINCUS, M.R. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 21a ed. Barueri, SP: Manole, 2012. (e-book). SEHNEM, N.T. Microbiologia e imunologia. (Org.). São Paulo: Person Education do Brasil. 2015. (e-book). WARREN, L. Microbiologia médica e imunologia. 10a ed. Porto Alegre: AMGH, 2011. (e-book)
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