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Tipos de argumentos
Redação Instrumental
IMPORTANTE:
Todo o conteúdo dos slides foi extraído da obra Lições de argumentação jurídica: da teoria à prática. . Rio de Janeiro: forense, 2013.
ESTRUTURA DA FUNDAMENTAÇÃO SIMPLES
Introito
Argumento pró-tese
Argumento de autoridade
Argumento de oposição
 Conclusão
Introito
Trata-se de um parágrafo com a função de iniciar o texto argumentativo.
Tipos de Introito mais comuns no Direito: 
 Localização do fato no tempo e no espaço;
 Explanação de ideia inicial;
 Enumeração;
 Retomada histórica
Localização do fato no espaço e no tempo
 Todos sabem que as empresas de telefonia em geral − e esta em especial no Rio de Janeiro − são as campeãs de violação dos direitos dos consumidores. É pacífico, ainda, que a ré está entre as empresas que mais figuram no polo passivo da demaNda em Juizados Especiais Cíveis fluminenses.
 ( Essas informações contribuem para a compreensão de que as práticas comerciais da ré são reprováveis e isso facilita a aceitação da tese sustentada pelo argumentador)
Explanação de ideia inicial
 O parágrafo tem a função de apresentar em linhas gerais o tema a ser debatido. Quando o instituto em pauta é bastante conhecido, talvez não haja função argumentativa, mas quando ele é relativamente recente no ordenamento jurídico, ou quando o argumentador pretende dar novo enfoque ou tratamento a tema já difundido a tema do direito, essa estratégia de introduzir o texto argumentativo pode ser eficiente.
Enumeração
A introdução tem o papel de apresentar, em síntese, esses fatos/raciocínios e desenvolver cada um deles pormenorizadamente em seguida
Ex.: Ato jurídico perfeito, direito adquirido, direito a termo, expectativa de direito, ato administrativo negocial, ato-condição, contribuição parafiscal, relação jurídica estatutária, enriquecimento de causa etc. São as teses sustentadas pelos protagonistas deste processo em busca de uma solução para a lide. Antes de acolher qualquer delas, entretanto, cumpre identificar a real relação jurídica existente entre o autor e o réu e analisar os efeitos dela decorrentes.
Retomada Histórica
Para um texto de tamanho relativamente curto, não cabe a exposição minuciosa de um histórico. Sugere-se que seja realizada uma relação analógica entre um elemento do passado e um do presente.
ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
O trabalho argumentativo pressupõe uma liberdade na escolha dos vários argumentos que irão fundamentar a tese, com o objetivo de persuadir o auditório (juiz). Deve ser feito, pois, um planejamento com as ideias principais a serem abordadas. 
Primeiramente, após a construção da tese, parte-se da seleção dos fatos [narrativa jurídica] que serão transformados em argumentos. 
No segundo momento, os tipos de argumentos que serão usados e a ordem lógica a ser dada por cada um deles, buscando sempre a que for mais persuasiva. A estruturação da tese (ou de cada tese) deve vir com introdução, Desenvolvimento e conclusão para que se torne mais consistente e persuasiva.
ESTRUTURA A CADA PARÁGRAFO:
1º PARÁGRAFO
Introdução
Apresenta-se a tese etra-balha-secom os fatos que a sustentam em raciocínios argumentativos
2º PARÁGRAFO E DEMAIS
Desenvolvimento
As provas e os argumentos que darão sustentação à tese
ÚLTIMO PARÁGRAFO
Conclusão
O resultado e o pedido que se faz diante da tese.
TIPOS DE ARGUMENTOS
ARGUMENTO PRÓ-TESE
 É o argumento que utiliza a razoabilidade e a coerência do encadeamento sistematizado de fatos-razões como fundamento de validade.
Estrutura:
Tese + porque + e também + além disso
Ex.: O hospital foi negligente porque utilizou água contaminada no tratamento de hemodiálise de pacientes renais, e também não comunicou o fato à secretaria de saúde. Além disso, mesmo após ter conhecimento do alto índice de contaminação por bactérias, continuou a utilizá-la, colocando, pois, em perigo iminente a vida dos pacientes
Outro exemplo
TEMA: redução da maioridade penal no Brasil
A redução da maioridade penal no Brasil ajudaria a resolver a violência endêmica que vivemos na sociedade atual, porque os ladrões e assassinos que praticam seus atos a sangue frio podem ser menores de idade, como no caso de João Hélio, menino de 6 anos, morto após ser arrastado por quilômetros nas ruas do Rio Janeiro por um adolescente e dois adultos. Soma-se a esse fato (semanticamente igual a “e também”) que muitos menores são aliciados por bandidos e conduzidos à prática de atos ilícitos sob a proteção da menoridade penal. Ademais( semanticamente igual a “além disso”), alguns jovens assumem a autoria de atos delituosos, a fim de proteger criminosos adultos.
ARGUMENTO POR VÍNCULO CAUSAL OU ARGUMENTO DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA
é muito elucidativo, porque contém as partes processuais envolvidas (autor e réu), nexo causal (conduta e resultado ou obrigação/dever e descumprimento da obrigação/inadimplência, por exemplo) e a tese a ser defendida. Esse tipo de argumento já esclarece toda a situação fática ocorrida entre as partes
Veja um parágrafo argumentativo por vínculo causal:
O fornecimento da água não pode ser interrompido por inadimplência do autor, porque, por se tratar de serviço público fundamental, é essencial e vital ao ser humano, não podendo, assim, ser suspenso pelo atraso no pagamento das respectivas tarifas, uma vez que o Poder Público dispõe dos meios cabíveis para a cobrança dos débitos dos usuários. 
(Doc.fls.6)
Argumento de Autoridade
É aquele que invoca o prestígio dos atos ou juízos de uma determinada pessoa ou grupo a partir do qual a afirmação ganha relevância.
A doutrina, a opinião fundamentada de especialistas em gral e a legislação podem ser utilizadas como fundamentos relevantes na redação de argumentos de autoridade.
 ex.: O que se comprova, no caso em análise, é a verificação da carência de ação (art.267, VI, e 301, X do CPC) por parte do ente público-autor, em virtude da ausência do chamado interesse de agir, condição indispensável para regular o exercício do direito de ação, uma vez que o autor nunca teve posse efetiva da área, objeto do litígio. Isso impede que o pedido seja possessório.
Argumento de Prova
Os argumentos que persuadem a respeito das ocorrências dos fatos de determinada forma são chamados de provas e elas só têm a capacidade de persuadir porque são transformadas pelos advogados das partes em argumentos de prova.
Veja um exemplo:
O próprio médico que prestou depoimento às fls. 21 informou que, quando alguma criança nasce com problema, nas 24 horas seguintes ao nascimento, a clínica transfere o recém-nascido para a UTI Neonatal para receber o tratamento devido; mas isso não foi feito com o menor, o que torna a ré responsável por sua morte em decorrência da sua conduta negligente, pois tinha o dever de cuidar do paciente e não o fez.
Argumento de Oposição
Embora...
Apesarde...
Ainda que...
Em que pese...
proposiçãoaceita como possível, mas que se quer negar,
tese,
já que...
uma vezque...
porque...
porquanto...
Proposição que se sobrepõe à anterior, anulando ou minorando os seus efeitos
Embora seja obrigação do condutor de um veículo socorrer as vítimas de um acidente de trânsito,
o motoristaque deixou de parar para socorrer os feridos não praticou omissão de socorro
Porque a lei não pode exigir dealguém que ponha sua própria vida ou sua integridade física em risco para socorrer outrem
Argumento de Analogia
 A analogia consiste no preenchimento da lacuna verificada na lei, graças a um raciocínio fundado em razões de similitude.
Analogia é o procedimento por meio do qual se pode estabelecer uma relação de semelhança entre coisas diversas. Recorrer à analogia significa fazer uma espécie de comparação entre os termos em questão
Ex.: A Constituição protege os direitos fundamentais dos seus cidadãos e estabelece as normas de estruturação e organização do Estado, assim como a Bíblia reúne as orientações de Deus ao homem para que este viva em paz e seja feliz.
Argumento de senso comum
É o argumentoque traz declarações aceitas pela maioria, sendo difícil combatê-las.(...) para garantir a eficácia desse argumento, ele deve estar acompanhado de outros argumentos que lhe venham a dar sustento. Nas lides judiciais, o argumento de senso comum funciona dando mais ênfase ao texto, “como um recurso retórico”, sua utilização deve ser com o objetivo de reforçar o contexto do que se pretende. Caso contrário, a argumentação aproxima-se do lugar comum. 
O combate desse tipo de argumento pela parte contrária é feito pedindo-se argumentações mais pertinentes ou exigindo comprovação de que houve “violação aos princípios aceitos por unanimidade”
Argumento Ad hominem
 Consiste no ataque a uma pessoa cujas ideias, argumentos ou depoimentos pretende desqualificar
Ex.:
O Ministro Joaquim Barbosa, em sessão no Supremo, atacou o Ministro Gilmar Mendes quando disse que ele não tem condições de lhe dar lições de moral, já que conquistou sua condição de prestígio usando capangas em sua cidade de origem e fazendo uso político da mídia, o que estava destruindo a credibilidade do STF. Fecha seu raciocínio recorrendo ao senso comum: “ Saia à rua, Ministro Gilmar, e constate o que as pessoas dizem a vosso respeito...” 
Argumento a fortiori
É aquele que estabelece uma relação entre dois eventos, de maneira a orientar a conduta de um baseada no parâmetro estabelecido pelo outro.
 Se a solução X é adequada para o caso Y, com maior razão deve ser também adequada para o caso Z, que é uma forma mais grave (ou mais evidente, ou mais ampla, ou mais intensa, ou maior) de X.
Quem pode o mais, pode o menos.
Se a lei exige dos Promotores de Justiça, que, nas denúncias, discriminem as ações de cada um dos acusados, com mais razão se deve exigir que o Magistrado as individualize na sentença.
Argumento por absurdo
 Mostra que o advogado da parte contrária está errado
Trata-se de demonstrar a falsidade de uma afirmação ou a invalidade de uma ideia evidenciando que seus efeitos ou desdobramentos contradizem essa mesma ideia, ou conduzem ao impossível, ao inadmissível.
Argumento de fuga
É o argumento de que se vale o advogado para escapar à discussão central, em que seus argumentos provavelmente não prevaleceriam. Apela-se para a subjetividade.
 É o argumento, por exemplo, que o advogado utiliza quando enaltece o caráter do acusado, lembrando tratar-se de pai de família, de pessoa responsável, de réu primário, quando há acusação, por exemplo, de lesões corporais, ou homicídio culposo na direção de veículo automotor.
Argumento por Modelo
O uso do modelo na argumentação propõe a sua imitação. O modelo inspira a cópia: é um exemplo digno de reprodução.
( Livro proprietário, p.121)
Argumento por Antimodelo
O antimodelo indica o que deve ser repugnado: o não exemplo
Em um outro caso concreto, trazendo como réu Augusto Eduardo da Rocha Monteiro Gallo, a acusação utilizou-se do mesmo texto de Shakespeare só que como um antimodelo, ou seja, a acusação utilizando-se das falas de Otelo, sem nenhuma encenação, tentava persuadir o Tribunal do Júri da sua tese em uma linha do homicídio qualificado, indesculpável
Disse o promotor de Justiça Alcides Amaral Salles, por ocasião do recurso da pronúncia, citando Nélson Hungria (ELUF, 2002, p. 53):
O marido que surpreende a mulher e o amante em flagrante e, em desvario de cólera, 
elimina a vida de uma ou de outro, ou de ambos, pode invocar a violenta emoção, mas 
aquele que, por simples ciúme ou meras suspeitas, repete o gesto bárbaro e estúpido 
de Otelo terá de sofrer a pena inteira dos homicídios vulgares.
Embora a acusação tenha também se utilizado de alguns fragmentos da peça do escritor inglês, não saiu vitoriosa, pois Gallo foi absolvido por legítima defesa da honra. Os jurados consideraram que ele agiu moderadamente, sem nenhum excesso em sua conduta ao matar a esposa. Ficou livre de qualquer penalidade (ELUF, 2002, p. 53)
VALVERDE, A.; FETZNER,N;TAVARES JR., N. Lições de argumentação jurídica: da teoria à prática. Rio de Janeiro: forense, 2013.

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