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1 Centro Universitário Estácio de Sá Curso de graduação em Enfermagem Disciplina: Ensino Clinico Cirúrgico Professora Samara Suplici • A paciente A.B.C. uma mulher branca de 49 anos foi admitida no setor de emergência de um hospital da grande Florianópolis com história de cinco dias de dor abdominal progressiva, no qual havia iniciado como desconforto epigástrico. Estava acompanhada de náuseas, porém sem vômitos. Alegava ainda o uso de Sulfametoxazol/ Trimetoprima e ácido acetilsalicílico por três dias sem prescrição médica. Relata que há dois anos teve episódio agudo idêntico ao apresentado atualmente sendo diagnosticado diverticulite que foi tratada com antibioticoterapia durante 10 dias com melhora dos sintomas. Os hábitos diários consistem em alimentar-se basicamente de lanches: empadas, coxinhas. Raramente come saladas e frutas. Bebe cerca de dois copos de água por dia, urina mais ou menos três vezes no dia com aspecto concentrado e fétido e evacua a cada quatro dias. Trabalha durante todo o dia como secretária e não faz atividade física. Dorme cerca de 5 horas diárias e julga insuficiente para seu descanso, pois acorda sempre muito cansada. Sem antecedentes de doenças infecciosas, cirurgias e neoplasia familiar. É portadora de Diabete Mellitus do tipo II diagnosticado há três anos, Faz uso de hipoglicemiante oral (glibenclamida) duas vezes ao dia. Seu exame físico revelou regular estado geral, Peso: 80 kg, Altura: 1,60 m, temperatura axilar 37.2ºC, pulso de 88bpm, P.A 120/80 mmHg, R: 15 mpm, glicemia capilar 130 mg/dl. Eupneica, havia uma leve tensão abdominal, principalmente na fossa ilíaca esquerda e especialmente à palpação profunda. As radiografias de tórax e abdome estavam normais. Foi internada para acompanhamento com prescrição de antibioticoterapia sem melhora dos sintomas. No sétimo dia de internação foi então submetida à laparotomia, através de incisão mediana supra infra umbilical. Foram identificados inúmeros divertículos no sigmóide. A cirurgia consistiu basicamente na retirada da parte do intestino onde se encontram os divertículos e posterior reanastomose das partes que restaram do Intestino. A cirurgia durou aproximadamente três horas e ocorreu sem intercorrências. Não houve quebra de técnica asséptica. O estudo anatomopatológico revelou divertículos falsos sem ulceração e com processo inflamatório agudo. Admitida na unidade de Clínica Cirúrgica no POI, sonolenta, responde a estímulos verbais 2 quando interrogada, , mantém queixa dor (graduação 8 na escala numérica) no local da incisão. Ao exame físico encontra-se sonolenta, pouco comunicativa PA: 110X 60 mmHg; FC 102 b.p.m; FR 12 mpm [Valores referência GELBECK, 2013_ PAS: 125 A 130 mmHg; PAD: 65 a 80 mmHg; FC: 60 a 90 b.p.m.; FR: 12-20 i.r.p.m (20-40 anos), 16-25 i.r.p.m (+ 40 anos)], respiração superficial com SO2 95%; força muscular diminuída. Recebeu oxigenioterapia em máscara a 3l/ min, Mantém fluidoterapia em MSD com SGF a 28 gts/min, incisão cirúrgica em região mediana do abdômen com curativo limpo e seco, cateter peridural para analgesia pós operatória, MMII com força muscular bilateralmente preservada. Após 15 min, na clínica cirúrgica, apresentava-se mais sonolenta, com respiração superficial, não respondia aos comandos, FR: 10 mpm,. Foi colhida gasometria arterial que mostrou SO2 82% (mesmo com 02 suplementar), PH baixo, paCO2 alto e PaO2 baixo. RESPONDA: • Que complicação pós operatória está sendo desenvolvida pela paciente? Explique os parâmetros clínicos que você utilizou para chegar a essa conclusão? • Quais as possíveis causas dessa complicação? • Por que a morfina está prescrita no POI? • Elabore os diagnósticos de enfermagem neste POI? • Liste as intervenções de enfermagem específicas para cada diagnóstico.
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