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pelo voluntariado, realizando práticas de filantropia, proteção à natureza e diversas ações que visam a alcançar objetivos sociais e públicos, como por exemplo, serviços de saúde, campanhas educacionais, eventos culturais, ações de proteção ao meio ambiente e várias atividades que contribuam para melhorar a qualidade de vida da população. Enfim, as ONGs participam da resolução de problemas sociais, econômicos, ambientais, políticos, entre outros. Re sp on sa bi lid ad e So ci oa m bi en ta l 49 Voluntariado: quando alguém re- aliza uma atividade própria do exercício de cidadania, de maneira espontâ- nea e não remu- nerada, em prol de solução para os problemas que afetam a sociedade em geral. Nesse contexto, podemos citar como exemplos de entidades não governamentais: • As Fundações, que financiam o 3º setor fazendo doações às entidades beneficentes (temos também, no Brasil, as fundações mistas que doam para terceiros e ao mesmo tempo executam projetos próprios); • As Organizações Não Governamentais (ONGs), que, como vimos, são as organizações sem fins lucrativos e visam a preencher as lacunas deixadas pelo estado em prol do bem-estar social; • As Entidades Beneficentes, que cuidam da população carente, ajudam a preservar o meio ambiente e promovem projetos educativos, como as fundações, as instituições religiosas, os centros sociais, os clubes, os serviços etc. É interessante que você perceba que a própria sociedade (e a sociedade é formada por cada um de nós), pode contribuir para desenvolver ações colaborativas com o 3º setor. Não podemos somente reivindicar direitos, o que é bastante correto, mas devemos, também, exercer nossos deveres. E colaborar para o bem-estar de todos faz parte dos nossos deve- res, concorda? Atividade 01 Você conhece alguma instituição do Terceiro Setor que atue no seu bairro, ou em sua cidade? Procure a que estiver mais próxima de você, faça uma visi- ta, liste as principais atividades que a instituição desenvolve e procure saber como são financiados os projetos em execução, ou seja, se tem parcerias com o Primeiro Setor (Órgão Público) ou Segundo Setor (Iniciativa Privada). A contribuição das ONGs nas lutas socioambientais A crescente importância dada às questões ambientais, segundo Dias (2011), resultou no aumento do número de organizações ecológicas que se ocuparam de diversos temas da agenda ambiental. Talvez você não soubesse, mas desde o início da década de 1960 as Organizações Não Governamentais (ONGs) passaram a se destacar na história das lutas socioambientais, apresentando propostas e exercendo pressão sobre governos, empresas e órgãos de finan- ciamento em prol da sustentabilidade. Re sp on sa bi lid ad e So ci oa m bi en ta l 50 Nesse cenário, Guimarães (1998 apud DIAS, 2011) afirma que as organizações não governamentais incluíram definitivamente a interação homem-natureza na agenda pública mundial e alteraram a forma e o conteúdo das relações e negociações internacionais. Entre os atores não governamentais ambientais de maior expressão mundial, está o Gre- enpeace. Fundada no Canadá, em 1971, a ONG tem como ideal a defesa incessante do meio ambiente. Expandiu-se rapidamente por diversos países, fato que originou a criação do Greenpeace Internacional, em Amsterdã – Holanda. Sua principal função é iniciar e gerenciar campanhas e programas a serem realizados em escala mundial, repassando-os aos escri- tórios nacionais. Definiu como escopo de seu trabalho os seguintes temas: florestas, clima, A aproximação do setor privado com o 3º Setor tem auxiliado na melhoria da reputação das empresas diante da opinião pública e resultado na implemen- tação de práticas sustentáveis. Talvez você ainda não saiba, mas em nosso país, empresas do agronegócio deixaram de adquirir soja cultivada na região amazônica após uma campanha organizada pelo Greenpeace. Curiosidade Várias Organizações Não Governamentais, entre elas algumas internacionais, como o Greenpeace e o World Wildlife Fund (WWF), surgiram com o propósito de chamar a atenção da opinião pública para os efeitos da exploração irresponsável dos recursos naturais, da destruição do habitat de inúmeras espécies e da poluição registrada em diversos ambien- tes do planeta. Re sp on sa bi lid ad e So ci oa m bi en ta l 51 Nesses links você terá acesso às duas ONGs, conhecendo e até participan- do dos seus projetos: Greenpeace: <http://www.greenpeace.org/brasil/pt/?gclid=CjgKEAjwq_ qcBRDZPeZ7NGQiVwSJAATT7q2ROHaRMt4K89HUZJMBGcqfA9-ASu- d0b7TMbBx98NDFPD_BwE>. World Wildlife Fund: <http://www.wwf.org.br/>. Internet Fonte: <http://koopvaardijfoto.files.wordpress.com/2013/01/arctic-sunrise-2jan2013-mc.jpg>. Acesso em: 18 jul. 2014. O MV Arctic Sunrise é um navio quebra-gelo adquirido pela ONG Greenpeace. É um dos quatro barcos de investigação e pesquisas da ONG. Atividade 02 Pesquise no site do Greenpeace <http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O- que-fazemos/#tab=0&gvs=false&page=3>; quais as campanhas que a ONG promove no Brasil. Escreva suas impressões sobre pelo menos dois projetos e troque ideias sobre o que escreveram seus colegas no Fórum Virtual (AVA). A legislação que norteia o Terceiro Setor energia, oceanos, agricultura sustentável (transgênicos), tóxicos e desarmamento/promoção da paz. Conta, atualmente, com 2,8 milhões de colaboradores, em 41 países, entre eles o Brasil. O Greenpeace se destaca entre os demais atores não governamentais, principalmente por promover estratégias de ação diretas, bem como pressionar os Estados durante con- ferências internacionais (Disponível em: http://www.fca.pucminas.br/omundo/a-influencia- -das-ongs-no-cenario-internacional-o-caso-do-greenpeace/>. Acesso em: 15 jun. 2014.) Para regulamentar a atuação do Terceiro Setor e distribuir o poder que antes era con- centrado apenas no Estado, criou-se uma legislação específica para nortear as relações entre o Estado e a sociedade civil. Várias leis e decretos foram criados para atender o 3º setor. Observe algumas: Re sp on sa bi lid ad e So ci oa m bi en ta l 52 • Lei nº 9.790/99 - dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, como Organização Civil de interesse Público (OSCIP). Também é conhecida como a Lei do Terceiro Setor; • Lei Orgânica da Assistência Social - organiza e providencia outros direitos sociais a um indivíduo; • Decreto que trata das Entidades e Organizações de Assistência Social - decreto que dá abertura ao processo de seleção dos representantes do Conselho Nacional de Assis- tência Social; • Certificado das Entidades Beneficentes - concedida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência social, com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde ou educação. • Decreto de Regulamentação da lei 12.101/2009 - fala sobre o processo de certifica- ção das entidades beneficentes de assistência social, para isenção das contribuições para a seguridade. A Constituição Federal (CF), em seus artigos 203 e 204 reza que a assistência social, a ordem social e a seguridade social devem ser prestadas a qualquer indivíduo que necessite de ajuda. De acordo com Drucker (1999), o Terceiro Setor possui conhecimento das necessida- des da comunidade que o Estado não consegue atingir, uma vez que atua de maneira cen- tralizadora e burocrática. Assim, requer o envolvimento de novos atores com competência e agilidade para identificar oportunidades e assumir responsabilidades. Deste modo,