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SMS-ÉTICA-E-RESPONSABILIDADE-SOCIAL

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3 
2 SMS, ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL ................................ 4 
2.1 Avaliação de desempenho integrada e a contribuição para a 
sustentabilidade – SMS e RSC ....................................................................... 6 
2.2 Ética empresarial ......................................................................... 7 
2.2.1 Códigos, normas e acordos de natureza voluntária ............ 11 
2.2.2 Políticas públicas de fomento à RSE................................... 12 
3 RESPONSABILIDADE SOCIAL NA GESTÃO DE RECURSOS 
AMBIENTAIS .................................................................................................... 15 
3.1 Gestão ambiental ...................................................................... 17 
3.2 Gestão ambiental empresarial ................................................... 18 
3.2.1 ISO 14000 ........................................................................... 20 
3.3 Responsabilidade social e recursos naturais ............................ 23 
3.4 Modelos de gestão ambiental .................................................... 25 
3.4.1 Modelo Green ...................................................................... 25 
3.4.2 Gestão integrada e participativa .......................................... 26 
3.4.3 Bem comum ........................................................................ 26 
3.4.4 ISO 14001 ........................................................................... 27 
4 IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE EM 
EMPRESAS DO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS ........................................... 28 
5 BREVE CONSIDERAÇÃO SOBRE ÉTICA E MEIO AMBIENTE ..... 31 
5.1 Mudanças climáticas ................................................................. 32 
5.2 Alterações de comportamento causadas pelas mudanças 
climáticas 34 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 36 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Prezado aluno, 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase 
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o 
tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos 
ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não 
hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de 
atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 SMS, ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
Fonte: fia.com.br 
Com o advento da globalização caracterizada pela abertura do mercado 
e ampla disseminação da informação, várias empresas passaram a se preocupar 
com a crescente demanda gerada pela vitalidade do mercado global, fundindo-
se com as novas tendências para obter vantagem competitiva, com 
posicionamento estratégico para criação de valores para o seu negócio. 
SMS é uma sigla utilizada na área de segurança do trabalho e que 
significa “segurança, meio ambiente e saúde”. Trata-se de um sistema de gestão 
de segurança na área prevencionista, ou seja, que foca na prevenção de desvios 
e problemas através de um monitoramento cuidadoso dos processos de uma 
empresa. 
O SMS atua como um sistema integrado de gestão, ou seja, um SIG, que 
tem como objetivo a integração de toda a gestão da empresa, facilitando todos 
os processos, através da obtenção de informações em tempo real. Dessa forma, 
o processo de tomada de decisão é agilizado, otimizando o funcionamento dos 
procedimentos como um todo. 
Foi na década de 1970, que o sistema de gestão integrado começou a 
surgir no campo de petróleo, tendo como marco inicial a Conferência de 
 
 
 
5 
 
Estocolmo em 1972. O objetivo do encontro é garantir a proteção do meio 
ambiente, com foco na análise da qualidade do ar e quantidade carbono. 
Inseridas no ambiente atual de negócios da empresa, as questões 
relacionadas à saúde, meio ambiente e segurança (SMS) e responsabilidade 
social corporativa (RSC) podem promover uma vantagem competitiva por meio 
de sua importância e grau de integração. Em primeiro lugar, integrando-as nos 
próprios planos de negócios da empresa, e depois integrá-los na mesma 
estrutura organizacional. 
A definição usualmente considerada para a sustentabilidade teve sua 
origem no final da década de 1980, mais precisamente em 1988, quando foi 
lançado o relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento intitulado Nosso Futuro Comum (Relatório Brundtland), 
surgindo pela primeira vez a noção de Desenvolvimento Sustentável, entendido 
como o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem 
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias 
(CMMAD, 1988). 
Muir et al. (2002) reforçam que uma coisa é falar de sustentabilidade e 
outra coisa bem diferente é implementá-la efetivamente em nível corporativo. 
Para que seja realizada esta implementação, a empresa deve comprometer-se 
a mudar a maneira do seu negócio e a desenvolver uma filosofia “profunda”, a 
fim de refletir o que a sustentabilidade significa de fato para a empresa. Desta 
forma, foi sugerida uma metodologia com seis fases para o desenvolvimento e 
implementação da estratégia de sustentabilidade. 
Epstein e Roy (2001) dizem que, uma vez definidas as prioridades para o 
desempenho dos gerentes, sublinhados os desafios específicos e associados ao 
contexto particular do negócio, podem ser estabelecidas ligações entre os 
elementos de estratégia corporativa com suas ações de sustentabilidade e 
desempenho financeiro. Desta forma, para estabelecer estas ligações, todos os 
elementos incluídos na figura 02 devem ser quantificados usando métricas 
apropriadas. Os processos desta figura estão descritos por: ações de 
sustentabilidade; estratégia empresarial e unidade de negócio; desempenho de 
sustentabilidade; reações dos stakeholders e desempenho financeiro. 
 
 
 
6 
 
 Cheibub e Locke (2002) ressaltam que as ações que excedem as 
obrigações legais, como as ligadas aos projetos sociais (educação, 
assistenciais, esportivos); ações de gestão pessoal (igualdade para negros, 
proteção da criança) e ações voltadas aos clientes/consumidores (qualidade dos 
produtos e serviços, canais de reclamação) em geral são feitas porque trazem, 
ou acredita-se que tragam benefícios para os negócios das empresas. Mesmo 
que não seja de seu interesse exclusivo e/ou imediato, é do seu interesse 
esclarecido e de longo prazo. 
 Ashley (2008) afirma que as empresas que assumem papéis socialmente 
responsáveis passam a ter consequentemente melhores compensações. Tais 
compensações podem ser evidenciadas por meio de melhor acesso ao capital, 
principalmente de investidores socialmente conscientes, menores prêmios de 
seguros, menor overhead, melhoria na imagem, maiores vendas e melhores 
relações com os empregados. 
2.1 Avaliação de desempenho integrada e a contribuição para a 
sustentabilidade – SMS e RSC 
A empresa de óleo e gás, para a qual será discutida uma opção 
estratégica para a integração das ações de SMS e RSC, deverá englobar uma 
série de considerações na questão do desempenhoe da sustentabilidade: ser 
apontada como a empresa mais sustentável do mundo por meio de pesquisas 
reconhecidas internacionalmente; a representatividade nos assuntos do Pacto 
Global; a presença no índice Dow Jones Sustainability Indexes; ações 
negociadas na bolsa de valores, dentre outros. Estas questões são exemplos de 
como os resultados do desempenho de SMS e RSC podem estar 
intrinsecamente ligadas à sustentabilidade (LEÃO; LIMA, 2013). 
O desenvolvimento sustentável precisa ser incorporado ao plano 
estratégico da empresa, que deve incluir todos os elementos (econômico, 
financeiro, social e medidas ambientais), a fim de medir o custo do impacto e 
negócio de longo prazo, o mais importante é ajudar na melhoria contínua da 
empresa. 
Embora as mudanças possam trazer riscos para a organização, os 
benefícios da integração de SMS e CSR, podem diminuir ou até ultrapassar, 
 
 
 
7 
 
desde que sejam gerenciados cuidadosamente os riscos envolvidos no processo 
de conversão. É importante mapear corretamente todos os riscos possíveis em 
qualquer mudança, com o intuito de que os mesmos possam ser previamente 
planejados e controlados. 
2.2 Ética empresarial 
 
Fonte: mundocarreira.com.br 
Para Bordin (2017), uma empresa ética é aquela que pratica um conjunto 
de princípios e valores que norteiam a conduta da organização e seus 
integrantes, garantindo que as ações sejam precedidas de uma devida reflexão 
acerca do que é correto no contexto da moral e das regras que conduzem as 
boas relações entre empresas e indivíduos. 
Aliar os interesses contraditórios do capitalismo financeiro, que visa o 
lucro em pouco espaço de tempo, aos de milhares de pessoas que encaram as 
consequências nocivas, representa um grande desafio. Deste conflito, são 
geradas manifestações com vistas a uma maior transparência e controle sobre 
as condutas dos que regem o universo dos negócios. De outro lado, poderíamos 
prever que, em ataque a essas manifestações, viesse a surgir discursos acerca 
da ética empresarial. 
 
 
 
8 
 
Em uma organização deve haver uma deliberação ética, que é aquela que 
considera, em todo processo de tomada de decisão, tanto a identidade da 
organização como os impactos das decisões sobre o conjunto de suas partes 
interessadas, a sociedade em geral e o meio ambiente, visando ao bem comum. 
Por isso, é fundamental que as instituições possuam estratégias de comunicação 
e programas de treinamento com a finalidade de disseminar políticas, 
procedimentos, normas, práticas e indicadores formais, especialmente para 
engajar a alta administração, influenciando uma tomada de decisão ética 
(BORDIN, 2017). 
Quais são os direitos, obrigações e responsabilidades das empresas em 
relação aos seus grupos de interesse (empregados, clientes, fornecedores, 
proprietários e acionistas, comunidades locais, meio ambiente, governo e 
outros)? Como agir quando os objetivos e as exigências dos diversos grupos de 
interesse são antagônicos entre si? É razoável esperar que as estratégias 
empresariais sejam planejadas – e seus resultados avaliados – tendo como pano 
de fundo um projeto de futuro mais amplo e menos imediatista que a mera 
valorização das ações na Bolsa de Valores? Como garantir que tal projeto de 
futuro seja ele mesmo objeto de reflexões que tenham como finalidade o bem 
comum? Quais devem ser, afinal, o papel e a função social das empresas no 
mundo contemporâneo? Estas são algumas das questões que vieram compor o 
cerne dos debates e das pesquisas no campo da ética empresarial, um campo 
que surgiu como ponto de interseção entre o crescente descontentamento da 
sociedade com os excessos do capital e as tentativas, por parte deste, de 
justificar e conservar a posição até então conquistada (HOFFMAN e MOORE, 
1990; DONALDSON e WERHANE, 1996; BEAUCHAMP e BOWIE, 1997; 
CARROLL, 1999; MACINTOSH, LEIPZIGER et al., 1998; BALLET e DE BRY, 
2001; GRAYSON e HODGES, 2002; CRANE e MATTEN, 2004). 
A construção da ética empresarial como um campo de estudos autônomo 
teve início nos Estados Unidos, a partir da segunda metade do século XX, 
quando profissionais provenientes de diversas disciplinas tradicionais, ou da 
mídia, começaram a debruçar-se sobre as questões de natureza moral 
suscitadas pelo universo relativamente recente das firmas contemporâneas, 
 
 
 
9 
 
como discutiremos em maior detalhe no decorrer deste capítulo (FERRELL et 
al., 2001). 
Para Kreitlon (2008), a atenção continuada por parte de filósofos, 
economistas, sociólogos, gestores, advogados, teólogos, jornalistas e outros 
profissionais assinalava o reconhecimento, até então inédito, de que boa parte 
dos fenômenos ditos “de negócios” exige na verdade tomadas de decisão que 
envolvem dilemas de cunho ético - tais como os efeitos colaterais perversos das 
novas tecnologias, os danos ambientais inerentes à incitação ao consumo, ou a 
excessiva concentração de poder e de recursos nas mãos de um grupo reduzido 
de empresas transnacionais. 
Kreitlon (apud LOCKETT, MOON e VISSER, 2008) diz que desde então, 
a expressão “ética empresarial” ou “ética nos negócios” passou a designar um 
campo científico que pode ser abordado a partir de diferentes perspectivas: tanto 
a partir da filosofia, por exemplo, como a partir da sociologia, da economia, da 
psicologia, da ciência política ou dos estudos ambientais. 
Dentro desse campo, pode-se optar por focalizar o microcosmo das 
organizações e de seus dirigentes, ou o macrocosmo do mundo dos negócios e 
da própria sociedade. Aliás, o que tem caracterizado a evolução histórica da 
discussão sobre ética empresarial é justamente a passagem de um ponto de 
vista mais restrito, focado na ética pessoal (BARNARD, 1938; BOWEN, 1953; 
SELEKMAN, 1959), para um ponto de vista mais abrangente e complexo, que 
questiona a ética das próprias organizações e – embora com muito menor 
frequência – também das estruturas sociais (DAVIS, 1960; FREDERICK, 1960; 
ACKERMAN, 1973). 
Essa mudança de foco ocorreu dos anos 70 em diante: de uma atenção 
até então centrada na responsabilidade do indivíduo – identificado na figura do 
“gerente”, ou do “homem de negócios” – passou-se a uma abordagem voltada 
prioritariamente para a responsabilidade da própria organização, enquanto 
agente social e moral inserido num contexto sistêmico. Graças a essa nova 
abordagem, difundiram-se e aprofundaram-se, ao longo dos anos 80, os 
conceitos de responsabilidade social empresarial e de partes interessadas – 
conceitos que vieram a tornar-se as vigas-mestras das discussões subsequentes 
sobre ética nas organizações, e que têm guiado, desde então, as análises, 
 
 
 
10 
 
estratégias e políticas corporativas desenvolvidas nessa área (DONALDSON e 
PRESTON, 1995; LECOURS, 1995; FREEMAN, 1997). 
Para Kreitlon (2008), a ética nos negócios possui três níveis de análise, 
quais sejam: nível individual; nível organizacional; e nível do sistema social. 
O nível individual tem como objeto de estudo a conduta moral das pessoas 
no universo do trabalho e das relações de mercado. Em que medida o auto 
interesse e outras motivações pessoais são equilibrados, ou não, por uma 
preocupação com a justiça e com o bem comum? Que tipo de mecanismos e 
processos favorecem, ou dificultam, a consciência ética individual no exercício 
de um cargo? As análises neste nível privilegiam os valores, as escolhas e o 
caráter dos indivíduos enquanto agentes morais (KREITLON, 2008). 
Já o nível organizacional, segundo a mesma autora, “propõe-se a analisar 
a cultura e as políticas vigentes em organizações específicas. Diz respeito 
àquela “consciência moral” coletiva, tanto tácita como explícita, que toda 
organização possui – seja devido à existência de um planejamento estratégico 
formal ou por ter desenvolvido, informalmente, ao longo do tempo, um padrão de 
comportamento consistente e identificável que ela põe em prática no 
desempenho rotineirode suas atividades”. 
Por fim, o nível do sistema social, tem como foco as ideologias e os tipos 
de arranjos institucionais prevalentes num determinado contexto social mais 
amplo - seja de âmbito regional, nacional ou global - e investiga de que modo 
esses padrões sociais, políticos e econômicos influenciam ou determinam o 
quadro de referência ético de indivíduos e organizações (KREITLON, 2008). 
A subdivisão da disciplina ética nos negócios em três níveis distintos, mas 
inter-relacionados não pretende ser apenas uma conveniência didática, mas 
antes uma indicação de que existem objetos legitimamente passíveis de 
indagação ética em cada um dos três níveis. Sugere também que se presume 
haver um certo grau de liberdade, ou uma margem de escolha, em cada um 
deles, isto é: os valores éticos encontrados em um dos níveis não são meras 
funções determinísticas dos outros níveis. Considera-se que o agente ou o 
sistema em questão seria capaz de atuar diferentemente – por exemplo, melhor, 
ou de forma mais justa. Se o foco é a organização, por exemplo, julga-se que 
suas políticas e sua cultura interna (seus “valores”) não são pura e simplesmente 
 
 
 
11 
 
uma função direta dos valores do sistema social circundante, ou dos indivíduos 
que nela trabalham - embora evidentemente existam significativas relações 
causais entre esses fatores (KREITLON, 2008). 
Em qualquer caso, é muito difícil encontrar produtos discursivos no campo 
ético. Os negócios, ou mais especificamente a responsabilidade social 
corporativa (RSE) que vão além do moderno. Raramente acontece neste campo 
uma análise mais estrutural, onde seja inserida efetivamente o aspecto político 
da questão e compreensão alternativa do mercado. 
 
2.2.1 Códigos, normas e acordos de natureza voluntária 
 
Existe hoje uma riqueza de normas, diretrizes, certificações, indicadores, 
acordos e modelos, nacionais e internacionais, com vistas para a gestão da 
responsabilidade. 
Grande parte desses instrumentos tem sido concebida por organizações 
da sociedade civil compostas por vários grupos de interesse (sindicatos, 
consumidores, ONGs, representantes da indústria e do comércio, etc), e 
constantemente contam também com o apoio de instituições governamentais ou 
de organismos internacionais (Nações Unidas, Organização Internacional do 
Trabalho, etc). 
Kreitlon (apud Doane, Gendron; Lapointe e Turcotte, 2008), preceitua que 
“na prática, as empresas são livres para adotar ou não essas normas, 
certificações e indicadores, e sua decisão irá depender essencialmente de quão 
fortes sejam as pressões do mercado para que o façam, assim como dos 
incentivos porventura atrelados a tal adoção. Trata-se, portanto, de um conjunto 
de instrumentos voluntários e flexíveis de regulação da conduta empresarial. Por 
isso mesmo, não falta quem os critique por sua natureza branda, facultativa, não-
coercitiva, e por considerar que aquilo que eles regulam deveria ser objeto de 
legislação específica e compulsória”. 
Para Webb (2004) a natureza dos instrumentos ou códigos voluntários de 
regulação da conduta empresarial são: sua adoção não é requerida por nenhuma 
forma de legislação ou de regulamentação; foram aceitos por uma ou mais 
organizações; têm como propósito influenciar ou controlar o comportamento; e 
 
 
 
12 
 
devem ser aplicados de maneira consistente e/ou alcançar um resultado 
consistente. 
O autor acentua, contudo, que embora um código voluntário não seja 
legalmente requerido, isso não significa que ele não possua aspectos legais, ou 
implicações legais que decorrem do seu uso; ou, ainda, que pelo menos parte 
da motivação para o seu desenvolvimento não tenha sido justamente de 
natureza legal - como, por exemplo, no intuito de retardar a introdução de novas 
regulamentações ou para reduzir a responsabilidade legal dos que o adotam 
(WEBB, 2004). 
 
2.2.2 Políticas públicas de fomento à RSE 
 
Apesar da produção científica, da proliferação de ferramentas e da 
popularização do tema, persistem ainda, como seria de se esperar, diferenças 
significativas no que diz respeito ao grau de penetração e de disseminação do 
discurso e das práticas de responsabilidade social empresarial, tanto entre 
organizações como entre os diferentes países. Para combater e reduzir essa 
assimetria, são elaborados modelos explicativos e de benchmarking que 
culminam, muitas vezes, em propostas de fomento da competitividade 
(empresarial e nacional) centradas na adoção da RSE (SWIFT e ZADEK, 2002). 
Swift e Zadek (2002), sugerem uma escala evolutiva para representar os 
“graus de desenvolvimento da RSE”, indo desde o que consideram como sendo 
o nível mais elementar de consciência e ação até o nível mais sofisticado. 
De acordo com esta escala, o simples cumprimento da lei (estágio zero) 
não conta como indicador de responsabilidade social. Por outro lado, segundo 
os autores, a maioria das empresas claramente envolvidas em ações de RSE 
nos dias de hoje poderiam ser adaptadas no primeiro estágio pois, dedicam-se 
especialmente em impossibilitar a existência de riscos à reputação em um curto 
período de tempo, efetuam poucas despesas nessa área além da filantropia 
tradicional, ou simplesmente dão novos nomes a boas práticas de gestão, sendo 
que tais iniciativas podem melhorar a vida das pessoas a quem se destinam e 
também o desempenho do negócio. 
Atualmente, inúmeras companhias declaram-se empenhadas em 
ultrapassar a racionalidade instrumental de curto prazo, característica do 
 
 
 
13 
 
primeiro estágio. São companhias que, ao adotarem as recomendações dos 
proponentes desse modelo, procuram integrar mais intimamente a RSE a 
aspectos-chave de suas operações e de suas estratégias de negócio (SWIFT e 
ZADEK, 2002). 
Por fim, na terceira etapa, segundo o autor, os princípios da RSE, devem 
estar consolidados e relacionados, a ponto de estar presente em toda a vida 
econômica do país, com a incumbência de orientar políticas públicas e ir além 
de planos de negócios isolados. 
No Brasil, o Instituto Ethos reproduz e propaga, através de suas 
atividades, de numerosas publicações e de seu site na Internet, os mesmos 
princípios defendidos pelo Banco Mundial no tocante ao necessário incentivo do 
setor público à RSE, 
“(...) orientado pela visão de que a incorporação de objetivos sociais e 
ambientais às metas econômicas das empresas é parte indispensável 
do modelo de desenvolvimento de uma sociedade sustentável. (...) O 
[ETHOS] vem realizando, com a participação ativa de seus associados 
e das empresas em geral, a articulação, de modo suprapartidário, das 
práticas de RSE com políticas públicas dos governos federal, estaduais 
e municipais voltadas para inclusão social, erradicação da pobreza e 
da fome, combate à corrupção e desenvolvimento ambiental.” (ETHOS, 
2007). 
O Banco Mundial destaca a importância de se trabalhar com uma 
definição de RSE que ultrapasse o entendimento, corrente, porém limitado, 
segundo o qual ela refere-se a atividades de negócios que vão além da mera 
compliance, ou cumprimento da lei. 
Uma definição mais ampla, que leve em conta “o vasto potencial inerente 
a um compromisso efetivo do empresariado com o desenvolvimento 
sustentável”, é tida pelo Banco como mais adequada para que se compreenda 
quão crucial é o engajamento do poder público com a RSE (WORLD BANK, 
2002:1). 
Segundo o Banco Mundial, esse engajamento pode se dar ao longo de 
dois eixos principais. O primeiro diz respeito a quatro papéis-chave que 
competem ao setor público: 1) determinar; 2) facilitar; 3) realizar parcerias; 4) 
apoiar. Já o segundo eixo implica mobilizar atividades variadas do setor público 
em torno de dez temas principais da RSE: estabelecer e garantir o cumprimento 
de certos padrões mínimos; papel do empresariado na formulação de políticas 
 
 
 
14 
 
públicas; governança corporativa; investimento socialmente responsável; 
filantropiae desenvolvimento comunitário; engajamento e representação das 
partes interessadas; produção e consumo socialmente responsáveis; 
certificações, padrões e sistemas de gestão pró-SER; transparência e relatórios 
pró-SER; e processos, diretrizes e convenções multilaterais (KREITLON, 2008). 
O Ethos defende a adoção de critérios mínimos de responsabilidade 
social (que seriam aqueles identificados pelos seus Indicadores de RSE) como 
instrumento de indução do comportamento das empresas e como fator 
diferencial de competitividade no mercado, e estimula sua utilização por grandes 
empresas, fundos de investimento, fundos de pensão e órgãos reguladores 
(KREITLON, 2008). 
Principalmente no mundo dos negócios e de grandes empresas 
multinacionais, declarações e iniciativas sobre o assunto se tornaram até mesmo 
lugar-comum. Os governos de vários países consideram a responsabilidade 
social corporativa uma oportunidade para maximizar os benefícios das 
atividades econômicas e, ao mesmo tempo, esperam reduzir os impactos 
ambientais e sociais causados por ela. 
Para as chamadas “organizações do terceiro setor”, existe grande 
interesse em aproveitar a tendência e estabelecer parcerias com as firmas em 
todo tipo de projetos com alguma conotação “social”. Já nas fileiras do 
movimento altermundista, que combate a globalização neoliberal, diversos 
grupos dedicam-se ao monitoramento e divulgação de atividades empresariais 
passíveis de crítica. Evidentemente, cada um dos grupos de atores sociais 
diretamente implicados na questão, e cujos interesses estejam em jogo, luta para 
estabelecer a sua própria visão do que seja a RSE – donde se deduz que a 
prevalência no espaço social de uma determinada definição indica a derrota de 
várias outras (KREITLON, 2008). 
O surgimento da ética empresarial como campo discursivo está 
intimamente ligado à evolução do sistema econômico, assim como às mudanças 
por que passaram as sociedades industriais no último século. Foram as 
transformações - e excessos - do capitalismo que deram origem a este tipo de 
questionamento, na medida em que as empresas privadas, transformadas em 
 
 
 
15 
 
gigantescos conglomerados multi e transnacionais, começaram a dar mostras 
de um poder sem precedentes (KORTEN, 1995). 
3 RESPONSABILIDADE SOCIAL NA GESTÃO DE RECURSOS 
AMBIENTAIS 
 
Fonte: sbcoaching.com.br 
A sociedade de hoje valoriza a liberdade, respeito, acesso à informação, 
tecnologia inovadora, direitos constitucionais e ambiente livre de poluentes e 
muitas outras manifestações de justiça. Para organizações de serviços privados 
ou públicos, satisfazer os interesses de seus consumidores é uma missão cada 
vez mais dinâmica e complexa. 
A responsabilidade social surge, nesse contexto, como guia para o que 
as organizações devem buscar, e inclui a responsabilidade com o meio ambiente 
entre suas atribuições. 
Para Ashley (2006), a responsabilidade social é o empenho de uma 
entidade para auxiliar o progresso da sociedade, expressa nas suas atitudes e 
na transparência junto ao corpo social. Oliveira, Pinto e Lima (2002) coloca a 
organização como agente social e não apenas econômica, que preza e age para 
manter e potencializar a qualidade de vida da comunidade. 
 
 
 
16 
 
No Brasil, o Instituto Ethos é umas das referências no incentivo e 
divulgação da responsabilidade social e tem como objetivo facilitar que as 
empresas associadas adotem práticas que respeitem a coletividade, que sejam 
inovadoras, ambientalmente responsáveis e mantenha a lucratividade. O 
Instituto Ethos permite que as organizações tenham acesso a publicações, 
debates, palestras e experiências de sucesso. A instituição adota a gestão 
baseada na responsabilidade social empresarial, que também não tem conceito 
único (CAMARGO, 2018). 
No entanto, a definição mais consolidada de responsabilidade social foi 
escrita por Carroll (1991), que preconiza quatro concepções, quais sejam: 
responsabilidade econômica; responsabilidade legal; responsabilidade ética; e 
responsabilidade filantrópica. 
Para o autor, a responsabilidade econômica trata-se do dever da empresa 
de gerar lucro. A geração de renda é que influenciará as decisões, as atitudes 
tomadas em prol da comunidade, o conforto dos envolvidos e o crescimento da 
economia. 
Quanto a responsabilidade legal, nada mais é que o cumprimento das 
regras e leis da sociedade. A execução correta da legislação vigente, seja 
nacional, estadual ou local, norteará o que é aceito e adequado nas ações do 
estabelecimento. 
Quando a situação não está na legislação, deve ser analisada e tomada 
a decisão que parece ser a mais justa, ética e imparcial. É a preocupação em 
não realizar algo que pode prejudicar a alguém ou mesmo ao meio ambiente, 
trata-se da responsabilidade ética (Carroll, 1991). 
Por fim, a responsabilidade filantrópica, é a contribuição espontânea e 
sem esperar lucros diretos que uma entidade realizada para caridade, 
programas sociais e organizações ambientais. 
Conforme visto, o impacto da organização que realiza a responsabilidade 
social pode ser sentido em vários aspectos: no social, na economia, no 
comprometimento ético e com a sustentabilidade. O investimento ambiental 
ganhou cada vez mais importância nos últimos anos, pois é evidente a 
associação com saúde, lazer e até renda (como turismo ecológico) que a 
preservação e a diminuição dos impactos ambientais podem gerar na vida de 
 
 
 
17 
 
todos. As empresas sabem que o cuidado com a natureza, além do efeito no 
ambiente, melhora a imagem da entidade junto aos consumidores preocupados 
com as questões ecológicas (CAMARGO, 2018). 
3.1 Gestão ambiental 
 
Fonte: multiimagem.com.br 
Para José Carlos Barbieri (2016), a gestão ambiental compreende as 
diretrizes e as atividades administrativas realizadas por uma organização para 
alcançar efeitos positivos sobre o meio ambiente, ou seja, para reduzir, eliminar, 
ou compensar os problemas ambientais decorrentes da sua atuação e evitar que 
os outros ocorram no futuro. 
A expressão gestão ambiental aplica-se a variadas iniciativas que sejam 
relacionadas a qualquer problema ou questão ambiental. Na sua origem 
encontram-se ações governamentais voltadas a combater a falta de recursos. 
Qualquer proposta de gestão ambiental deve incluir, ao menos, três dimensões. 
Barbieri ensina que as dimensões são: espacial, institucional e temática. 
A dimensão espacial refere-se à área de abrangência na qual se espera 
que as ações de gestão tenham eficácia. Algumas ações buscam solucionar 
questões ambientais em locais específicos, outras buscam efeitos globais como 
eliminação de substâncias que reduzem a camada de ozônio. 
 
 
 
18 
 
A dimensão institucional refere-se aos agentes responsáveis pelas 
iniciativas de gestão, tais como órgãos intergovernamentais, governos nacionais, 
municipais. As questões ambientais podem ser tratadas através de iniciativas 
diferentes, cada qual visando alcançar efeitos sobre uma determinada área de 
abrangência. Por exemplo, o aquecimento global, uma questão ambiental de 
natureza planetária, requer gestões em todos os níveis de abrangência, desde 
global, através da Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo, até os 
níveis regional, nacional, subnacional, local e empresarial (BARBIERI, 2016). 
Por fim, a dimensão temática determina a quais ações de gestão se 
destinam as questões ambientais. Ao agir sobre uma questão ambiental outras 
poderão ser afetadas, pois o meio ambiente é uma totalidade complexa, que não 
se divide, no qual seus componentes estão interconectados numa relação de 
interdependência. 
Para Barbieri (2016), a essas três dimensões pode-se acrescentar a 
dimensão filosófica, que trata da visão de mundo e da relação entre o ser 
humano e a natureza, questões que sempre estiveram entre as principais 
preocupações humanas. 
3.2 Gestão ambiental empresarial 
 
Fonte:pt.linkedin.com/pulse 
 
 
 
19 
 
A gestão ambiental empresarial apoia-se em três critérios de desempenho 
que devem ser considerados concomitantemente, quais sejam: eficiência 
econômica, respeito ao meio ambiente e equidade social. A expectativa é de com 
o acolhimento dessas propostas, as empresas gerem renda e riqueza, mas que 
cuidem do meio ambiente e promovam benefícios sociais para tornar a 
sociedade mais justa. 
A preocupação empresarial com a questão ambiental tem sua origem a 
partir da crescente pressão da sociedade e dos mercados consumidores em 
relação à problemática ambiental, a partir da década de 70. Essa pressão 
resultou, principalmente nos países desenvolvidos, em um maior controle sobre 
o setor produtivo por meio de uma grande quantidade de normas, regulamentos 
e legislação ambiental. 
As questões ambientais hoje em dia ameaçam a estabilidade da empresa 
no mercado, haja vista que as restrições comerciais aos produtos e processos 
de produção considerados ambientalmente nocivos à sociedade e à natureza 
são os fatores que compelem as empresas a se ajustarem às novas 
regulamentações ambientais. 
Para Nogueira (2009), a Política de Gestão Ambiental no âmbito 
empresarial privado deve ser compreendida e articulada, então, ao movimento 
de intensificação da globalização dos processos de fabricação e de 
comercialização dos produtos industriais, que vem exigindo cada vez mais um 
diferencial na qualidade do produto enquanto fator de competitividade no 
mercado. A necessidade empresarial de garantir espaço e domínio de vendas 
em um mercado cada vez mais competitivo vem impulsionando as empresas a 
buscarem estratégias de fortalecimento da imagem da marca de seus produtos 
no mercado nacional e internacional. 
O Instituto Ethos defende o princípio de que uma empresa 
ambientalmente responsável deve agir para a melhoria e conservação da 
qualidade ambiental, assumindo um compromisso, frente ao meio ambiente, de 
minimizar seus impactos negativos e amplificar os positivos. Assim, toda 
empresa deve “agir para a manutenção e melhoria das condições ambientais, 
minimizando ações próprias potencialmente agressivas ao meio ambiente e 
 
 
 
20 
 
disseminando, para outras empresas, as práticas e conhecimentos adquiridos 
neste sentido” (Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2001). 
Podemos observar que a educação ambiental na esfera empresarial vem 
sendo considerada como um dos indicadores de “responsabilidade social e 
ambiental”. Desta forma, é necessária a realização de uma investigação 
científica que enseje uma discussão e reflexão crítica relacionado à existência 
ou não no âmbito empresarial privado, de espaço para a efetivação de formas 
de educação ambiental que expressem os princípios de uma formação para a 
cidadania, tais como foram pensados no Tratado de Educação Ambiental, 
aprovado no Fórum Global de 1992. 
 
3.2.1 ISO 14000 
 
 
Fonte: retos-operaciones-logistica.eae.es 
Sobre a ISO 1400, Valle (1995) salienta que: 
Com o intuito de uniformizar as ações que deveriam se encaixar em 
uma nova ótica de proteção ao meio ambiente, a ISO – International 
Organization for Standartization (Organização Internacional para 
Normalização) – decidiu criar um sistema de normas que convencionou 
designar pelo código ISO 14000. Esta série de normas trata 
basicamente da gestão ambiental e não deve ser confundida com um 
conjunto de normas técnicas. 
 
 
 
21 
 
A International Organization for Standartization (ISO) é idealizada para 
desenvolver e instituir critérios estruturais válidos por meio de regras, testes e 
certificações incentivando o comércio de bens e serviços. A ISO 14000 são 
normas desenvolvidas para cuidar da rotulagem ambiental. 
A ISO 14000 tem como objetivo a criação de um Sistema de Gestão 
Ambiental que auxilie as empresas a cumprirem suas responsabilidades em 
relação ao meio ambiente que permeia a organização dentro de conceitos e 
procedimentos sem perder de vista características e valores regionais. As 
normas ISO 14000 se aplicam às atividades industriais, extrativas, 
agroindustriais e de serviços certificando as instalações da empresa, linhas de 
produção e produtos que satisfaçam os padrões de qualidade ambiental (VALLE, 
1995). 
Soledade; Filho; Santos; e Silva (2007), prelecionam que o cuidar do meio 
ambiente é muito mais que o uso da razão, da ciência e da tecnologia, a 
importância disso é uma questão inclusive de sobrevivência. 
Para Ribeiro (1998), as mudanças de valores, mentalidade e 
comportamento são fundamentais para o futuro da espécie humana, em que o 
limite norteia uma situação que o consumismo e os valores materialistas 
exercem pressão sobre os recursos naturais. No processo de industrialização, 
na sua maioria poluidor, os recursos naturais utilizados como matéria-prima são 
usados e descartados como lixo e resíduos. 
A série de normas ISO 14000 visa alcançar três principais objetivos: a) 
promover uma abordagem comum a nível internacional no que diz respeito à 
gestão ambiental dos produtos; b) aumentar a capacidade das empresas de 
alcançarem um desempenho ambiental e na medição de seus efeitos; c) facilitar 
o comércio, eliminando as barreiras dos imperativos ecológicos (Soledade; Filho; 
Santos; e Silva, 2007). 
A finalidade básica da ISO 14001 é a de fornecer às organizações os 
requisitos básicos de um sistema de gestão ambiental eficaz. Trata-se de uma 
norma de gerenciamento, e não uma norma de produto ou desempenho. É um 
processo de gerenciamento das atividades da empresa que tem impacto no 
ambiente. Esta norma dita os requisitos relativos a um Sistema de Gestão 
Ambiental, permitindo a uma organização formular política e objetivos que levem 
 
 
 
22 
 
em conta os requisitos legais e as informações referentes aos impactos 
ambientais significativos (SOLEDADE; FILHO; SANTOS; e SILVA, 2007). 
Em geral, as normas que compõem a ISO 14000 referem-se aos aspectos 
ambientais que uma organização identifica como controlados e que podem ser 
afetados por seus processos. No entanto, é importante notar que cada 
organização pode analisar tais aspectos de forma diferente, e, segundo 
Soledade; Filho; Santos; e Silva (apud Vinha, 2003), essa percepção depende 
de fatores como a exigência do mercado consumidor, os custos de produção, o 
tamanho do empreendimento, a localização espacial e outros. 
A vantagem da ISO 14000 para as organizações está no âmbito interno 
ela permite que as empresas estruturem suas práticas de gestão ambiental a 
partir de um quadro referencial reconhecido, encorajando, assim, as 
preocupações com o verde no seio da organização. No âmbito externo, ela 
representa uma forma de melhorar a imagem e o reconhecimento da 
organização em virtude de seu engajamento ambiental (BOIRAL, 2006). 
O fato de uma empresa ser certificada com ISO 14000, não quer dizer que 
ela não polua ou que direta ou indiretamente suas atividades não afetem a 
saúde, a segurança, o bem-estar da população, as atividades econômicas, as 
condições estéticas e sanitárias do meio ambiente. Significa apenas um indício 
de que a empresa “preocupa-se” com o meio ambiente e que esses impactos 
ambientais estão sendo monitorados e controlados por um sistema de gestão 
ambiental. 
 
 
 
23 
 
3.3 Responsabilidade social e recursos naturais 
 
Fonte: meioambiente.culturamix.com 
A procura por produtos industrializados, de energia e de serviços tem 
aumentado a nível mundial. A sociedade mais velha, o crescimento populacional 
(principalmente nos países subdesenvolvidos) e o aumento do número de 
pessoas que vivem nas cidades geram uma pressão gradativa nos recursos 
ambientais. As consequências mais vistas são: a finitude dos recursos naturais, 
a degradação da natureza, a extinção de espécies da flora e fauna, a poluição e 
as alterações no clima. 
A responsabilidade social engloba ações de desenvolvimentoda 
comunidade com projetos que aumentem o bem-estar, investimentos em 
inovação de processos e produtos para satisfazer seus clientes, conservação do 
meio ambiente através de intervenções não predatórias, investimento no 
desenvolvimento profissional dos trabalhadores, condições de trabalho e 
benefícios sociais (SROUR, 1998). 
Segundo Camargo (2018), tendo em vista as consequências do uso dos 
recursos naturais e seu inerente impacto ambiental e da natureza, é 
indispensável para a empresa responsável socialmente a valorização da questão 
ambiental. O mapeamento e controle do uso dos bens naturais, assim como a 
definição de normas e procedimentos para sua utilização requer um forte sistema 
 
 
 
24 
 
de gestão ambiental, que inclui estratégias e ferramentas para alcançar 
resultados. Ao definir os modelos ou ferramentas para causar o menor dano 
ambiental possível, é importante respeitar os princípios ambientais, que para o 
autor são: 
 Responsabilidade ambiental: a entidade é a responsável pelos danos 
ambientais provocados. Ciente disso, é sua obrigação desenvolver 
programas que incluam a redução ou a anulação desses impactos no 
meio ambiente, baseada na transparência e na legislação ambiental 
submetida; 
 Princípio da precaução: em situações de acidentes ambientais, com 
prejuízo ao meio ambiente ou a saúde da população, todas as medidas 
possíveis de contenção do problema devem ser aplicadas, 
independente dos gastos ou da incerteza da metodologia indicada; 
 Gestão de risco ambiental: todos os programas e ações da 
organização devem levar em conta os riscos de acidentes ambientais. 
O procedimento de resposta a emergências precisa considerar todos 
os afetados, seja a comunidade do entorno ou o habitat. As medidas 
e a ocorrência de acidente precisam ser informadas aos órgãos 
competentes; 
 Poluidor pagador: Os custos dos poluentes emitidos pela organização 
necessitam ser pagos pela própria empresa. A ação para reduzir a 
poluição é arcada pelo empreendimento, sendo o único responsável 
pela manutenção dos níveis seguros de poluição. 
 
Existem vários modelos de técnicas e instrumentos que alinham a gestão 
ambiental em busca de alcançar os resultados almejados, como o modelo Green, 
a gestão integrada e participativa, o bem comum e a produção mais limpa. 
 
 
 
25 
 
3.4 Modelos de gestão ambiental 
 
Fonte: gennegociosegestao.com.br 
Para alcançar a responsabilidade social plena, o envolvimento com os 
problemas ambientais deve ser atuante e planejado. Para auxiliar na gestão 
ambiental do empreendimento, as organizações fazem escolhas entre diversos 
modelos e opções de ideias ambientais, que serão estudados a seguir: 
 
3.4.1 Modelo Green 
 
Criado pela Gestion de Ressources Naturelles Renouvelables 
Environnement (GREEN), sediada no Centre de Coopération Internationale en 
Recherche Agronomique pour le Développement (CIRAD), na França, o modelo 
enfatiza o papel dos agentes sociais nas decisões ambientais. Os valores éticos, 
culturais e morais, explícitos na responsabilidade social, também pesam para as 
questões ecológicas. O modelo Green considera que as dinâmicas ambientais e 
sociais, assim como a transformação desses cenários, ao longo do tempo, 
precisam fazer parte do planejamento ambiental (CAMARGO, 2018). 
As decisões tomadas são encaminhadas ao grande grupo, que através de 
diversas perspectivas e vivências, chega a conclusões socialmente aceitas e em 
conformidade com a cultura de preservação do meio ambiente. As metas, 
devidamente organizadas e admissíveis, tornam-se responsabilidade de todos. 
A finalidade do modelo é alcançar uma nova forma de inovação no campo social, 
 
 
 
26 
 
com a sociedade e todos os colaboradores da organização como parte 
fundamental para preservação do ecossistema. 
 
3.4.2 Gestão integrada e participativa 
 
Este modelo atenta-se aos modelos urbanos devido ao crescimento 
desorganizado e suas consequências sociais e ambientais: a degradação da 
natureza, a divisão das classes, a falta de infraestrutura básica e a má qualidade 
de vida dos indivíduos segregados. Esse tipo de gestão prega o diálogo dos 
órgãos públicos, da população e das entidades privadas. 
Para propor e decidir sobre o destino da malha urbana e suas estratégias 
e consequências, a gestão integrada e participativa estimula que políticos, 
gestores, funcionários de órgãos públicos, empresários, sindicatos e demais 
coletivos, bem como representantes da população, formulem políticas urbanas, 
elaborem planos, propostas e posteriormente executem as ações (CAMARGO, 
2018). 
 
3.4.3 Bem comum 
 
Segundo Camargo (2018), esse tipo de gestão analisa os bens como 
comuns a todas as pessoas. Os elementos da natureza, como as águas, 
florestas e mares, são bens do coletivo. Essa ideia é parecida quando dizemos 
que “a Amazônia é uma riqueza dos brasileiros” ou quando as organizações não 
governamentais clamam por atenção para proteger o pouco que sobrou da Mata 
Atlântica no país. Nosso código genético, nossa fauna e flora, a biodiversidade, 
ou a paisagem única do Rio de Janeiro são consideradas da sociedade. 
Para o autor, os valores sociais, culturais, a ciência, a música e os 
conhecimentos são considerados da mesma forma. Para a responsabilidade 
social das organizações, proteger e investir nesses bens propicia contato com a 
comunidade, maior visibilidade, e é um caminho para a sustentabilidade. Zelar 
pelos recursos não renováveis, por exemplo, é uma forma de a entidade revelar-
se preocupada com o direito que todos têm de usufruir do recurso e não apenas 
o empreendimento, como se fosse o proprietário. 
 
 
 
 
27 
 
3.4.4 ISO 14001 
 
A International Organization for Standardization (ISO) é a certificação 
internacional que o empreendimento, independente do porte, realiza de forma 
adequada o sistema de gestão ambiental. A norma define todos os requisitos 
para pôr em prática a gestão ambiental. O objetivo é manter o lucro com menor 
gasto dos recursos naturais. A elaboração da gestão precisa considerar todos 
os possíveis impactos na natureza, desde a poluição atmosférica, o esgoto, o 
solo, e os resíduos. O monitoramento e a melhoria devem ser permanentes 
(CAMARGO, 2018). 
As principais vantagens da certificação ISO 14001, são as seguintes: 
atesta, a nível internacional, que a organização cumpre todos os requisitos 
legais; gera um clima de envolvimento com a certificação por partes dos 
investidores e dos colaboradores; a questão ambiental publicamente é 
reconhecida como relevante para a empresa, o que contribui não só para o meio 
ambiente, mas para os negócios; com a redução do consumo dos recursos 
naturais, de energia ou de resíduos, a organização ganha mais força competitiva 
e eficiência; devido ao menor gasto com o consumo de recursos naturais, de 
energia ou insumos, a arrecadação orçamentária aumenta; por tornar-se mais 
exigente ambientalmente, a entidade acaba por incentivar e dar preferência por 
empresas com o mesmo alinhamento socioambiental. 
Por fim, podemos dizer que a responsabilidade social é um tema 
abrangente que envolve os problemas sociais, a qualidade de vida, o respeito ao 
indivíduo, a ética, o cumprimento da legislação, a cidadania e a atitude 
sustentável. Independente do modelo de gestão ambiental adotado para aplicar 
a responsabilidade social na gestão dos recursos ambientais, o determinante 
são os resultados obtidos. Nenhum modelo anula o outro, pelo contrário, eles 
podem se complementar. A escolha deve estar vinculada aos objetivos da 
organização e as demandas locais (CAMARGO, 2018). 
 
 
 
28 
 
4 IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE EM 
EMPRESAS DO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS 
 
Fonte: infotecbrasil.com.br 
Uma empresa com grande responsabilidade social é aquela que 
estimulam programas motivacionais, de saúde e segurança ocupacional dos 
funcionários, benefícios sociais,sustentabilidade, satisfação do cliente, gerando 
riqueza, justiça social, eficiência ambiental e valores éticos. 
Com a Revolução Industrial, a fabricação com instrumentos adaptados 
para as habilidades manuais evoluiu para tecnologia, na passagem da escala 
individual para coletiva com instrumentos mecânicos comandados por outras 
pessoas sem conhecimento das atividades artesanais (MARQUES; COSTA, 
2014). 
As organizações vêm elaborando e inserindo políticas que possuam 
compromissos éticos, de desenvolvimento sustentável e transparência nas suas 
atividades como uma vantagem competitiva e para o aprimoramento dos 
processos. Elas mapeiam as partes interessadas, discernem os aspectos a 
serem controlados e evitam impactos negativos por elas causados. 
A política de SMS envolve educar, capacitar e comprometer os 
trabalhadores com as questões de SMS, estimulando o registro e tratamento 
destas, a fim de identificar, controlar e monitorar os riscos para promoção da 
 
 
 
29 
 
saúde, na proteção do ser humano e do meio ambiente, visando assim adequar 
a segurança de processos e preparando para emergências, assegurando a 
sustentabilidade de projetos, empreendimentos e produto, considerando os 
benefícios econômicos, ambientais, sociais e a ecoeficiência das operações e 
produtos (MARQUES; COSTA, 2014). 
 Qualquer empresa atual para gerar resultados é adaptada para 
acompanhar as demandas potenciais, os investimentos e a responsabilidade 
social que fazem parte da nova tendência. Atualmente, as empresas estão 
cientes das consequências das ações que realiza, por isso não é suficiente 
concluir as tarefas do negócio completando a produção apenas com base na 
qualidade. 
As tentativas de melhores condições materiais e sociais de trabalho 
devem estar presentes na avaliação e gestão de riscos. Fatores prejudiciais, 
substâncias nocivas, ecossistema, máquinas e a atividade humana devem ser 
analisados de forma a descobrir as agressividades que o trabalhador pode 
sofrer. As equipes são preparadas para a identificação e atendimento às 
necessidades em segurança e saúde ocupacional e planejam ações conjuntas 
na evolução da prevenção (MARQUES; COSTA, 2014). 
As ocorrências de riscos devem ser antecipadas pela análise de projetos, 
modificações, equipamentos, processos e inclusão de novos materiais, ou seja, 
desde a criação do projeto até o detalhamento do produto final. As prioridades 
dos planos de ação incluem cronogramas de avaliação e controle para tomada 
de decisão e monitoramento. 
Como ainda está em processo de implantação, o novo empreendimento 
está sempre em perigo. Incertezas nas condições de trabalho, financiamento, 
tecnologias inovadoras, políticas regionais, entre outros problemas, podem 
confundir ou afetar as empresas. 
A criação detalhada dos projetos demonstra a discussão e dedicação 
acerca da segurança, meio ambiente e saúde, ajustando as responsabilidades e 
as metodologias adotadas em diversas etapas da engenharia e administração 
dos agentes físicos, sociais e ambientais presentes. 
As iniciativas de novos projetos postulam situações e prevenções 
manifestadas pelas preocupações com possíveis fatores negativos. As 
 
 
 
30 
 
instalações de ações refletidas nos compromissos englobam a minimização de 
controvérsias, redução de problemas futuros e investimento em prevenção 
(MARQUES; COSTA, 2014). 
O padrão de operação e a manutenção incorre em diminuição dos erros 
e falhas com desenvolvimento de planos de ação ligados as alternativas, 
execuções programadas de avaliação e controle sobre os riscos. 
Os registros e a supervisão são essenciais, pois demonstram a não 
aceitação da empresa às não conformidades. O monitoramento garante o 
desempenho com sucesso e indica os caminhos a seguir no planejamento 
estratégico da empresa. 
As operações e a manutenção dão indícios da implementação dos 
princípios de adoção das práticas de aperfeiçoamento dos processos em favor 
da segurança e da saúde do trabalhador, onde são discutidos os temas 
relevantes e transformados em ambientes saudáveis e seguros de trabalho. 
O interesse em admitir problemas dentro do desenho teórico da empresa 
também dá a capacidade de gerenciamento da empresa em todas as suas faces. 
A interpretação deste dilema na dinâmica organizacional conduz a uma forma de 
gerar a eficiência da produção. 
A delegação das responsabilidades revela um planejamento das áreas de 
trabalho pelo aperfeiçoamento do processo, diminuição dos transtornos, 
adaptação do trabalho ao homem e utilização dos programas de segurança e 
saúde como antecipadores de riscos. 
A gestão de mudanças está envolvida no desenvolvimento de propostas 
de percepção das dificuldades ou inovações na área para a prática de um 
ambiente favorável, com criação de valor e construção de uma estrutura com 
filosofia e sistemas alinhados com a crescente produção. 
A responsabilidade social, princípios éticos e sistemas integrados de 
gestão estão alinhados com a segurança e saúde ocupacional e gestão 
ambiental. 
Estas questões fazem parte da rotina da empresa, da sua produção com 
tecnologias limpas, ambientes seguros e livres de fatores patogênicos. Todos 
são tratados como agregadores de valor ao negócio da empresa. 
 
 
 
31 
 
A fiscalização através de frequências e entrada de dados facilitam o 
trabalho de SMS, pois quantificando pode-se descobrir e divulgar a evolução do 
cumprimento das diretrizes organizacionais. 
A produção de pesquisas e testes para produtos desperta o interesse para 
as questões de SMS, agregando valor para a mercadoria. 
Toda a produção necessita estar vinculada a filosofia de normas de 
valorização do homem e da natureza, instituindo mecanismos de transformação 
cultural que impactam sobre a imagem da empresa. 
Com isso a sociedade será beneficiada, juntamente com trabalhadores, 
acionistas e consumidores. O produto se torna um conjunto de boas práticas de 
trabalho, envolvendo questões materiais, sociais e ambientais, delineando 
melhorias da qualidade e resultados satisfatórios. 
O gerenciamento dever conceder a preparação para a produção, 
avaliando, identificando os pontos de controle e exigindo a incorporação de 
novos hábitos de trabalho, com uso correto dos equipamentos, controle do fluxo 
de produção e detalhamento dos procedimentos desenvolvidos. 
5 BREVE CONSIDERAÇÃO SOBRE ÉTICA E MEIO AMBIENTE 
 
Fonte: meioambientetecnico.blogspot.com 
http://meioambientetecnico.blogspot.com/2012/09/etica-ambiental.html
 
 
 
32 
 
As discussões acerca das mudanças climáticas têm colocado em pauta o 
tema ambiental, em um período de instabilidade ambiental em que está em risco 
o futuro da vida na Terra. O aquecimento global vem sendo o grande responsável 
pelas discussões, porém seus enunciados passam a ser questionados e 
contrariados pelas mais diversas percepções e teorias que analisam as questões 
climáticas. As duas principais correntes que estudam as alterações climáticas 
são a naturalista e a antropogênica, que se contradizem em seus estudos quanto 
às causas do aquecimento global e principalmente sobre a veracidade ou não 
desse fenômeno (OST, 2018). 
5.1 Mudanças climáticas 
 
Fonte: sustentavel.com.br 
Nos últimos anos, poucas questões dominaram os debates públicos e 
políticos, como as mudanças climáticas e o aquecimento global. Em países 
emergentes como o Brasil, o tema é notoriamente conhecido na mídia, enquanto 
é crescente o número de eventos que buscam debater as mudanças climáticas 
e seu impacto no planeta. 
As mudanças climáticas passaram a ser um tema que suscita grandes 
debates também entre os cientistas e pesquisadores de todo o mundo. Nos 
estudos científicos sobre o clima, observam-se algumas contradições, entre elas 
 
 
 
33 
 
a que chama a atenção é sobre o aquecimento global (SANTOS; SANTOS; 
SANTANA, 2016). 
Para Santos, Santos e Santana (2016), o aquecimento globalé 
entendido como o aumento da temperatura média do globo terrestre e como o 
resultado de ações antrópicas (isto é, a tudo aquilo que resulta da ação do 
homem sobre o ambiente) ou, ainda, causas naturais, e que estaria 
ameaçando diversos ecossistemas terrestres, incluindo o ser humano. 
Muitos cientistas com grande reconhecimento em suas áreas de estudo 
discorrem sobre esse caráter antrópico do aquecimento global, 
responsabilizando o ser humano e suas atividades no planeta como sendo o 
principal responsável pelo aquecimento que vem ocorrendo na Terra. Em 1961, 
Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar pelo espaço, declarou: “A Terra é azul”. 
Sua afirmação, no entanto, contrastou com a imagem da NASA (Agência 
Espacial Americana) de dezembro de 2009, em que se vê o planeta Terra envolto 
em por uma nuvem de partículas negras, ou seja, partículas de carbono, um dos 
efeitos das mudanças climáticas (OST, 2018). 
Para Santos, Santos e Santana (2016), a partir da Revolução Industrial 
(1760) o homem alterou o ciclo que é considerado normal de emissão de gases, 
por meio da intensificação da sua produção, o que ocasionou aumento de 
temperatura na Terra. 
 
 
 
34 
 
5.2 Alterações de comportamento causadas pelas mudanças climáticas 
 
Fonte: iberdrola.com 
Para Ost (2018), as consequências causadas pelas mudanças climáticas 
já estão sendo observadas em diferentes partes do Planeta Terra. Já foi 
observado pelos cientistas que o aumento da temperatura média do planeta tem 
elevado o nível do mar, ocasionado pelo derretimento das calotas polares, 
podendo promover o desaparecimento de ilhas e de algumas cidades litorâneas 
que são densamente povoadas. Os estudos realizados pelo IPCC, 
Intergovernmental Panel on Climate Change (2018), mostram que existe 
também a previsão de uma frequência ainda maior de eventos climáticos 
extremos, como, por exemplo: tempestades tropicais, inundações, ondas de 
calor, nevascas, secas, furacões, tornados e assim por diante, o que traz graves 
consequências para a humanidade e para os ecossistemas naturais, podendo 
até ocasionar a extinção de espécies de animais e plantas. 
Continua a autora prelecionando que “se a nossa opção for continuar 
queimando combustível fóssil, até que os estoques se esgotem, simplesmente 
iremos aumentar a quantidade de gases estufa na atmosfera e passar a 
experimentar um aquecimento global sem precedentes. O PBMC, Painel 
Brasileiro de Mudanças Climáticas (2014), prevê que o aumento de 2º C na 
temperatura traria mudanças na maneira como as plantas crescem, na 
 
 
 
35 
 
migração dos animais e na funcionalidade dos ecossistemas. Com um 
aumento de 3º na temperatura, ocorreria um aumento das inundações, 
tempestades e as secas impactariam negativamente na maneira como 
vivemos”. 
Um fenômeno conhecido que pode ser levado em consideração é o 
derretimento das geleiras que faz com que ocorra o aumento no nível do mar, 
o que, consequentemente, acaba levando a inundações. Se a temperatura 
subir 4º, isso pode destruir a estrutura social como a conhecemos hoje, e 
algumas áreas residenciais não terão condições de sustentar seus moradores. 
Com o advento da vida moderna as sociedades passaram a se organizar 
em torno de suprimentos que aparentemente eram considerados ilimitados, 
como o carvão, petróleo, gás, fontes de energia. O entendimento que se tinha 
há alguns anos atrás era de que nosso ambiente natural seria capaz de fornecer 
suprimentos infinitos de combustíveis. O que vem acontecendo, de fato, é que a 
queima de combustível fóssil impulsiona a economia, mas gera emissão de 
gases, com consequências por vezes graves, como é o caso do aquecimento 
global (OST, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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