Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3 2 SMS, ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL ................................ 4 2.1 Avaliação de desempenho integrada e a contribuição para a sustentabilidade – SMS e RSC ....................................................................... 6 2.2 Ética empresarial ......................................................................... 7 2.2.1 Códigos, normas e acordos de natureza voluntária ............ 11 2.2.2 Políticas públicas de fomento à RSE................................... 12 3 RESPONSABILIDADE SOCIAL NA GESTÃO DE RECURSOS AMBIENTAIS .................................................................................................... 15 3.1 Gestão ambiental ...................................................................... 17 3.2 Gestão ambiental empresarial ................................................... 18 3.2.1 ISO 14000 ........................................................................... 20 3.3 Responsabilidade social e recursos naturais ............................ 23 3.4 Modelos de gestão ambiental .................................................... 25 3.4.1 Modelo Green ...................................................................... 25 3.4.2 Gestão integrada e participativa .......................................... 26 3.4.3 Bem comum ........................................................................ 26 3.4.4 ISO 14001 ........................................................................... 27 4 IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE EM EMPRESAS DO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS ........................................... 28 5 BREVE CONSIDERAÇÃO SOBRE ÉTICA E MEIO AMBIENTE ..... 31 5.1 Mudanças climáticas ................................................................. 32 5.2 Alterações de comportamento causadas pelas mudanças climáticas 34 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 36 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno, O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 SMS, ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL Fonte: fia.com.br Com o advento da globalização caracterizada pela abertura do mercado e ampla disseminação da informação, várias empresas passaram a se preocupar com a crescente demanda gerada pela vitalidade do mercado global, fundindo- se com as novas tendências para obter vantagem competitiva, com posicionamento estratégico para criação de valores para o seu negócio. SMS é uma sigla utilizada na área de segurança do trabalho e que significa “segurança, meio ambiente e saúde”. Trata-se de um sistema de gestão de segurança na área prevencionista, ou seja, que foca na prevenção de desvios e problemas através de um monitoramento cuidadoso dos processos de uma empresa. O SMS atua como um sistema integrado de gestão, ou seja, um SIG, que tem como objetivo a integração de toda a gestão da empresa, facilitando todos os processos, através da obtenção de informações em tempo real. Dessa forma, o processo de tomada de decisão é agilizado, otimizando o funcionamento dos procedimentos como um todo. Foi na década de 1970, que o sistema de gestão integrado começou a surgir no campo de petróleo, tendo como marco inicial a Conferência de 5 Estocolmo em 1972. O objetivo do encontro é garantir a proteção do meio ambiente, com foco na análise da qualidade do ar e quantidade carbono. Inseridas no ambiente atual de negócios da empresa, as questões relacionadas à saúde, meio ambiente e segurança (SMS) e responsabilidade social corporativa (RSC) podem promover uma vantagem competitiva por meio de sua importância e grau de integração. Em primeiro lugar, integrando-as nos próprios planos de negócios da empresa, e depois integrá-los na mesma estrutura organizacional. A definição usualmente considerada para a sustentabilidade teve sua origem no final da década de 1980, mais precisamente em 1988, quando foi lançado o relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento intitulado Nosso Futuro Comum (Relatório Brundtland), surgindo pela primeira vez a noção de Desenvolvimento Sustentável, entendido como o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias (CMMAD, 1988). Muir et al. (2002) reforçam que uma coisa é falar de sustentabilidade e outra coisa bem diferente é implementá-la efetivamente em nível corporativo. Para que seja realizada esta implementação, a empresa deve comprometer-se a mudar a maneira do seu negócio e a desenvolver uma filosofia “profunda”, a fim de refletir o que a sustentabilidade significa de fato para a empresa. Desta forma, foi sugerida uma metodologia com seis fases para o desenvolvimento e implementação da estratégia de sustentabilidade. Epstein e Roy (2001) dizem que, uma vez definidas as prioridades para o desempenho dos gerentes, sublinhados os desafios específicos e associados ao contexto particular do negócio, podem ser estabelecidas ligações entre os elementos de estratégia corporativa com suas ações de sustentabilidade e desempenho financeiro. Desta forma, para estabelecer estas ligações, todos os elementos incluídos na figura 02 devem ser quantificados usando métricas apropriadas. Os processos desta figura estão descritos por: ações de sustentabilidade; estratégia empresarial e unidade de negócio; desempenho de sustentabilidade; reações dos stakeholders e desempenho financeiro. 6 Cheibub e Locke (2002) ressaltam que as ações que excedem as obrigações legais, como as ligadas aos projetos sociais (educação, assistenciais, esportivos); ações de gestão pessoal (igualdade para negros, proteção da criança) e ações voltadas aos clientes/consumidores (qualidade dos produtos e serviços, canais de reclamação) em geral são feitas porque trazem, ou acredita-se que tragam benefícios para os negócios das empresas. Mesmo que não seja de seu interesse exclusivo e/ou imediato, é do seu interesse esclarecido e de longo prazo. Ashley (2008) afirma que as empresas que assumem papéis socialmente responsáveis passam a ter consequentemente melhores compensações. Tais compensações podem ser evidenciadas por meio de melhor acesso ao capital, principalmente de investidores socialmente conscientes, menores prêmios de seguros, menor overhead, melhoria na imagem, maiores vendas e melhores relações com os empregados. 2.1 Avaliação de desempenho integrada e a contribuição para a sustentabilidade – SMS e RSC A empresa de óleo e gás, para a qual será discutida uma opção estratégica para a integração das ações de SMS e RSC, deverá englobar uma série de considerações na questão do desempenhoe da sustentabilidade: ser apontada como a empresa mais sustentável do mundo por meio de pesquisas reconhecidas internacionalmente; a representatividade nos assuntos do Pacto Global; a presença no índice Dow Jones Sustainability Indexes; ações negociadas na bolsa de valores, dentre outros. Estas questões são exemplos de como os resultados do desempenho de SMS e RSC podem estar intrinsecamente ligadas à sustentabilidade (LEÃO; LIMA, 2013). O desenvolvimento sustentável precisa ser incorporado ao plano estratégico da empresa, que deve incluir todos os elementos (econômico, financeiro, social e medidas ambientais), a fim de medir o custo do impacto e negócio de longo prazo, o mais importante é ajudar na melhoria contínua da empresa. Embora as mudanças possam trazer riscos para a organização, os benefícios da integração de SMS e CSR, podem diminuir ou até ultrapassar, 7 desde que sejam gerenciados cuidadosamente os riscos envolvidos no processo de conversão. É importante mapear corretamente todos os riscos possíveis em qualquer mudança, com o intuito de que os mesmos possam ser previamente planejados e controlados. 2.2 Ética empresarial Fonte: mundocarreira.com.br Para Bordin (2017), uma empresa ética é aquela que pratica um conjunto de princípios e valores que norteiam a conduta da organização e seus integrantes, garantindo que as ações sejam precedidas de uma devida reflexão acerca do que é correto no contexto da moral e das regras que conduzem as boas relações entre empresas e indivíduos. Aliar os interesses contraditórios do capitalismo financeiro, que visa o lucro em pouco espaço de tempo, aos de milhares de pessoas que encaram as consequências nocivas, representa um grande desafio. Deste conflito, são geradas manifestações com vistas a uma maior transparência e controle sobre as condutas dos que regem o universo dos negócios. De outro lado, poderíamos prever que, em ataque a essas manifestações, viesse a surgir discursos acerca da ética empresarial. 8 Em uma organização deve haver uma deliberação ética, que é aquela que considera, em todo processo de tomada de decisão, tanto a identidade da organização como os impactos das decisões sobre o conjunto de suas partes interessadas, a sociedade em geral e o meio ambiente, visando ao bem comum. Por isso, é fundamental que as instituições possuam estratégias de comunicação e programas de treinamento com a finalidade de disseminar políticas, procedimentos, normas, práticas e indicadores formais, especialmente para engajar a alta administração, influenciando uma tomada de decisão ética (BORDIN, 2017). Quais são os direitos, obrigações e responsabilidades das empresas em relação aos seus grupos de interesse (empregados, clientes, fornecedores, proprietários e acionistas, comunidades locais, meio ambiente, governo e outros)? Como agir quando os objetivos e as exigências dos diversos grupos de interesse são antagônicos entre si? É razoável esperar que as estratégias empresariais sejam planejadas – e seus resultados avaliados – tendo como pano de fundo um projeto de futuro mais amplo e menos imediatista que a mera valorização das ações na Bolsa de Valores? Como garantir que tal projeto de futuro seja ele mesmo objeto de reflexões que tenham como finalidade o bem comum? Quais devem ser, afinal, o papel e a função social das empresas no mundo contemporâneo? Estas são algumas das questões que vieram compor o cerne dos debates e das pesquisas no campo da ética empresarial, um campo que surgiu como ponto de interseção entre o crescente descontentamento da sociedade com os excessos do capital e as tentativas, por parte deste, de justificar e conservar a posição até então conquistada (HOFFMAN e MOORE, 1990; DONALDSON e WERHANE, 1996; BEAUCHAMP e BOWIE, 1997; CARROLL, 1999; MACINTOSH, LEIPZIGER et al., 1998; BALLET e DE BRY, 2001; GRAYSON e HODGES, 2002; CRANE e MATTEN, 2004). A construção da ética empresarial como um campo de estudos autônomo teve início nos Estados Unidos, a partir da segunda metade do século XX, quando profissionais provenientes de diversas disciplinas tradicionais, ou da mídia, começaram a debruçar-se sobre as questões de natureza moral suscitadas pelo universo relativamente recente das firmas contemporâneas, 9 como discutiremos em maior detalhe no decorrer deste capítulo (FERRELL et al., 2001). Para Kreitlon (2008), a atenção continuada por parte de filósofos, economistas, sociólogos, gestores, advogados, teólogos, jornalistas e outros profissionais assinalava o reconhecimento, até então inédito, de que boa parte dos fenômenos ditos “de negócios” exige na verdade tomadas de decisão que envolvem dilemas de cunho ético - tais como os efeitos colaterais perversos das novas tecnologias, os danos ambientais inerentes à incitação ao consumo, ou a excessiva concentração de poder e de recursos nas mãos de um grupo reduzido de empresas transnacionais. Kreitlon (apud LOCKETT, MOON e VISSER, 2008) diz que desde então, a expressão “ética empresarial” ou “ética nos negócios” passou a designar um campo científico que pode ser abordado a partir de diferentes perspectivas: tanto a partir da filosofia, por exemplo, como a partir da sociologia, da economia, da psicologia, da ciência política ou dos estudos ambientais. Dentro desse campo, pode-se optar por focalizar o microcosmo das organizações e de seus dirigentes, ou o macrocosmo do mundo dos negócios e da própria sociedade. Aliás, o que tem caracterizado a evolução histórica da discussão sobre ética empresarial é justamente a passagem de um ponto de vista mais restrito, focado na ética pessoal (BARNARD, 1938; BOWEN, 1953; SELEKMAN, 1959), para um ponto de vista mais abrangente e complexo, que questiona a ética das próprias organizações e – embora com muito menor frequência – também das estruturas sociais (DAVIS, 1960; FREDERICK, 1960; ACKERMAN, 1973). Essa mudança de foco ocorreu dos anos 70 em diante: de uma atenção até então centrada na responsabilidade do indivíduo – identificado na figura do “gerente”, ou do “homem de negócios” – passou-se a uma abordagem voltada prioritariamente para a responsabilidade da própria organização, enquanto agente social e moral inserido num contexto sistêmico. Graças a essa nova abordagem, difundiram-se e aprofundaram-se, ao longo dos anos 80, os conceitos de responsabilidade social empresarial e de partes interessadas – conceitos que vieram a tornar-se as vigas-mestras das discussões subsequentes sobre ética nas organizações, e que têm guiado, desde então, as análises, 10 estratégias e políticas corporativas desenvolvidas nessa área (DONALDSON e PRESTON, 1995; LECOURS, 1995; FREEMAN, 1997). Para Kreitlon (2008), a ética nos negócios possui três níveis de análise, quais sejam: nível individual; nível organizacional; e nível do sistema social. O nível individual tem como objeto de estudo a conduta moral das pessoas no universo do trabalho e das relações de mercado. Em que medida o auto interesse e outras motivações pessoais são equilibrados, ou não, por uma preocupação com a justiça e com o bem comum? Que tipo de mecanismos e processos favorecem, ou dificultam, a consciência ética individual no exercício de um cargo? As análises neste nível privilegiam os valores, as escolhas e o caráter dos indivíduos enquanto agentes morais (KREITLON, 2008). Já o nível organizacional, segundo a mesma autora, “propõe-se a analisar a cultura e as políticas vigentes em organizações específicas. Diz respeito àquela “consciência moral” coletiva, tanto tácita como explícita, que toda organização possui – seja devido à existência de um planejamento estratégico formal ou por ter desenvolvido, informalmente, ao longo do tempo, um padrão de comportamento consistente e identificável que ela põe em prática no desempenho rotineirode suas atividades”. Por fim, o nível do sistema social, tem como foco as ideologias e os tipos de arranjos institucionais prevalentes num determinado contexto social mais amplo - seja de âmbito regional, nacional ou global - e investiga de que modo esses padrões sociais, políticos e econômicos influenciam ou determinam o quadro de referência ético de indivíduos e organizações (KREITLON, 2008). A subdivisão da disciplina ética nos negócios em três níveis distintos, mas inter-relacionados não pretende ser apenas uma conveniência didática, mas antes uma indicação de que existem objetos legitimamente passíveis de indagação ética em cada um dos três níveis. Sugere também que se presume haver um certo grau de liberdade, ou uma margem de escolha, em cada um deles, isto é: os valores éticos encontrados em um dos níveis não são meras funções determinísticas dos outros níveis. Considera-se que o agente ou o sistema em questão seria capaz de atuar diferentemente – por exemplo, melhor, ou de forma mais justa. Se o foco é a organização, por exemplo, julga-se que suas políticas e sua cultura interna (seus “valores”) não são pura e simplesmente 11 uma função direta dos valores do sistema social circundante, ou dos indivíduos que nela trabalham - embora evidentemente existam significativas relações causais entre esses fatores (KREITLON, 2008). Em qualquer caso, é muito difícil encontrar produtos discursivos no campo ético. Os negócios, ou mais especificamente a responsabilidade social corporativa (RSE) que vão além do moderno. Raramente acontece neste campo uma análise mais estrutural, onde seja inserida efetivamente o aspecto político da questão e compreensão alternativa do mercado. 2.2.1 Códigos, normas e acordos de natureza voluntária Existe hoje uma riqueza de normas, diretrizes, certificações, indicadores, acordos e modelos, nacionais e internacionais, com vistas para a gestão da responsabilidade. Grande parte desses instrumentos tem sido concebida por organizações da sociedade civil compostas por vários grupos de interesse (sindicatos, consumidores, ONGs, representantes da indústria e do comércio, etc), e constantemente contam também com o apoio de instituições governamentais ou de organismos internacionais (Nações Unidas, Organização Internacional do Trabalho, etc). Kreitlon (apud Doane, Gendron; Lapointe e Turcotte, 2008), preceitua que “na prática, as empresas são livres para adotar ou não essas normas, certificações e indicadores, e sua decisão irá depender essencialmente de quão fortes sejam as pressões do mercado para que o façam, assim como dos incentivos porventura atrelados a tal adoção. Trata-se, portanto, de um conjunto de instrumentos voluntários e flexíveis de regulação da conduta empresarial. Por isso mesmo, não falta quem os critique por sua natureza branda, facultativa, não- coercitiva, e por considerar que aquilo que eles regulam deveria ser objeto de legislação específica e compulsória”. Para Webb (2004) a natureza dos instrumentos ou códigos voluntários de regulação da conduta empresarial são: sua adoção não é requerida por nenhuma forma de legislação ou de regulamentação; foram aceitos por uma ou mais organizações; têm como propósito influenciar ou controlar o comportamento; e 12 devem ser aplicados de maneira consistente e/ou alcançar um resultado consistente. O autor acentua, contudo, que embora um código voluntário não seja legalmente requerido, isso não significa que ele não possua aspectos legais, ou implicações legais que decorrem do seu uso; ou, ainda, que pelo menos parte da motivação para o seu desenvolvimento não tenha sido justamente de natureza legal - como, por exemplo, no intuito de retardar a introdução de novas regulamentações ou para reduzir a responsabilidade legal dos que o adotam (WEBB, 2004). 2.2.2 Políticas públicas de fomento à RSE Apesar da produção científica, da proliferação de ferramentas e da popularização do tema, persistem ainda, como seria de se esperar, diferenças significativas no que diz respeito ao grau de penetração e de disseminação do discurso e das práticas de responsabilidade social empresarial, tanto entre organizações como entre os diferentes países. Para combater e reduzir essa assimetria, são elaborados modelos explicativos e de benchmarking que culminam, muitas vezes, em propostas de fomento da competitividade (empresarial e nacional) centradas na adoção da RSE (SWIFT e ZADEK, 2002). Swift e Zadek (2002), sugerem uma escala evolutiva para representar os “graus de desenvolvimento da RSE”, indo desde o que consideram como sendo o nível mais elementar de consciência e ação até o nível mais sofisticado. De acordo com esta escala, o simples cumprimento da lei (estágio zero) não conta como indicador de responsabilidade social. Por outro lado, segundo os autores, a maioria das empresas claramente envolvidas em ações de RSE nos dias de hoje poderiam ser adaptadas no primeiro estágio pois, dedicam-se especialmente em impossibilitar a existência de riscos à reputação em um curto período de tempo, efetuam poucas despesas nessa área além da filantropia tradicional, ou simplesmente dão novos nomes a boas práticas de gestão, sendo que tais iniciativas podem melhorar a vida das pessoas a quem se destinam e também o desempenho do negócio. Atualmente, inúmeras companhias declaram-se empenhadas em ultrapassar a racionalidade instrumental de curto prazo, característica do 13 primeiro estágio. São companhias que, ao adotarem as recomendações dos proponentes desse modelo, procuram integrar mais intimamente a RSE a aspectos-chave de suas operações e de suas estratégias de negócio (SWIFT e ZADEK, 2002). Por fim, na terceira etapa, segundo o autor, os princípios da RSE, devem estar consolidados e relacionados, a ponto de estar presente em toda a vida econômica do país, com a incumbência de orientar políticas públicas e ir além de planos de negócios isolados. No Brasil, o Instituto Ethos reproduz e propaga, através de suas atividades, de numerosas publicações e de seu site na Internet, os mesmos princípios defendidos pelo Banco Mundial no tocante ao necessário incentivo do setor público à RSE, “(...) orientado pela visão de que a incorporação de objetivos sociais e ambientais às metas econômicas das empresas é parte indispensável do modelo de desenvolvimento de uma sociedade sustentável. (...) O [ETHOS] vem realizando, com a participação ativa de seus associados e das empresas em geral, a articulação, de modo suprapartidário, das práticas de RSE com políticas públicas dos governos federal, estaduais e municipais voltadas para inclusão social, erradicação da pobreza e da fome, combate à corrupção e desenvolvimento ambiental.” (ETHOS, 2007). O Banco Mundial destaca a importância de se trabalhar com uma definição de RSE que ultrapasse o entendimento, corrente, porém limitado, segundo o qual ela refere-se a atividades de negócios que vão além da mera compliance, ou cumprimento da lei. Uma definição mais ampla, que leve em conta “o vasto potencial inerente a um compromisso efetivo do empresariado com o desenvolvimento sustentável”, é tida pelo Banco como mais adequada para que se compreenda quão crucial é o engajamento do poder público com a RSE (WORLD BANK, 2002:1). Segundo o Banco Mundial, esse engajamento pode se dar ao longo de dois eixos principais. O primeiro diz respeito a quatro papéis-chave que competem ao setor público: 1) determinar; 2) facilitar; 3) realizar parcerias; 4) apoiar. Já o segundo eixo implica mobilizar atividades variadas do setor público em torno de dez temas principais da RSE: estabelecer e garantir o cumprimento de certos padrões mínimos; papel do empresariado na formulação de políticas 14 públicas; governança corporativa; investimento socialmente responsável; filantropiae desenvolvimento comunitário; engajamento e representação das partes interessadas; produção e consumo socialmente responsáveis; certificações, padrões e sistemas de gestão pró-SER; transparência e relatórios pró-SER; e processos, diretrizes e convenções multilaterais (KREITLON, 2008). O Ethos defende a adoção de critérios mínimos de responsabilidade social (que seriam aqueles identificados pelos seus Indicadores de RSE) como instrumento de indução do comportamento das empresas e como fator diferencial de competitividade no mercado, e estimula sua utilização por grandes empresas, fundos de investimento, fundos de pensão e órgãos reguladores (KREITLON, 2008). Principalmente no mundo dos negócios e de grandes empresas multinacionais, declarações e iniciativas sobre o assunto se tornaram até mesmo lugar-comum. Os governos de vários países consideram a responsabilidade social corporativa uma oportunidade para maximizar os benefícios das atividades econômicas e, ao mesmo tempo, esperam reduzir os impactos ambientais e sociais causados por ela. Para as chamadas “organizações do terceiro setor”, existe grande interesse em aproveitar a tendência e estabelecer parcerias com as firmas em todo tipo de projetos com alguma conotação “social”. Já nas fileiras do movimento altermundista, que combate a globalização neoliberal, diversos grupos dedicam-se ao monitoramento e divulgação de atividades empresariais passíveis de crítica. Evidentemente, cada um dos grupos de atores sociais diretamente implicados na questão, e cujos interesses estejam em jogo, luta para estabelecer a sua própria visão do que seja a RSE – donde se deduz que a prevalência no espaço social de uma determinada definição indica a derrota de várias outras (KREITLON, 2008). O surgimento da ética empresarial como campo discursivo está intimamente ligado à evolução do sistema econômico, assim como às mudanças por que passaram as sociedades industriais no último século. Foram as transformações - e excessos - do capitalismo que deram origem a este tipo de questionamento, na medida em que as empresas privadas, transformadas em 15 gigantescos conglomerados multi e transnacionais, começaram a dar mostras de um poder sem precedentes (KORTEN, 1995). 3 RESPONSABILIDADE SOCIAL NA GESTÃO DE RECURSOS AMBIENTAIS Fonte: sbcoaching.com.br A sociedade de hoje valoriza a liberdade, respeito, acesso à informação, tecnologia inovadora, direitos constitucionais e ambiente livre de poluentes e muitas outras manifestações de justiça. Para organizações de serviços privados ou públicos, satisfazer os interesses de seus consumidores é uma missão cada vez mais dinâmica e complexa. A responsabilidade social surge, nesse contexto, como guia para o que as organizações devem buscar, e inclui a responsabilidade com o meio ambiente entre suas atribuições. Para Ashley (2006), a responsabilidade social é o empenho de uma entidade para auxiliar o progresso da sociedade, expressa nas suas atitudes e na transparência junto ao corpo social. Oliveira, Pinto e Lima (2002) coloca a organização como agente social e não apenas econômica, que preza e age para manter e potencializar a qualidade de vida da comunidade. 16 No Brasil, o Instituto Ethos é umas das referências no incentivo e divulgação da responsabilidade social e tem como objetivo facilitar que as empresas associadas adotem práticas que respeitem a coletividade, que sejam inovadoras, ambientalmente responsáveis e mantenha a lucratividade. O Instituto Ethos permite que as organizações tenham acesso a publicações, debates, palestras e experiências de sucesso. A instituição adota a gestão baseada na responsabilidade social empresarial, que também não tem conceito único (CAMARGO, 2018). No entanto, a definição mais consolidada de responsabilidade social foi escrita por Carroll (1991), que preconiza quatro concepções, quais sejam: responsabilidade econômica; responsabilidade legal; responsabilidade ética; e responsabilidade filantrópica. Para o autor, a responsabilidade econômica trata-se do dever da empresa de gerar lucro. A geração de renda é que influenciará as decisões, as atitudes tomadas em prol da comunidade, o conforto dos envolvidos e o crescimento da economia. Quanto a responsabilidade legal, nada mais é que o cumprimento das regras e leis da sociedade. A execução correta da legislação vigente, seja nacional, estadual ou local, norteará o que é aceito e adequado nas ações do estabelecimento. Quando a situação não está na legislação, deve ser analisada e tomada a decisão que parece ser a mais justa, ética e imparcial. É a preocupação em não realizar algo que pode prejudicar a alguém ou mesmo ao meio ambiente, trata-se da responsabilidade ética (Carroll, 1991). Por fim, a responsabilidade filantrópica, é a contribuição espontânea e sem esperar lucros diretos que uma entidade realizada para caridade, programas sociais e organizações ambientais. Conforme visto, o impacto da organização que realiza a responsabilidade social pode ser sentido em vários aspectos: no social, na economia, no comprometimento ético e com a sustentabilidade. O investimento ambiental ganhou cada vez mais importância nos últimos anos, pois é evidente a associação com saúde, lazer e até renda (como turismo ecológico) que a preservação e a diminuição dos impactos ambientais podem gerar na vida de 17 todos. As empresas sabem que o cuidado com a natureza, além do efeito no ambiente, melhora a imagem da entidade junto aos consumidores preocupados com as questões ecológicas (CAMARGO, 2018). 3.1 Gestão ambiental Fonte: multiimagem.com.br Para José Carlos Barbieri (2016), a gestão ambiental compreende as diretrizes e as atividades administrativas realizadas por uma organização para alcançar efeitos positivos sobre o meio ambiente, ou seja, para reduzir, eliminar, ou compensar os problemas ambientais decorrentes da sua atuação e evitar que os outros ocorram no futuro. A expressão gestão ambiental aplica-se a variadas iniciativas que sejam relacionadas a qualquer problema ou questão ambiental. Na sua origem encontram-se ações governamentais voltadas a combater a falta de recursos. Qualquer proposta de gestão ambiental deve incluir, ao menos, três dimensões. Barbieri ensina que as dimensões são: espacial, institucional e temática. A dimensão espacial refere-se à área de abrangência na qual se espera que as ações de gestão tenham eficácia. Algumas ações buscam solucionar questões ambientais em locais específicos, outras buscam efeitos globais como eliminação de substâncias que reduzem a camada de ozônio. 18 A dimensão institucional refere-se aos agentes responsáveis pelas iniciativas de gestão, tais como órgãos intergovernamentais, governos nacionais, municipais. As questões ambientais podem ser tratadas através de iniciativas diferentes, cada qual visando alcançar efeitos sobre uma determinada área de abrangência. Por exemplo, o aquecimento global, uma questão ambiental de natureza planetária, requer gestões em todos os níveis de abrangência, desde global, através da Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo, até os níveis regional, nacional, subnacional, local e empresarial (BARBIERI, 2016). Por fim, a dimensão temática determina a quais ações de gestão se destinam as questões ambientais. Ao agir sobre uma questão ambiental outras poderão ser afetadas, pois o meio ambiente é uma totalidade complexa, que não se divide, no qual seus componentes estão interconectados numa relação de interdependência. Para Barbieri (2016), a essas três dimensões pode-se acrescentar a dimensão filosófica, que trata da visão de mundo e da relação entre o ser humano e a natureza, questões que sempre estiveram entre as principais preocupações humanas. 3.2 Gestão ambiental empresarial Fonte:pt.linkedin.com/pulse 19 A gestão ambiental empresarial apoia-se em três critérios de desempenho que devem ser considerados concomitantemente, quais sejam: eficiência econômica, respeito ao meio ambiente e equidade social. A expectativa é de com o acolhimento dessas propostas, as empresas gerem renda e riqueza, mas que cuidem do meio ambiente e promovam benefícios sociais para tornar a sociedade mais justa. A preocupação empresarial com a questão ambiental tem sua origem a partir da crescente pressão da sociedade e dos mercados consumidores em relação à problemática ambiental, a partir da década de 70. Essa pressão resultou, principalmente nos países desenvolvidos, em um maior controle sobre o setor produtivo por meio de uma grande quantidade de normas, regulamentos e legislação ambiental. As questões ambientais hoje em dia ameaçam a estabilidade da empresa no mercado, haja vista que as restrições comerciais aos produtos e processos de produção considerados ambientalmente nocivos à sociedade e à natureza são os fatores que compelem as empresas a se ajustarem às novas regulamentações ambientais. Para Nogueira (2009), a Política de Gestão Ambiental no âmbito empresarial privado deve ser compreendida e articulada, então, ao movimento de intensificação da globalização dos processos de fabricação e de comercialização dos produtos industriais, que vem exigindo cada vez mais um diferencial na qualidade do produto enquanto fator de competitividade no mercado. A necessidade empresarial de garantir espaço e domínio de vendas em um mercado cada vez mais competitivo vem impulsionando as empresas a buscarem estratégias de fortalecimento da imagem da marca de seus produtos no mercado nacional e internacional. O Instituto Ethos defende o princípio de que uma empresa ambientalmente responsável deve agir para a melhoria e conservação da qualidade ambiental, assumindo um compromisso, frente ao meio ambiente, de minimizar seus impactos negativos e amplificar os positivos. Assim, toda empresa deve “agir para a manutenção e melhoria das condições ambientais, minimizando ações próprias potencialmente agressivas ao meio ambiente e 20 disseminando, para outras empresas, as práticas e conhecimentos adquiridos neste sentido” (Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, 2001). Podemos observar que a educação ambiental na esfera empresarial vem sendo considerada como um dos indicadores de “responsabilidade social e ambiental”. Desta forma, é necessária a realização de uma investigação científica que enseje uma discussão e reflexão crítica relacionado à existência ou não no âmbito empresarial privado, de espaço para a efetivação de formas de educação ambiental que expressem os princípios de uma formação para a cidadania, tais como foram pensados no Tratado de Educação Ambiental, aprovado no Fórum Global de 1992. 3.2.1 ISO 14000 Fonte: retos-operaciones-logistica.eae.es Sobre a ISO 1400, Valle (1995) salienta que: Com o intuito de uniformizar as ações que deveriam se encaixar em uma nova ótica de proteção ao meio ambiente, a ISO – International Organization for Standartization (Organização Internacional para Normalização) – decidiu criar um sistema de normas que convencionou designar pelo código ISO 14000. Esta série de normas trata basicamente da gestão ambiental e não deve ser confundida com um conjunto de normas técnicas. 21 A International Organization for Standartization (ISO) é idealizada para desenvolver e instituir critérios estruturais válidos por meio de regras, testes e certificações incentivando o comércio de bens e serviços. A ISO 14000 são normas desenvolvidas para cuidar da rotulagem ambiental. A ISO 14000 tem como objetivo a criação de um Sistema de Gestão Ambiental que auxilie as empresas a cumprirem suas responsabilidades em relação ao meio ambiente que permeia a organização dentro de conceitos e procedimentos sem perder de vista características e valores regionais. As normas ISO 14000 se aplicam às atividades industriais, extrativas, agroindustriais e de serviços certificando as instalações da empresa, linhas de produção e produtos que satisfaçam os padrões de qualidade ambiental (VALLE, 1995). Soledade; Filho; Santos; e Silva (2007), prelecionam que o cuidar do meio ambiente é muito mais que o uso da razão, da ciência e da tecnologia, a importância disso é uma questão inclusive de sobrevivência. Para Ribeiro (1998), as mudanças de valores, mentalidade e comportamento são fundamentais para o futuro da espécie humana, em que o limite norteia uma situação que o consumismo e os valores materialistas exercem pressão sobre os recursos naturais. No processo de industrialização, na sua maioria poluidor, os recursos naturais utilizados como matéria-prima são usados e descartados como lixo e resíduos. A série de normas ISO 14000 visa alcançar três principais objetivos: a) promover uma abordagem comum a nível internacional no que diz respeito à gestão ambiental dos produtos; b) aumentar a capacidade das empresas de alcançarem um desempenho ambiental e na medição de seus efeitos; c) facilitar o comércio, eliminando as barreiras dos imperativos ecológicos (Soledade; Filho; Santos; e Silva, 2007). A finalidade básica da ISO 14001 é a de fornecer às organizações os requisitos básicos de um sistema de gestão ambiental eficaz. Trata-se de uma norma de gerenciamento, e não uma norma de produto ou desempenho. É um processo de gerenciamento das atividades da empresa que tem impacto no ambiente. Esta norma dita os requisitos relativos a um Sistema de Gestão Ambiental, permitindo a uma organização formular política e objetivos que levem 22 em conta os requisitos legais e as informações referentes aos impactos ambientais significativos (SOLEDADE; FILHO; SANTOS; e SILVA, 2007). Em geral, as normas que compõem a ISO 14000 referem-se aos aspectos ambientais que uma organização identifica como controlados e que podem ser afetados por seus processos. No entanto, é importante notar que cada organização pode analisar tais aspectos de forma diferente, e, segundo Soledade; Filho; Santos; e Silva (apud Vinha, 2003), essa percepção depende de fatores como a exigência do mercado consumidor, os custos de produção, o tamanho do empreendimento, a localização espacial e outros. A vantagem da ISO 14000 para as organizações está no âmbito interno ela permite que as empresas estruturem suas práticas de gestão ambiental a partir de um quadro referencial reconhecido, encorajando, assim, as preocupações com o verde no seio da organização. No âmbito externo, ela representa uma forma de melhorar a imagem e o reconhecimento da organização em virtude de seu engajamento ambiental (BOIRAL, 2006). O fato de uma empresa ser certificada com ISO 14000, não quer dizer que ela não polua ou que direta ou indiretamente suas atividades não afetem a saúde, a segurança, o bem-estar da população, as atividades econômicas, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente. Significa apenas um indício de que a empresa “preocupa-se” com o meio ambiente e que esses impactos ambientais estão sendo monitorados e controlados por um sistema de gestão ambiental. 23 3.3 Responsabilidade social e recursos naturais Fonte: meioambiente.culturamix.com A procura por produtos industrializados, de energia e de serviços tem aumentado a nível mundial. A sociedade mais velha, o crescimento populacional (principalmente nos países subdesenvolvidos) e o aumento do número de pessoas que vivem nas cidades geram uma pressão gradativa nos recursos ambientais. As consequências mais vistas são: a finitude dos recursos naturais, a degradação da natureza, a extinção de espécies da flora e fauna, a poluição e as alterações no clima. A responsabilidade social engloba ações de desenvolvimentoda comunidade com projetos que aumentem o bem-estar, investimentos em inovação de processos e produtos para satisfazer seus clientes, conservação do meio ambiente através de intervenções não predatórias, investimento no desenvolvimento profissional dos trabalhadores, condições de trabalho e benefícios sociais (SROUR, 1998). Segundo Camargo (2018), tendo em vista as consequências do uso dos recursos naturais e seu inerente impacto ambiental e da natureza, é indispensável para a empresa responsável socialmente a valorização da questão ambiental. O mapeamento e controle do uso dos bens naturais, assim como a definição de normas e procedimentos para sua utilização requer um forte sistema 24 de gestão ambiental, que inclui estratégias e ferramentas para alcançar resultados. Ao definir os modelos ou ferramentas para causar o menor dano ambiental possível, é importante respeitar os princípios ambientais, que para o autor são: Responsabilidade ambiental: a entidade é a responsável pelos danos ambientais provocados. Ciente disso, é sua obrigação desenvolver programas que incluam a redução ou a anulação desses impactos no meio ambiente, baseada na transparência e na legislação ambiental submetida; Princípio da precaução: em situações de acidentes ambientais, com prejuízo ao meio ambiente ou a saúde da população, todas as medidas possíveis de contenção do problema devem ser aplicadas, independente dos gastos ou da incerteza da metodologia indicada; Gestão de risco ambiental: todos os programas e ações da organização devem levar em conta os riscos de acidentes ambientais. O procedimento de resposta a emergências precisa considerar todos os afetados, seja a comunidade do entorno ou o habitat. As medidas e a ocorrência de acidente precisam ser informadas aos órgãos competentes; Poluidor pagador: Os custos dos poluentes emitidos pela organização necessitam ser pagos pela própria empresa. A ação para reduzir a poluição é arcada pelo empreendimento, sendo o único responsável pela manutenção dos níveis seguros de poluição. Existem vários modelos de técnicas e instrumentos que alinham a gestão ambiental em busca de alcançar os resultados almejados, como o modelo Green, a gestão integrada e participativa, o bem comum e a produção mais limpa. 25 3.4 Modelos de gestão ambiental Fonte: gennegociosegestao.com.br Para alcançar a responsabilidade social plena, o envolvimento com os problemas ambientais deve ser atuante e planejado. Para auxiliar na gestão ambiental do empreendimento, as organizações fazem escolhas entre diversos modelos e opções de ideias ambientais, que serão estudados a seguir: 3.4.1 Modelo Green Criado pela Gestion de Ressources Naturelles Renouvelables Environnement (GREEN), sediada no Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement (CIRAD), na França, o modelo enfatiza o papel dos agentes sociais nas decisões ambientais. Os valores éticos, culturais e morais, explícitos na responsabilidade social, também pesam para as questões ecológicas. O modelo Green considera que as dinâmicas ambientais e sociais, assim como a transformação desses cenários, ao longo do tempo, precisam fazer parte do planejamento ambiental (CAMARGO, 2018). As decisões tomadas são encaminhadas ao grande grupo, que através de diversas perspectivas e vivências, chega a conclusões socialmente aceitas e em conformidade com a cultura de preservação do meio ambiente. As metas, devidamente organizadas e admissíveis, tornam-se responsabilidade de todos. A finalidade do modelo é alcançar uma nova forma de inovação no campo social, 26 com a sociedade e todos os colaboradores da organização como parte fundamental para preservação do ecossistema. 3.4.2 Gestão integrada e participativa Este modelo atenta-se aos modelos urbanos devido ao crescimento desorganizado e suas consequências sociais e ambientais: a degradação da natureza, a divisão das classes, a falta de infraestrutura básica e a má qualidade de vida dos indivíduos segregados. Esse tipo de gestão prega o diálogo dos órgãos públicos, da população e das entidades privadas. Para propor e decidir sobre o destino da malha urbana e suas estratégias e consequências, a gestão integrada e participativa estimula que políticos, gestores, funcionários de órgãos públicos, empresários, sindicatos e demais coletivos, bem como representantes da população, formulem políticas urbanas, elaborem planos, propostas e posteriormente executem as ações (CAMARGO, 2018). 3.4.3 Bem comum Segundo Camargo (2018), esse tipo de gestão analisa os bens como comuns a todas as pessoas. Os elementos da natureza, como as águas, florestas e mares, são bens do coletivo. Essa ideia é parecida quando dizemos que “a Amazônia é uma riqueza dos brasileiros” ou quando as organizações não governamentais clamam por atenção para proteger o pouco que sobrou da Mata Atlântica no país. Nosso código genético, nossa fauna e flora, a biodiversidade, ou a paisagem única do Rio de Janeiro são consideradas da sociedade. Para o autor, os valores sociais, culturais, a ciência, a música e os conhecimentos são considerados da mesma forma. Para a responsabilidade social das organizações, proteger e investir nesses bens propicia contato com a comunidade, maior visibilidade, e é um caminho para a sustentabilidade. Zelar pelos recursos não renováveis, por exemplo, é uma forma de a entidade revelar- se preocupada com o direito que todos têm de usufruir do recurso e não apenas o empreendimento, como se fosse o proprietário. 27 3.4.4 ISO 14001 A International Organization for Standardization (ISO) é a certificação internacional que o empreendimento, independente do porte, realiza de forma adequada o sistema de gestão ambiental. A norma define todos os requisitos para pôr em prática a gestão ambiental. O objetivo é manter o lucro com menor gasto dos recursos naturais. A elaboração da gestão precisa considerar todos os possíveis impactos na natureza, desde a poluição atmosférica, o esgoto, o solo, e os resíduos. O monitoramento e a melhoria devem ser permanentes (CAMARGO, 2018). As principais vantagens da certificação ISO 14001, são as seguintes: atesta, a nível internacional, que a organização cumpre todos os requisitos legais; gera um clima de envolvimento com a certificação por partes dos investidores e dos colaboradores; a questão ambiental publicamente é reconhecida como relevante para a empresa, o que contribui não só para o meio ambiente, mas para os negócios; com a redução do consumo dos recursos naturais, de energia ou de resíduos, a organização ganha mais força competitiva e eficiência; devido ao menor gasto com o consumo de recursos naturais, de energia ou insumos, a arrecadação orçamentária aumenta; por tornar-se mais exigente ambientalmente, a entidade acaba por incentivar e dar preferência por empresas com o mesmo alinhamento socioambiental. Por fim, podemos dizer que a responsabilidade social é um tema abrangente que envolve os problemas sociais, a qualidade de vida, o respeito ao indivíduo, a ética, o cumprimento da legislação, a cidadania e a atitude sustentável. Independente do modelo de gestão ambiental adotado para aplicar a responsabilidade social na gestão dos recursos ambientais, o determinante são os resultados obtidos. Nenhum modelo anula o outro, pelo contrário, eles podem se complementar. A escolha deve estar vinculada aos objetivos da organização e as demandas locais (CAMARGO, 2018). 28 4 IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE EM EMPRESAS DO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS Fonte: infotecbrasil.com.br Uma empresa com grande responsabilidade social é aquela que estimulam programas motivacionais, de saúde e segurança ocupacional dos funcionários, benefícios sociais,sustentabilidade, satisfação do cliente, gerando riqueza, justiça social, eficiência ambiental e valores éticos. Com a Revolução Industrial, a fabricação com instrumentos adaptados para as habilidades manuais evoluiu para tecnologia, na passagem da escala individual para coletiva com instrumentos mecânicos comandados por outras pessoas sem conhecimento das atividades artesanais (MARQUES; COSTA, 2014). As organizações vêm elaborando e inserindo políticas que possuam compromissos éticos, de desenvolvimento sustentável e transparência nas suas atividades como uma vantagem competitiva e para o aprimoramento dos processos. Elas mapeiam as partes interessadas, discernem os aspectos a serem controlados e evitam impactos negativos por elas causados. A política de SMS envolve educar, capacitar e comprometer os trabalhadores com as questões de SMS, estimulando o registro e tratamento destas, a fim de identificar, controlar e monitorar os riscos para promoção da 29 saúde, na proteção do ser humano e do meio ambiente, visando assim adequar a segurança de processos e preparando para emergências, assegurando a sustentabilidade de projetos, empreendimentos e produto, considerando os benefícios econômicos, ambientais, sociais e a ecoeficiência das operações e produtos (MARQUES; COSTA, 2014). Qualquer empresa atual para gerar resultados é adaptada para acompanhar as demandas potenciais, os investimentos e a responsabilidade social que fazem parte da nova tendência. Atualmente, as empresas estão cientes das consequências das ações que realiza, por isso não é suficiente concluir as tarefas do negócio completando a produção apenas com base na qualidade. As tentativas de melhores condições materiais e sociais de trabalho devem estar presentes na avaliação e gestão de riscos. Fatores prejudiciais, substâncias nocivas, ecossistema, máquinas e a atividade humana devem ser analisados de forma a descobrir as agressividades que o trabalhador pode sofrer. As equipes são preparadas para a identificação e atendimento às necessidades em segurança e saúde ocupacional e planejam ações conjuntas na evolução da prevenção (MARQUES; COSTA, 2014). As ocorrências de riscos devem ser antecipadas pela análise de projetos, modificações, equipamentos, processos e inclusão de novos materiais, ou seja, desde a criação do projeto até o detalhamento do produto final. As prioridades dos planos de ação incluem cronogramas de avaliação e controle para tomada de decisão e monitoramento. Como ainda está em processo de implantação, o novo empreendimento está sempre em perigo. Incertezas nas condições de trabalho, financiamento, tecnologias inovadoras, políticas regionais, entre outros problemas, podem confundir ou afetar as empresas. A criação detalhada dos projetos demonstra a discussão e dedicação acerca da segurança, meio ambiente e saúde, ajustando as responsabilidades e as metodologias adotadas em diversas etapas da engenharia e administração dos agentes físicos, sociais e ambientais presentes. As iniciativas de novos projetos postulam situações e prevenções manifestadas pelas preocupações com possíveis fatores negativos. As 30 instalações de ações refletidas nos compromissos englobam a minimização de controvérsias, redução de problemas futuros e investimento em prevenção (MARQUES; COSTA, 2014). O padrão de operação e a manutenção incorre em diminuição dos erros e falhas com desenvolvimento de planos de ação ligados as alternativas, execuções programadas de avaliação e controle sobre os riscos. Os registros e a supervisão são essenciais, pois demonstram a não aceitação da empresa às não conformidades. O monitoramento garante o desempenho com sucesso e indica os caminhos a seguir no planejamento estratégico da empresa. As operações e a manutenção dão indícios da implementação dos princípios de adoção das práticas de aperfeiçoamento dos processos em favor da segurança e da saúde do trabalhador, onde são discutidos os temas relevantes e transformados em ambientes saudáveis e seguros de trabalho. O interesse em admitir problemas dentro do desenho teórico da empresa também dá a capacidade de gerenciamento da empresa em todas as suas faces. A interpretação deste dilema na dinâmica organizacional conduz a uma forma de gerar a eficiência da produção. A delegação das responsabilidades revela um planejamento das áreas de trabalho pelo aperfeiçoamento do processo, diminuição dos transtornos, adaptação do trabalho ao homem e utilização dos programas de segurança e saúde como antecipadores de riscos. A gestão de mudanças está envolvida no desenvolvimento de propostas de percepção das dificuldades ou inovações na área para a prática de um ambiente favorável, com criação de valor e construção de uma estrutura com filosofia e sistemas alinhados com a crescente produção. A responsabilidade social, princípios éticos e sistemas integrados de gestão estão alinhados com a segurança e saúde ocupacional e gestão ambiental. Estas questões fazem parte da rotina da empresa, da sua produção com tecnologias limpas, ambientes seguros e livres de fatores patogênicos. Todos são tratados como agregadores de valor ao negócio da empresa. 31 A fiscalização através de frequências e entrada de dados facilitam o trabalho de SMS, pois quantificando pode-se descobrir e divulgar a evolução do cumprimento das diretrizes organizacionais. A produção de pesquisas e testes para produtos desperta o interesse para as questões de SMS, agregando valor para a mercadoria. Toda a produção necessita estar vinculada a filosofia de normas de valorização do homem e da natureza, instituindo mecanismos de transformação cultural que impactam sobre a imagem da empresa. Com isso a sociedade será beneficiada, juntamente com trabalhadores, acionistas e consumidores. O produto se torna um conjunto de boas práticas de trabalho, envolvendo questões materiais, sociais e ambientais, delineando melhorias da qualidade e resultados satisfatórios. O gerenciamento dever conceder a preparação para a produção, avaliando, identificando os pontos de controle e exigindo a incorporação de novos hábitos de trabalho, com uso correto dos equipamentos, controle do fluxo de produção e detalhamento dos procedimentos desenvolvidos. 5 BREVE CONSIDERAÇÃO SOBRE ÉTICA E MEIO AMBIENTE Fonte: meioambientetecnico.blogspot.com http://meioambientetecnico.blogspot.com/2012/09/etica-ambiental.html 32 As discussões acerca das mudanças climáticas têm colocado em pauta o tema ambiental, em um período de instabilidade ambiental em que está em risco o futuro da vida na Terra. O aquecimento global vem sendo o grande responsável pelas discussões, porém seus enunciados passam a ser questionados e contrariados pelas mais diversas percepções e teorias que analisam as questões climáticas. As duas principais correntes que estudam as alterações climáticas são a naturalista e a antropogênica, que se contradizem em seus estudos quanto às causas do aquecimento global e principalmente sobre a veracidade ou não desse fenômeno (OST, 2018). 5.1 Mudanças climáticas Fonte: sustentavel.com.br Nos últimos anos, poucas questões dominaram os debates públicos e políticos, como as mudanças climáticas e o aquecimento global. Em países emergentes como o Brasil, o tema é notoriamente conhecido na mídia, enquanto é crescente o número de eventos que buscam debater as mudanças climáticas e seu impacto no planeta. As mudanças climáticas passaram a ser um tema que suscita grandes debates também entre os cientistas e pesquisadores de todo o mundo. Nos estudos científicos sobre o clima, observam-se algumas contradições, entre elas 33 a que chama a atenção é sobre o aquecimento global (SANTOS; SANTOS; SANTANA, 2016). Para Santos, Santos e Santana (2016), o aquecimento globalé entendido como o aumento da temperatura média do globo terrestre e como o resultado de ações antrópicas (isto é, a tudo aquilo que resulta da ação do homem sobre o ambiente) ou, ainda, causas naturais, e que estaria ameaçando diversos ecossistemas terrestres, incluindo o ser humano. Muitos cientistas com grande reconhecimento em suas áreas de estudo discorrem sobre esse caráter antrópico do aquecimento global, responsabilizando o ser humano e suas atividades no planeta como sendo o principal responsável pelo aquecimento que vem ocorrendo na Terra. Em 1961, Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar pelo espaço, declarou: “A Terra é azul”. Sua afirmação, no entanto, contrastou com a imagem da NASA (Agência Espacial Americana) de dezembro de 2009, em que se vê o planeta Terra envolto em por uma nuvem de partículas negras, ou seja, partículas de carbono, um dos efeitos das mudanças climáticas (OST, 2018). Para Santos, Santos e Santana (2016), a partir da Revolução Industrial (1760) o homem alterou o ciclo que é considerado normal de emissão de gases, por meio da intensificação da sua produção, o que ocasionou aumento de temperatura na Terra. 34 5.2 Alterações de comportamento causadas pelas mudanças climáticas Fonte: iberdrola.com Para Ost (2018), as consequências causadas pelas mudanças climáticas já estão sendo observadas em diferentes partes do Planeta Terra. Já foi observado pelos cientistas que o aumento da temperatura média do planeta tem elevado o nível do mar, ocasionado pelo derretimento das calotas polares, podendo promover o desaparecimento de ilhas e de algumas cidades litorâneas que são densamente povoadas. Os estudos realizados pelo IPCC, Intergovernmental Panel on Climate Change (2018), mostram que existe também a previsão de uma frequência ainda maior de eventos climáticos extremos, como, por exemplo: tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, nevascas, secas, furacões, tornados e assim por diante, o que traz graves consequências para a humanidade e para os ecossistemas naturais, podendo até ocasionar a extinção de espécies de animais e plantas. Continua a autora prelecionando que “se a nossa opção for continuar queimando combustível fóssil, até que os estoques se esgotem, simplesmente iremos aumentar a quantidade de gases estufa na atmosfera e passar a experimentar um aquecimento global sem precedentes. O PBMC, Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (2014), prevê que o aumento de 2º C na temperatura traria mudanças na maneira como as plantas crescem, na 35 migração dos animais e na funcionalidade dos ecossistemas. Com um aumento de 3º na temperatura, ocorreria um aumento das inundações, tempestades e as secas impactariam negativamente na maneira como vivemos”. Um fenômeno conhecido que pode ser levado em consideração é o derretimento das geleiras que faz com que ocorra o aumento no nível do mar, o que, consequentemente, acaba levando a inundações. Se a temperatura subir 4º, isso pode destruir a estrutura social como a conhecemos hoje, e algumas áreas residenciais não terão condições de sustentar seus moradores. Com o advento da vida moderna as sociedades passaram a se organizar em torno de suprimentos que aparentemente eram considerados ilimitados, como o carvão, petróleo, gás, fontes de energia. O entendimento que se tinha há alguns anos atrás era de que nosso ambiente natural seria capaz de fornecer suprimentos infinitos de combustíveis. O que vem acontecendo, de fato, é que a queima de combustível fóssil impulsiona a economia, mas gera emissão de gases, com consequências por vezes graves, como é o caso do aquecimento global (OST, 2018). 36 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS OSTE, Sheila. Ética. [S.I.], 2018. SANTOS, A. B.; SANTOS, L. A. P.; SANTANA, K. F. A ideologia dos discursos acerca das mudanças climáticas: o aquecimento global em foco. In: ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS. 18, São Luís, 2016. Artigos.... São Paulo: AGB, 2016. Disponível em: <http:// www.eng2016.agb.org.br/resources/anais/7/1468239933_ARQUIVO_ENG_AD RIANO_ LUCAS_KETCIA.pdf>. Acesso em: 11 set. 2020. CMMAD, Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso Futuro Comum. Relatório Brundtland. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, p.46, 1988. Muir, J., Reidinger, R., Chan, Y.M.. Capturing Sustainability Issues in the Oil and Gas Industry. Conference Paper. International Conference on Health, Safety and Environment in Oil and Gas Exploration and Production, Malásia, p.718-724, 20-22 de Março de 2002. Epstein, M. J., Roy, M. J. (2001). Sustainability in action: Identifying and measuring the key performance drivers. Long Range Planning, 34, 5,585-604. Cheibub, Z. B.; Locke, R. M. Valores ou Interesses? Reflexões sobre a responsabilidade social das empresas. In: Kirschner, A. M.; Gomes, E. R.; Cappellin, P. Empresa, empresários e globalização. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 279-291, 2002. Ashley, P.A. Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. LEÃO, Renata Miranda Andrade; LIMA, Gilson Brito Alves. Abordagem estratégica sobre Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) e Responsabilidade Social Corporativa (RSC). [S.I.], 2013. HOFFMAN, W. M.; MOORE, J. M. (Eds.). Business ethics: readings and cases in corporate morality. New York: McGraw-Hill, 1990. 37 DONALDSON, T.; WERHANE, P. (Eds.). Ethical issues in business: a philosophical approach. 5th. edition. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1996. BEAUCHAMP, T. L.; BOWIE, N. O. (Eds.). Ethical theory and business. 5th. edition. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1997. CARROL, A. B. A three-dimensional conceptual model of corporate social performance. Academy of Management Review, vol. 4, p. 497-505, 1979. MCINTOSH, M.; LEIPZIGER, D. et al. (Eds.). Corporate citizenship: successful strategies for responsible companies. London: Financial Times Pitman, 1998. BALLET, J.; de BRY, F. L’entreprise et l’éthique. Paris: Seuil, 2001. GRAYSON, D.; HODGES, A. Compromisso social e gestão empresarial. São Paulo: Publifolha, 2002. CRANE, A.; MATTEN, D. Business ethics: a European perspective. Oxford: Oxford University Press, 2004. FERRELL, O. C.; FRAEDRICH, J.; FERRELL, L. Ética empresarial: dilemas, tomadas de decisões e casos. São Paulo: Reichmann & Affonso, 2001. DONALDSON, T.; PRESTON, L. The stakeholder theory of the corporation: concepts evidence and implications. Academy of Management Review, vol. 20, p. 65-91, 1995. LECOURS, P. L’éthique des affaires comme problématique sociale: une analyse sociologique, Ethica, vol. 7, no. 1, p. 59-80, 1995. FREEMAN, R. E. Strategic management: a stakeholder approach. Boston: Pitman, 1984. BARNARD, C. The functions of the executive. Cambridge: Harvard University Press, 1938. BOWEN, H. Social responsibilities of the businessman. New York: Harper & Row, 1953. 38 SELEKMAN, B. A moral philosophy for business. New York: McGraw-Hill, 1959. DAVIS, K. Can business afford to ignore social responsibilities? California Management Review, vol. 2, p. 70-76, 1960. FREDERICK, W. The growing concern over business responsibility. California Management Review, vol. 2, p. 54-61, 1960. ACKERMAN, R. How companies respond to social demands. Harvard Business Review, vol. 51, p. 88-98, 1973. WEBB, K. Voluntary codes: private governance, the public interest and innovation. Ottawa: Carleton University (Carleton Research Unit for Innovation, Science and Environment), 2004. SWIFT, T.; ZADEK, S. Corporate responsibility and the competitive advantage of nations. The Copenhagen Center/Accountability, 2002. INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL – ETHOS. 1999 a 2007. Manuais publicados entre 1999 e 2007 (28 títulos). Disponíveis em: <http://www.uniethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3700&Alias=uniethos&Lang=pt-BR >. Acesso em: 15 de set., 2020. WORLD BANK. Public sector roles in strengthening corporate social responsibility: a baseline study. Corporate Social Responsibility Practice, Oct. 2002. Disponível em: <http://www.worldbank.org/privatesector/csr/doc/CSR_interior.pdf> Acesso em: 15 set. 2020. KORTEN, D. C. When corporations rule the world. Connecticut: Kumarian Press, 1995. ASHLEY, P. A. (Coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. OLIVEIRA, L. G. M.; PINTO, F. R.; LIMA, D. P. Sistemas de gestão: um estudo comparativo das normas socioambientais. In: SIMPÓSIO DE 39 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO, LOGÍSTICA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS, 11., 2008, São Paulo. Anais... São Paulo: FGV-EAESP, 2008. CAMARGO, Roger Santos. Gestão de Recursos Ambientais. [S.I.], 2018. CARROLL, A. B. The pyramid of corporate social responsibility: toward the moral management of organizational stakeholders. Business Horizons, Bloomington, v. 34, n. 4, p. 39-48, jul./ago. 1991. Srour RH. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: Campus; 1998. MARQUES, Elisabete Coentrão; COSTA, Stella Regina Reis da. Análise das Diretrizes de Segurança, Meio Ambiente e Saúde em uma empresa do setor de petróleo e gás. [S.I.], 2014. BARBIERI, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. NOGUEIRA, Marinez Gil. Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: Reflexão Sobre a Educação Ambiental no Âmbito da Gestão Ambiental Empresarial. [S.I.], 2009. VALLE, Cyro Eyer do. Qualidade ambiental: o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambiente. São Paulo: Pioneira, 1995. SOLEDADE, Maria das Graças Moreno; FILHO, Luciano Angelo Francisco Karel Nápravník; SANTOS, Jair Nascimento; SILVA, Mônica de Aguiar Mac-Allister da. ISO 14000 e a Gestão Ambiental: uma Reflexão das Práticas Ambientais Corporativas. [S.I.], 2007. Disponivel em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/26760/1/ISO%2014000%20e%20a%20 Gest%c3%a3o%20Ambiental%20uma%20reflex%c3%a3o%20das%20pr%c3% a1ticas%20ambientais%20corporativas.pdf. Acesso em: 21 set. 2020. RIBEIRO, Mauricio André. Ecologizar: pensando o ambiente humano. Belo Horizonte: Editora Rona, 1998. 40 BOIRAL, Olivier. La certification ISO 14001: une perspective néo- institutionnel. In: Management International. Montreal, Vol. 10, n. 3, Printemps, 2006. BORDIN, Marina. Governança Corporativa. [S.I.], 2017.
Compartilhar