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A inclusão com transtorno do espectro do autismo no ensino regular.

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	DESENVOLVIMENTO	�
63	CONCLUSÃO	�
7REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
Dentro de um contexto de tantas exclusões, preconceitos, discriminações e outros abusos que o público-alvo da educação especial sofreu e sofre ao longo da história, é importante termos em mente que precisamos praticar a empatia para que possamos alcançar a verdadeira inclusão destas pessoas na educação.
Como neste trabalho abordaremos acerca do autismo (Transtorno do Espectro do Autismo - TEA), devemos então entender quais são os comprometimentos e características deste transtorno como base para elaborarmos uma prática pedagógica eficiente. A citação abaixo nos traz uma definição deste transtorno, onde já podemos iniciar nosso entendimento.
...o TEA é definido como um distúrbio do desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a infância, apresentando déficit nas dimensões sociocomunicativa e comportamental. (SCHMIDT, 2014)
Mas além de entendermos a definição deste transtorno se faz necessário o entendimento do nosso papel como educadores na vida destas pessoas, papel esse que é ativo e que deve compreender as necessidades especificas de cada aluno, a inclusão não deve ser entendida apenas como a inserção do aluno com deficiência no ensino regular. O professor deve adaptar-se também ao contexto de inclusão, contexto esse que a cada momento tem novas ferramentas e novos entendimentos, e é importante também salientar o envolvimento de toda a comunidade escolar neste processo.
A educação de alunos com necessidades educativas especiais incorpora os princípios já comprovados de uma pedagogia saudável da qual todas as crianças podem beneficiar, assumindo que as diferenças humanas são normais e que a aprendizagem deve ser adaptada às necessidades da criança, em vez de esta a ter de se adaptar a concepções predeterminadas, relativamente ao ritmo e à natureza do processo educativo. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, P.7)
É fundamental dizer que essas práticas de inclusão devem estar pautadas em princípios constitucionais para assim proporcionar uma educação efetiva e de qualidade, respeitando a diversidade existente.
DESENVOLVIMENTO
Antes de entrarmos no tema inclusão propriamente dito, devemos focar na palavra exclusão e, é importante ressaltar que antes de praticar a inclusão, praticou-se muito a exclusão. Dessa forma, é muito importante enfatizar que, devemos efetivamente praticar a inclusão e deixar de praticar a exclusão. 
Muitos acham que a inclusão começa dentro da escola, mas se nós não tivermos uma política pública de detecção precoce do TEA dentro do seio familiar, o processo de inclusão e de aprendizagem dessa criança dentro da sala regular será muito difícil.
Além disso tudo, a inclusão coloca inúmeros questionamentos aos professores e técnicos que atuam nessa área. Por isso, se faz necessário avaliar a realidade e as controversas posições e opiniões que tem extrema importância como pesquisa para a elaboração da abordagem a ser feita dentro do contexto educacional. O apoio multidisciplinar de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e principalmente da família é peça fundamental nesse processo de inclusão.
O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que venham garantir o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino regular. No entanto, o paradigma da segregação é forte e enraizado nas escolas e com todas as dificuldades e desafios a enfrentar, acabam por reforçar o desejo de mantê-los em espaços especializados. 
Estamos cientes que sem uma compreensão psicológica e clínica desta síndrome e, por outro lado, sem uma compreensão antropológica e ética da questão, a técnica em nada contribuirá. Some-se a isso a concepção pedagógica que adotaremos, tendo em vista que a definição da criança como centro do processo de aprendizagem é fundamental. O autismo é uma deficiência que requer conhecimentos visto que, na maioria das vezes, a abordagem é dificultada pela comunicação que é quase impossível. E dentro desse contexto é importante ressaltar que atendimento educacional especializado (AEE) com um profissional para dar apoio ao professor, é vital no processo de inclusão, principalmente nos casos de alunos com maiores dificuldades de socialização, linguagem e comportamentos repetitivos.
O desafio não é somente de natureza pedagógica, mas tem raízes humanas e psicossociais. Incluir não significa colocar o aluno na escola sem dar condições necessárias, mas sim dar suporte pedagógico, além de um ensino de qualidade que desenvolva de forma tridimensional as suas potencialidades, sejam elas: cognitivas, motoras e afetivo-sociais.
Pode-se dizer que há barreiras enfrentadas pelos educadores há muito tempo, pois muitas vezes não sabem como ensinar os alunos com TEA, e essas dificuldades se apresentam até os dias de hoje. Assim podemos dizer que de certa forma, cabe à escola ser provedora das reformas pedagógicas que darão suporte ao movimento de inclusão no ambiente de ensino. A inclusão educacional começa com a chegada do aluno na escola, mas também é preciso garantir a permanência e aprendizagem do mesmo com práticas inclusivas por parte de todos os envolvidos.
Cada autista é de um jeito e cada um deles recebeu o diagnóstico num momento diferente. Uns falam, outros sequer emitem uma palavra. Alguns receberam o diagnóstico num momento ótimo, precoce, e tiveram a oportunidade de passar por uma intervenção precoce. No entanto, a maioria chega ao diagnóstico tardiamente, com atrasos que não foram trabalhados e que demandarão maiores esforços para a equipe pedagógica. 
Assim, é necessário que sejam sempre tomadas medidas de avaliação e análise caso-a-caso. A partir do diagnóstico deve-se avaliar seu nível intelectual e sua linguagem, descrever seus comportamentos mais difíceis, preferências, fobias/medos e alterações de sensibilidade, além de ver o potencial pedagógico, pois alguns autistas já identificam letras e números cedo enquanto outros demoram e precisam de intervenções e recursos específicos.
Sabemos que essas crianças tem a educação garantida por lei e parametrizadas também por leis e políticas educacionais, dentre elas a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), nº 9.394 (BRASIL, 1996), a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) e a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, lei nº 12.764 (27 de dezembro de 2012). Essas leis garantem a permanência delas em escolas regulares, dando todo apoio necessário e envolvendo toda a escola.
CONCLUSÃO
	
	Em virtude dos fatos mencionados, é imprescindível que todos se conscientizem sobre o assunto e facilitem o acesso das crianças com essas deficiências ao mundo da informação, inclusão socioeducativa, inclusão social e dentre outros lugares. Em contrapartida, o governo deveria investir mais nesse ramo para que a situação-problema seja extinguida.
	Sim, é possível incluir a criança autista no meio educacional desde que, haja o ambiente propício e acolhedor para sua formação social e educacional. Tendo em vista todas as situações favoráveis para esse início no âmbito formal de caráter; façamos jus à nossa empatia e simpatia em agregar valores as nossas crianças que estão iniciando suas vidas de uma forma menos preconceituosa e com mais valores aos seus ideais.
	
.... Enquanto não se puderem curar os déficits cognitivos subjacentes ao autismo, é pelo seu entendimento que é possível planejar programas educacionais efetivos na função de vencer o desafio desse transtorno do desenvolvimento tão singular que é o autismo. (DA SILVA, 2018)
	
	De fato, vale lembrar que, o governo tem a maior parcela de intervenção nessa área. Dito isso, com a implementação de melhorias no ensino básico, escolas, capacitaçãode professores, melhor preparo de professores e auxiliares que já atuam na área, parte clínica voltada à situação-problema. Com base nesses quesitos, haverá uma melhora mais que considerável em todo sistema, causando um impacto positivo na relação dos nossos deficientes com todos os ramos sociais, intersociais e interação num modo geral.
			
REFERÊNCIAS
SCHMIDT, Carlos. Autismo, educação e transdisciplinaridade. 1. ed. Campinas: Papirus, 2014. 232 p. v. 1. Disponível em: <http://anhanguera.bv3.digitalpages.com.br/ users/publications/9788530811136/pages/13>. Acesso em: 30 abr. 2018. 
UNESCO, Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Salamanca, 1994.
DA SILVA, Oslanira Aparecida. Autismo na Educação Infantil. Disponível em: <https://pedagogiaaopedaletra.com/monografia-autismo-educacao-infantil/>. Acesso em: 02 maio 2018.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
ALAN DE JESUS FERREIRA DE LIMA
CARLA ROBERTA RODRIGUES DE OLIVEIRA CARVALHAL
GREICE TAVARES DE SOUZA ROCHA
A INCLUSÃO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO NO ENSINO REGULAR
NILÓPOLIS
2018
ALAN DE JESUS FERREIRA DE LIMA
CARLA ROBERTA RODRIGUES DE OLIVEIRA CARVALHAL
GREICE TAVARES DE SOUZA ROCHA
A INCLUSÃO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO NO ENSINO REGULAR
Trabalho de Licenciatura em Ciências Biológicas apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas integradas.
Orientador: Prof.ª. Claudia Regina Coutinho Fernandes 
NILÓPOLIS
2018

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