Buscar

AP Circulação e Vórtices Oceanicos (Bruto).

Prévia do material em texto

Circulação e Vórtices Oceánicos.
A circulação oceânica pode ser dividida em dois componentes, a circulação superficial controlada principalmente pelo vento e a circulação profunda controlada pela densidade (termohalina). Ambas são primeiramente controladas pela energia solar.
Circulação oceânica superficial:
 
Para entendermos melhor a circulação oceânica superficial, temos que entender primeiro como é o comportamento do sistema de ventos na atmosfera, já que é o principal agente causador dessa circulação.
 Nós podemos ter 2 tipos de ventos : O ventor na Vertical, e o vento na horizontal, que é o mais importante para entendermos o processo circulação das águas oceânicas.
O vento na horizontal se origina quando a massa de ar quente perto do chão se eleva e é substituída pelas massas mais frias. 
O mecanismo básico desse fenômeno opera da seguinte forma: o ar mais frio é mais pesado e costuma descer, o ar quente é mais leve e costuma subir, o que propicia a movimentação e formação dos ventos.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/circulacao-oceanica/33470
A atmosfera existem sistemas relativamente permanentes, chamados de centros de alta pressão que ocorrem sobre os polos e em latitudes tropicais, e os centros de baixa pressão que ocorrem nas regiões equatoriais e temperadas. Estes centros são causados por diferenças de temperatura, os centros de baixa pressão ocorrem quando o ar se aquece, diminui sua densidade e sobe. Já os centros de alta pressão ocorrem quando o ar se resfria, torna-se mais denso e desce. 
A Terra é um sistema que está em rotação, então o ar que está em contato com ela também está em rotação.
Este sistema de ventos na atmosfera, descrito anteriormente, gera fricção na superfície do mar e controla as principais correntes superficiais marinhas. A explicação para o efeito do vento sobre a superfície marinha foi formulada pelo físico alemão, V. W. Ekman em 1890. O transporte de Ekman exemplifica a ação do vento na superfície marinha, onde a direção da corrente superficial é de 45º em relação à direção do vento, e que os outros estratos inferiores do oceano obedecem a uma ordem espiral a partir deste ângulo. 
Quando o vento sopra sobre a superfície do oceano ocorre uma transferência de energia para as camadas de água superficiais. Parte desta energia é utilizada para gerar as correntes oceânicas superficiais. Em cada uma destas camadas a velocidade vai progressivamente diminuindo pela fricção entre as moléculas de água e, devido ao fenômeno de Coriolis, vai também alterando a sua direção.
Em geral as correntes superficiais movem-se a cerca de 2% da velocidade do vento que as originam.
As correntes superficiais marinhas estão entre os primeiros fenômenos oceanográficos estudados, devido a sua importância para a navegação comercial. Hoje em dia, praticamente todas as maiores correntes superficiais são bem conhecidas. O sistema de correntes superficiais marinhas é resultado não apenas da fricção do vento, mas também da geometria do fundo oceânico, do movimento de rotação da Terra e das massas continentais. Este sistema não é constante e apresenta variabilidade em intensidades e direções em função do tempo.
A circulação geral no Oceano Atlântico Sudoeste é caracterizada pelo fluxo da Corrente do Brasil (CB), de origem tropical, em direção ao pólo sul, e pelo fluxo oposto da Corrente das Malvinas (CM), de origem subantártica (Legeckis & Gordon, 1982). A CB constitui a corrente de contorno oeste do Atlântico Sul, e origina-se pela bifurcação da Corrente Sul Equatorial (~10ºS). Esta flui, então, para sul como uma corrente superficial rasa, praticamente confinada entre a borda externa da plataforma e o talude continental (Castro, 1996).
A CB carrega águas quentes e oligotróficas em direção às altas latitudes, acompanhando a linha de quebra da plataforma continental até aproximadamente 36ºS. Nesta latitude a CB encontra-se com a CM criando uma das regiões mais energéticas da Terra, com fortes gradientes térmicos, conhecida como Convergência Subtropical. 
As correntes oceânicas que transportam maiores volumes de água são a corrente do Golfo (CG) e a Circumpolar Antártica. A Corrente o Brasil (CB) é considerada uma corrente fraca em relação à CG, estimativas indicam que a CB transporte em torno de 20 milhões de metros cúbicos por segundo, já a CG pode transportar até 150 milhões de metros cúbicos por segundo (Domingues, 1997). Apenas para comparação, o rio Amazonas, maior rio do mundo, transporta apenas 225 mil metros cúbicos por segundo.
Circulação profunda ou termohalina:

Continue navegando